Capítulo 57 Eliza Campos Acordo no dia seguinte me sentindo cansada, acredito que foi por conta de ontem, acabei não conseguindo dormir muito bem. Hoje não trabalharia, vou ir me encontrar com Vanessa para questionar a ela se tem alguma forma da mãe das crianças retornar e querer a guarda das crianças. Ainda era cedo quando resolvi me levantar da cama, afinal precisava arrumar as coisas para as crianças irem à escola, quando elas acordam o café da manhã já está sendo preparado. — Bom dia, tia. O cheiro está tão delicioso — Fernanda diz sentando-se na cadeira junto do seu irmão que também me dá bom dia. Sirvo as crianças com o café e após alguns minutos Pedro também se levanta. — Bom dia, amor — ele fala me dando um selinho — Bom dia, crianças. — ele diz cumprimentando as crianças. — Bom dia, Pedro. Se sente para tomar café — digo — eu já tomei, hoje não vou trabalhar, resolverei aquela questão com a Vanessa, chamei ela aqui em casa. Preciso tirar esse peso dos meus ombros. — A
Capítulo 58Pedro MonteiroAcordar na manhã seguinte com aquela mulher em meus braços, é uma sensação que nunca superarei. O calor do seu corpo, o cheiro do seu cabelo, e os seus lábios deliciosos pressionados contra os meus. Eu me enrosquei nos seus braços e me senti aconchegante e seguro. Ela me fez sentir amado e desejado, e aqueles momentos pareciam parar o tempo. Eu sabia que meus sentimentos por ela, eram reais e que nunca haverá outra mulher que me faça sentir daquela forma.Admiro seu rosto por alguns instantes, deixo o meu indicador esquerdo contornar-lhe a boca antes de lhe deixar uma leve mordida em seu queixo, sinto Eliza sorrindo em meio ao seu sono e sabia que ela estava acordando.Ela abriu os olhos lentamente, encontrando os meus e me dizendo com um sorriso cheio de desejo:— Bom dia, meu amor.Eu sorri de volta e a beijei com paixão, nossa manhã já começava muito bem. Ela me abraçou com força e eu suspirei em seu ouvido, aproveitando o momento para curtir o calor do s
Capítulo 60 Eliza Campos Dois meses se passou desde que as crianças haviam sido adotadas por nos dois. Hoje tivemos um dia de folga e aproveitamos a oportunidade para fazer um piquenique no parque com elas. Decidimos ir almoçar no parque porque estava um dia tão bonito e havia muito espaço para eles correrem e brincarem. Embalamos alguns sanduíches, frutas e lanches para eles, com algumas bebidas para nós, para que pudéssemos passar algum tempo relaxando ao sol enquanto eles brincavam juntos. O tempo estava perfeito para sentar lá fora, pois não estava muito quente ou frio, não havia nuvens no céu e também não estava muito vento, então tudo parecia perfeito. Chegamos ao parque suficientemente cedo antes que a maioria das pessoas. Então tivemos nossa escolha de lugares para nos sentarmos com nossa comida e bebida. Assim que nos sentamos, as duas crianças fugiram em direção ao parque infantil onde havia escorregadores, balanços. Lhes dei algum dinheiro para poder comprar algo de uma
Capítulo 61Eliza CamposJá era de manhã quando acordei, preparei todo o café da manhã para as crianças, e logo em seguida Pedro também se levanta.— Bom dia, meu amor — ele fala me dando um selinho — acordou cedo hoje — ele completa sentando-se na cadeira e se servindo com um pouco de café e pegando um pouco de torrada para comer.— Sim, — respondo também me sentando na cadeira e pegando café — não consegui dormir direito, fiquei preocupada com o que Lucas quer me falar.— Meu amor, não deve ser nada grave que aconteceu. Fica calma, ok? — ele fala tentando me acalmar novamente.Mas era algo impossível, afinal Lucas não estava falando comigo desde quando o acidente aconteceu, então não tinha como não ficar preocupada.Após isso as crianças também se levantam e tomar o café da manhã. Algumas horas depois, chegou a hora do almoço.— Amor, posso te pedir uma coisa? — perguntei.— Claro — ele respondeu.— Tem como você sair para passar com as crianças enquanto converso com meu irmão? — qu
