Henry.22 semanas.A empresa estava uma zona com o lançamento do novo produto e nunca achei que uma parceria poderia me dar tanta dor de cabeça.Adeline não estava mais trabalhando diretamente comigo, mas continuava dificultando as coisas para mim através da porta voz do seu pai.Eu tinha que me lembrar de jamais criar minha filha de uma maneira mimada e mesquinha, isso daria problemas para alguém futuramente.- Aqui as novas exigências do nosso querido parceiro de negócios. – Vivian revirou os olhos me entregando a pasta e suspirei.- Estão tão ruins quanto antes?- Eu acho mesmo que deveríamos acabar com isso e aceitar a multa de rescisão Henry, tem coisas que não valem a pena. – reclamou.- Tenho que admitir que tenho pensado bem mais nisso nos últimos dias. – confessei. – Mas, ainda não decidi nada.- Se decida logo, esse povo está deixando todos nessa empresa loucos.- Eu vou anunciar a decisão na reunião amanhã, já vai preparando os bolsos. – brinquei pegando meu casaco.- Prepa
Mary.Tudo estava desmoronando, quatro dias se passaram e não tínhamos nenhuma notícia de Henry. Primeiro fomos atrás da polícia, Ana me ajudou em tudo e depois de vinte e quatro horas começaram a procurar por ele.Não havia nenhum sinal de que ele havia ido para Alemanha, não havia nenhuma compra em seu cartão de crédito, nenhuma retirada de dinheiro, nada.Linda havia avisado aos policiais sobre a conversa que teve com Henry, mas ninguém encontrou Amanda na casa que ela alugou. Era simplesmente um vazio, não tinham pistas, não tinham nenhuma ideia e meu marido estava desaparecido.Olhei em volta naquela casa enorme que agora parecia terrivelmente vazia, até mesmo Francis e Michelangelo estavam com saudade do pai.- Como foi lá? – perguntei a Ana quando a mesma chegou se jogando no sofá.- Nada, eles investigaram a tal da denuncia anônima, mas não deu em nada, conversaram com Paul também, ele tem um álibi. – afirmou e suspirei.- Quem iria fazer isso além dele Ana? Henry não tinha na
Mary.Era tarde quando cheguei da delegacia da mesma forma que havia ido, de mãos vazias e o coração aflito. Eles diziam que a foto que recebi era um bom sinal, tínhamos talvez a confirmação de que ele estava vivo, e pela primeira vez o sequestrador resolveu se comunicar.Suspirei jogando meu casaco sobre a cama e fui direto para o banheiro, liguei o chuveiro deixando na temperatura que eu gostava e comecei a tirar minhas roupas.Fechei os olhos deixando a água cair sobre a minha cabeça e chorei, eu estava frágil, desesperada e cansada. Tudo isso estava se arrastando mais do que imaginávamos e não havia absolutamente nada que ligassem Paul ou Adeline a esse sequestro.Sai do chuveiro fechando meu roupão felpudo e enrolei uma toalha no cabelo deixando que meu corpo caísse sobre a cama tentando descansar meus pés inchados.Olhei para o teto tentando raciocinar um pouco, não havia mais ninguém, simplesmente ninguém. Tinha que ser um deles.Linda disse em seu depoimento que ele havia ido
Henry.Amanda andava de um lado para o outro com o celular nas mãos, parecia tensa e perto de perder o controle.- Ele não vem. – gritou de repente para Adeline. – Ele não atende, não manda mensagem, ele deixou a gente.- Não, ele deve ter tido algum problema. – afirmou convicta e olhei para Amanda. Ela estava mais fragilizada, ela era a minha chance agora.- O que nós vamos fazer? Ele disse que hoje acabava tudo. – perguntou e Adeline suspirou pegando seu celular e saindo do galpão.- Ele abandonou vocês nessa. – disse e Amanda se virou para mim. – Você sabe que a família de Adeline tem dinheiro, ela vai dar um jeito de sumir, mas você, o que vai acontecer com você?- Cala a boca. – mandou inquieta.- Ela vai entregar você Amanda e tirar o dela, com certeza foi ligar para o pai, já vai ter os melhores advogados do lado dela, você é a única que vai se ferrar nessa.Amanda olhou para mim se aproximando da barra de ferro onde estava preso e me encarou por um tempo antes de se ajoelhar n
