Mary.Deixei a bolsa em cima da mesa pegando uma das pastas que Ana havia deixado organizadas e sentei na minha cadeira analisando os últimos detalhes do próximo casamento que teríamos. As coisas estavam voltando ao normal depois de um dia, Henry havia organizado tudo para que o escritório ficasse limpo novamente e aos poucos as coisas que foram quebradas iam sendo trocadas por novas.- Definitivamente eu deveria ter procurado outra profissão. - Ana resmungou entrando na sala e sorri.- O que foi agora?- A noiva vai mudar a ordem da primeira fileira. - disse se jogando no sofá da minha sala.- Podemos resolver isso, não fique tão estressada, eu tenho pena do Hector. - brinquei e Ana balançou a cabeça.- Eu te garanto, ele é pior que eu.- Acho pouco provável. - sorri.- E você? Já comentou com o Henry sobre aquela carta estranha?- Eu me esqueci disso, vou falar com ele hoje à noite. - prometi enquanto procurava a lista de assentos.- Acho bom que fale mesmo.- Eu já disse que vou. -
Mary.- Quem é ela? - perguntei a Vivian enquanto ela me ajudava a por a mesa.- Ela é o que eu chamo de problema. - murmurou entretida com os talheres.- Como assim? - franzi a testa parando o que eu estava fazendo.- Henry e ela se conheceram na universidade, ela tem uma grande influência nesse jeito dele, digamos que ela o deixou alérgico a relacionamentos. - encolheu os ombros terminando de distribuir os talheres. - Ela foi muito importante pra ele, era basicamente a vida dele.- E o que aconteceu?- Ela deu no pé quando as coisas ficaram sérias demais, aí ele ficou naquela de nunca mais vou me envolver e o resto você já sabe.- E o que ela faz aqui agora? - suspirei.- Isso eu já não sei. - disse e voltamos para a mesa quando ouvi a porta do escritório sendo aberta.- Mary essa é Adeline uma antiga amiga da universidade.- É um prazer. – disse estendendo minha mão.- Mary é a minha esposa. – Henry esclareceu e Adeline sorriu.- É ótimo conhecê-la, sinceramente achei que Henry nun
MaryA minha primeira consulta estava cada vez mais perto e Henry cada vez mais atarefado com o novo negócio que estavam fechando. Claro que pensar que ele ficava a maior parte do seu dia ao lado da ex-namorada me incomodava um pouco, mas eu não deixava que isso se tornasse uma preocupação em minha cabeça.Os pedidos de Adeline para o casamento estavam cada vez mais loucos, iria ser um verdadeiro evento para a alta sociedade e se não bastasse meus pais estavam vindo para o feriado em breve.Depois de mais alguns minutos finalmente levantei da cama para começar o dia. Tomei um banho demorado e vesti a roupa que havia deixado separada descendo para a cozinha em seguida.- Bom dia. – Ruth sorriu servindo uma xícara de café. – Senhor Salt saiu mais cedo hoje.- Eu desconfiei. – murmurei bebendo um pouco do café. – Chegou alguma coisa pra mim?- Essa caixa. – disse colocando a encomenda sobre a bancada e voltando para a geladeira que ela organizava tirando tudo o que estava vencido.Termin
Mary.Estava tudo pronto para a primeira escolha de buquês de Adeline, nosso fornecedor havia montado buquês lindos para o grande dia dela.Assim que chegamos até a fazenda onde nosso fornecedor trabalhava coloquei meu casaco e desci do carro com Ana. Agradeci mentalmente por ter escolhido as botas de cano longo que evitavam que minhas pernas sentissem tanto frio.- Aqui é lindo. - Adeline comentou enquanto descia do carro atrás de nós. Sua mãe a acompanhava hoje já que o noivo não pôde vir.- É tem uma das melhores paisagens com certeza. - Ana sorriu enquanto entravamos na varanda da grande casa.- Sejam bem vindas de volta. - Toni sorriu abraçando nós duas.- Essa é a nossa noiva, Adeline. - sorri.- Encantado. - Toni sorriu simpático enquanto nós mostrava por onde ir. - Separei as flores mais lindas dessa época, espero que alguma agrade vocês.- Tenho total confiança em você. - afirmei. Em uma sala quase no fim do corredor estavam quatro buquês em cima de uma mesa.- São lindos! -
