Todos seguiram para a mesa, que os meninos escolheram. A tensão estava clara em cada um. Luna desejava fugir dali, Adrian queria poder manda-la para casa, sem ter que dar explicações, Mary Ann desejava ser notada por algum dos dois, e Miligan queria ser um único ao lado de Luna.Desconfortáveis, eles tomaram seus lugares. Luna e Mary Ann, uma ao lado da outra, Anthony e Adrian, na frente delas.Luna estava achando curioso a mudança de Adrian. Mais cedo, ele pareceu feliz, em saber que ela iria ao encontro, contudo, agora, parecia está furioso com ela.Luna desejava ser forte o suficiente para entrar na mente dele e descobrir alguma coisa, entretanto, isso não seria possível. Para quebrar o gelo, Miligan resolveu começar uma conversa.— Gosta de boliche? — Miligan pergunta, nervoso.Ela não queria ter que conversar. Luna sempre foi mais retraída, momentos assim a deixavam desconfortáveis, porém, não o deixaria no vácuo, ela prometeu ser compreensiva. — Gosto de competir. — Luna respo
Quando a voz de Anthony soou, os questionando, os despertou sobre o que estavam fazendo. Luna ficou sem palavras. Tanto por não saber o que dizer, para o menino que, devia sentir algo por ela, e por estar apaixonada por Adrian, o cara no qual ela dizia que odiava.Mesmo com o constrangimento de ser pega, Luna gostou do beijo. Sentiu que foi verdadeiro e único. Não estava arrependida disso. Contudo, o que iria dizer a Miligan? Que ela não tinha interesse em vir a esse encontro? Que sua ligação com Adrian é fora do comum?Ferir os sentimentos de uma pessoa não fazia seu estilo, mesmo sabendo que, as vezes, era inevitável.Adrian, também se manteu em silêncio, por alguns instantes, sem reação. Aquele beijo foi inusitado e bom. Bom até demais. Entretanto, lá estava Anthony, os olhando com raiva. Os dois eram colegas. Se conheciam a anos e magoa-lo dessa forma, nunca foi seu propósito.— Anthony — Luna, então, resolveu enfrenta a situação. — Me perdoe. — Ela realmente estava chateada com
Eu mal consegui dormir a noite. Fechar os olhos e ficar em paz, era muito difícil. Bem, foi muito difícil. Passei metade da noite pensando no beijo e a outra metade, no que eu tinha feito. Jamais manipulei alguém desta forma. No máximo, pedi, calmamente, que Adrian ficasse mais calmo, para que ele, basicamente, não me matasse. Mas ontem à noite eu fiz algo impressionante. Mudei os sentimentos de uma pessoa, falando coisas no qual eu não filtrei.Eu não queria fazer nada daquilo. Mas acabou acontecendo e não tenho como evitar. Eu realmente estou com medo de mim mesmo. Sem saber a extensão do meu poder. E tudo o que sei é que o caos pode me controlar e eu tentar controlá-lo. Era algo que não tinha como ser ensinado, pois eu sou a única que tem esta habilidade. Realmente queria que ontem à noite não terminasse daquela forma. Adrian me irritou, como sempre. Ele tinha este poder. Parecia que adorava.Então eu saí da pista de boliche, pensando em caminhar para casa e em várias formas d
O clima na escola estava morno. As pessoas estavam curiosas para saber o que estava acontecendo com Luna e Adrian. Há poucas semanas, eles se odiavam. Não podiam nem passar um perto do outro, e as faíscas eletrocutavam a todos. Brigas na frente do colégio, o ódio declarado que Adrian dizia sentir por Luna, e o mesmo da parte dela.No entanto, hoje de manhã, eles pareciam um casal. Adrian a esperou na porta do colégio. Os dois passearam pelos corredores, de um lado para o outro, conversando e sussurrando segredos que ninguém poderia saber. Todo mundo ficou impressionado, achando que aquilo era um sonho. Até mesmo Mary Ann, que até ontem acreditava que os dois se odiavam, já que Luna saiu da pista de boliche muito irritada.Os dois não falavam abertamente sobre o que sentiam um pelo outro, e isso se estendia a todo mundo ao seu redor. Luna não ia comentar nada sobre o que aconteceu, sobre a mudança em como agia perto dele.Adrian também não queria falar com seus colegas, que incessante
LunaSe o meu plano era me concentrar, na realidade, em todas as matérias, para que eu não terminasse o ano com uma nota abaixo de 10, ele tinha falhado. Completamente. Tudo por causa daquela professora de literatura. Bem, assim que pus os olhos nela, senti que não podia confiar nela e que não iria gostar dela. E, com o passar do tempo e a aparente observação por mim todas as vezes que eu entrava na sala, só reafirmava isso. Eu estava furiosa. Furiosa por ela ter invadido minha intimidade, me tocado, e me mostrado aquilo. Eu não sabia o que pensar ou o que fazer. Eu simplesmente vi coisas que não deveria e que eu não sabia se eram reais. Afinal, a única vez que eu vi coisas assim foi quando o espírito de um ancestral meu me puxou para a sua realidade, quando ele ainda era vivo. Ou seja, foi há séculos atrás. Então, por que quando aquela mulher tocou em mim, eu vi tudo aquilo? Foram apenas flashes, fotos que passaram tão rápido que eu não consegui me concentrar. Eu só queria fugir.
