Henry- O que você está fazendo? - Laura gritou entrando na minha casa como um furacão.- Como assim? Do que você está falando? - Perguntei levantando do sofá e Mary se sentou.- Acabaram de levar o Ian sob custódia, disseram que ele está sendo acusado de sequestrar a Mary, que merda é essa Henry? Você não pode fazer isso com o meu marido apenas porque não o aprova, ele não sequestrou a Mary!- Laura, ele não tem um álibi convincente, não sabe dizer onde estava na hora do sequestro, comprou um galpão uma semana antes e confessou o seu crime. Ele é culpado. - Expliquei calmamente na esperança de que ela entendesse.- Por que você está inventando tudo isso Henry? Eu achei que já tínhamos superado todas as nossas desavenças, Ian é o herdeiro de uma empresa, um dos acionistas da nossa empresa, ele não fez nada disso. Você está acreditando nisso por quê? Por que a Mary falou?Mary se levantou parando ao meu lado e suspirei pedindo para que Ruth providenciasse um copo d'água.- Laura, eu e
MaryO dia do julgamento chegou duas semanas depois dos depoimentos, Laura estava na primeira fila ao lado dos pais de Ian, sentei no banco da acusação junto com o meu advogado e Henry se sentou na primeira fileira da esquerda atrás de mim.- O réu está aqui sob acusação de sequestro, formação de quadrilha e tortura, contra a senhora Salt e a senhorita Ana, o réu reconhece as acusações?- O meu cliente não reconhece e provará sua inocência. - O advogado afirmou.- Há alguns dias atrás durante atarde um homem invadiu o carro da minha cliente levando ela e a amiga, elas permaneceram em cativeiro por mais de vinte e quatro horas, sob ameaças e extrema violência, os sequestradores eram Travis e Ian. Durante a remoção das vitimas para outro esconderijo ocorreu o acidente levando um dos sequestradores a óbito e possibilitando o resgate das vitimas. - O meu advogado começou. - Temos indícios mais do que consistentes de que o senhor Ian era sim um dos sequestradores, segundo a documentação el
Mary. Três semanas depois.Já se passaram três semanas desde o julgamento e a prisão do filho e herdeiro de uma das maiores empresas de tecnologia do país, depois disso as ações da W.E despencou e Henry comprou a empresa tornando-a parte da S.C interprese e expandindo para a área que ele jurou que não expandiria, mas fazer o quê? Esse era o meu marido, cabeça dura e confuso.Laura não havia entrando em contato como irmão desde o fim do julgamento e soubemos pela mãe que ela também não ia mais visitar Ian na prisão, mesmo com todas as tentativas do advogado garantimos a prisão definitiva de Ian.Tudo corria bem e normalmente trazendo nossas vidas para os trilhos novamente, hoje era a mudança para a nossa nova casa e o apartamento ainda estava cheio de caixas por todos os lados.- Eu estou cansado. – Henry reclamou sentando-se ao meu lado no sofá e sorri estendendo-lhe uma garrafa d'água.- Você não está fazendo quase nada. – Afirmei descruzando as pernas e José passou carrega
Mary.Dois anos depois.O despertador tocava alto pelo quarto silencioso, Henry resmungou ao meu lado e abri os olhos observando-o se sentar na cama e desligar o aparelho. Virei para o lado um pouco preguiçosa e senti seus lábios em meus ombros depositando ali um beijo casto.- Você vai se atrasar de novo querida. – sorriu saindo da cama e bufei sentando na mesma. Puxei o meu cabelo para cima prendendo-o e ouvi o chuveiro ser ligado saindo da cama.Desci as escadas da nossa nova casa em direção à cozinha e logo avistei os cabelos parcialmente grisalhos de Ruth, sorri escondendo-me por detrás da bancada e a mesma sorriu.- Está descalça novamente, não é? – repreendeu e sorri balançando a cabeça.- Você sabe que eu sempre perco os meus chinelos.- O café já está quase pronto, posso colocar a mesa?- Tudo bem, eu volto depois do banho. – avisei subindo novamente. Entrei no nosso closet olhando para a minha parte e tirei de lá um vestido tubinho branco e um par de saltos pretos segui para