23 semanas.MaryHenry estava finalmente de alta, Laura e Marta já esperavam em casa enquanto esperávamos o medico acertar os últimos detalhes da sua alta, minha perna estava se recuperando bem, o tiro foi de raspão então havia apenas um machucado, ainda doía, mas saber que Paul não era mais um problema me fazia esquecer tudo isso.Adeline ainda não havia sido encontrada, ainda não sabíamos pra onde ela havia ido ou se estava sozinha e seu pai se recusava a falar qualquer coisa sobre o assunto. Foram inevitáveis os respingos de toda essa bagunça na empresa.Vivian corria contra o tempo para desfazer o negócio enquanto as ações da empresa do pai de Adeline despencavam em meio a toda essa confusão.Eu estava tranquila por ter Henry novamente de volta, mas Adeline solta por aí ainda me incomodava, José havia reforçado a segurança a pedido de Henry e estávamos atentos a qualquer mudança até que aquela louca fosse pega.Assim que chegamos em casa Marta correu em auxilio do filho beijando s
30 semanas. Mary.Sete semanas se passaram e tudo estava indo incrivelmente bem, chegava a ser até assustador a calmaria que finalmente estávamos vivendo. Agora estava esticada sobre a espreguiçadeira enquanto Henry nadava de um lado a outro da piscina e Michelangelo fazia menção de pular na água.Era sábado e estava um sol agradável para passar uma tarde sem fazer nada, sorri passando a mão pela minha barriga quando senti Cecilia mexer. Antes não mexia agora eu posso senti-la com bastante frequência, mas ainda não mexeu para Henry e ele continua contrariado.Acho que Cecilia já vai nascer de castigo pelo que ele diz.Sorrio quando Michelangelo finalmente cai na água afundando Henry que não esperava pelo seu pulo e gargalho enquanto o cachorro nada até a borda da piscina.- Esse cachorro quer me matar, eu sinto isso. - afirmou ofegante e gargalhei ainda mais.- É por que você não foi passear com ele hoje, bem feito. - acusei.- Você não quis ir c
Henry.Abri a porta cuidadosamente esperando que Mary passasse com Cecília no bebê conforto e sorri.- Bem vinda a nossa casa meu amor. – Mary acariciou seu rostinho delicado enquanto ela continuava dormindo.Ver aquela cena enchia meu coração de uma maneira inexplicável, elas eram tudo pra mim, agora eu tinha uma família a quem eu sempre deveria ser fiel e presente.Minha vida deu uma reviravolta tão grande que eu jamais poderia ter sido preparado para nada disso.Uma mulher que me encontrou em uma situação complicada passando por uma situação completamente fora do meu controle era agora o amor da minha vida, a mãe da minha filha, uma das pessoas mais importantes para mim.Se eu dissesse ao Henry de três anos atrás que era isso que o futuro o reservava ele teria rido na minha cara.Eu cresci e dolorosamente amadureci, sofri e fiz a mulher da minha vida sofrer, mas hoje estamos aqui babando em volta da nossa pequena que dorme tranquilamente como se soubesse o quão amada e protegida e
Mary.Cecília estava cada semana mais espertinha, estávamos completando quatro semanas desde o seu nascimento e não havia alguém próximo que não babasse por ela.Minha mãe vinha um fim de semana sim um não dizendo que não podia ficar muito tempo longe, pois Cecília sentiria falta dela.A mãe de Henry vinha quase toda a semana não importa qual era o horário do voo ela tinha que vir nem que fosse para vê-la dormir.Henry... Não preciso nem comentar. Está se tornando o pai mais babão que eu já vi na vida, todo lugar que ele passa ele compra alguma coisa dizendo que Cecília ira gostar disso mais tarde.E Ana como ela mesma diz, a tia preferida vem toda semana para trabalhar e aproveitar para mimar a minha bonequinha.Eu não consigo nem imaginar quando tiver que sair para trabalhar, deixar Cecília sozinha ainda não é algo que eu consigo fazer.- Ligaram do departamento de policia hoje. – Henry comentou arrumando sua gravata em frente ao espelho.- Por quê? – perguntei terminando de trocar