Mesmo com toda a imprensa e tabloides de fofocas querendo fazer a cobertura do casamento de Amália, ela e Filipo resolveram fazer uma pequena cerimônia, apenas para familiares e amigos íntimos.André também foi convidado. Por mais que Filipo não gostasse dele, não queria contrariar a esposa, além disso, ele sabia que os dois nunca teriam nada, porque mesmo no tempo passado separados, ela nunca deu uma chance para André, então, sabia que não deveria sentir ciúme de algo que nunca iria acontecer.— Meus parabéns, a cerimônia estava muito bem organizada. — André se aproximou de Filipo, falando.— Obrigado.— Olha, cara, eu sei que a gente nunca se deu bem, mas agora que você e a Amália se casaram de novo, quero muito desejar que vocês sejam muito felizes.— Nós seremos, pode ter certeza.— E também queria que deixássemos o passado para trás e que me perdoasse pelas coisas que fiz e falei no passado, tentando provocar você.— Tudo bem, vamos deixar nossas diferenças de lado, afinal, eu amo
Nascendo numa família rica, desde pequena tive privilégios que outra criança nunca teve, porém, com os privilégios, também vieram as responsabilidades.Tudo começou, quando meus pais chegaram de uma viagem, ficaram fora por duas semanas. Quando chegaram, resolveram conversar comigo, sobre o tal negócio que fecharam, no tempo que estiveram fora. Estava em meu quarto, lendo um romance, quando de repente, Guadalupe, a empregada da casa, bateu na porta. — Senhorita Amália, seu pai mandou lhe chamar, ele está te esperando no escritório para vocês conversarem, a sua mãe também está lá! — Disse desconfiada.— Já estou indo Guadalupe, obrigada. — Ela saiu e fechou a porta.Já fiquei imaginando o que meus pais queriam. Indo para o escritório, bati na porta e esperei falar para que entrasse.— Mandou me chamar papai? — Perguntei, ao entrar no escritório. — Sim, Amália, sente-se aí, que eu e sua mãe temos que lhe dar uma ótima notícia. Me sentei, já meio apreensiva, em frente aos dois, que
Estávamos jantando, todos felizes na mesa, isso mesmo, inclusive eu! A conversa entre os mais velhos rendia alegre, enquanto eu e o Filipo, trocávamos alguns olhares, não podia acreditar que meus pais tinham razão, não acreditava que estava começando a concordar com essa conversa de casamento, totalmente absurda.Filipo era maravilhoso, enquanto ele falava, eu me encantava mais e mais com aquela boca, aquele sorriso, aqueles olhos quando me olhavam, ele sabia que eu havia me agradado com ele, era nítido em seu olhar, que também estava gostando de mim. Então, logo após o jantar ser servido e com a chegada da sobremesa, num momento, ele se levantou, pedindo a atenção de todos, e começou a falar. — Senhor e senhora Rios, é com muito honra, que estou aqui nesta noite, e sinto a imensa vontade de fazer uma pergunta para a sua linda filha. — Ele me encarou por alguns segundos, sorriu e perguntou. — Amália, você aceitaria se casar comigo? Eu fiquei toda vermelha na hora, vi meu pai e min
Um mês se passou voando, e hoje era o grande dia! Irei subir ao altar, com o homem que eu estava realmente apaixonada. Esse mês que se passou, só mostrou o quanto ele era o homem certo para mim, tudo estava fluindo perfeitamente.Meu vestido era lindo, a decoração foi toda feita luxuosamente em grande estilo, tudo do bom e do melhor, porque nós merecíamos, nossos convidados eram mais de duzentas pessoas, todos, empresários influentes do país.Meu pai organizou tudo na nossa casa de verão, lá era enorme, lindo, e de frente para o mar.Estava pronta em meu quarto, esperando a chegada de meu pai, algumas madrinhas já tinham saído, e me deixaram só. Frente ao espelho, gostava do que via, fiquei imaginando qual seria a reação do meu noivo ao me ver. Escutei o barulho da porta abrindo e meu pai entrando, com seu terno de linho francês, ele estava pronto para me levar até o altar, onde meu lindo noivo me esperava ansiosamente.— Você está linda Amália, do jeito que imaginaria que ficaria,
