- Como ele está? - Ayla perguntou olhando para a aliança que Megan girava depois de terminar o exaustivo trabalho da faculdade, que impedira de ficar com Tayler naquela noite. - Ele acordou. - sorriu e ela fez o mesmo, feliz pela recuperação do garoto. - Sabe que eu torço para vocês ficarem juntos, né? - falou do nada como se não fosse algo óbvio. - Sim, você deixa isso bem claro só com as ações. - revirou o olho. - Mas eu preciso te contar uma coisa. - Sou todos os ouvidos. - Promete que não vai me matar? - Talvez eu não possa cumprir isso. - Deu risada. - Nosso casamento não passou de um contrato, eu menti para você e todo mundo, fazia parte do acordo. - O quê?! Eu não acredito que tudo aquilo não passou de um teatro, você parecia realmente apaixonada. - É porque eu acabei gostando dele de verdade, sabe? Toda vez que ele chega perto eu perco a respiração, meu coração acelera, minhas mãos soam e tudo parece bom demais para ser verdade. - Eu sei bem como isso funciona. Mas e
- Eu trouxe o sanduíche que gosta, sei como são horríveis as comidas de hospitais. Se você prometer não contar para ninguém, eles são todos seus. - Até que enfim algo bom, eu realmente já não estava mais aguentando comer isso. - Arremessou tudo o que estava na bandeja para dentro do lixo que não ficava tão distante. - Isso tem que servir para o almoço, então ninguém jamais vai ficar sabendo. - prometeu a Megan. - Eu sabia que iria gostar. - Sorriu. Tayler deitou o corpo na maca e Megan sentou na poltrona deixando o silêncio pairar no ar. A garota sentiu o coração palpitar forte enquanto ponderava se o momento era propício para falarem daquelas três palavras que Tayler deixou escapar, entretanto, antes que ela pudesse decidir, ele a chamou, lhe encarando e descendo o olhar para seu corpo, como se fosse falar que a queria. - Eu pedi que Antony contratasse um dos melhores advogados para que Tristan pegue a maior pena possível. - Falou com um tom sério e rouco. - Eu vou me encarregar q
Quando acordou na maca, o corpo dela doía, mas, além disso, se sentia enjoada por qualquer coisa. Costello ainda dormia, quando ela tentou levantar e sentiu tontura, aquilo não parecia nada normal. - O que está sentindo? - Ayla perguntou, preocupada, quando Megan se jogou em seu sofá, reclamando de dores. - Enjoo. - Vamos ao médico. - Ordenou. - Não precisa, Ayla. Daqui a pouco estou bem. - Não discuta Megan, venha eu te ajudo. - Segurou em seu braço a levantando. A garota dirigiu o mais rápido possível até o hospital, esperando apreensiva enquanto o médico a examinava. - Parabéns mamãe. - O médico apareceu, segurando a ultrassonografia. - Você está grávida de um bebê muito saudável. - O quê?! - Megan se surpreendeu. - Nós não... A meu deus, quantas semanas? - Perguntou lembrando do dia em que transaram no carro, sem preservativo. - Quase sete, o que significa, mais de um mês e meio. - Meu Deus, estou tão feliz por você! - Ayla quase gritou, abraçando a amiga. - Retorne aqui
Tayler já tinha saído de observação já alguns dias, ele tentava contato com Megan, mas ela sempre dava um jeito de desligar na cara ou ignorar qualquer coisa que o envolvesse. Ele até tentou subornar Antony para contar onde estava logo, mas tudo o que ele dissera foi que não iria se meter na briga dos dois. Quando acordou e desceu para a cozinha, uma música alta lhe incomodava vindo do apartamento vizinho, agora ele sabia exatamente onde a garota estava, então tocou a campainha ao lado, várias vezes, até que o atendesse. Megan abriu a porta irritada se perguntando o que era tão urgente que não pudesse esperar alguns segundos. Tayler olhava para o celular digitando algumas coisas para os funcionários da Wealth e não olhou a garota em sua frente. - Não sei se percebeu, mas moram outras pessoas no prédio e você está incomodando. - terminou a frase e ergueu os olhos para Megan, que o olhava com raiva. - Vai se ferrar, Tayler. - Falou, batendo a porta em sua cara. - Megan! - Chamou alg
