PovLuna esperou ansiosamente pelo final de semana. Ela finalmente pôde se esconder e treinar os novos poderes, além de tentar entender aquele livro antigo de feitiços. Ela não sabia de onde vinham esses poderes. A única coisa que sua avó disse era que eles canalizavam o poder da bruxa primordial, a original, que fez um impacto maluco que ainda assustava a garota.Ela não era muito religiosa, mas odiaria ter que sucumbir aos desejos do diabo. Para ter poderes no qual ela tinha que salvar uma cidade que ela mal conhecia. Depois do café da manhã, ela achou que estava livre, até que a campainha tocou e a governanta foi abrir. De repente, Mary Ann apareceu com aquele olhar pedinte e feliz que fez Luna respirar fundo e revirar os olhos, escondido porque não queria ofender a garota.Ela só queria um momento de paz e focar no seu objetivo. Pessoas normais usariam o final de semana para passear ou estudar mais um pouco ou ir a festas, coisa que Luna odiava. Na noite anterior, ela se desagr
- Ai meu Deus, o Miligan está vindo até nós. – Disse Mary Ann, disfarçando sua surpresa.Primeiramente, ela ficou surpresa e com dúvida. Quem era este garoto? Bem, talvez fosse do colégio. Ele estava no mesmo grupo dos garotos em que jogava lacrosse.Achou também que ele estava se aproximando por causa da sua amiga. Mas logo Luna notou que o garoto tinha era consideravelmente bonito. Com seus cabelos loiros, olhos claros, porte Atlético estava encarando ela. Ela respirou fundo. Não queria nem mesmo conversar com aquele garoto. Já tinha tanta coisa para resolver, ter que dialogar com um jogador de lacrosse era a última coisa que queria naquele dia. Além do mais, olhando sobre os ombros dele, via o rosto furioso de Adrian. Parece que olhar para Luna era o gatilho para ele ficar furioso. Ela não sabia o que fazer, não sabia o que dizer. Então, em um sussurro no qual só ele ouviria, ela disse: Qual o problema?Adrian, naquele mesmo local, pensou: Por que eu estou me importando com isso
LunaAquela visão foi tenebrosa demais para conseguir esquecer. A sensação que eu senti quando toquei naquela pedra foi de desespero. Eu não fazia ideia se aquelas mulheres faziam parte do clã de alguma ancestral minha, do passado.Mas quando eu gritei, e aquela velha conseguiu me enxergar, senti como se meu coração estivesse prestes a sair pela boca. Era como se eu estivesse presente, mesmo estando séculos à frente. Eu não queria ter que lembrar daquela cena, mas ela não saía da minha cabeça. Isso me fez ter coragem e, mais determinada, em aprender a magia e o que todas aquelas runas significavam. Algumas eu pus na internet e encontrei algumas traduções. Fiquei um pouco alarmada. Nem tudo ali era paz e bonito. Não era como se tivesse me transformado numa fada madrinha e transformasse tudo em doce e magia do bem.Eu sabia que nada ali era bom. Afinal, a bruxa primordial fez um pacto. E onde está a bondade em tudo isso?Eu só queria entender o que eu sou e como usar os meus poderes,
- A bruxa primordial é nossa ancestral. Está conectada com todas nós, então sim, ela pode ver você. – Explicou. Então, era mesmo a maluca. Estava mais velha, contudo, porque estava fazendo aquilo? – Ela sabe que está aqui e vai usar você.- Espera, como assim? – Arregalei os olhos. – Não basta ter lobos, caçadores, uma bruxa que está atrás de mim, agora tenho que lidar com a louca?- O que viu, foi um sacrificial. – Explicou. - É, ficou óbvio. – Fui irônica. - Quando se transformou e ganhou os poderes, ela doutrinou outras mulheres. Elas eram conectadas a ela, por isso podiam usar o poder. – Enquanto ela contava a história, minha mente vagava na lembrança. – O sacrificial era a forma de alimentar o poder.- Espera! – Arregalei os olhos. – Nosso poder vem de sacrificial?- Enquanto ela era viva, se alimentava disso. Após a morte, ela foi para seu lugar guardado no inferno, e é de lá que vêm o que usamos.Isso é mais louco do que eu imaginava. Não quero nada disso.- Vó, eu não quero
