- Eu não posso te dizer, mas tudo que eu te falei ontem a noite foi verdade. - Uma pena, porque eu não acredito em nada que você diga. - Eu me humilhei naquela festa, mesmo após saber que você transou com a Allyce e com o resto da cidade, porque eu me apaixonei de verdade. Eu não transei com outra pessoa, porque desde que te conheci ninguém mais foi capaz de me fazer sentir as coisas como você me fez. - Se declara. - Eu sei que nada do que eu diga faz diferença, você já deixou isso bem claro quando cuspiu aquelas palavras na minha cara, eu não espero que se importe com meus sentimentos, mas você precisa saber que eu te amo, eu aprendi a te amar com todos os defeitos e qualidades e isso não vai mudar por um bom tempo, mas se você me disser que a noite passada foi só sexo para você, eu vou passar por aquela porta e nunca mais irei te procurar. - Sim, foi só isso. - Tudo bem. - os olhos ficam marejados. - Eu vou embora. - Levanta da cadeira subindo as escadas e trocando de roupa. Qua
- Tayler, pegue isso. - Antony estende o celular para o garoto a sua frente. - Megan estava atrás de algumas provas, eu acredito que alguém a esteja chantageando. - Provas? Do que você está falando? - Clince não morreu por uma falha técnica, o carro foi sabotado. - O quê?! Não, não pode ser. - puxou o aparelho da mão dele, escutando cada áudio e vendo as fotos. - Quem fez isso, porra?! - grita, andando de um lado para o outro. - Tayler, você precisa ficar calmo, isso não é tudo. - Me fala de uma vez por todas, eu não quero mais mentiras, Antony, já perdi Clince e Megan, nada pode ser mais doloroso que isso. - Seu irmão é o responsável, ele também estava por trás do vírus, Truth foi apenas uma cobaia, embora não exista prova que diga o contrário. John teve um filho fora do casamento. - As brigas, é isso. - Tayler passou as mãos pelos cachos, como se tudo agora fizesse sentido. - Ele é um grande filho da puta. Minha mãe vivia dizendo que ele não parava em casa, isso era tudo o qu
Aquele toque fez ele voltar a si e soltá-la, grudando com raiva e força em seus braços. - Tristan saiu às pressas de manhã, ele não disse para onde, só disse que precisava resolver uma coisa. - Acha que ele sequestrou Megan, porra? - Não! Nós íamos fazer isso juntos após matar você, porque esse era o plano para ficarmos juntos para sempre e ele esquecer aquela garota de vez. Além de nos vingarmos de todo o mau que você nos causou! - Juntos para sempre? - Tayler ri sombrio. - Não seja idiota, ele não ama ninguém. - A olha no fundo dos olhos. - Eu estou bem aqui, você pode fazer o que quiser comigo, eu vou aceitar, mas diferente daquele doente do Tristan eu a amo e não vou permitir que ninguém a machuque. Candela sentia raiva de Tayler, mas podia ver o quanto ele estava sendo sincero naquele momento. Desde o início ela tinha deixado se convencer por uma paixão que não existia, ele podia estar com Megan agora enquanto ela o esperava para almoçar. As palavras de Tayler entraram na sua
- Eu me senti um merda por anos, eu carreguei toda a dor da culpa e da perda juntas. Você escondeu todas as provas... deixou que eu sofresse em dobro todo esse tempo, por puro egoísmo, enquanto era você, John Costello, que deveria dormir todos os dias pensando no quanto destruiu a vida de todo mundo... no quanto é um cara desprezível. - Colocou as mãos na cintura, olhando para baixo e contendo as lágrimas que insistiam em cair. - Eu escutei todas as brigas, você era agressivo, eu nunca quis um relacionamento, porque o meu maior exemplo me mostrou que nada disso valia a pena, eu escutei todas as suas críticas em silêncio, porque eu realmente achei que nós éramos uma família no final de tudo, mas quer saber, a única coisa certa que você fez foi me obrigar a casar com a Megan, ela e Antony me mostraram o que é uma família de verdade, eles me aceitaram e são os únicos que estão tentando me proteger, coisas que você não foi capaz de fazer. - cospe as palavras. - Me perdoe, Tayler. - Não,
