~~CAPÍTULO 17~~SIMONA ESPOSITOO ódio era uma palavra forte. Valente. Poderosa. E neste caso... uma mentira. Mas não consegui pensar em nenhuma outra palavra para descrever o que senti. Enquanto ele estava fora, bebendo o bourbon que eu podia sentir seu hálito quando ele limpou meu rosto, eu estava aqui em agonia. Meu corpo estava tão desesperado para se libertar, que eu não conseguia parar de esfregar meu sexo contra os lençóis de seda, o que não ajudava absolutamente em nada para aliviar a dor. Era como ter dez anos de novo e descobri a beleza da masturbação sem entender como funcionava. Tentei me lembrar de como fiquei com medo quando Alessandre me expulsou daquele hotel com ameaças de criar um massacre, se eu sequer pensasse em correr. Eu queria sentir o medo novamente, o pânico, a humilhação que senti quando ele me fez andar nua por seu corredor e tomar banho enquanto ele assistia. Se eu pudesse me lembrar de todas essas coisas, lembrar disso tudo, talvez eu parasse de pe
~~CAPÍTULO 19~~SIMONA ESPOSITOFazia dias desde que Alessandre e eu nos perdemos um no outro. Dias desde que cedi a desejos depravados, que nunca soube que tinha. Meu corpo ganhou vida sob seu toque, como se não precisasse mais de ar. Apenas ele, seu beijo, a sensação dele dentro de mim. Mas claramente o sentimento não era mútuo. Dias se passaram desde que ele falou mais de cinco palavras para mim. Na maioria das vezes, ele estava a portas fechadas em seu escritório, e a única pessoa autorizada a entrar e sair era Enrico. Até Viviane parecia receber a indiferença de seu sobrinho. Eu mentiria se dissesse que não me incomodava. Que eu não fiquei acordada à noite secretamente esperando que ele viesse me buscar. Me pegar. Tocar. Beijar. Meu corpo se tornou meu próprio inimigo, e as chamas foram reacendidas toda vez que eu pensava sobre como Alessandre me pegou, quão cru era estar com ele e desmoronar com sua mão. Todos os dias, mais e mais, eu o queria, meu corpo doendo para se
~~CAPÍTULO 20~~SIMONA ESPOSITOEu olhei para Viviane e Enrico em pé a alguns metros de mim e Viviane, claramente falando sobre algo que eles não queriam que ouvíssemos. Alessandre estava com as mãos enfiadas nos bolsos da calça, o vento agitando seus cabelos negros. Mesmo à distância, eu podia sentir a presença dele em volta de mim como uma capa de domínio. Havia um mistério sobre ele, uma escuridão que me sugou. Meu corpo ainda ansiava por ele. Ainda ansiava por seu toque perverso, querendo ser a tela que ele pintou com todas as suas intenções distorcidas. Mas ele não tentou me tocar novamente, e era óbvio que ele evitava situações que nos levariam a ficar sozinhos juntos. Era engraçado. Parecia que as coisas haviam mudado. Como se ele estivesse lutando comigo agora. — Vamos. Cuidado onde pisa. Viviane subiu no barco fretado e estendeu a mão para mim. Não foi fácil subir em uma lancha de salto agulha e uma saia lápis apertada enquanto segurava o seu chapéu de sol para impedi
Bernadette admitiu.— Vamos fazer compras? — Muitas compras.Eu encostei meu corpo no apoio do carro enquanto entramos nas docas, diferente do caminho antigo, nós entramos na esquerda em direção ao sul. Aos poucos um vilarejo apareceu, com mar, grandes prédios e flores, muitas flores.— É lindo.Bailey exclamou surpresa com o paraíso a sua frente. Ela virou o carro para o estacionamento e freou usando freio de mão, depois desligou o carro.— Este é estacionamento para turistas, faremos tudo andando ou alugando bicicletas.— Eu quero bicicleta, mãe.Chloe deu um grito entusiasmado.— Você não sabe andar de bicicleta, Chloe.— Mãe, compra uma bicicleta para mim?Chloe questiona.— Claro, seu pai vai adorar te ensinar.O sarcasmo em seu tom de voz fez-me rir, nós descemos do carro, e iniciamos a caminhada para conhecer o centro da vila, há muitos turistas passeando pelas ruas, fazendo registro do lugar. Nós passamos da sorveteria, depois fomos à praia.— Você é muito calad
