MaryChegamos à mansão da família de Nanda perto da meia noite, os preparativos já estavam concluídos para o casamento que seria daqui doze horas. Henry pegou nossas malas levando para o quarto que ficaríamos e me juntei a Nanda e Ana na sala.- Então, tem alguma coisa que ainda está para chegar ou algo assim? - Perguntei a Nanda pegando a agenda.- Não, está tudo certo e amanhã a tarde acontecerá o casamento. - Afirmou e assenti.- Tudo bem, então você pode descansar por hoje, amanhã de certo será um dia estressante e emocionante também. - Sorri.- Estou vendo que você aceitou. - Ana comentou puxando minha mão e olhei para ela divertida.- Eu não tinha para onde fugir.- Quando você se casar eu quero um bônus de gratificação. - Disse analisando a aliança em meu dedo.- Achei que a noiva era quem ganhava presentes.- Querida, se não fosse por mim, pela minha divina iniciativa, vocês nunca teriam chegado a se conhecer. Por isso, me agradeça até o seu último dia. - Piscou pegando
MaryHenry me ajudou a dispensar todos os convidados depois da festa que correu sem a aparição de Nanda. Theodore havia pegado um voo para Nova Iorque um pouco depois de Nanda tomar conhecimento da situação.- Ela vai ficar bem, é uma garota forte. – O pai de Nanda afirmou enquanto nos despedíamos.- Tenho certeza que vai, qualquer coisa se ela quiser alguém para conversar quando acordar é só me ligar. – Ofereci entregando a Henry minha mala.- Eu aviso a ela. – Garantiu despedindo-se e o abracei antes de entrar no carro para o aeroporto.- Foi um casamento e tanto. – Henry comentou e suspirei encostando a cabeça em seu ombro.- Ela ficou mais nervosa do que eu esperava.- O remédio vai ajudar, quando ela acordar vai estar melhor. – Afirmou acariciando o dorso da minha mão e suspirei fechando os olhos.- Eu estou cansada. – Murmurei e Henry sorriu.- Você poderá descansar no avião. Precisamos conversar sobre uma coisa amanhã. – Comentou e levantei a cabeça olhando para ele.- Que cois
MaryQuando cheguei ao escritório no dia seguinte me surpreendi ao ver Nanda para a porta do mesmo. Desci do carro me despedindo de Henry e abri a porta deixando que ela entrasse.- Tudo bem? - Perguntei colocando a bolsa sobre a mesa da recepção. - Quer um café ou alguma outra coisa?- Não, eu estou bem, vim apenas me desculpar por tudo. Eu sei que foi um trabalho muito grande para acabar daquela forma. – Sorriu acanhada.- Bem, pelo menos todos aproveitaram a festa, não foi tudo jogado fora. – Sorri sentando-me no sofá da recepção. – Como você está com tudo isso?- Theodore me procurou, disse que queria a chance de se explicar. – Confessou deixando-me surpresa. – Eu não queria ouvir, acho que os motivos estão claros, não importa como ou com quem, ele sempre vai fugir.- Uma versão masculina da personagem da Sandra Bullock. – Sorri e Nanda assentiu divertida.- Acho que é uma pena por ele, no fim ele sempre será sozinho. – Murmurou e assenti.- É o que ele escolheu fazer o quê?
