CAPÍTULO II
O diário de um lobo boêmio.
Poesia e boemia, terceiro ato.
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Leon o poeta solitário.
Tomava uma cerveja. O dia havia proporcionado grandes desafios. Enquanto ouvia os trovões e esperava ansiosamente pela chuva anunciada decidi acender um cigarro. É estranho como esse clima mexe comigo. Sinto como se houvessem dentro do meu ser diversas pessoas ao mesmo tempo. E apenas uma querendo sair. Aquele escritor, poeta esquecido, jogado a sarjeta. Existe uma mistura de sentimentos me consumindo e não sei expor tudo que passou naquela noite. Os postes sempre eles com sua luz bela clareando a escuridão do mundo, apenas eles são testemunhas das minhas aventuras solitárias. Deus será que ele está assistindo a isso tudo? Ou melhor, será que existe um Deus? Devaneios a parte apenas alimentei um desejo, gostaria de morar na rua. A vida dos outros são tão simples, meu querido amigo, estou te escrevendo. Espero que tenha tempo para ler essas linhas. Amei como ninguém foi capaz de amar, senti como nenhum outro alguém pode fazê-lo e tudo que tive foi desprezo da pessoa que mais me entreguei. Os relâmpagos reluziam no céu e a cada trovejada meu coração batia mais forte. O que fiz de errado será que furei Jesus
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enquanto ele estava crucificado? Um poeta perdido, no meio dessa silenciosa noite. Durante o dia sou rodeado de amigos, pessoas a qual eu estimo e são deveras valiosas. Mas somente a madrugada é capaz de me abraçar como eu gosto. Tantas coisas passam em nossa vida e nem nos damos conta disso, pessoas entram e saem em um passe de mágicas e cada uma delas seguindo seus respectivos rumos. Um brinde a seu sucesso, um brinde a sua conquista... Mas nada disso é tão reconfortante e singular quanto à paisagem da noite, ver a cerveja se acabar e sentir a fumaça do cigarro subindo por minha face. A chuva da o ar da sua graça começa a golpear meu corpo que estendo ao chão da avenida desabitada. Sinto cada pancada de partícula de vida em meu ser e lágrimas começam a correr por meu rosto. Querido amigo, nesse instante eu me senti infinito. Levanto-me depressa e em um frenesi corro em direção a minha casa. Um filme passa em minha mente, aquele sorriso que me encanta, meus amigos me incentivando, o sonho de ter um livro publicado, o sonho de ser livre. Abro a porta da minha casa em uma velocidade tal que faz com que minha tia se assuste e dê um pulo do sofá- O que é isso Leon? – Nem dou atenção, estou focado em um único alvo. É ela que eu desejo. É para ela que estou correndo. Então a encontro, estirada na minha cama, a pego em meus
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braços e corro novamente em direção a rua. Sem me dar conta que a chuva estava cada vez mais impiedosa eu me abrigo ao lado de um mendigo. Então a coloco no chão. - Você está bem cara? – me pergunta o andarilho. Eu apenas dou uma risada e respondo. - Vim até aqui para viver. Foi quando comecei a teclar nela, minha máquina de escrever, minha confidente e minha melhor amiga. Somente ela é capaz de entender o que passa dentro da minha mente. A chuva continuava, e eu, um poeta solitário disparando golpes incansavelmente. Meu nome é Leon.
Renan Borges 08.11.14
Coração quebrado e uísque derramado
O caos está em uma dose de uísque. E ao mesmo tempo em que você engole também lhe transparece a verdade e a liberdade
E o fogo. A fervente inteligência perdida, esmagando-se, canalizando almas, essas minúsculas almas do mundo. A compreensão no fim da garrafa é nula. Porém bêbada ela voa, se congela e se queima... Acordei um dia de cada vez e vivi assim. Viver um dia de cada vez... E quando eu me lembrar dela e seu sorriso, Tomar mais uma vez um belo
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copo de uísque. O sol queima minha mente. Tudo que desejo é abraça-la. Sentir o calor apenas de seu corpo no meu. Só isso. Saber que existe um tipo de salvação. E traga-me mais uma dose caos enquanto isso.
