Mary.Saímos de casa logo pela manhã para a consulta com a minha obstetra, estava entrando na decima semana de gestação e eu queria me certificar de que não havia nenhum problema, ainda mais agora que Henry viajaria a negócios.- O que foi? Parece ansioso. - perguntei me sentando ao seu lado na recepção.- Eu só quero que esteja tudo bem. - sorriu nervoso e sorri.- Vai estar o mês passou bem apesar dos apesares. - garanti. Eu não havia sentido nada estranho os meus enjoos estavam controlados e eu estava me sentindo melhor do que nunca.Hoje faríamos o segundo ultrassom e eu estava animada para tudo, logo em seguida iria para a segunda prova de bolos de Adeline, já que ela não conseguiu se decidir na primeira.Suspirei observando as mães já com barrigas enormes a minha frente e outra um pouco mais longe com um bebê recém-nascido no colo, sorri pensando que daqui um tempo seria eu nessas duas situações.- Mary Salt. - a recepcionista chamou e levantei com Henry entrando no consultório.
MaryO dia começou movimentado com a mudança de locação do casamento de Adeline tivemos que visitar novamente o novo local que ficava um pouco afastado que o anterior.- Essa mulher deve saber que eu odeio pegar a estrada pela manhã. – reclamou Ana enquanto eu guiava o carro pela estrada que começava a ser iluminada pelo sol.Paul seguia em seu carro atrás de nós como Adeline não estava aqui, ele iria avaliar o lugar.- Já falou com Henry hoje? – Ana perguntou enquanto procurava uma música boa no rádio.- Ele me ligou logo cedo para saber como estava, e claro, brigar comigo por vir dirigindo. – sorri checando o GPS antes de virar na rua seguinte.- Vocês são insuportáveis. – revirou os olhos.- Eu sei. – sorri. – Você e o Hector não são muito diferentes.- Nem me fale desse ser. – bufou. – Agora, por favor, me diz que você já reparou que Adeline ainda tem uma queda pelo seu marido?- Sim eu sei. – suspirei.- De onde você tirou essa calma toda? Que irritante. – bufou pulando mais duas
Henry.As reuniões do primeiro dia havia finalmente acabado, eu me sentia exausto quando cheguei ao meu quarto de hotel, suspirei tomando um longo banho antes de colocar o roupão e me sentar em frente à mesa com mais papeis para analisar.Peguei meu celular ligando para Mary que atendeu no segundo toque e sorri me encostando a cadeira.“Oi amor.” – sorri ao ouvir sua voz. Era sempre igual, sempre havia um friozinho na barriga ao ouvi-la.“Como você está meu anjo? Já estou com saudades.” – reclamei e ouvi sua risada.“Estou bem, já estou pronta para dormir.” – afirmou.“Para de ser tão meloso.” – ouvi Ana gritar ao fundo e revirei os olhos.“O que Ana está fazendo aí?” – perguntei sorrindo.“Ela vai dormir comigo.” – afirmou.“Estou com inveja dela.” – admiti e Mary riu.“Estou sentindo falta do seu abraço para dormir.” – reclamou manhosa.“Se as reuniões terminarem mais cedo, amanhã mesmo eu pego o voo de volta.” – prometi.“Não precisa se apressar, mas se conse
MaryNão eram nem seis da manhã quando acordei, havia tanta coisa para fazer que eu tive que acordar muito mais cedo do que gostaria. Escovei os dentes e tomei um banho rápido antes de me arrumar e descer. Ruth sorriu já me esperando com o café da manhã, tinha frutas, pães, suco, bolo e chá, já que eu estava evitando o café por um tempo.Sorri animada pela minha primeira refeição e me deliciei calmamente conversando com Ruth enquanto comia para me atualizar das fofocas dos funcionários.O meu dia foi inteiramente ocupado pelos dois casamentos que estavam por vir, mas mesmo assim tirei um tempo para fazer minhas refeições corretamente e beber bastante água durante o dia.Amanhã seria minha próxima consulta e logo depois dessa elas finalmente ficariam mais espaçadas.- Ruth? – chamei assim que cheguei em casa enquanto tirava os sapatos que apertavam meus pés.- Ruth já foi amor. – Henry avisou me surpreendendo e sorri pulando em seu colo.- Você disse que chegaria de manhã. – fiz bico e
