Eu não posso contar para eles. Prometi para o Bernardo, mas, se ele descobrir, eu vou estar livre de qualquer suspeita. Como a dona Marly já desconfia que ela está traindo ele, será fácil de usar qualquer desculpa para que ele descubra.— Já sei o que vamos fazer. Vamos comprar um anel ou um colar com rastreador. Vamos colocar no quarto dela com uma mensagem de carinho assinada pelo senhor Riccardo. Ela vai cair, não vai?— Vai, Gabi, porque ela é burra. Pode deixar que o colar eu compro. Nunca quis gastar o meu dinheiro com ela, mas dessa vez, eu faço com o maior orgulho, até porque, tem que ser uma joia verdadeira, ou ela vai jogar no lixo.Planejamos tudo com jeitinho, e quando dou por mim, o dia já está amanhecendo.— Acho melhor você se deitar um pouco, Gabi. Mesmo que você não vá trabalhar hoje, não vai ser bom passar o dia todo acordada.— A senhora tem algum quarto reserva?— Só esse. O outro, a bruxa tomou conta para ela. — Olho para a cama dele, e acho que não vai ser tão ru
Um dia antes...Antes de entrar no carro, travo as portas dos passageiros para que só abram por fora, um mecanismo que se usa para crianças. Coloco o chapéu de motorista, entro no personagem e vou até o apartamento da Gabrielly.Paro o carro na frente da portaria. Tenho a certeza que ela não vai descer. Se eu, que sou o seu chefe e o homem que a tornou mulher, ela não veio, porque viria para um desconhecido?Doce engano meu, pois ela desceu, e veio vestida para matar qualquer um com o seu vestido vermelho. Ela entra no carro, me dando boa noite, mas eu tô com tanto ódio, que se eu for falar, ela vai ficar com raiva de mim.Dirijo em silêncio, e quase me mato de rir quando ela começa a rezar, pedindo perdão a Deus por ter saído com um homem casado. Ela mal sabe que o destino dela vai ser eu para sempre em sua vida. Não vou deixar nenhum homem chegar perto dela, não enquanto eu estiver vivo.Sinto o meu corpo estranho, uma leve tontura, coisa que faz muito tempo que eu não sentia. É com
Me levanto, faço a minha higiene e entro no carro com a minha mãe. Ela olha no celular dela, e parece que está seguindo um rastreador. Mas, mesmo eu perguntando do que se trata, ela só diz que eu vou ver quando chegarmos no local. Paramos de frente à casa do Bernardo, e eu continuo sem entender nada.— Eu não acredito que é aqui. — Minha mãe resmunga. — Mas, o rastreador nunca mente. — Fico pensando se é a Gabrielly que voltou a morar com ele, só para economizar dinheiro. Não, eu busquei ela ontem no seu apartamento, então não é ela.Minha mãe desce do carro e manda que eu a siga. A porta está sem o trinco, então ela entra mesmo sem ser convidada, e eu a sigo por todo o percurso. Até que chegamos ao andar de cima, e posso ouvir a risada da Sophie.Minha mãe abre a porta do quarto, e posso vê-la de quatro em cima da cama, e ele atrás dela, fødendo-a bem rápido enquanto ela ri. Pelo menos com ele, ela solta alguma expressão.Levo minha mão à parede, atrás do interruptor, e ligo a luz. A
Depois de tanto ser paparicado pela minha mãe, me sinto renovado. Gabrielly não veio passar o domingo com a gente, isso me incomodou, porque eu não sei como devo falar com ela, sem que a mesma fique zangada comigo.Segunda chega, faço a minha higiene, e vou à empresa bem cedinho. Sei que ela chega em torno das 7:10 da manhã, e quero estar presente quando ela chegar. Fico no carro, esperando ela, e como uma mulher pontual, ela chega no horário. Desço do carro, e me aproximo dela.— Bom dia, moça bonita!— Bom dia, senhor Riccardo. — Ela responde normalmente, como se não tivesse acontecido nada entre nós.— Porque não foi ontem à minha casa? — Ela apenas me olha sem responder e aperta o botão para o elevador descer. — Gostaria que você me respondesse.— Aqui não é o lugar. — As portas se abrem, e entramos. Assim que as portas se fecham, e o elevador atinge o terceiro andar, eu aperto o botão para ele parar.Ela olha para mim, e eu me aproximo dela, que vai dando passos para trás, até ba