‘’Mulher e cerveja... Um sangue contínuo, Um amor contínuo. ’’
Tudo começou quando eu cheguei naquele bar na cidade que nunca dorme. Dei uma circulada por dentro enquanto curtia a banda, procurando um vestígio de vida e alma em alguma coisa, em alguém, além do puro rock n roll e as garrafas de cerveja... Foi quando a vi, ali parada próxima ao balcão. Ela era a própria devastadora dos sonhos de qualquer homem. Mas por alguma razão ela não enxergava mais isso ou não sabia... Coisas do coração... Ela bebia e bebia. A cerveja corria por suas veias e seus lábios degustavam. Eu percebia que havia algo nela, aquela alma que eu procurava. Mas era só olhar para os seus olhos que a gente percebia. Estava quebrada, desfragmentada e perdida. E ela bebia e bebia Ela bebia até onde iria? Ela era o próprio veneno e o antidoto a própria beleza e a poesia e eu poderia lhe dar qualquer coisa para provar... Eu lhe construiria o Taj Mahal os pilares proibidos, E civilizações perdidas eu
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encontraria seria a mudança que o mundo queria... Conquistar-lhe-ia o céu e o oceano
As palavras constroem impérios que só você derrotaria, Eu lhe construiria novamente só para ti as pirâmides do Egito. O que mais eu poderia? Enquanto isso... E ela bebia até onde podia e eu acompanhava e ela não sabia, mas eu aguentaria até o inferno... Só para ver o que aconteceria... Ela me olhou com aquele olhar cínico Acho que ela pensou que eu fosse Bukowski ou um gênio louco que acabara de escapar da prisão ou um viajante solitário em sua motocicleta em busca de aventura, Mas ela se esqueceu de como é acreditar... Talvez eu seja como ela, um sonhador que deseja ter também novamente um coração... E mesmo que os homens que passasse ela via que podia ter qualquer um agora, não era o que ela queria. Fugi dela, senti que seria crucificado, mas ela me seguia... Então me chamou perguntou quem eu era... Eu disse, responda primeiro e responda pra si mesmo também. É o amor que procura? Enquanto isso a gente bebia, Ela bebia, Bebia até cair. Se é que isso ocorreria... Será que o amor nos encontraria?
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O amor é um cão de ressaca.
Acordei meio puto da vida já acostumado com as pancadas que a coisa toda causa isso nos ensina a ser mais duro e mais sério perante certas situações, isso faz um bom escritor ou não, não importa na verdade isso faz uma boa dor de cabeça, uma confusão de amores quebrados, perdidos e desencontros, além das compreensões, novamente estava lá eu estagnado no colchão da sala jogado em meus pensamentos e com uma ressaca dos infernos. Mas estava um calor infernal, abri a geladeira, seminu, E saquei uma cerveja, abri e descendo de uma forma gelada. E maravilhosa igual os beijos da minha amada, no fim dos tragos. Dentro da jarra estourei um ovo e mandei para dentro, senti meu corpo. Todo ferver a energia boa, saudades de uma boa carne molhada, Fez-me remeter a noite inconsequente de ontem, bêbado de sentimento, intenso e imerso no desespero, Após perambular pela noite igual um vadio, um cão sem dono, Uma noite de relatos pecaminosos tristes após uma conversa. Na noite anterior com minha mulher, terminara tudo comigo! Eis o que fiz... Enquanto eu passava por um beco escuro e frio onde as prostitutas me encaravam,. Puxavam-me e outras das altas janelas com suas cigarrilhas, gritavam para eu sucumbir o desejo de entrar,
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pagar e fodê-las, não o fiz. Dei mais uma talagada na cerveja, quando parei, Eu sentei sozinho na sarjeta, na viela da esperança, observando a estação de trem suja, papéis voando, pessoas indo e vindo, moradores de rua resmungando, a vida comendo a vida, a verdadeira realidade ácida, crua e visceral nos olhos obscenos românticos da maldade fervente buscando uma luz, Enquanto eu estava ali descansando no chão, Deparei com
nos olhos dizendo-me que pertenço á alguma, ela precisa me resgatar, minha alma não é mais do mundo. E pensei, será? Eis minha
lenda, minha caminhada. A aventura férvida da vida diária caótica e difícil desenhada, E nada, um homem nada, quadro vazio, Instante
que paira no ar; Que para o coração...