~~CAPÍTULO 21~~ALESSANDRE BELLUCCIEu queria apertar o gatilho. Eu queria ver o rosto do filho da puta espalhado por toda a estrada. Foi tudo o que pensei desde o momento em que Simona entrou naquele carro com a minha irmã, afastando-se de mim. O filho da puta não passava de uma pedrinha no meu caminho de vingança. Uma que eu nem precisei tirar do caminho. Eu podia simplesmente passar por cima dele e nem perceber que ele estava lá. Eu o lembraria de agradecer à irmã algum dia porque ela o salvou de um tiro no rosto. — Alessandre, você está me machucando. Sua voz tremia enquanto eu apertava seu cotovelo, arrastando-a. Eu pisei na direção do meu Maserati Sport preto. Simona parou quando estava prestes a entrar no banco do passageiro, examinando o carro da frente para trás. — Você pode alimentar uma vila inteira com o preço deste carro. Você sabe disso, certo? Agarrei seu pulso e a puxei para mais perto, meus dedos apertando sua mandíbula enquanto eu segurava seu rosto pe
~~CAPÍTULO 22~~SIMONA ESPOSITODurante todo o caminho no carro, tudo o que pensei foi como queria me afastar dele. Quanto eu o odiava por estar disposto a matar meu irmão, a fim de me recuperar, para que ele pudesse continuar esta guerra com meu pai. Nunca na minha vida encontrei um ser humano tão egoísta, tão vingativo que ele não se importava com quem machucaria no processo. No entanto, quando ele me prendeu contra a árvore, as mentiras em suas palavras uma completa contradição com a verdade em seus olhos, eu sucumbi. Pela primeira vez desde que essa bagunça começou, Alessandre havia me desafiado, e não o contrário. Ele me desafiou a ver através do engano de sua língua e ouvir a desonestidade em sua voz. E eu fiz. Os tons de azul em seus olhos refletiam o que ele não podia dizer. Ele sabia disso. Ele queria que eu visse sem ele ter que baixar a guarda, sem ele ter que expor sua fraqueza. Eu. Enquanto Alesandre se erguia sobre mim, seu corpo pressionado contra as minhas
~~CAPÍTULO 23 ~~ALESSANDRE BELLUCCIComo um perseguidor, eu me arrastei no quarto dela, observando-a enquanto ela dormia. Não consegui sair depois de deitar seu corpo exausto na cama. O fato de ela ter murmurado durante o sono, me pedindo para não ir, não tinha nada a ver com o motivo de eu ainda estar pairando. Eu me inclinei contra uma das colunas da cama e olhei para o seu lindo rosto. Pele impecável, cachos de corvo e os lábios de uma deusa. Como ela parecia tão pacífica? Foi praticamente uma semana de merda que aconteceu em um maldito dia. Se eu fosse qualquer coisa além de um bastardo egoísta, eu a deixaria ir. Houve uma batida na porta e eu xinguei baixinho enquanto eu caminhava silenciosamente pelo quarto. Abri a porta e os olhos preocupados da minha irmã me cumprimentaram. Olhei para Simona, que ainda estava dormindo, depois saí e gentilmente fechei a porta atrás de mim.— Não me tente.Eu cuspi enquanto descíamos as escadas para sala principal.— Ela está bem?
~~CAPÍTULO 25~~ALESSANDRE BELLUCCIEu olhei para o sangue escorrendo em sua mão direita enquanto a faca permanecia ali, seu corpo sucumbia de dor, suas tentativas fracas de tirar a faca eram em vão.— Você sabia disso?Aproximei-me cuidadosamente dela, peguei o cabo da faca e arranquei da sua mão, ela deu um estrondoso grito agonizante e caiu no chão ensopado do seu próprio sangue. — Eu encontrei a garota.Respondo em um rosnado, caminhei até fora da mansão e encontrei minha irmã nos braços do seu marido. Nós entramos no carro e dirijo de volta a mansãoO telefone do Ross começou a tocar, ele atendeu.— Victor, vá verificar se está tudo bem com a Bernadette.Ele ordenou ao seu cordeiro enquanto ele ia atender seu telefone.— O que poderia acontecer na minha casa?— O que não poderia acontecer? Ela foi estuprada por pessoas que deveriam protege-la.— Isso não vai acontecer novamente.— Eu mesmo vou cuidar da minha família.— Este é o meu território.— Melhor ainda, porq