Capítulo 52Eliza CamposEu realmente não acreditava no que estava vendo. Aqui estava ela, a mesma menina que encontramos na praça. E agora, ela estava aqui na comunidade? Pedro e eu nos aproximamos ainda mais dela, tentando descobrir o que estava acontecendo.— Você mora aqui? — perguntei, ainda perplexa — no dia do parque você saiu antes de perguntarmos o seu nome e do seu irmão.— Que surpresa — ela fala — Eu me chamo Fernanda e meu irmão se chama Heitor, temos sete anos.Por mais que já estivesse imaginando qual seria a sua idade, eu ainda assim fiquei surpresa quando ela me respondeu isso.— Sou eu sim, — respondo me aproximando ainda mais da menina junto de Pedro, que também parecia surpreso — e o que você faz aqui?— Moro com a minha avó aqui na comunidade — ela responde ficando triste de repente.— Por que está com essa carinha? — Questiono ficando de joelhos para poder olhar o rosto daquela menininha.Ela suspira profundamente.— Minha avó está muito doente. Por isso que esta
Capítulo 53Pedro MonteiroHaviam se passado dois meses desde que Eliza sofreu um aborto espontâneo devido ao trauma que ela passou. Embora tenha sido um período difícil de luto, Lucas, seu irmão, já havia se recuperado totalmente, o que foi um verdadeiro milagre segundo os médicos.Apesar da dor de Eliza, havia um sentimento de esperança, afinal ela viu a recuperação de seu irmão e desde então, continuamos ajudando a senhora e seus netos que vivem na comunidade, mas estava com um pressentimento estranho de que algo aconteceria hoje, uma coisa ruim.— Amor está pronto? — Eliza interrompe os meus pensamentos.Assim que me viro em direção a Eliza, sinto um aperto no peito ao ver como ela está linda. Desde que ela foi atacada em sua casa, nos mudamos para ficar juntos e não permitindo que ela se sinta sozinha.O delegado responsável pela investigação do ataque havia nos chamado para a delegacia, informando que havia descoberto algo novo sobre o crime. Eliza parecia estar bem ansiosa para
Capítulo 54Eliza CamposHavíamos acabado de chegar na comunidade com uma cesta básica para a senhora Maria, avó das crianças que tivemos a oportunidade de conhecer na praça. Elas vendiam balas para conseguir um pouco de dinheiro extra para completar a renda da família, já que a aposentadoria dela não era suficiente para cobrir todas as despesas. Sentimos uma profunda tristeza ao ver aquela cena, então, decidimos ajudar da melhor forma possível.Assim que chegamos no local estranhamos ver uma ambulância em frente a casa de dona Maria, então nem espero Pedro estacionar o carro direito, abro a porta e corro em direção aos socorristas.— O que aconteceu? — questiono preocupada com o que poderia ter acontecido.O socorrista olha em minha direção e então me recordo do seu rosto, era o homem que havia me socorrido no dia que fui atacada em minha casa por Cassandra, que já está presa a algumas semanas.— A mulher que morava aqui infelizmente acabou de vir a óbito.Quando o socorrista me info
Capítulo 55Eliza CamposHavia se passado cerca de uma semana desde que as crianças estavam morando conosco, a assistente social já nos visitou e informou que gostou muito da casa, já estamos em processo de adoção das crianças.Hoje iriamos levar as crianças para comprar algumas decorações para os quartos delas, já que vão morar aqui, além de precisar de roupas novas.— Crianças já estão prontas? — Grito.Fernanda e Heitor saem correndo em direção a sala já falando alto.— Sim, tia Eliza. Estamos prontos — Fernanda diz dando uma rodadinha para que visse o vestido que usava, ele não era novo, mas ficou lindo nela.Pedro, que estava em seu quarto terminando de se arrumar, aparece na sala também.— Todos estão lindos — ele fala — vamos indo para o shopping?As crianças haviam nos informado que nunca foram para o shopping devido à avó deles não ter condições e que nem sabem como é um cinema de perto. Na casa deles tinha uma pequena televisão que as crianças conseguiam assistir a alguns fi