Naquele momento. Levantei-me e fui para casa a pé buscando na magia da madrugada
a perdida fé. De minhas palavras jogadas por aí. Buscando ela, as razões egoístas que meu espírito queria, só mais uma vez ela me
chamando de amor e me abraçando, mordendo-me, respirando próximo de meu pescoço e puxando meu cabelo, olhando nos meus olhos, só mais um beijo dela...
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O caminhar perdido.
O olhar de calor, A fome do fogo. A luz do sonho. O vidro da mente. Desmente o reflexo do inconsciente. Na lagoa da percepção. No cosmo do nascer da criação. A vida possui algumas incoerências engraçada e tristes e ignorantes. Ás vezes no meu serviço ou numa estação, Eu olho em volta e só vejo retardadas almas incapacitados de pensar. Sinto falta do brilho que me laça da arte que me cativa, Hipnotiza-me de paixão e inspiração, Sou viciado por ela, sou dependente dela, Vosso sarau de fato é um episódio de nirvana naquele instante, Que se vai da infância até a profética, poetização...
Estou escravizado no tempo e na labuta existencial obrigatória. Esse maldito contemporâneo tempo universal, existencial. Sou pego fazendo minha arte e punido fazendo o que deveria estar exercendo. Essa fatídica consequência das coisas me remetem as situações embora remotas um tanto quanto nostálgicas do ponto de vista inocente do ser. A mosca que pousa na gota da bile da flor. Serpente que dá o bote puro sem vingança. Predação do escorpião nos venenos desertos. Nas areias da ilusão perdidas do medo, da chama da escuridão, Nos reis aos plebeus
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que sucumbem, A terra que come os restos mortais da própria terra. A abelha que engole a ebulição de sua rainha e sucumbe. Formiga que faz cem vezes mais peso carregando suas folhas arquiteta arte. Aranha no fio de existência fria e humana no teto do desespero. Natureza, perfeição, poderosa, libertação. Eis o sentido de sentir, Imortalidade e a engenharia cósmica. O homem mortal é limitado nessa mesa universal, Além que nossa noção da mente seja infinita, Nossa vida, nosso dia, nosso amanhã é episódico, Um grito á tudo isso, a felicidade que vem se propaga e se vai, Espalha-se, a morte que se torna vida na porta da outra dimensão. Do outro plano além, que somente nosso alinhamento puro alcança. As fotografias atemporais dessa jornada. O marfim esculpido. O sopro do desejo o toque do menino, A claridade do eterno. O que é de fato importante? Importa, importo, eu porto, eu carrego, eu levo comigo... O que carregas? O que levas consigo? O que transportas? O que doas? Pelo o que lutas? Pelo o que amas? Pelo o que sangras? Se sangrares, se choras... Morreis de tempo e de caridade. Mundo se secou a luz se secou o frio evaporou, O coração colidiu chumbado nas nuvens. E o poeta acordou querendo retomar a vida que lhe foi dada, Ao máximo que lhe pode ser dada, ao suspiro eterno da boa vontade, A vida além da vida, sempre nesse
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caminhar perdido, Sabe-se ele o verdadeiro sentido... Será que de fato é perdido? Criogenia... Suas letras e devaneios que atravessa incandescente todas as noites.
Os últimos românticos que bebiam uísque e Heineken.
Sim, segundo a minha grande amiga Janis. Era isso... E mais do que isso. Ela sempre me contava suas histórias do passado. Enquanto bebíamos incontáveis cervejas. Recordava-se de tudo... Além do que já testemunhei, era engraçado imaginar. Aquilo tudo, reviver e viajar... As aventuras por todo lugar nos moto clubes, Os inseparáveis amigos do passado. Janis, Sabbath, Slash, Lia, Orfeu, Roxxane. Apesar de que tive o prazer de conhecê-los exceto o Orfeu, Pensar que quem poderia ter sido dessa geração passada, justamente eu. As novas e as velhas memórias e momentos...
