um diamante

~~CAPÍTULO 10~~

ALESSANDRE BELLUCCI

— Você tomou conta dele?

Enrico deslizou o telefone sobre a mesa em minha direção e eu olhei para a imagem de um homem morto pendurado de cabeça para baixo no teto.

Dei-lhe o telefone de volta.

— Parece que foi um fim doloroso para ele.

— Extremamente doloroso.

— Bom. Não há testemunhas?

— Claro que não.

Eu deveria saber que era uma pergunta estúpida de se fazer em primeiro lugar. Enrico era meu braço direito desde que eu assumi cargos de importância. Não havia nada que ele não faria por mim, nenhuma linha que ele não cruzaria se eu pedisse. Confiei nele com minha vida, confiei em sua lealdade. Tornamo-nos amigos em tenra idade, sua mãe trabalhando como empregada doméstica na mansão de meu pai. Mas meu pai era um homem cruel, exigia respeito das formas mais desumanas e tratava os outros como merda.

No dia em que decidi construir uma mansão, Enrico pegou sua mãe e saiu comigo da casa principal. Ambos trabalharam para mim desde
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