Capítulo 56 Pedro Monteiro A nossa chegada até o serviço foi rápida e após estacionar o carro na garagem do carro somos recebidos por Heloisa. Hoje a minha manhã foi maravilhosa e não queria saber de ninguém tentando estragar isso. — Pedro, Eliza, posso falar com vocês? — ela pergunta. — O que quer, Heloisa? — Eliza fala no meu lugar, ela parecia impaciente. Sinto Heloisa engolir em seco antes de responder. — Queria pedir desculpas — ela responde. Olho confuso em direção a Heloisa sem entender o que ela queria dizer com aquilo. — Como assim? Pedir desculpas por qual motivo, Heloisa? — questiono. — Queria pedir desculpas por tentar separar vocês dois — ela responde — descobri o que aconteceu com a Cassandra e fiquei com medo de enlouquecer igual a ela. Por isso resolvi mudar. — Tudo bem — Eliza fala. — Não. Não está tudo bem, por um momento torci para que algo acontecesse com você, Eliza, mas pensei muito nisso e vi que eu estava errada em pensar daquela maneira — ela fala —
Capítulo 57 Eliza Campos Acordo no dia seguinte me sentindo cansada, acredito que foi por conta de ontem, acabei não conseguindo dormir muito bem. Hoje não trabalharia, vou ir me encontrar com Vanessa para questionar a ela se tem alguma forma da mãe das crianças retornar e querer a guarda das crianças. Ainda era cedo quando resolvi me levantar da cama, afinal precisava arrumar as coisas para as crianças irem à escola, quando elas acordam o café da manhã já está sendo preparado. — Bom dia, tia. O cheiro está tão delicioso — Fernanda diz sentando-se na cadeira junto do seu irmão que também me dá bom dia. Sirvo as crianças com o café e após alguns minutos Pedro também se levanta. — Bom dia, amor — ele fala me dando um selinho — Bom dia, crianças. — ele diz cumprimentando as crianças. — Bom dia, Pedro. Se sente para tomar café — digo — eu já tomei, hoje não vou trabalhar, resolverei aquela questão com a Vanessa, chamei ela aqui em casa. Preciso tirar esse peso dos meus ombros. — A
Capítulo 58Pedro MonteiroAcordar na manhã seguinte com aquela mulher em meus braços, é uma sensação que nunca superarei. O calor do seu corpo, o cheiro do seu cabelo, e os seus lábios deliciosos pressionados contra os meus. Eu me enrosquei nos seus braços e me senti aconchegante e seguro. Ela me fez sentir amado e desejado, e aqueles momentos pareciam parar o tempo. Eu sabia que meus sentimentos por ela, eram reais e que nunca haverá outra mulher que me faça sentir daquela forma.Admiro seu rosto por alguns instantes, deixo o meu indicador esquerdo contornar-lhe a boca antes de lhe deixar uma leve mordida em seu queixo, sinto Eliza sorrindo em meio ao seu sono e sabia que ela estava acordando.Ela abriu os olhos lentamente, encontrando os meus e me dizendo com um sorriso cheio de desejo:— Bom dia, meu amor.Eu sorri de volta e a beijei com paixão, nossa manhã já começava muito bem. Ela me abraçou com força e eu suspirei em seu ouvido, aproveitando o momento para curtir o calor do s
Capítulo 60 Eliza Campos Dois meses se passou desde que as crianças haviam sido adotadas por nos dois. Hoje tivemos um dia de folga e aproveitamos a oportunidade para fazer um piquenique no parque com elas. Decidimos ir almoçar no parque porque estava um dia tão bonito e havia muito espaço para eles correrem e brincarem. Embalamos alguns sanduíches, frutas e lanches para eles, com algumas bebidas para nós, para que pudéssemos passar algum tempo relaxando ao sol enquanto eles brincavam juntos. O tempo estava perfeito para sentar lá fora, pois não estava muito quente ou frio, não havia nuvens no céu e também não estava muito vento, então tudo parecia perfeito. Chegamos ao parque suficientemente cedo antes que a maioria das pessoas. Então tivemos nossa escolha de lugares para nos sentarmos com nossa comida e bebida. Assim que nos sentamos, as duas crianças fugiram em direção ao parque infantil onde havia escorregadores, balanços. Lhes dei algum dinheiro para poder comprar algo de uma