Bebedeiras loucas e drenadas até o amanhecer. As luzes da cidade não davam conta... As estradas não davam conta... Os bares não davam conta... E ainda não dão...
Haja uísque, haja vinho, haja cerveja, malditos postos de gasolina, Long necks e latas e latas e mais cerveja e música até geralmente as
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Sete ou oito da manhã... O eterno chamado do mundo a muito rock n roll que ia além do limite entre o puro sentimento do coração e ao sexo selvagem.
Dirty Jack.
Pias sujas, Mentes sujas, Empresas sujas. Política suja, Governo sujo, Bancos sujos. Dinheiro sujo, Becos e vielas sujas. Salas cheias, Salas vazias, Salas sujas. Corações...
Bares sujos, Melodia suja. Sentimento sujo, Verdade suja, Corações sujos, Romances sujos, Respiração suja. Esperança suja, Palavras sujas, Existência suja, Jardins sujos, Pessoas sujas, Almas sujas, Sexo sujo, Gritos sujo, Noite suja. Sujo fim, Fim sujo. Tempo sujos livros sujos, Mídia suja Suga. Fuja. Sujo, Suja, Fujo, Fuja. Exploda, Expanda, Para a pureza. Dizime toda essa sujeira... Surja...
Surja... De alguma forma não estou conseguindo. Não deixe seu amanhecer ser sujo sua sabedoria ser suja... Lute, Seja, surja.
Mulheres.
Têm sido tempos deveras remotamente conturbados, agitados, caóticos em vários sentidos, os que posso expressar os que tento expressar e os que não consigo expressar.
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Desde meados de agosto, diversas coisas aconteceram. Fixei minha ideia de virar a noite na rebeldia bela e fria do infernal sonho poético. Aquele que me consumara um poeta errôneo. Não havia mais volta. Eu estava mergulhado na paixão perdida das letras boêmias. Minha cerveja tinha gosto de palavras, muita diferentemente de cada verso que soltava. Selvagemente pela vida afora. Minha jaqueta de couro já estava acostumada a minhas aventuras amorosas e fracassadas de um escritor buscando sempre sua constante estrada de existência. Até que as coisas acontecem de uma forma mágica ás vezes silenciosa ás vezes barulhenta. Desde meados de setembro, diversas coisas aconteceram. Meu livro lançado, minha tatuagem poética marcada eternamente em meu braço esquerdo. ''Meu livro lançado... '' Como é belo ler isso! Caminho pelas ruas e vejo os postes piscando. Acendo um cigarro em delírio boêmio. Encaro as luzes e as noites deixam sentir sempre, como me apaixono por essa essência. A cerveja é um sangue contínuo e um amor contínuo... Dizia o velho mestre. Oh maldita solidão que enforca seja no trabalho, em casa ou na rua da vida. Até que a chama sexual me consumira e isso tudo se fora... No fundo sempre existem aqueles resquícios de escritor quebrado pela sombra sozinha. Mas isso não é grande coisa... Segui o caminho da vida em plenitude de sua
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beleza. Ah mulheres! Como vocês completam nossa existência! A rua está escura, folhas e jornais sujos e rasgados voam. a rua limpa, molhada, diversas esquinas sem vida, sem um pingo de piedade nesse mundo, a chama perdida, a liberdade congelante, nenhuma alma penada perdida como a minha para me fazer companhia, uma prosa solitária, um detalhamento rústico e romântico, perigoso e mortal. Conforme vou caminhando as casas se apagam, os postem também, alguns carros passam e seguem seu destino. Cachorros surgem e desaparecem na escuridão, moradores de rua também fitam meus olhos e somem mergulhados no vento frio, com suas asas de anjos e bermudas rasgadas, sujos fisicamente e puramente salvadores ou cretinos sangrentos esfomeados. O meu surrealismo psicodélico ás vezes me assombra. Vejo diversas taças de vinho se quebrando, garrafas se espatifando. Uísque, banhando o céu cinzento. E a rua ainda estava ali viva e pulsante suavemente, como a batida de um coração. E eu seguia em diante. Pensamentos frenéticos e memórias belas me consumiam. Sempre andava encarando o mundo injetado de adrenalina nessas horas. Apenas alguns postes ás vezes me fazem companhia e refletem a luz do meu pensamento sobre elas. Sempre elas. E vi cada uma delas, ali bem ali pintadas pelo mais belo artista. Seus belos rostos no céu em
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meio a neblina mista de minha cabeça. Todas sorrindo, todas as mulheres da minha vida. E uma a uma ia desaparecendo como uma fumaça suave que seguia seu fim pelo vento nebuloso dos meus sonhos arrasados. Perdidas... Uma a uma... Fui enxergando claramente, suas passagens por minha vida. Em seus mais belos momentos, como me entreguei para elas, como me concederam satisfações infinitas e memórias eternas, mas também repulsa e cólera que gostaria de esquecer, além de mágoas e corações quebrados como vidro frágil e decepções como mergulhar em um lago congelado. Mas ainda sim sempre possuírem sua beleza, cada uma por sua bela existência. Seu amor próprio, suas dúvidas e tristezas arrasadas...