Olho para ele e para a Gabrielly. Ela olha para ele e abaixa a cabeça.— Quero conversar com você a sós. — Ele pede, colocando as mãos sobre a minha mesa.— Conversa o que? Que estava comendo a Sophie esse tempo todo? Ou vai inventar uma desculpa que tua carne é fraca e por isso não conseguiu aguentar ao desejo e acabou levando ela para sua cama?— Riccardo, eu não vou pedir demissão da empresa. Quero continuar trabalhando.— Isso é impossível, não acha, Bernardo? — Ele leva a mão até o bolso da calça dele, retira um pendrive e balança ele na minha frente.— Sabe o que tem aqui, não sabe? Posso dar para a Sophie e ela usar contra você. Não sei se você se lembrar, mas tem data nas câmeras do vídeo.Não acredito que ele guardou uma cópia da noite que eu estive com a Gabrielly. Mas, isso não prova nada. Prova que estávamos no bar e depois entramos em um hotel. Posso alegar qualquer coisa, mas não vou ser chantageado por ele. Só gosto de chantagens quando sou eu quem faço.— Se você não p
Saio da sala, pensativo. Amanhã iremos fazer a divisão dos bens. O que será que ela arrumou contra mim? Se ela inventar de pegar as empresas, vou ter que tomar uma decisão trágica, e ela não vai gostar nada. Me aproximo deles. Bernardo e Victória são os primeiros a olhar para mim, pois a Sophie está de costas. Mas, lentamente, ela se vira e me olha também.— Eu não mandei você voltar para o Brasil, para trabalhar lá, Victória? — Pergunto, olhando para ela. Mas, ela olha para Sophie.— Contratei ela como minha assistente. Bernardo me falou o que você fez com a coitada, só para ficar com a sua assistente. Ela me será muito útil a partir de amanhã. — Olho para a Sophie, rindo.— O que vai aprontar amanhã?— Não vou te contar. Posso ter sido burra uma vez em ter acreditado que você teria me dado aquele colar. Eu deveria ter suspeitado que um ogro como você, jamais escreveria uma carta daquela.Olho para o Bernardo mais uma vez, e ele abaixa a cabeça e olha para o lado. Certeza que ele deu
Agora ele está livre, não terei mais a mente pesada por está saindo com um homem casado. Esse mês que levou para o processo de divórcio, foi o mais logo de todos, parecia até o mês de janeiro que parece ter 365 dias. Mas em nenhum só dia e deixou de me xavecar, sempre dava uma entradinha querendo se aproveitar. Ele é lindo, e nesses últimos dias parece até que estava brilhando. Não tem como eu negar mais, estou rendida a ele. Ele apenas precisa aprender a não querer me comprar, se ele conseguir tirar isso dele, será o homem perfeito.(...)Termino de me arrumar e espero por ele, sinto uma coisa estranha dentro de mim, pela primeira vez, estou morrendo de vergonha de fazer algo. Não sei se desço e espero ele lá embaixo, ou se fico aqui e espero o porteiro me avisar que ele chegou. Ele não disse a hora que viria, então, é melhor eu esperar ele aqui.Saio da minha dúvida quando o porteiro me interfona, e diz que o "moço bonito" pediu para eu descer, que está me esperando. Sorrio e digo
Gabrielly,Entramos no quarto de hotel, e eu fico olhando tudo. Não por querer, mas para tentar disfarçar o meu nervosismo. Riccardo me abraça por trás, coloca meu cabelo de lado e beija o meu pescoço, passando a sua barba, e isso já me deixa arrepiada.— O início não será igual a nossa primeira vez, já que naquele dia você que começou tudo, e dessa vez serei eu, já que você está com vergonha. — Ele me vira de frente para ele. — Tira a minha gravata. Respiro fundo, e levo a minha mão até ela, e a tiro.— Abre a minha camisa. — Concordo sem olhar em seu rosto, mas, eles segura em meu queixo, e me faz olhar para ele. — Olhe para mim, nos meus olhos, quero que você sinta o quanto eu estou queimando por dentro pelo meu olhar.Desabotoo o primeiro botão, e vou seguindo um a um. Ele pega nas minhas mãos, e coloca sobre o seu corpo, e faz eu passar por ele.— O que está sentindo? — Eu... Eu... — Não consigo falar nada, mas ele parece ter entendido, pois me dá um sorriso lindo de lado. Ele