Mary Desci do táxi depois de entregar o dinheiro ao motorista e caminhei até José que me esperava em frente ao condomínio de Henry. - Aconteceu alguma coisa para que Henry me pedisse para vir aqui tão cedo? - Perguntei curiosa. - Acho melhor a senhorita entrar e ver por si mesma. - Afirmou indicando elevador. José subiu calado ao meu lado e parecia tenso como nunca o vi antes. Suspirei impaciente começando a ficar agitada e a porta do elevador abriu. Entrei no apartamento encontrando Henry ao pé da escada. Ele usava uma calça jeans e uma camisa social para fora da calça e um pouco amarrotada.- Tudo bem? - Perguntei me aproximando um pouco mais. - Dormiu bem? - Perguntou desviando-se da minha pergunta. - Sim, por quê? - Isso significa que você chegou bem ontem... - Sim, não bebi muito. Vai me dizer o que está acontecendo agora? - Suba comigo, por favor. - Pediu virando-se de costas e subindo os degraus da escada. Respirei fundo subindo atrás dele sentindo minhas mãos soarem r
MaryA praia estava linda, na areia havia sido construído um caminho de madeira até o altar. Tudo era simples e refinado, tinha a sua riqueza e o seu charme sem nada extravagante como algum dia eu havia sonhado.Olhava para o espelho enquanto Ana descia o véu pelas costas e segurei com força o buquê em minhas mãos.- Parece que finalmente você vai casar. - Ana sorriu.- Você deveria ter me dito que estava fazendo isso. - Reclamei virando-me para ela.- Henry me confiou esse segredo, talvez se eu tivesse contado você teria arrumado uma desculpa para não estar aqui hoje. - Ana sorriu segurando em meus pulsos. - Hoje é seu dia Mary, e eu te garanto que ele estará lá.- Obrigada Ana, por tudo isso. - Sorri abraçando-a.- Vamos... O seu futuro marido está esperando. HenryOlhava para o fim do caminho até o altar cada vez mais apreensivo com a demora de Mary. Não seria ela a me deixar agora, seria? Será que foi um passo muito grande arrumar tudo isso sem que ela soubesse? Ela q
MaryOlhava para Henry deitado sobre a espreguiçadeira e sorri correndo até ele.- Você não vai cansar de dormir ai? - Resmunguei deitando sobre ele.- Você está molhada. - Reclamou abaixando os óculos de sol.- Vem mergulhar comigo. - Pedi.- Não, obrigado. - Henry sorriu colocando seu braço em volta da minha cintura.- A água está ótima.- Eu vi você sendo derrubada pela onda daqui.- Eu não nasci pra ser garota propaganda de biquíni. - Sorri e Henry balançou a cabeça.- Você é uma ótima organizadora de casamentos.- Deveríamos fazer alguma coisa hoje, é a nossa última noite aqui. - Choraminguei.- Minha companhia não é o suficiente Sra. Salt? - Perguntou e sorri.- Eu vou pegar uma bebida. - Henry gargalhou e me levantei pegando meu celular e seguindo para o quiosque. Estávamos passando uma semana aqui no Havaí e para mim, nossa lua de mel estava sendo incrível.Eu nunca imaginei que estaria finalmente casada depois de tudo o que aconteceu, mas eu nunca estive tão feliz. Henry esta
HenryO jato pousou no aeroporto da Alemanha perto das nove da noite, não fazia nem vinte horas que tinha voltado do Havaí com Mary e já estava em um avião novamente. Desci do jato e José pegou a bagagem colocando no porta malas do carro que nos esperava.Hector havia ficado com Mary e José havia viajado comigo como sempre fazíamos. Entrei no carro pegando meu celular e abri a mensagem de Vivian."De Viv: Já estou no hotel. Está chegando?"Ignorei a mensagem seguindo para a próxima."De Mary: Chegou bem?""De Henry: Cheguei sim, assim que passar a reunião eu te ligo."- Senhor, estamos chegando ao hotel, o seu quarto foi reservado ao lado da senhorita Vivian. - José avisou.- Tudo bem, e o seu onde está?- Um andar abaixo senhor. - Avisou e assenti.- Por quê?- Não havia mais quarto vagos no mesmo andar. - Informou enquanto o carro parava em frente ao hotel.Sai do carro esperando por José e entramos no hotel depois que nossas malas foram levadas. Peguei a chave do meu quarto entrand
MaryCheguei em casa perto das nove da noite. Liguei a luz da sala colocando minha bolsa em cima do sofá e segui para a cozinha ligando a luz e em seguida a do corredor. Tirei os saltos abrindo a geladeira e peguei a garrafa de água encostando-me a bancada.Cliquei nas mensagens de Henry e sorri.De Mary: Quando você encomendou aquelas flores?De Henry: Você gostou?De Mary: Sim.De Henry: Posso te ligar mais tarde? Estou em uma reunião.De Mary: Tudo bem, amo você.De Henry: Eu também.Suspirei deixando o celular na bancada e segui para o outro corredor entrando no quarto, liguei a luz pegando meu roupão e bufei em frustração quando ouvi o celular tocar.Corri pelo corredor para atender antes que desliga-se e deslizei o dedo pelo verde."Alô?""Mary? Sou eu Travis...”."Travis?""É que houve um problema no escritório, eu estava fechando, mas a chave quebrou dentro da fechadura.""O quê?! Como?""Acho que coloquei força demais." - Suspirei passando a mão pela testa e bufei baixinho