MaryQuando acordei novamente Henry não estava mais na cama, o meu estomago estava ligeiramente melhor e isso me deixava um pouco mais bem disposta. Peguei um moletom de frio do Henry colocando o mesmo e um dos seus shorts de elástico para não cair. Prendi o cabelo saindo do quarto e segui calmamente pelo corredor.A casa estava silenciosa e me surpreendi ao ver Henry cochilando em uma das espreguiçadeiras do lado de fora da casa. Estava muito frio para isso. Afastei a porta e passei para a área externa me aproximando de Henry.- Ei. – Chamei balançando-o.- Oi. – Sussurrou sentando e limpou a garganta antes de me encarar.- Tudo bem? Está dormindo aqui fora. – Disse olhando em volta.- Eu estava lendo alguns relatórios e peguei no sono. – Explicou levantando e recolhendo os papéis. – Vem, está mais frio agora.Henry foi direto para o escritório enquanto eu fechava a porta. Entrei na cozinha pensando no que comeria e Henry voltou agora com um moletom quase igual ao que eu usava.- Que
MaryEspreguicei-me sobre a cama deixando o edredom cair um pouco para baixo e abri os olhos. A luz do sol tampada pelas cortinas deixando o quarto escuro.Olhei para o lado onde Henry dormia um pouco afastado de mim e suspirei afundando a cabeça no travesseiro. Por que ele não conseguia entender que eu não teria mais ninguém além dele? Nathan era meu amigo e isso era uma coisa que eu não iria mudar.- Você vai ficar me olhando enquanto eu durmo? - A voz de Henry soou grave e rouca.- Não sei. - Sorri. Henry abriu os olhos virando a cabeça para mim e me encarou em silêncio. - Por que dormiu tão longe? - Perguntei passando o braço pelo espaço entre nós.- Hoje é feriado. - Desconversou mantendo seu tom calmo.- Eu sei...- Minha família está em Hampton, fazendo um churrasco. Meus pais tem uma casa em Southampton. Eu pretendo ir passar o feriado com eles.- Tudo bem. - Sorri esquecendo qualquer plano que eu poderia traçar para hoje.- Você quer ir comigo? - Perguntou e olhei para el
MaryZara passou a tarde empenhada em ocupar Henry com suas brincadeiras enquanto o mesmo se mostrava um pouco aborrecido com tudo. Particularmente isso era esperado já que, tudo o irrita.- Eu já estou cansado. - Henry reclamou sentando ao meu lado no sofá.- Ainda são seis da tarde. - Sorri. - Acho que ela vai querer brincar mais quando sair do banho.- Está se divertindo com isso, não é?- Talvez. - Henry balançou a cabeça pousando sua mão em minha perna.- Vamos embora em alguns minutos, José está com o piloto preparando o jato. - Disse apertando levemente minha coxa.- Está fugindo da sua prima? - Sorri.- Tenho que guardar um pouco de paciência para aturá-la no natal. - Piscou levantando e gargalhei o seguindo para pegar minha bolsa.Depois de me despedir dos tios e primos do Henry seguimos para o carro onde Marta, Laura e Zara esperavam.- Vocês não querem mesmo passar a noite? - Marta perguntou me abraçando.- Eu trabalho amanhã. - Henry resmungou abrindo a porta do c
MaryAs portas do elevador se abriram lentamente e Henry apareceu com suas mãos nos bolsos aguardando-me no hall de entrada. Sorri saindo do elevador e respirei fundo tentando aliviar a minha ansiedade.- Oi. - Murmurei parando a sua frente.- Oi. - Sorriu tirando uma de suas mãos dos bolsos pousando-a no fundo das minhas costas. - Vem à mesa já está posta.- Vamos jantar? - Perguntei olhando de relance para ele.- Bem, você veio aqui para isso, não foi? - Sorriu sugestivo e bufei baixinho.Na mesa havia salada, frutos do mar e vinho. Henry puxou uma das cadeiras e me sentei deixando minha bolsa na cadeira ao lado.- Como foi no trabalho? - Perguntou enquanto se servia.- Foi bem, terminamos tudo. - Comentei.- E o que Theodore perdeu lá dessa vez? A vergonha ou a sanidade?- Ele foi... Conversar comigo.- Conte-me a parte que eu não sei. - Resmungou e olhei para ele.- Foi se desculpar, se explicar e desabafar. - Disse inquieta.- Ele não tem ninguém mais para isso? Tem que ser
