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    A cidade sempre teve noites tranquilas, agora elas eram mais do que tranquilas, eram taciturnas. O eventual uivo de um cão ao longe, ou o barulho de algum animal rompendo as sacolas de lixo que jamais foram recolhidas rompiam o silêncio e deixavam o ambiente sombrio. O cenário de destruição, iluminado pelos postes que não tiveram as lâmpadas estouradas tinha algo de belo.  As árvores se agitavam preguiçosamente, cedendo ao vento ou sendo atacadas por morcegos que roubavam seus frutos. Os carros espalhados desordenadamente pelas ruas pareciam querer prenunciar um mundo abandonado pela humanidade. Conforme as luzes da cidade diminuíam, a luz da lua e das estrelas se tornava mais intensa. E quase ninguém apreciava a beleza da noite sombria.

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