O relógio marcava cinco da manhã e ele estava acordado há alguns minutos, depois de ter pregado o olho por no máximo uma hora. Ele não se sentia nada cansado, mas estava estressado demais tentando encontrar um plano para hoje a noite. A essa altura, Matheo já tinha contado tudo para Ayla e enquanto se encarregava de descobrir a verdade com Truth, os três precisavam saber o que fazer a noite. - Eu já sei. - Ayla invadiu seu apartamento, jogando a bolsa no sofá. ~X~ Ayla desceu as escadas em um vestido brilhante azul e mais solto, com uma bolsa pequena preta de acompanhamento. O cabelo estava preso em um coque alto e os pés em uma sandália para ser mais confortável. Tayler tinha se obrigado a usar terno naquela noite, mesmo traje que Antony. Naquele dia era a data de aniversário de Clince, no fundo, aquele evento tinha um gesto especial para homenageá-lo e sentir a sua presença, que precisaria mais do que nunca, se quisesse tirar Megan de lá sã e salva. Os dois desceram e alguns fotó
Quando Tristan estacionou no mesmo lugar que ele trouxera Megan das outras vezes, logo empurrou o corpo de Tayler até lá dentro. Ao invés da garota estar na sala como as imagens diziam, apenas uma luz fraca iluminava um velho no canto do espaço com os ombros enfaixados. - Cadê ela? – Rosnou. - Daqui a pouco você descobre. – Jogou o corpo do garoto na cadeira. – Thomaz busque a Megan no chalé e se certifique de que ela esteja com roupa. – Sorri, insinuando que a noite tinha sido quente entre os dois. Embora Tayler morresse de raiva só de ouvir, ele confiava muito nela depois de tudo que tinha feito para o proteger e salvar. Costello já havia duvidado dela uma vez e dito coisas horrorosas, o mínimo que poderia lhe dar agora era um crédito. Megan apareceu minutos depois num vestido florido, nada a ver com seu estilo, perfeitamente bem e sem um arranhão. O cabelo estava lavado e descendo pelo rosto, que apenas olhava para o chão enquanto andava. Assim que ergueu os olhos para Tayler e
- Sabe por que meu nome é Tristan? - N-não. – Respondeu gaguejando, depois de pensar um pouco. - Não... É, você não chegou nem perto de acertar. – Balança a cabeça, cruzando os braços. – Eu odeio tanto você, Costello. - Tristan, por favor, pare com isso. – Megan implora. Tayler que em nenhum momento tirou os olhos dela, sorriu fraco em um sinal de que ela não precisava se preocupar e que estava tudo bem. - Não desperdice suas palavras, meu amor, ou eu serei obrigado a te machucar. – Aperta seu queixo, o balançando. Tristan avança sobre Tayler e soca o seu rosto, ele não se move, mas geme baixo com a dor da pancada, ele realmente conseguia socar bem quando a outra pessoa estava imóvel. Megan fechou os olhos e desceu a cabeça, ciente de que aquilo era só o começo. - Então vamos lá, assim que nasci papai...– Fala a última palavra de forma irônica. – Minha mãe esteve com Psicose pós-parto, eu duvido que você saiba o que é isso, mas eu explico: ela não me reconhecia como filho, exata
- Tristan me disse que Megan costumava ir à biblioteca, talvez exista algum livro da história da cidade, nós só precisamos procurar o número da bibliotecária e rezar para que ela possa nos ajudar. - Ayla procure pelo telefone, eu vou dirigir até lá. – Olha para o relógio. - Precisamos ser rápidos, falta pouco para as dez, todos os jornais vão falar sobre isso, Tristan pode fugir. - Tudo bem. – Digitou rápido no notebook e discou para o telefone que aparecia. - Alô? – Loren respondeu no último toque com a voz de sono. - Oi Loren, meu nome é Ayla e eu preciso muito entrar na biblioteca agora, por favor me ajude é um caso de vida ou morte. - Sinto muito, nós já fechamos, seja o que for, vá até lá amanhã. - Não, por favor, me ouça, minha amiga Megan está em perigo, eu sei que ela sempre estava por lá, você deve a conhecer. - Megan?! É claro que conheço, ah meu deus, eu sempre soube que aqueles homens não eram boa gente. Me encontrem lá, eu chego em alguns minutos. Loren abriu a por