Dores absurdas e questionamentos perturbadores e traumas passados de homens que jamais deveriam ter cruzado seus caminhos e as feito machucar e enlouquecer...
Até que sobre uma, apenas uma para que me salve constantemente como sempre preciso. Dessa noite fugaz desse meu homem-nada
que ás vezes sente ser tão completo que transborda e fazendo nosso nome no mundo não é fácil. Mas sabendo que deixei marcado
em seu coração nada mais importa. Esperando que minha completa pessoa
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também esteja em ti. Ah se eu pudesse mudar tudo. Todas elas e retirar de seus lindos sentimentos a dor, a absurda dor. A dúvida, o desespero, a frustração, a culpa ou não, a traição, as palavras ditas ou as palavras não ditas, o futuro renomado e esperançoso. Oh senhor, não me deixe afundar, lance-me um raio se um dia a certa eu deixar partir. Entrarei com os dois pés na porta de uma igreja e jogarei meu livro no centro do templo. Entrarei meio bêbado, chorando e com ódio e tristeza e as paredes sentirão a melancolia do amor. Essas catedrais góticas com padres católicos drenados por fé. Então me mostre seu poder! E as vidraças se estremecerão e os bancos se esvaziarão. Meu manuscrito poético com páginas ainda esperançosas em frente a cruz salvadora e julgadora. E caio de joelhos uma lágrima se esvai da intensidade fálica de meu momento mais sagaz e ao mesmo tempo pobre. A minha alma grita luz e meu coração grita amor. Ali estou encarando o homem pendurado. Acendo um cigarro, Dou mais um trago na bebida. A garrafa escapa e se espatifa. Tudo se quebra e se perde não é mesmo? Será que a verei um dia, me completar como aqueles sábados ou maravilhosos que algumas dessas minhas musas perdidas me concediam? Família, compreensão, verdade, emoção, acolhimento, abraços e beijos. Votos de amizade, sexo, amor, confiança, compaixão... Ela sozinha na
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praia, se revirando na areia e me chamando para deitar ali com ela. A luz matinal no banhando até o anoitecer. E o pôr do sol fazendo sua sinfonia final até entregar nossa união para a chegada da noite. Acordo e tudo isso desapareceu. Até quando as mulheres continuarão me encontrando e eu as amando. Um dia que houve somente aquela que me enlouqueceu que eu achava ser para sempre. Que eu a amaria, mas fui para debaixo da ponte, e minha alma reaprendeu a respirar e a andar. Espero que não seja sempre assim. Espero. Lembro-me bem dias e noites conversando com as próprias mulheres sobre isso também. Muitas delas também perdidas e quebradas, com lágrimas de diamante que eu destruiria uma galáxia máxima para poder deixar elas bem e jamais chorar em vão. Diversas noites conversando com King e bebendo e ouvindo melodias góticas. Ele dizendo-me que elas são aquilo que as transformarmos antes que nos abandonem. Pois se bajulamos nos quebram e se não fazemos casos também não é certo. Maldito jogo de ciúme e relacionamentos e então fomos até minha casa e fizemos um prato de comida cheio de carne de porco para um morador de rua que conversava conosco no posto também falando de mulheres e será que ele havia ido para debaixo da ponte por causa de uma? Impossível esquecer diversos dias que eu e meu grande amigo Cody.
