LunaEu realmente desejava aprender magia e descobrir muito mais sobre mim. Contudo, eu não achava que aquela era a hora certa.Quando fui para a cabana, eu queria ficar sozinha, fazer tudo sozinha. Mas eu consigo compreender que é impossível aprender algumas coisas sem ajuda. Quando a Heloise apareceu, eu fiquei bastante irritada. Aquelas mulheres simplesmente criaram uma vida para mim, que eu não escolhi. Ir ao passado e revisitar as lembranças dolorosas de Heloise me fez entender um pouco o sacrifício que elas fizeram. E com base em tudo que eu vi, parece que o carma que precede a nossa família, pulou de geração em geração. E isso poderia acabar comigo. Pois, sendo a feiticeira, eu teria que derrotar a bruxa primordial, libertando a cidade e todas as criaturas, bruxas e lobos. ·Eles estariam em paz para sempre. Eu tinha apenas 17 anos. Como exatamente vou seguir o meu caminho e aprender mais sobre mim, sendo que eu tenho todas as dificuldades e barreiras da adolescência?O colé
Luna estava em frente ao espelho, terminando de se arrumar para o encontro em pares. Ela não estava nem um pouco animada para sair de casa, muito menos para um encontro. Suspirou, ajustando a alça fina do vestido preto de bolinhas. Trocar a roupa duas vezes não ajudou em nada; acabou aceitando o que vestia agora. Por cima, vestiu uma jaqueta preta, e calçou suas botas de sempre. Estava ansiosa e nervosa, mas não pelo encontro com o colega de escola. Adrian estaria lá. Mesmo depois da revelação decepcionante de mais cedo, uma parte dela ainda tinha esperanças e desejava vê-lo.Luna passava a mão pelo cabelo, tentando controlar os fios teimosos. "Por que ele tinha que ser tão complicado?" pensava. Adrian era um mistério que ela não conseguia decifrar. Cada tentativa dele de afastá-la só aumentava seu interesse. Disse a si mesma que não importava o que acontecesse, iria descobrir o que realmente se passava por trás daquela fachada.Seus pais ainda não tinham voltado de Londres. Deixaria
Todos seguiram para a mesa, que os meninos escolheram. A tensão estava clara em cada um. Luna desejava fugir dali, Adrian queria poder manda-la para casa, sem ter que dar explicações, Mary Ann desejava ser notada por algum dos dois, e Miligan queria ser um único ao lado de Luna.Desconfortáveis, eles tomaram seus lugares. Luna e Mary Ann, uma ao lado da outra, Anthony e Adrian, na frente delas.Luna estava achando curioso a mudança de Adrian. Mais cedo, ele pareceu feliz, em saber que ela iria ao encontro, contudo, agora, parecia está furioso com ela.Luna desejava ser forte o suficiente para entrar na mente dele e descobrir alguma coisa, entretanto, isso não seria possível. Para quebrar o gelo, Miligan resolveu começar uma conversa.— Gosta de boliche? — Miligan pergunta, nervoso.Ela não queria ter que conversar. Luna sempre foi mais retraída, momentos assim a deixavam desconfortáveis, porém, não o deixaria no vácuo, ela prometeu ser compreensiva. — Gosto de competir. — Luna respo
Quando a voz de Anthony soou, os questionando, os despertou sobre o que estavam fazendo. Luna ficou sem palavras. Tanto por não saber o que dizer, para o menino que, devia sentir algo por ela, e por estar apaixonada por Adrian, o cara no qual ela dizia que odiava.Mesmo com o constrangimento de ser pega, Luna gostou do beijo. Sentiu que foi verdadeiro e único. Não estava arrependida disso. Contudo, o que iria dizer a Miligan? Que ela não tinha interesse em vir a esse encontro? Que sua ligação com Adrian é fora do comum?Ferir os sentimentos de uma pessoa não fazia seu estilo, mesmo sabendo que, as vezes, era inevitável.Adrian, também se manteu em silêncio, por alguns instantes, sem reação. Aquele beijo foi inusitado e bom. Bom até demais. Entretanto, lá estava Anthony, os olhando com raiva. Os dois eram colegas. Se conheciam a anos e magoa-lo dessa forma, nunca foi seu propósito.— Anthony — Luna, então, resolveu enfrenta a situação. — Me perdoe. — Ela realmente estava chateada com