MaryHenry estava sentado na sala rodeado de livros de bebês e revirei os olhos me encostando a bancada pegando uma das uvas da cesta de frutas.- Você acha que ele está pirando? – perguntei a Ruth que parou secando as mãos em um pano de prato.- Acho que sim. – disse pensativa enquanto Henry virava mais uma página e roía mais uma unha.- O que eu deveria fazer? – peguei mais uma uva.- Não sei. – murmurou olhando e inclinei a cabeça para o lado. Peguei o pote de uvas e segui para o sofá me sentando próxima a ele.- Amor, não acha que está bom por hoje? – sorri.- Você sabia que bebês podem se engasgar até mesmo com o leite da mãe? Isso é um perigo. – balançou a cabeça. – Ele não poderá comer uvas até ter, sei lá, uns seis anos.- Nós podemos esperar. – sorri.- Deveríamos comprar sapatos baixos para você, a doutora falou para não se esforçar muito, acho salto muito perigoso.- Eu tenho sapatos baixos Henry. – murmurei terminando um cacho de uva.- Você também deveria ir para lugares
Mary.Henry se revirou na cama jogando seus braços sobre mim depois da terceira vez que acordei para ir ao banheiro durante a noite. Suspirei jogando-os para o lado e peguei meu celular checando a hora, já se aproximava das 03h30min da madrugada e havia duas chamadas perdidas da minha mãe.Coloquei o celular de volta no criado-mudo e decidi que ligaria para ela na hora do café. Puxei a coberta me aconchegando para perto do Henry e a campainha soou por toda a casa silenciosa.- O que é isso? - resmungou sonolento.- A campainha, mas são três da manhã. - disse pegando de volta meu celular e Henry se levantou passando a mão pela barriga e saindo de cueca pela casa.- Mary. - gritou do andar debaixo e afastei a coberta colocando minhas pantufas e descendo. Era alguém conhecido se não a segurança não teria deixado entrar, mas por que tão cedo? - É pra você. - Henry murmurou apontando para o visor e me surpreendi ao ver minha mãe ali.- O que aconteceu? - perguntei colocando uma xicara de c
MaryParei o carro no estacionamento pegando a bolsa que havia trago comigo e saí travando o mesmo enquanto mandava uma mensagem para Henry avisando que havia chegado. Desci a pequena escada que separava o estacionamento da área de entrada da fazenda e encontrei Paul.- Ainda bem que não teve dificuldades para chegar. – sorriu me cumprimentando.- Eu já conhecia o caminho. – sorri. – O caseiro já está aqui?- Não, ele ligou disse que vai demorar um pouco, está com um problema com a caminhonete, vamos esperar lá dentro? – concordei seguindo com ele para dentro da casa e me sentei no sofá esperando que isso terminasse a tempo de voltar ainda hoje.Mais ou menos uma hora se passou e um temporal caiu sobre nós, bufei tentando encontrar algum sinal pela casa e Paul sorriu.- Não adianta, aqui não tem sinal nenhum quando chove. – disse fechando as janelas.- E agora? Como vamos saber se esse caseiro vem ou não? – reclamei um pouco desesperada.- Vamos comer alguma coisa e depois pensamos ni
MaryO jeito que Henry me olhava me mostrava que havia algo errado, havia raiva em seu olhar, ele já sabia do que tinha acontecido? Paul teria contado para ele enquanto eu estava voltando para casa?- Você pegou a estrada com esse tempo? Ainda bem que os pneus estavam novos. – comentou se sentando e assenti me sentando ao seu lado. – Como foi lá?- Complicado. – murmurei sem saber como entrar no assunto em questão.- Eu recebi umas fotos. – disse pegando o celular e olhei para ele. – Ele fez isso com você? – perguntou parecendo calmo demais para o meu gosto.- Ele me pegou de surpresa, foi à força. – me defendi olhando as fotos na tela do celular.- Você não tem que me explicar nada. – afirmou segurando minhas mãos e olhei para ele.- Você não está com raiva?- Estou. – afirmou. – Estou por que aquele imbecil te tocou, invadiu o seu espaço e não te respeitou. Praticamente te encurralou em uma fazenda sozinha e distante.Olhei para ele ainda um pouco em choque e um pouco surpresa, lágr