Quando sua boca tocou a minha, fechei meus olhos e deixei que tudo acontecesse eu não consegui deixar de abrir os lábios para recebe-lo. Sentir a umidade morna da boca dele, foi algo tão maravilhoso que eu estremeci e me segurei nele para não cair. Ele me apertou em um dos braços, enquanto uma mão segurava a minha cabeça, seus lábios passaram a se mover sobre os meus famintos.
Eu não o resistia, não conseguia, fiquei atordoada com a sensação maravilhosa de estar nos braços dele, sentindo seu calor, sentindo seu perfume maravilhoso.Quando eu estava para corresponder seus beijos, a imagem dele me dizendo que era casado, me veio muito forte, e minha razão falou mais alto que meu coração, ela me lembrava agora que: eu fui um joguete nas mãos dele, talvez eu fosse seu brinquedinho novo.Tive que ter muita, mas muita força de vontade para empurrá-lo.Ele não me impediu de afastá-lo e eu tenho certeza que se ele quisesse, ele poderia me dominar, mas o beijo, pareceu satisfazê-Zachary Eu sabia que tinha de ser paciente com Maria. Não era que ela estava sendo dura, ou razoável. Mas ela não conseguia entender. Ele não fazia ideia de quem eu era – três meses juntos. Isso ainda doía em meu coração. TRÊS MESES.Meu irmão a conseguiu enganar por todo esse tempo. No fundo, ela e meu irmão tinham uma história juntos. E eu? Não tinha absolutamente nada. Ela nem sabia que eu existia.Ainda...Não queria falar desses tempos estéreis. Do passado vivido entre os dois. Eu queria que ela na verdade, o esquecesse. E só o lembraria para não o repetir.Meu irmão sempre foi um inconsequente. Uniu-se a Nádia, em um casamento sem amor, e nunca me escondeu isso. Eu o responsabilizava por todas as coisas estúpidas que havia feito a Maria. A dor que ele causou.Então, eu teria que colocar a minha explicação em palavras muito cuidadosamente. Explicar porque eu ainda não tinha revelado quem eu era. Mostrando a ela, que eu na verdade estava sentindo o terreno
Eu me tranquei no quarto até o dia seguinte. Não dormi quase nada, a imagem dele com outra mulher não saía da minha cabeça.Era tarde quando me levantei, com uma dor de cabeça danada. Tomei um banho de imersão para tentar relaxar. A possibilidade de ver Zachary me deixava mal do estômago. Por isso tomei uma resolução. Não ficaria sozinha com ele. Eu precisa estar sempre acompanhada. Resolvi alugar os braços de Ryan.A minha garganta doía muito e dentro da banheira começou a me dar uns calafrios. A dor de cabeça que eu estava se intensificou. Sentia-me mal, as pernas pesadas, a cabeça rodando.Levantei-me da banheira vacilante, peguei a toalha e comecei a me enxugar, mas tive que me sentar no vaso sanitário, pois tudo começou a rodar. Coloquei o meu robe branco ainda meio molhada e me segurando fui até a porta. O quarto de Priscila era ao lado do meu, eu precisava avisá-la que eu não estava bem.E depois eu só queria voltar para a cama. . . A cada minuto eu me sentia pior
Zachary ―Pai. ― Eu disse, meu pai sorriu.Eu o segurei no corredor.―Obrigada por ter vindo.―Essa moça deve ser muito importante para você. Senti isso, pela ansiedade na sua voz.Eu sorri levemente.―Ela é.―Enquanto eu a examino, vá até a sala. Seu irmão me trouxe e está lá.Meus olhos se estreitaram. Senti como se meu coração falhasse. O meu entusiasmo desapareceu.―Nicholas o trouxe? ―Repeti como se não acreditasse nos meus próprios ouvidos.―Sim, ele me trouxe. Estou sem carro, lembra? Hoje é dia que sua mãe visitar Elizabeth na casa de repouso.Elizabeth era uma tia de mamãe. Ela sofria de Alzheimer. Mamãe sempre que podia pegava o carro de papai e ia visitá-la aos sábados.―É verdade. ― Suspirei, me sentindo mal com essa informação, contrariado. ―Então, entra. Maria Eduarda o espera. Vou lá falar com Nicholas. Precisava falar com ele algumas coisas, mesmo que ele não entenda.―E pai... ―Ele se virou para mim. ― Não toca no assun