Capítulo 62• Pedro MonteiroAo sentir o corpo de Eliza tremendo em meus braços, não pude deixar de me preocupar ainda mais. Recordo-me da última vez em que a vi nessa situação, quando ela perdeu o nosso bebê ao sofrer uma tentativa de assassinato em sua própria casa, junto de seu irmão.O medo e a angústia que senti naquela época voltam à tona enquanto abraço minha esposa com força. Suspeito que o choro dela tenha algo a ver com a conversa que ela teria hoje com Lucas. Será que algo de ruim aconteceu?Tento acalmá-la e incentivo-a a falar sobre o que está acontecendo, mas apesar das minhas tentativas, Eliza parece resistir em compartilhar suas preocupações comigo.— Meu amor, por favor, me conta o que está acontecendo? — insisto mais uma vez — você está me deixando muito preocupado.Eliza parece pensar por alguns instantes antes de me responder.— O Lucas veio aqui em casa conversar comigo, ele acabou de ir embora — ela responde.— E o que ele te falou?— Veio me contar que a minha m
Capítulo 63Eliza CamposEu continuava abraçando as crianças no sofá e percebo que elas já estavam dormindo, mas eu não sentia sono, então me viro para Pedro e pergunto:— Amor, tem como levar as crianças para a cama?Ele sorri para mim, me dá um selinho.— Claro, amor — ele responde pegando primeiro Fernanda em seu colo e a levando em direção ao quarto e depois volta para fazer o mesmo com Heitor.Depois que as crianças estão em seus quartos, ele retorna para a sala.— Meu amor, está com sono? — ele questiona após se sentar no sofá.Aproveito que Pedro está sentando no sofá e me deito com minha cabeça sobre as suas pernas, que começa um leve cafuné em meus cabelos, me fazendo suspirar com aquela carícia tão deliciosa.— Não — digo — por mais que tenha acordado cedo, não estou com um pingo de sono agora.— Quer fazer algo agora? — ele questiona com o controle da televisão em mais zapeando os canais, provavelmente tentando encontrar algo legal para assistir.— Não sei — respondo — quer
Capítulo 64 Eliza Campos Confesso que não esperava ouvir aquilo da boca de Pedro. Então apenas me sento novamente na minha cadeira atônica com o que havia ouvido, sem acreditar. — Como assim, Pedro. Uma entrevista, assim, do nada? — questiono. — Também achei estranho esse convite que recebemos. — ele fala — mas parece que as pessoas ficaram sabendo do trabalho que realizamos na comunidade, e que adotamos duas crianças. — Não sei nem o que falar, amor. — digo com as mãos no rosto. — Por um momento pensei em não aceitar, mas após pensar por alguns minutos, imaginei que seria legal as pessoas conhecerem a nossa história de vida. — Pedro fala de aproximando de mim, até ficar encostado em minha mesa e com os lábios próximo ao meu rosto. — adoraria contar a todos como te conheci. Quando Pedro fala, me dá uma vontade de provocá-lo. — E você falaria o quê? — naquele momento eu mordia os meus lábios. Consigo escutar Pedro respirando fundo, sabia que o morder de lábios mexia com ele.
Capítulo 65Eliza CamposMais um mês havia se passado desde quando realizamos aquela entrevista na emissora local daqui de São Paulo. Acabamos ficando famosos por conta disso, as pessoas acharam incrível a nossa história e nossas conquistas. Recebemos convites para dar entrevistas em outras emissoras, falando sobre nosso trabalho e a importância de se dedicar ao que se ama.Com a fama, vieram também as críticas e as cobranças. Nós tentávamos não nos abalar com essas situações, mas às vezes era difícil lidar com a pressão. No entanto, sabíamos que tudo aquilo fazia parte do caminho que escolhemos seguir.Acabei de receber uma mensagem de Lucas pedindo para encontrar com ele no parque próximo da minha casa.Então me viro em direção a Pedro que estava assistindo televisão com as crianças e falo:— Amor, o Lucas acabou de me mandar mensagem pedindo para me encontrar com ele no parque.— Vai lá — ele fala — vai te fazer bem conversar com ele. Quem sabe ele quer fazer as pazes com você, não