LunaEstou completamente perdida. Não quero ser a vilã. A bruxa malvada que acaba com os sonhos e alegrias. Eu não sou um monstro, mas parece que toda a minha racionalidade muda, quando fico com raiva.Não posso culpa, totalmente, os meus poderes e o caos. Sei que ele é incontrolável. Que destrói e constrói uma nova realmente. Mas... Nem tudo é culpa dele.Quando Kate jogou sua bebida em mim, e pouco antes dela levantar, desejei joga-la contra a parede e destruí-la. Senti a sua raiva e inveja. As palavras venenosas surtiram efeito, tanto que eu desejei que sua cabeça explodisse.Eu desejei, por livre e espontânea vontade. Minha personalidade era bastante volátil. Sei que a maior parte do tempo prefiro dizer que sou tímida, calada e reservada. Mas em algumas situações, quando fico muito irritada, eu realmente penso coisas, desejo coisas que podem parecer erradas e que com certeza são erradas. Foi o que aconteceu desta vez. Sem o meu devido controle, eu não pensei que desejar algo pud
- Ok – Falei a mim mesma, olhando para o teto. – Luna, você tem que acordar. Não pode perder tempo, dormindo e sonhando com coisas bizarras.- É melhor irmos para o andar de baixo, não quero que minha filha acorde. – Ela passou por mim. Senti o vento que seu corpo reproduziu, o calor, a energia inexplicável. Se fosse um sonho, ele era bem realista. - O que? - Franzi o cenho a seguindo. – Você tem uma filha? – Com certeza isso era uma alucinação. – Isso é uma visão do passado?- Não estamos na sua realidade. – Explicou. – Basicamente, existem muitas realidades alternativas, não está vendo uma visão do futuro e sim, veio até a minha realidade, por alguma ligação que temos, por causa do poder do caos.- Isso fica cada vez pior. – Falei sozinha, ainda descendo os degraus. – Bem, se você sou eu, em outra realidade, significa que tem os mesmos poderes que eu.- Caos. É, eu também tenho descendência bruxa e fui escolhida pelo caos. - Escolhida? – Levantei uma das sobrancelhas. – Ele tem q
Adrian não fazia ideia de que se apaixonaria pela garota que ele mais odiava. Mas quanto mais o tempo passava, ele descobria que Luna era mais do que só uma garota irritante. Ele não sabia ainda se tudo que estava sentindo e descobrindo sentir era por causa dessa ligação. Segundo Luna, eles eram ligados pela alma, pelo destino, para sempre. Tudo para que a maldição que os prendia naquela cidade fosse quebrada. Ele ainda não entendia sobre a bucharia, e muito menos como aconteceria. Ver todo o colégio tremendo, sendo derrubado, as folhas e os galhos batendo na janela de vidro. E Luna, quase explodindo a cabeça de uma aluna, o fez pensar que ela era mais do que só uma bruxa comum. E ela já havia dito isso, só que ele custou acreditar. Afinal, bruxas apenas pronunciam petiços, criavam maldições, eram tenebrosas. Bem, era isso que seu pai dizia. Nathan odiava bruxas. Sua geração passada e toda a alcateia as caçou e as queimou por vingança. Óbvio que esses séculos, décadas, milhares