MaryHenry estava sentado na sala rodeado de livros de bebês e revirei os olhos me encostando a bancada pegando uma das uvas da cesta de frutas.- Você acha que ele está pirando? – perguntei a Ruth que parou secando as mãos em um pano de prato.- Acho que sim. – disse pensativa enquanto Henry virava mais uma página e roía mais uma unha.- O que eu deveria fazer? – peguei mais uma uva.- Não sei. – murmurou olhando e inclinei a cabeça para o lado. Peguei o pote de uvas e segui para o sofá me sentando próxima a ele.- Amor, não acha que está bom por hoje? – sorri.- Você sabia que bebês podem se engasgar até mesmo com o leite da mãe? Isso é um perigo. – balançou a cabeça. – Ele não poderá comer uvas até ter, sei lá, uns seis anos.- Nós podemos esperar. – sorri.- Deveríamos comprar sapatos baixos para você, a doutora falou para não se esforçar muito, acho salto muito perigoso.- Eu tenho sapatos baixos Henry. – murmurei terminando um cacho de uva.- Você também deveria ir para lugares
Mary.Henry se revirou na cama jogando seus braços sobre mim depois da terceira vez que acordei para ir ao banheiro durante a noite. Suspirei jogando-os para o lado e peguei meu celular checando a hora, já se aproximava das 03h30min da madrugada e havia duas chamadas perdidas da minha mãe.Coloquei o celular de volta no criado-mudo e decidi que ligaria para ela na hora do café. Puxei a coberta me aconchegando para perto do Henry e a campainha soou por toda a casa silenciosa.- O que é isso? - resmungou sonolento.- A campainha, mas são três da manhã. - disse pegando de volta meu celular e Henry se levantou passando a mão pela barriga e saindo de cueca pela casa.- Mary. - gritou do andar debaixo e afastei a coberta colocando minhas pantufas e descendo. Era alguém conhecido se não a segurança não teria deixado entrar, mas por que tão cedo? - É pra você. - Henry murmurou apontando para o visor e me surpreendi ao ver minha mãe ali.- O que aconteceu? - perguntei colocando uma xicara de c
MaryParei o carro no estacionamento pegando a bolsa que havia trago comigo e saí travando o mesmo enquanto mandava uma mensagem para Henry avisando que havia chegado. Desci a pequena escada que separava o estacionamento da área de entrada da fazenda e encontrei Paul.- Ainda bem que não teve dificuldades para chegar. – sorriu me cumprimentando.- Eu já conhecia o caminho. – sorri. – O caseiro já está aqui?- Não, ele ligou disse que vai demorar um pouco, está com um problema com a caminhonete, vamos esperar lá dentro? – concordei seguindo com ele para dentro da casa e me sentei no sofá esperando que isso terminasse a tempo de voltar ainda hoje.Mais ou menos uma hora se passou e um temporal caiu sobre nós, bufei tentando encontrar algum sinal pela casa e Paul sorriu.- Não adianta, aqui não tem sinal nenhum quando chove. – disse fechando as janelas.- E agora? Como vamos saber se esse caseiro vem ou não? – reclamei um pouco desesperada.- Vamos comer alguma coisa e depois pensamos ni
MaryO jeito que Henry me olhava me mostrava que havia algo errado, havia raiva em seu olhar, ele já sabia do que tinha acontecido? Paul teria contado para ele enquanto eu estava voltando para casa?- Você pegou a estrada com esse tempo? Ainda bem que os pneus estavam novos. – comentou se sentando e assenti me sentando ao seu lado. – Como foi lá?- Complicado. – murmurei sem saber como entrar no assunto em questão.- Eu recebi umas fotos. – disse pegando o celular e olhei para ele. – Ele fez isso com você? – perguntou parecendo calmo demais para o meu gosto.- Ele me pegou de surpresa, foi à força. – me defendi olhando as fotos na tela do celular.- Você não tem que me explicar nada. – afirmou segurando minhas mãos e olhei para ele.- Você não está com raiva?- Estou. – afirmou. – Estou por que aquele imbecil te tocou, invadiu o seu espaço e não te respeitou. Praticamente te encurralou em uma fazenda sozinha e distante.Olhei para ele ainda um pouco em choque e um pouco surpresa, lágr