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Poetávamos pela cidade noite toda filosofando sobre as lamúrias de mulheres. Ouvindo hard rock e pensando e questionando. Uma vez ele gastou muitos reais em cerveja e ainda acabamos em um puteiro. Deveras irônico e eu sempre dava o meu máximo nelas, pois amava a maneira que o sol as tocava na cama quando amanhecia, e como elas gritavam, oh meu Elvis italiano. Enfim, sempre acabávamos na praça bebendo até o amanhecer. Relatando com o fundo do coração as mulheres que realmente amamos nessa vida. O dia ia nascendo e deitávamos na grama, fumávamos vários cigarros e várias musicas iam se passando. Observávamos o rio podre de nossa cidade. Pensávamos com nós mesmos... Talvez exista solução para nosso coração que está só e sujo assim como para esse rio? Pois em algum lugar existe uma nascente pura e limpa e ele jamais para e em algum lugar ele vai chegar, talvez seja assim conosco também. Tudo que desejávamos era ver os amores da nossa vida aparecendo em meia àquela perdida rua solitária, nos meios das luzes dos postes ou do amanhecer naquela bela manhã de quarta-feira, fugiríamos com elas, podia ser apenas um dia, o único, o último dia, Mas isso jamais ocorreria e novamente estávamos lá tendo que encarar tudo isso novamente. Houve uma vez também que quando eu ia até a casa delas e muitas eram jovens ainda de maior, mas moravam
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com seus pais, e eu conseguia ter atenção, carinho, confiança suficiente para conquistar a família inteira delas. Sentia-me acolhido, como se houvesse amor verdadeiro naquela relação reciproca e séria que construíamos e era lindo. Tardes de sábado e eu pensava, Meu deus por onde eu estava nesse mundo? Era bom demais todo esse sentimento, mas uma hora passaria. Mas as que me passavam isso eu jamais esqueceria. Simplesmente também para compensar aquelas que me quebraram em tantas partes que nem mesmo uma estrela seria assim... E as noites chegavam e eu precisava ir embora, a cerveja voltava o cigarro se acendia sozinho e logo chegava à noite me abraçando e jogando-me em frente a minha máquina de escrever. Tantos pelas testemunhas das mulheres de Vênus, mãe da destruição a deusa Kali, quanto às mulheres milagrosas do nosso destino salvador, poeticamente sagradas e sexualmente marcantes. A inocência no coração, a malícia no olhar, não importa elas sempre se tornam a minha literatura, livros da minha jornada interminável por amor, amor verdadeiro. Oh mulheres!
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Na toca do coelho branco.Vivemos diante dos medos e temores de nossa mente? Uma fuga sagaz ao que nos transparece uma lúcida loucura desafiando esse mundo racional sem o vivo sentimentalismo libertário. Onde estamos? Para onde fomos parar? O que nos tornamos?Uma incógnita perdida, misteriosa, com alguns segredos sufocados, Ou palavras sufocadas, danificadas sem habilidade... Que não fazem questão de tocar e alcançar e enxergar o vislumbre entre as cortinas do mundo de nossa essência. E não podemos perder a coragem, os nossos sonhos como chuva de verão. Por toda a cidade, dia após dia, já cansados, sem saber mais o que é sentir o gosto da eternidade, nos l
70compreende, está tudo aprisionado e difícil, isolação, libertação, paixão... Que danço bêbado constantemente vendo a plateia se queimar e sorrir. Queria tanto uma verdade heroica, um ego destroçado, uma poesia de amor infinita e compreendida, ou nada, mas o marco sobrevive... Peregrinando... Pela vida...Sempre será assim... Rindo melancolicamente e se deixar queimar ou não, triste é o vagabundo que sabe tudo isso. Ou o iluminado que seria capaz de chorar sorrindo, ou sorrir chorando. Por amar por necessidade escrever quanto respirar... O escritor.Loucuras e boemias.