PovLuna, ainda confusa e assustada, depois de ouvir algo no qual ela julgava ser um grande absurdo, sai da velha cabana, pensativa. É tarde, ela nem percebeu. Sua mente parecia anestesiada. Não percebia os perigos que lhe cercava. Como ela iria lidar com tanta informação?O que, realmente, ela era? Pelo menos ela descobriu a diferença entre elas, e o porquê se sentia tão estranha. - Isso é uma loucura. – Praguejou, irritada. – Feiticeira? Magia do caos? Isso não pode ser possível. – Bem, ela começou a pensar. Mesmo não sabendo o que tudo aquilo significava, e nem como a magia, apropriadamente dita, funciona, sabia que, de acordo com as suas pesquisas, as bruxas precisavam proclamar os feitiços, para que eles acontecessem, e, lembrando do despertador, ou a leitura da mente, no qual ela não tinha controle, até fazia sentido. Ela não falou nenhum feitiço, apenas quis que acontecesse. – Mas devo confessar que isso é bizarro.Ali, no meio da escuridão, olhos vermelhos a observava camin
LunaEu estava aceitando a minha loucura. Era assim que eu estava classificando tudo que estava acontecendo na minha vida. Uma loucura. E era melhor aceitar do que negá-la. Ela estava chegando pouco a pouco e eu sentia isso. Quanto mais o tempo passava, mais eu descobria mais coisas bizarras sobre mim, e desejava enlouquecer, fingindo que tudo isso era normal. Lobos, bruxas, magia do caos. O que mais vai acontecer comigo?Bem, é algo imprevisível. Desde o momento em que cheguei em casa, depois daquele momento muito bizarro, em que eu fui bombardeada por informações extras sobre mim e sobre o meu futuro, assim como a perseguição de Adrian, que estava sendo usado por uma bruxa, não consigo ficar em paz. Não sei se isso realmente era verdade, mas eu confiava na visão que eu tinha assim que toquei. Seja lá quem for, essa mulher, quer algo comigo e sabe que Adrian e eu estamos ligados para sempre. O que significa que ela é perigosa e quer alguma coisa comigo. E para que isso não possa m
Luna acordou em sua escrivaninha sentindo a cabeça doer, assim como o seu pescoço. Ela não tinha notado que havia adormecido em cima do computador. Quando acordou, sentindo essa dor, ela se irritou, fechou e se levantou. Indo ao banheiro, ela escovou os dentes e lavou o rosto. Seu corpo estava exausto, sua cabeça estava exausta e não fazia ideia de como resolveria todos os seus problemas. Ela tomou um remédio e se deitou na cama. Era fim de semana, tinha o dia inteiro para relaxar, mesmo achando que não faria isso. Luna tinha que encontrar uma forma de se controlar, de treinar os seus poderes e não podia ficar com medo. O medo dela mesma podia tornar tudo mais difícil, poderia tornar incontrolável. Assim como Adrian se sentia incontrolável por medo de machucar alguém, por medo da fera que tem dentro dele. Não, Luna não seria assim. Quando alguém bateu na porta do quarto, ela se escorou nos braços e viu sua mãe abrindo a porta e metade do corpo dela apareceu. A mulher olhou a filh
- Você está muito distraído. – Disse Melissa, vendo o filho, pensativo. Adrian nem notou que ela o observava. Mesmo sabendo que sua mãe era muito observadora. Ela estava, mesmo, era preocupado com o que aconteceu, com o que Luna havia dito.Ele acreditava nos poderes místicos dela, e sentia que, realmente, foi dominado por uma força maior que o forçou a atacar a garota que ele desejava proteger. Adrian não fazia ideia do porquê desejava tanto proteger Luna. Era um instinto maior do que a besta que havia dentro dele. No momento, ele não pensava no que aconteceu em sua mente naquele momento. Ele parecia ter acalmado a fera e tomado o lugar dela com facilidade. O problema era que alguém usou da sua transformação e raiva para atacar a Luna. Significava que tudo e todos que ele não fazia ideia se eram ou não bruxas ou feiticeiras, podia o encantar e o dominar, fazendo com que ele machucasse as pessoas que ele mais amava. Adrian odiava ser o medroso. Ele não estava sendo criado para iss