Eu mal consegui dormir a noite. Fechar os olhos e ficar em paz, era muito difícil. Bem, foi muito difícil. Passei metade da noite pensando no beijo e a outra metade, no que eu tinha feito. Jamais manipulei alguém desta forma. No máximo, pedi, calmamente, que Adrian ficasse mais calmo, para que ele, basicamente, não me matasse. Mas ontem à noite eu fiz algo impressionante. Mudei os sentimentos de uma pessoa, falando coisas no qual eu não filtrei.Eu não queria fazer nada daquilo. Mas acabou acontecendo e não tenho como evitar. Eu realmente estou com medo de mim mesmo. Sem saber a extensão do meu poder. E tudo o que sei é que o caos pode me controlar e eu tentar controlá-lo. Era algo que não tinha como ser ensinado, pois eu sou a única que tem esta habilidade. Realmente queria que ontem à noite não terminasse daquela forma. Adrian me irritou, como sempre. Ele tinha este poder. Parecia que adorava.Então eu saí da pista de boliche, pensando em caminhar para casa e em várias formas d
O clima na escola estava morno. As pessoas estavam curiosas para saber o que estava acontecendo com Luna e Adrian. Há poucas semanas, eles se odiavam. Não podiam nem passar um perto do outro, e as faíscas eletrocutavam a todos. Brigas na frente do colégio, o ódio declarado que Adrian dizia sentir por Luna, e o mesmo da parte dela.No entanto, hoje de manhã, eles pareciam um casal. Adrian a esperou na porta do colégio. Os dois passearam pelos corredores, de um lado para o outro, conversando e sussurrando segredos que ninguém poderia saber. Todo mundo ficou impressionado, achando que aquilo era um sonho. Até mesmo Mary Ann, que até ontem acreditava que os dois se odiavam, já que Luna saiu da pista de boliche muito irritada.Os dois não falavam abertamente sobre o que sentiam um pelo outro, e isso se estendia a todo mundo ao seu redor. Luna não ia comentar nada sobre o que aconteceu, sobre a mudança em como agia perto dele.Adrian também não queria falar com seus colegas, que incessante
LunaSe o meu plano era me concentrar, na realidade, em todas as matérias, para que eu não terminasse o ano com uma nota abaixo de 10, ele tinha falhado. Completamente. Tudo por causa daquela professora de literatura. Bem, assim que pus os olhos nela, senti que não podia confiar nela e que não iria gostar dela. E, com o passar do tempo e a aparente observação por mim todas as vezes que eu entrava na sala, só reafirmava isso. Eu estava furiosa. Furiosa por ela ter invadido minha intimidade, me tocado, e me mostrado aquilo. Eu não sabia o que pensar ou o que fazer. Eu simplesmente vi coisas que não deveria e que eu não sabia se eram reais. Afinal, a única vez que eu vi coisas assim foi quando o espírito de um ancestral meu me puxou para a sua realidade, quando ele ainda era vivo. Ou seja, foi há séculos atrás. Então, por que quando aquela mulher tocou em mim, eu vi tudo aquilo? Foram apenas flashes, fotos que passaram tão rápido que eu não consegui me concentrar. Eu só queria fugir.
LunaEstou completamente perdida. Não quero ser a vilã. A bruxa malvada que acaba com os sonhos e alegrias. Eu não sou um monstro, mas parece que toda a minha racionalidade muda, quando fico com raiva.Não posso culpa, totalmente, os meus poderes e o caos. Sei que ele é incontrolável. Que destrói e constrói uma nova realmente. Mas... Nem tudo é culpa dele.Quando Kate jogou sua bebida em mim, e pouco antes dela levantar, desejei joga-la contra a parede e destruí-la. Senti a sua raiva e inveja. As palavras venenosas surtiram efeito, tanto que eu desejei que sua cabeça explodisse.Eu desejei, por livre e espontânea vontade. Minha personalidade era bastante volátil. Sei que a maior parte do tempo prefiro dizer que sou tímida, calada e reservada. Mas em algumas situações, quando fico muito irritada, eu realmente penso coisas, desejo coisas que podem parecer erradas e que com certeza são erradas. Foi o que aconteceu desta vez. Sem o meu devido controle, eu não pensei que desejar algo pud