Pesquisas

Ao chegar em casa, Benjamin agora tinha duas coisas rodando em sua cabeça, Logan, aquele cara sexy do mercado e dono de uma das maiores produtoras musicais do país e aquele lobisomem, com tivera o desprazer de encontrar na noite anterior. Como faria para encontrar com ambos novamente??

Após deixas as compras na cozinha, Benjamin subiu para o quarto e pegou seu notebook na mesinha de estudos, sentou-se na cama, colocando o computador sobre suas coxas. Ele ligou a máquina e abriu na página de buscas, pesquisando primeiro o nome Logan White.

De cara já apareceu uma foto de Logan na tela, o homem vestia um belo terno azul marinho, seus cabelos estavam presos em um coque e ele tinha um olhar sério, mostrando ser um homem de negócios, diferente do que Ben havia visto no mercado, onde o encontrara totalmente descontraído.

— Nossa, você fica ainda mais gato de terno senhor Logan. — Ben disse baixinho para si mesmo.

Ele abriu a página, em um site, vendo algumas informações sobre Logan.

" Logan White, 26 anos, Presidente da Music Pacific White e produtor musical da banda norte América BlueVoda...."

Benjamin continuou lendo sobre as poucas coisas que tinha ali sobre Logan, resumindo eram apenas informações profissionais, não havia nada que falasse sobre a vida daquele homem.

Ben então entrou no site da produtora musical, deu uma vasculhada e anotou na agenda de seu celular o contato, na mera intenção de tentar marcar um horário para sua banda de rock.

Já não tendo mais o que vasculhar sobre o empresário, Ben escreveu na barra de pesquisas " Lobisomem ". Queria saber tudo sobre esse assunto, precisava estar preparado para ir atrás daquele monstro, estava totalmente intrigado, por que ele o largou e saiu correndo?

Benjamin descobriu que lobisomens não possuem discernimento, eles são frios e sanguinários, aparecem apenas em noite de lua cheia, são criaturas extremamente fortes, ágeis, velozes e possuem os sentidos mais aguçados, como olfato, visão e audição. O que enfraquecia um lobisomem era um eclipse lunar e balas de prata os matavam.

Benjamin não conseguiu não rir de tudo aquilo, parecia mais coisa de filmes de terror, será que tudo aquilo era mesmo real?

Em outra página ele descobriu que lobisomens podem nascer assim, passado pelo gene do pai ou se tornar um lobisomem ao ser atacado por um e permanecer vivo. Essa parte deixou Benjamin totalmente arrepiado. Ele esfregou seus

braços, pensando na sorte que teve tanto em estar vivo quanto por não ter sido atacado por ele.

Duas batidas na porta o acordaram de seus pensamentos.

— Oi

— Ben, sua avó está chamando para almoçar.

— Já estou indo vovô.

Ben deixou o notebook sobre a cama e saiu do quarto rumo a cozinha.

Ao entrar, seus avós já estavam sentados à mesa o aguardando, o cheiro da comida estava maravilhoso, causando uma deliciosa sensação de nostalgia em Ben, que o fez lembrar de sua infância, quando ele e sua mãe iam nas férias para lá.

— Aposto que fez aquele peixe ao molho, acertei vovó?

— Oh Ben, você se lembrou.

— Claro que sim vovó, é a melhor comida do mundo. — Bem disse sorrindo para sua avó. — Isso e a sua carne assada.

— Eu sempre digo isso a ela. — Vovô Tom disse sorrindo enquanto colocava a comida em seu prato.

Eles comiam com vontade a comida da vovó Grace, que tinha um tempero suave, e o peixe desmanchava em suas bocas, quando Tom resolveu tocar no assunto que saiu no noticiário naquela manhã.

— Grace, você viu que houve mais um ataque?

— Oh. Não vi Tom, mais um? — Grace disse surpresa, enquanto limpava a boca com o guardanapo. — Alguém que conhecemos?

— Jackson da loja de materiais de pesca.

— Céus um rapaz tão jovem.

— Do que estão falando? Ataque?

Ben perguntou curioso. Será que estariam falando da fera? A mesma que quase o atacou?

— Tem um animal à solta por aí, ele ataca e mata as pessoas e os animais da cidade, isso já tem uns seis meses.

— Deve ser o lobisomem que eu vi ontem vovó. Só pode ser. — Benjamin disse ansioso.

Tom olhou de Ben para Grace, seu olhar era curioso e confuso.

— Lobisomem? Você viu? Como assim Ben?

Benjamin tomou um gole do suco de laranja e olhou para seu avô, diferente de Grace, Tom era menos cético sobre as coisas sobrenaturais.

— Na noite passada eu saí para dar uma volta, fui a um bar na cidade vizinha, quando eu estava voltando fui perseguido por uma fera, eu não sabia exatamente o que era até ele me agarrar no estacionamento do mercado.

Tom olhava para Benjamin demonstrando seu espanto.

— Céus Benjamin, ele o atacou?

Tom se levantou apavorado, ele olhou os braços de Benjamin, o pescoço e foi erguendo a camiseta de seu neto, totalmente preocupado, tentando verificar se ele estava ferido.

— Ei. Não vovô. — Ben se esquivou se levantando.

— Ele só segurou meus braços, depois me encarou de um jeito estranho e saiu correndo, sumiu bosque adentro.

— Ele não te matou e não te atacou? Que horas foi isso?

— Eu não sei vovô. Fica calmo.

— Ficar calmo? Ben você podia estar morto ou até mesmo ser marcado.

Ben olhou com estranheza para seu avô enquanto sua avó que observava tudo se levantou irritada.

— Oras Tom, o menino já vive no mundo da lua, não encha a cabeça dele com essas baboseiras.

— Não são baboseiras Grace, o xerife precisa saber disso. — Tom olhou sério para seu neto. — Vamos Benjamin, vamos a delegacia agora mesmo.

— Tom, deixe de besteiro. — Vovó Grace gritou indo atrás de seu marido e seu neto. — Tom, volte aqui. Termine de almoçar primeiro.

Tom saiu puxando Benjamin pelo braço apressadamente, ignorando os gritos de Grace. Eles entraram no velho carro do vovô Tom, Benjamin ainda estava assustado e confuso com a reação de seu avô. E o que seria aquilo de "Marcado "? Ele não estava mais entendendo nada do que acontecia ali.

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