Adeline.Levantei da cama puxando o lençol para cobrir meu corpo e Paul sorriu buscando sua carteira de cigarros. Olhei para ele pegando sua camisa no chão e vesti a mesma me servindo uma taça de vinho.- Você soube o que aconteceu? – perguntei sentando na poltrona próxima a janela. – Mary passou mão na escolha dos boques essa tarde.- Uma pena não ter sido mais do que isso. – encolheu os ombros se sentando melhor na cama. – Ela deve estar em seu momento mais frágil agora.- Henry também deve estar muito preocupado.- Esse é o momento que você deve mantê-lo mais ocupado e distante, Mary com certeza se irritará muito com isso.- Não vai ser fácil, mas acho que posso fazer isso. – afirmei cruzando as pernas. – Henry tenta ser forte, mas com um pouquinho de insistência acho que posso levá-lo para a cama como fiz da primeira vez.- Com isso o casamento dos dois irá por água a baixo e eu serei o noivo traído que entenderá a dor dela. – sorriu levantando-se. – Lembre-se não importa o que fa
Mary.Ana estava parada em frente ao espelho terminando de colocar o colar que eu havia emprestado enquanto Henry estava largado na cama brincando com Francis o nosso gatinho. Eram sete da noite e hoje era a noite das meninas.Iriamos há um restaurante e depois do jantar gastaríamos o restante da noite em um barzinho com algumas bebidas e muitas conversas, Jeni e Nanda iriam nos encontrar no restaurante e claro, drinks sem álcool para mim.- Como estou? – Ana perguntou passando a mão pelo seu vestido enquanto fazia graça e Henry apoiou a mão no queixo olhando para ela.- É você chegou ao máximo que conseguiria. – afirmou e Ana jogou um travesseiro em cima dele.- Nós estamos indo. – avisei e Ana pegou sua bolsa saindo do quarto. – Eu devo chegar por volta das onze. – murmurei ajeitando meu batom e Henry se levantou me abraçando por trás.- Juízo. – pediu beijando meu pescoço. – E divirta-se. – sorriu estendendo o cartão de crédito e sorri balançando a cabeça em negação.- Obrigada. –
Mary.Saímos de casa logo pela manhã para a consulta com a minha obstetra, estava entrando na decima semana de gestação e eu queria me certificar de que não havia nenhum problema, ainda mais agora que Henry viajaria a negócios.- O que foi? Parece ansioso. - perguntei me sentando ao seu lado na recepção.- Eu só quero que esteja tudo bem. - sorriu nervoso e sorri.- Vai estar o mês passou bem apesar dos apesares. - garanti. Eu não havia sentido nada estranho os meus enjoos estavam controlados e eu estava me sentindo melhor do que nunca.Hoje faríamos o segundo ultrassom e eu estava animada para tudo, logo em seguida iria para a segunda prova de bolos de Adeline, já que ela não conseguiu se decidir na primeira.Suspirei observando as mães já com barrigas enormes a minha frente e outra um pouco mais longe com um bebê recém-nascido no colo, sorri pensando que daqui um tempo seria eu nessas duas situações.- Mary Salt. - a recepcionista chamou e levantei com Henry entrando no consultório.
MaryO dia começou movimentado com a mudança de locação do casamento de Adeline tivemos que visitar novamente o novo local que ficava um pouco afastado que o anterior.- Essa mulher deve saber que eu odeio pegar a estrada pela manhã. – reclamou Ana enquanto eu guiava o carro pela estrada que começava a ser iluminada pelo sol.Paul seguia em seu carro atrás de nós como Adeline não estava aqui, ele iria avaliar o lugar.- Já falou com Henry hoje? – Ana perguntou enquanto procurava uma música boa no rádio.- Ele me ligou logo cedo para saber como estava, e claro, brigar comigo por vir dirigindo. – sorri checando o GPS antes de virar na rua seguinte.- Vocês são insuportáveis. – revirou os olhos.- Eu sei. – sorri. – Você e o Hector não são muito diferentes.- Nem me fale desse ser. – bufou. – Agora, por favor, me diz que você já reparou que Adeline ainda tem uma queda pelo seu marido?- Sim eu sei. – suspirei.- De onde você tirou essa calma toda? Que irritante. – bufou pulando mais duas