Henry.Mary cruzou os braços em frente à porta quando assim que parei o carro na entrada, em silencio segui até ela enquanto a mesma me observava com o olhar nervoso e curioso.- O que você foi fazer? - perguntou nervosa.- Desculpe amor, eu não consegui controlar esse impulso, eu fiquei completamente louco pelo que ele fez com você. - resmunguei e Mary bufou entrando em casa e a segui fechando a porta.- Eu agradeço, mas acho que preciso mais do seu apoio aqui do que por aí brigando com os outros. Vamos esquecer esses dois e focar no que é mais importante agora Henry, nosso bebê está crescendo aqui dentro e ele precisa de um ambiente de paz. - pediu e assenti concordando.- Eu sei amor, não vou deixar que mais ninguém entre aqui para tirar a nossa paz e nem eu vou tirar isso. - garanti e Mary sorriu.- Exatamente, nem você. - afirmou me abraçando e a peguei no colo a levando de volta para o quarto.Na manhã seguinte Mary saiu logo cedo para resolver algumas coisas com a mãe que estav
Mary.15 semanas. Observava sentada no banco da cozinha enquanto Henry andava de um lado para o outro gritando com sua irmã no telefone. Eu podia ver suas veias saltarem e seu rosto ficar vermelho enquanto ela continuava falando do outro lado.O casamento de Laura e Edward estava ficando um pouco exagerado com todos os pedidos que ela tinha feito e claro Henry tinha que se meter nisso, era mais forte que ele.- Laura a Mary me disse que você nem viu o orçamento do vestido e o bolo ainda e a mamãe tem ligado para reclamar, você está gastando mais de um milhão de dólares com a decoração, imagina quando somar tudo. – bufou frustrado- Será que ele fica louco assim? – Ana perguntou partindo a maçã em quatro pedaços me entregando um.- Acho que em breve, de tanto que ele se importa com tudo. – revirei os olhos mordendo um pedaço da fruta enquanto esperávamos o almoço.- Acho melhor ele deixar a irmã fazer o que quiser, quanto mais caro mais ganhamos com isso. – resmungou e sorri batendo e
Henry.22 semanas.A empresa estava uma zona com o lançamento do novo produto e nunca achei que uma parceria poderia me dar tanta dor de cabeça.Adeline não estava mais trabalhando diretamente comigo, mas continuava dificultando as coisas para mim através da porta voz do seu pai.Eu tinha que me lembrar de jamais criar minha filha de uma maneira mimada e mesquinha, isso daria problemas para alguém futuramente.- Aqui as novas exigências do nosso querido parceiro de negócios. – Vivian revirou os olhos me entregando a pasta e suspirei.- Estão tão ruins quanto antes?- Eu acho mesmo que deveríamos acabar com isso e aceitar a multa de rescisão Henry, tem coisas que não valem a pena. – reclamou.- Tenho que admitir que tenho pensado bem mais nisso nos últimos dias. – confessei. – Mas, ainda não decidi nada.- Se decida logo, esse povo está deixando todos nessa empresa loucos.- Eu vou anunciar a decisão na reunião amanhã, já vai preparando os bolsos. – brinquei pegando meu casaco.- Prepa
Mary.Tudo estava desmoronando, quatro dias se passaram e não tínhamos nenhuma notícia de Henry. Primeiro fomos atrás da polícia, Ana me ajudou em tudo e depois de vinte e quatro horas começaram a procurar por ele.Não havia nenhum sinal de que ele havia ido para Alemanha, não havia nenhuma compra em seu cartão de crédito, nenhuma retirada de dinheiro, nada.Linda havia avisado aos policiais sobre a conversa que teve com Henry, mas ninguém encontrou Amanda na casa que ela alugou. Era simplesmente um vazio, não tinham pistas, não tinham nenhuma ideia e meu marido estava desaparecido.Olhei em volta naquela casa enorme que agora parecia terrivelmente vazia, até mesmo Francis e Michelangelo estavam com saudade do pai.- Como foi lá? – perguntei a Ana quando a mesma chegou se jogando no sofá.- Nada, eles investigaram a tal da denuncia anônima, mas não deu em nada, conversaram com Paul também, ele tem um álibi. – afirmou e suspirei.- Quem iria fazer isso além dele Ana? Henry não tinha na