Maria Eduarda Despertei me sentindo melhor. Zachary estava sentado em uma cadeira perto de mim. Seus olhos estavam fixos num ponto. Pensativos. Meu coração se agitou no peito quando ele percebeu meu movimento e me fitou.—Está melhor? —Ele perguntou se sentando na cama do meu lado.—Sim. —Eu balbuciei.Ele sorriu, mas era um sorriso triste. Esse sorriso eu não conhecia.—Seu pai é uma pessoa maravilhosa. Muito atencioso. Parece um ótimo pai. Você tem sorte. —Eu disparei dizendo. Estava nervosa com a presença dele. Sozinha, na intimidade do quarto. Zachary Assenti e desviei meus olhos dos dela. Tentando ordenar meus pensamentos, pois de repente o medo se apoderou de mim. Mas eu precisava esclarecer todo o mal entendido.Então eu a encarei, resoluto, firme.—Quero que se sente, pois tenho algo a lhe falar, e não quero te ver na posição frágil. Quero que me encare de igual para igual.Ela me fitou correndo os olhos pelo meu rosto, tentando m
Maria Eduarda Uma espécie de sexto sentido me dizia que ele não queria se aproximar só do filho, e isso me deixava transtornada. Mas não confusa, pois só Zachary teve esse poder sobre mim. Hoje vejo, que não foi só atração sexual que eu sentia por ele. Zachary parecia enxergar através de mim. Coisa que Nicholas, "o superficial", foi incapaz. Eu o fitei. Ele me olhou sério. Esfregou as mãos nas minhas costas, me dando conforto. Eu podia sentir sua cautela. Ele então, me deu um sorriso tranquilizador. Mas aquele cafajeste de volta não me deixava calma. Respirei fundo. — Pensando bem. Acho que você está certo. Quanto mais rápido eu enfrentá-lo, melhor. — Disse confiante. — E quanto a esposa dele? O que ela pensa sobre isso tudo? — Ele se separou. Estava esperando sair o divórcio para conversar com você. —Ele inalou bruscamente e se afastou de mim e percebi que ele também não estava tão confiante assim com a situação. Z
ZacharyDepois que sai do quarto de Maria, me juntei ao pessoal, tentando me distrair. Mas os meus pensamentos me deprimiam.Nunca bati de frente com Nicholas, era a primeira vez que isso estava acontecendo.Depois que fomos morar com os Walters, Nicholas foi se afastando de mim. Tentei me aproximar do meu irmão. Mas sua postura tornou-se fria e distante, nosso contato passou a ser o mínimo necessário.Assisti-lo tão diferente do Nicholas que eu conhecia, não foi fácil. Era como se ele quisesse me esconder seus demônios internos. Com seu afastamento, fui entendendo que Nicholas não era tão forte assim. Nosso passado o marcou de alguma forma negativa, deixou cicatrizes.Passei a não mais reconhece-lo. Quando jovens, sofremos muito preconceito na escola por causa de nossa herança latina. Eu simplesmente os ignorava. Nicholas não, foram muitas brigas. Ele se impôs com seu jeito de Bad Boy e afastou os inimigos, por causa dele, deixamos de ser perseguidos.Fitei Prisci
Desviei meus olhos de Nicholas com dificuldade e fitei Zachary na entrada da sala. Tremendo. Sem pensar em nada, avancei para ele e o abracei. Eu observei com prazer a carranca que Nicholas fez. Era novidade isso para mim. O macho Alfa, que não era tão alfa assim, se sentir ameaçado por Zachary, o homem que cada vez mais tomava conta do meu coração.Nicholas trocou seu peso do pé. Frustração cobriu suas feições, pois ele estava acostumado a estar no controle, dentro e fora do quarto. E agora o jogo tinha mudado de mãos.Ele deu um passo para nós, eu abracei mais Zachary.—Você está cega. Eu tenho certeza que está confusa. Mas eu estou aqui, para abrir seus olhos. E mesmo porque, temos um fruto. Você deveria estar me ouvindo, ao invés de tomar essa atitude. Isso chega a ser quase infantil.—Caia na real, você! Não percebe que Maria Eduarda, não quer mais nada com você! —Zachary disse impaciente.A mandíbula de Nicholas se cerrou.—Zachary, você está cometendo um
No dia seguinte, não levantamos cedo. Dez horas. A festa tinha acabado tarde. Não seria educado sair sem nos despedir de todos. Eu já estava na sala com minhas mala pronta e o vestido de festa apoiado sobre ela.Dez minutos depois, Zachary apareceu com sua mala na mão. Vestido com uma calças jeans clara, bem ajustada no corpo. Camiseta branca, tênis. Os cabelos molhados pelo banho o deixavam mais sexy.Me levantei do sofá e fui até ele. Um sorriso surgiu em seu rosto quando ele correu os olhos pelo meu vestido branco com preto e o cabelo arrumado em um coque. Hoje, era a primeira vez que eu teria que enfrentar as diferenças entre Zachary e eu. Seu mundo e o meu. Estávamos saindo da mansão como namorados e agora ele conheceria a casa simples que eu morava, a intimidade do meu lar.Ele abriu os braços e eu me aninhei neles. Ryan nessa hora apareceu na sala. A risada familiar de Priscila chamou minha atenção e ela surgiu ao lado de Sebastian.—Já estão indo? —Sebast