80tempo que passou ou as pessoas que vieram e se foram... Isso é a vida... Essa explosão de paixão que pulsa essa força desconhecida que nos impulsiona que no fundo nos olha e nos ergue e nos faz emociona... Pois é algo atemporal enquanto passamos por aqui...Desde o dia que nascemos... Dizem que as grandes estrelas nascem de explosões cósmicas dos buracos negros, e que nós somos partículas de estrelas pelo empoeirado infinito universo cósmico de energia e parte disso tudo desde o dia que nascemos também por isso me cativa e orgulha minha alma de compartilhar e espalhar tanto amor contigo, Tenha orgulho da estrela que é e de sua data, de sua pessoa, jamais aceite menos, pois é o que você transmite, do que você emana, celebre isso.
91salte fora dessa selva, que eu possa encontrar uma mística beleza jovem, doce, caseira, tomando conta de mim. Onde está ela? Posso dar o que deseja? Botar as coisas no papel com mais força e mais limpa e afiada do que nunca. E algo saiu de mim nesse momento e estou contemporizando e obstruindo a passagem do tempo e obstruindo a vida e o amanhã. Os lobos uivam, o céu vermelho e negro, se eu morrer que seja na california, na praia, em algum lugar onde podemos tocar os sonhos... Sem medo e sem frio, Onde haja você. ‘’É tudo que temos.Há quanto tempo mais passarei vivendo, vendo a vida passar e sabendo... Que você foi e
102Uivos.- O encontro do lobo ômega com suamatilha poética.1Estou deixando minha mente viajar de voltar àquele instante em que me tornei o lobo da poesia uivante e encontrei minha alcateia.A chuva cai maravilhosamente na janela. O barulho dela me fascina, marca o vidro suavemente e a luz dos relâmpagos. Refletemcomo uma obra de arte prateada e azu
114 infernal, Com seus punhos, gritos e palavras... Letras, cólera, compaixão, Aos desafios e desaforos, as brigas e as calmarias, pássaros alheios, Aos bêbados deuses, aos perigos sem fim, as estradas e suas filosofias, Há uma âncora em mim... No coração, na alma no pensamento sem fim, Oh velho lobo do mar, oh sangrento uivo vermelho... O amor é a âncora... Ou afunda ou estagna um porto seguro... Vivemos a mercê dos mares desconhecidos do amanhã da vida, da nossa alma, mente e coração. Somos capitães perdidos na tempestade da existência... ‘’Uma representação que separa a âncora em duas partes: O semicírculo virado para cima (o mundo espiritual) é coroado pela cruz da matéria, que representa a existência real e contínua no mundo material.
125meu nome... Fico sempre deveras ansioso para cantar... Havia uma loira peituda e coxuda na mesa com a amiga dela, fuzilando-me com o olhar, após isso elas cantaram Whitesnake e Bon Jovi... Deveras jovial, uma beleza de se admirar. Enquanto isso, a cerveja acabava Gesu quando tombava na mesa, Odeio esses fracos que se dizem fortes quando vão beber comigo... Os caras fizeram uma corrida bem louca pelo açúcar e no retorno que após um tiro na lua da boemia, fui lá e cantei... ‘’ You know i am a dreamer but my heart is of gold...’’ Fomos aos arredores do bar e as almas junkys nos consumiam...Fernando Seven sempre fazendo um mato mágico. Quando retornei uma bela moça chamada Gabriellia estava sentada em minha mesa e disse que me adorou ver cantando, e
136 (Não tente! ) I. O velho Hank é o meu pai literário. O meu irmão caçador de chamas mortas e luzes fálicas, No vazio da folha, no nascer do poema, Amantes da solidão que sangra vinho tinto na noite púrpura, Que observa a bondade que não enxergam Que crucifica o homem que não crucificam e os que não merecem, são crucificados, No fundo respiramos profundamente e não nos deixamos morrer, Não naquele instante que muitos já morreram, mas continuam suas vidas mortas, sem ter ideia da morte de seus tempos... Hank e eu perguntamos ao pó, Nós escrevemos juntos, nós pensamos nas mulheres, Em quanto estamos fodidos na sarjeta e quando sabemos apreciar o paraíso de um momento de felicidade e em quanto son