Trabalho incessante

Após o anúncio a mídia estava eufórica, todos puderam fazer duas perguntas e Logan as respondeu com toda a simpatia que ele não tinha, sempre sério e respondendo de forma simples e direta.

Ele finalizou e saiu dizendo apenas um " Isso é tudo".

Logan estava cansado e não via a hora de ir para casa, onde poderia finalmente descansar, mas se lembrou que havia recentemente vendido seu apartamento de Nova York, não que ele realmente quisesse estar ali novamente, não depois do que aconteceu.

Assim que entrou no elevador, viu Lia entrando logo em seguida e lhe entregando um pequeno cartão.

— Senhor White, fiz uma reserva para o senhor neste hotel, é a duas quadras daqui. Sei que deve estar cansado.

Ele pegou o cartão em suas mãos e o levou ao bolso da calça.

— Obrigado Lia, você nunca decepciona. Agora vá para casa, não se atreva a ficar aqui até tarde. O que tiver que resolver, resolva amanhã.

— Sim senhor White.

A porta do elevador abre e Logan sai pelo saguão, enquanto Lia sobe novamente para pegar suas coisas e ir para casa descansar.

Logan sai do prédio encontrando a frente mais cheia do que estava pela manhã, ele simplesmente ignorou as pessoas ali que gritavam por ele, estava cansado e sentia uma leve dor de cabeça.

Apressado ele foi junto com os seguranças até o carro, onde o motorista já o aguardava com o motor ligado. Assim que entrou no veículo viu o carro partir. Ele sabia que Lia devia ter avisado ao motorista para onde ir, então nada disse, apenas encostou a cabeça no banco do carro e fechou os olhos, mas a viagem foi tão curta que logo sentiu o veículo parando. Ele abriu os olhos vendo o hotel 5 estrelas ali ao lado, ele já havia ficado algumas vezes naquele hotel, apesar de preferir um outro, que ficava um pouco mais distante.

O motorista desceu apressado pegando sua mala no porta-malas e entregando a ele que agradeceu e entrou apressado no hotel.

Logan subiu para o andar indicado no cartão e entrou no quarto, utilizando o cartão de acesso dado a ele por Lia.

Logan foi logo tirando os sapatos e a gravata ao mesmo tempo, queria tirar logo aquele terno sufocante e assim o fez. Depois de se despir, Logan tomou um banho rápido e após vestir-se mais à vontade, ligou para o serviço de quarto, solicitando um jantar com um bife mal passado.

O jantar chegou rápido, para a alegria de Logan que comeu a carne com tanta vontade que parecia uma presa à sua frente, seu desejo era tanto que nem se deu ao luxo de usar os talheres, tendo em vista que estava sozinho naquele quarto e ninguém veria tal cena grotesca.

No dia seguinte Logan voltou ao prédio de sua empresa. Ainda tinha algumas pendências para resolver e reuniões para cumprir. O dia foi tão atarefado que ele ao nem ao menos viu passar, apenas percebendo o horário quando Lia bateu a sua porta.

— Senhor White, precisa de mais alguma coisa?

Ele olhou a horas em seu Rolex e assustou quando viu ser nove da noite.

— Não Lia, já devia ter ido a três horas atrás.

Lia sorriu para ele dando de ombros.

— Sabe que não me importo, prefiro estar aqui a estar em casa, de qualquer jeito.

— Problemas no casamento?

— Digamos que sim. —  Lia esboça uma expressão chateada, com um leve sorriso lateral. — Bom, vou indo então.

— Bom descanso.

— Obrigada.

Lia saiu e Logan arrumou as coisas em sua mesa, sempre fora um homem muito metódico e gostava das coisas sempre bem-organizadas.

Ele saiu apagando a luz de sua sala e indo novamente para o hotel, não via a necessidade de comprar outro apartamento por enquanto, pois seus planos era de fixar na pequena cidade onde podia ter paz e tranquilidade e lá poderia se esconder, esconder sua condição, algo que em Nova York seria bem difícil, isso ele já havia percebido, de uma forma nada legal.

Após três dias de muito trabalho, Logan finalmente entrou no avião rumo à Illgen City, não via a hora de chegar na paz e sossego de sua casa, poder nadar nas águas frias do lago e tomar umas boas garrafas de cerveja gelada.

Chegando no aeroporto ele foi ao estacionamento onde havia deixado seu carro e ao entrar no carro afrouxou a gravata, ficando um pouco mais à vontade. Ele saiu dali ligando o som do carro e olhando para os lados, enquanto saía do estacionamento.

Enquanto dirigia foi mudando as estações de rádio, mas não havia músicas interessantes ao seu ouvido naquele momento, então se lembrou do pen drive em seu bolso, tendo em vista que ele havia colocado o mesmo terno daquele dia. Com tinha intensão de ouvir as músicas contidas ali, ele pegou o pen drive o conectando no rádio e logo o rock começou a tocar no som enquanto Logan dirigia pela estrada até a cidade de Illgen.

A música era perfeita aos ouvidos, a voz do vocalista fazia os pelos de sua nuca arrepiar, era exatamente um mel para os ouvidos e perfeita misturada ao som da guitarra. Era realmente uma banda com muito potencial, ele prestava atenção ao som e nem notou quando cruzou a placa de " Bem-vindos a cidade de Illgen City.

O empresário foi direto ao mercado de sempre, precisava reabastecer a geladeira. Ele ajeitou a gravata e saiu do carro nem notando que seu cabelo que estava preso em um coque estava com os fios bagunçados na parte da frente.

No mercado, com a cestinha pendurada em seu braço, ele caminhou até o açougue, onde pegou algumas bandejas de carne, depois pegou algumas cervejas e por último pegou dois limões, ao olhar para a bancada dos limões, ele não teve como não sorrir, afinal, seus sonhos eróticos com Benjamin se passavam sempre ali.

— Admirando as frutas Sr. White?

Ele ouviu uma voz que fez sua espinha gelar de uma forma deliciosa. Ao se virar viu Benjamin segurando como em seu sonho vários itens em seus braços. Isso fez sua mente viajar e um sorriso brotar em seus lábios.

— Sim e não Benjamin. Como está? Ainda não aprendeu a utilidade dos cestos?

Benjamin sorriu ao ouvir aquilo, olhou para seus braços, dando de ombros e em seguida voltou a olhar para Logan.

— É. Talvez um dia eu aprenda. — Benjamim responde ainda o olhando e sem perceber, morde o canto da boca.

White olhava para Ben de forma calorosa e Benjamin sorria com as bochechas coradas pela piada sobre as cestinhas. Ambos permaneceram ali se encarando sem dizer nada, como se estivessem hipnotizados um pelo outro, como se no mundo não houvesse nada e nem ninguém.

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