Mary.José abriu a porta do carro esperando que entrássemos e escorreguei pelo banco dando espaço para que Henry sentasse. Cruzei as pernas olhando pela janela e senti sua mão em meu joelho.- Tudo bem? - perguntou e respirei fundo.- Tudo, estou apenas preocupada com algumas coisas do trabalho. - murmurei.- O que está acontecendo no trabalho? É esse casamento inesperado da Laura?- Não, é o casamento que acontecera na próxima semana, mas Ana já está me ajudando com isso.- Você sabe que pode falar comigo se precisar de ajuda. - disse e sorri.- Eu sei amor, mas você não entende nada de casamentos. - comentei e Henry sorriu. - Até mais tarde, em casa. - despedi-me quando José parou o carro em frente o escritório.Esperei que o carro se afastasse para entrar e Ana saiu da sua sala assim que me viu puxando-me para sentar no sofá da recepção.- E aí? - Jeni perguntou animada.- Soltou a novidade para o senhor negócios? - perguntou Ana e balancei a cabeça.- Na verdade ele que soltou uma
Mary.Cheguei ao escritório junto com Ana e Jeni apareceu logo depois, ela arrumava a recepção enquanto juntava alguns papéis para a reunião com uma das minhas noivas hoje à tarde.- Mary - Jeni bateu na porta e olhei para ela. - Chegaram para você. - sorriu me estendendo um buque de rosas vermelhas e brancas.- Pode colocar aí. - pedi voltando para os meus papéis e depois de organizar tudo o que eu precisava me aproximei das rosas puxando o cartão entre elas já sabendo bem de quem eram.“Eu acho que ambos temos muito a falar, eu lhe devo desculpas pelo meu comportamento e pela minha reação e creio que uma conversa seria o mais apropriado agora”. Então, eu, você e um jantar essa noite, o que acha?“Ass: Henry Salt, seu marido.”- Parece que ele se lembrou da floricultura novamente. - Ana debochou entrando na sala e me sentei dobrando o cartão em minhas mãos.- Eu seria muito tonta se aceitasse esse jantar hoje? - perguntei.- Não, vocês precisam mesmo conversar, a não ser que você não
MaryAssim que José parou o carro em frente ao escritório desci do mesmo seguida por Henry, tudo estava um caos, alguns vidros e janelas quebradas, papéis espalhados, dois computadores faltando e as salas completamente reviradas.Entrei na minha sala olhando as pastas no chão e suspirei passando a mão no rosto.- Ana está falando com os policiais, eu vou colocar uma equipe de segurança aqui pela noite. - Henry afirmou abraçando-me por trás.- Eu tenho um casamento em quatro dias, o que eu vou fazer Henry? Eu não sei onde está nada agora.- Alguns dos meus homens vão ajudar a Ana aqui, você deveria ir para casa, não pode passar por nervoso assim. - disse beijando meu ombro. Assenti afastando-me dele e peguei minha bolsa saindo do escritório, Henry avisou que estaria em casa logo depois de resolver tudo e entrei no carro com José saindo de lá.O carro seguiu pelo transito moderado de Nova Iorque e suspirei pegando meu celular que vibrava."Henry - Ana conseguiu achar algumas coisas do
Mary.Deixei a bolsa em cima da mesa pegando uma das pastas que Ana havia deixado organizadas e sentei na minha cadeira analisando os últimos detalhes do próximo casamento que teríamos. As coisas estavam voltando ao normal depois de um dia, Henry havia organizado tudo para que o escritório ficasse limpo novamente e aos poucos as coisas que foram quebradas iam sendo trocadas por novas.- Definitivamente eu deveria ter procurado outra profissão. - Ana resmungou entrando na sala e sorri.- O que foi agora?- A noiva vai mudar a ordem da primeira fileira. - disse se jogando no sofá da minha sala.- Podemos resolver isso, não fique tão estressada, eu tenho pena do Hector. - brinquei e Ana balançou a cabeça.- Eu te garanto, ele é pior que eu.- Acho pouco provável. - sorri.- E você? Já comentou com o Henry sobre aquela carta estranha?- Eu me esqueci disso, vou falar com ele hoje à noite. - prometi enquanto procurava a lista de assentos.- Acho bom que fale mesmo.- Eu já disse que vou. -