- Eu não tenho como te mostrar o que eu sinto, mas meu coração dispara toda vez que está por perto, eu sinto um frio na barriga, minhas mãos suam e meus olhos brilham. Eu nunca senti nada parecido por alguém, mas desde que eu te vi pela primeira vez naquele pub preparando desjeitosamente aqueles drinks, enquanto me acalmava e distraía de um dia ruim, eu soube que era diferente, que estava encantado, em todos os sentidos, por você. Megan, eu não esqueço você por um segundo desde que nos conhecemos, eu durmo e acordo preocupado com o seu bem-estar e ansioso para te ter de novo e de novo, como um looping. Sei que te disse coisas horríveis e que não eram nem um pouco verdade, mas acredite em mim, eu estou tentando consertar tudo para te mostrar que eu quero você e que mereço todo o seu amor. Eu morreria por você se fosse necessário, porque quando disse que te amava foi de verdade e para sempre, já que eu não imagino a minha vida sem você. Todo nosso tempo, juntos, foi muito além de um cont
Enquanto ouvia John contar sobre Conrad, Tayler percebeu que o pai não passava de alguém influenciável e que o verdadeiro mal estava em seu avô. - Eu a perdi e aceitei isso há muito tempo, porque pelo menos você continua aqui. - Tristan também é seu filho, por mais que eu o odeie, isso nunca vai mudar e devia assumir suas responsabilidades quando o encontrar. - Falou com nojo de lembrar da imagem de seu irmão. - Você tem razão. - Concluiu. - Me perdoe por tudo, Tayler e peça o mesmo a Antony, quando percebi a profundidade do problema que causei, eu só gostaria de ter feito tudo diferente. - Acabou o horário de visitas. - O guarda, com a arma posta na cintura, puxou o braço de John com as algemas para que se levantasse. - Me desculpe, filho. Me perdoe. Tayler podia ver a dor em seus olhos, ele não queria, mas naquele momento ele não sentia mais raiva do homem a sua frente, ele queria apenas que pagasse pelos seus erros. - Eu te perdoo, pai. - Falou alto o suficiente para que ouvi
Naquela mesma manhã, sentado em seu escritório, Tayler tinha um bom pressentimento em relação à transferência de seu pai, talvez ele precisasse disso para ser uma pessoa melhor. Seus pensamentos estavam longe, quando Antony entrou em sua sala, sem pedir licença, jogando o celular em sua frente. Era do jornal local, com o título "John Costello, acaba de ser preso", e logo em seguida a gravação das câmeras do corredor da delegacia era transmitida. ~X~ Conrad colocou uma das mãos no bolso, usando a outra para coçar a barba grisalha, assim como os fios de cabelo mais lisos que o de Tayler e bem aparados, já que era alguém vaidoso excessivamente. Era inacreditável para ele como seu filho conseguia fuder com tudo quando não estava por perto, sobrando para si a responsabilidade de consertar as coisas, como sempre livraria a barra daquele idiota para mostrar que não era ninguém sem Conrad Costello. Tentou deixar o melhor sorriso no rosto, quando chamou o velho, que alguns dias atrás determin
~ 15 anos depois ~ O natal estava próximo e lá fora começava a nevar, Megan estava mexendo entre algumas caixas a procura dos enfeites para a árvore que Antonella e Tayler estavam montando juntos. A lareira estava ligada e as botas para os presentes já estavam penduradas. Mexendo por entre as bagunças, Megan encontrara álbuns de fotos armazenados no fundo do armário, pegou na mão e começou a folhear relembrando da barriga consideravelmente grande já no final da gestação em uma foto com Ayla que estava no início da sua, esperando um garotinho, exatamente na véspera de Natal, embora ninguém esperasse que ela fosse dar à luz no dia seguinte. Às exatas dez horas da manhã, Antonella nascera, chorona e com os fios preto igual o de Tayler que não queria desgrudar da pequena. A noite de Natal ficou ainda mais especial naquele ano e a partir daí montar a árvore quando todos estivessem juntos para que a garotinha colocasse a estrela na ponta, havia virado tradição. - Mãe, achou os enfeites?!