Meus dias ali naquele lugar foram só ladeira a baixo, Filipo me ignorava e passava a maioria do tempo, fora, eu me tranquei naquele quarto e tentava arrumar algum jeito de sair daquela situação.No último dia da "Lua de mel" resolvi sair para caminhar e olhar o local onde estava, peguei uma bicicleta que ficava na porta de nosso quarto e fui passear pelas proximidades do hotel.A praia era linda, a mais bela que já vi na minha vida, para falar verdade, o local que estava, tinham pouquíssimas pessoas, então pedalei por mais alguns minutos, e de longe, vi algo que me chamou a atenção.Mesmo que estivesse longe, eu o reconheci, Filipo estava sentado, próximo ao que parecia ser um bar beira-mar, ele bebia e conversava ao telefone.Sua feição era feliz, parecia estar curtindo a férias dos sonhos, não parecia ter nenhum resquício de remorso, por me deixar sozinha no hotel, deixei a bicicleta de lado e fui ao seu encontro, ao me ver, se despediu da pessoa com quem falava ao celular e mudou
Esses últimos meses estão sendo tão difíceis, fazia praticamente um ano que estava casada e toda a esperança que tinha em que Filipo pudesse gostar de mim, foi embora, na verdade, nem eu mesma estava gostando da ideia.Depois que Filipo assumiu sair com outras mulheres, todo meu pensamento de fazer esse casamento dar certo, foi de água abaixo. Eu tinha dúvidas, não iria negar, mas quando se ouve a verdade, da própria boca da pessoa, não tem como esconder e fingir que estar tudo bem, não mesmo!Ainda mais, quando o homem com quem se casou e tem ainda um tipo de afeto, dorme mais fora do que em casa.Não tenho mais olhado em sua cara, toda vez que ele sai, imagino que esteja com uma amante, me dá nojo e meu coração chega a doer.Mas de umas duas semanas para cá, ele começou a ficar diferente, dormindo em casa e não foi trabalhar, ficou em seu escritório pela manhã inteira, perto do almoço, saiu e veio bater na porta do meu quarto, quando ouvi sua voz, o ignorei, pensando que assim, des
No carro, indo em direção ao jantar, Filipo dividia a atenção entre a estrada e eu, o que me deixava meio constrangida, nunca tinha recebido tanta atenção dele, agora estava recebendo demais, então fingi mexer no celular, ignorando-o o percusso inteiro.A noite estava diferente das outras que já havia saído com ele, sempre que aconteciam esses tipos de jantares, percebia o quanto ele olhava para outras mulheres, ou flertava de algum modo que fingisse ser discreto, como se eu não estivesse ali do lado, isso me deixava muito mal no começo, e minha vontade era sair dali chorando, me sentia péssima em ver como ele se sentia atraído por tantas outras mulheres e nunca ter tido o mínimo de interesse em mim, como se eu não fosse uma mulher para ele, me lembro do que disse na nossa lua de mel, que eu não era o tipo de mulher que o atraia. Essa frase me fez me sentir horrível por muito tempo, tentava entender o que tinha de errado comigo ou com minha aparência.Tentei descobrir que tipo de mulhe
Quando cheguei em casa, fui para a cozinha beber um copo de água, estava sentindo algo estranho, um sentimento de tristeza e desapontamento, como se alguém tivesse me magoado profundamente. Mas não podia me deixar abalar, Amália não era ninguém para ter o poder sobre meus sentimentos, suas palavras não poderiam ter efeito algum em mim, a noite foi apenas estranha, e tudo acabaria voltando ao normal amanhã.Meu celular começou a tocar, era a minha amante, Ingrid. Já fazia mais de semanas que não ia até a sua casa, esses últimos dias estou sentindo que estou diferente, sem vontade, preferindo dormir em casa e não sair para nenhum tipo de lugar que não fosse referente a trabalho, pode parecer neurose, mas algo estava mudando, e por mais que tentava lutar, não tinha forças, era algo mais forte que eu, e cada dia que passava, estava sendo mais difícil.Saí da cozinha e fui para o quintal da casa, onde Amália não poderia ouvir minha conversa, caso aparecesse de surpresa.— Fala! — Atendi