MaryChegamos à mansão da família de Nanda perto da meia noite, os preparativos já estavam concluídos para o casamento que seria daqui doze horas. Henry pegou nossas malas levando para o quarto que ficaríamos e me juntei a Nanda e Ana na sala.- Então, tem alguma coisa que ainda está para chegar ou algo assim? - Perguntei a Nanda pegando a agenda.- Não, está tudo certo e amanhã a tarde acontecerá o casamento. - Afirmou e assenti.- Tudo bem, então você pode descansar por hoje, amanhã de certo será um dia estressante e emocionante também. - Sorri.- Estou vendo que você aceitou. - Ana comentou puxando minha mão e olhei para ela divertida.- Eu não tinha para onde fugir.- Quando você se casar eu quero um bônus de gratificação. - Disse analisando a aliança em meu dedo.- Achei que a noiva era quem ganhava presentes.- Querida, se não fosse por mim, pela minha divina iniciativa, vocês nunca teriam chegado a se conhecer. Por isso, me agradeça até o seu último dia. - Piscou pegando
MaryHenry me ajudou a dispensar todos os convidados depois da festa que correu sem a aparição de Nanda. Theodore havia pegado um voo para Nova Iorque um pouco depois de Nanda tomar conhecimento da situação.- Ela vai ficar bem, é uma garota forte. – O pai de Nanda afirmou enquanto nos despedíamos.- Tenho certeza que vai, qualquer coisa se ela quiser alguém para conversar quando acordar é só me ligar. – Ofereci entregando a Henry minha mala.- Eu aviso a ela. – Garantiu despedindo-se e o abracei antes de entrar no carro para o aeroporto.- Foi um casamento e tanto. – Henry comentou e suspirei encostando a cabeça em seu ombro.- Ela ficou mais nervosa do que eu esperava.- O remédio vai ajudar, quando ela acordar vai estar melhor. – Afirmou acariciando o dorso da minha mão e suspirei fechando os olhos.- Eu estou cansada. – Murmurei e Henry sorriu.- Você poderá descansar no avião. Precisamos conversar sobre uma coisa amanhã. – Comentou e levantei a cabeça olhando para ele.- Que cois
MaryQuando cheguei ao escritório no dia seguinte me surpreendi ao ver Nanda para a porta do mesmo. Desci do carro me despedindo de Henry e abri a porta deixando que ela entrasse.- Tudo bem? - Perguntei colocando a bolsa sobre a mesa da recepção. - Quer um café ou alguma outra coisa?- Não, eu estou bem, vim apenas me desculpar por tudo. Eu sei que foi um trabalho muito grande para acabar daquela forma. – Sorriu acanhada.- Bem, pelo menos todos aproveitaram a festa, não foi tudo jogado fora. – Sorri sentando-me no sofá da recepção. – Como você está com tudo isso?- Theodore me procurou, disse que queria a chance de se explicar. – Confessou deixando-me surpresa. – Eu não queria ouvir, acho que os motivos estão claros, não importa como ou com quem, ele sempre vai fugir.- Uma versão masculina da personagem da Sandra Bullock. – Sorri e Nanda assentiu divertida.- Acho que é uma pena por ele, no fim ele sempre será sozinho. – Murmurou e assenti.- É o que ele escolheu fazer o quê?
Mary Desci do táxi depois de entregar o dinheiro ao motorista e caminhei até José que me esperava em frente ao condomínio de Henry. - Aconteceu alguma coisa para que Henry me pedisse para vir aqui tão cedo? - Perguntei curiosa. - Acho melhor a senhorita entrar e ver por si mesma. - Afirmou indicando elevador. José subiu calado ao meu lado e parecia tenso como nunca o vi antes. Suspirei impaciente começando a ficar agitada e a porta do elevador abriu. Entrei no apartamento encontrando Henry ao pé da escada. Ele usava uma calça jeans e uma camisa social para fora da calça e um pouco amarrotada.- Tudo bem? - Perguntei me aproximando um pouco mais. - Dormiu bem? - Perguntou desviando-se da minha pergunta. - Sim, por quê? - Isso significa que você chegou bem ontem... - Sim, não bebi muito. Vai me dizer o que está acontecendo agora? - Suba comigo, por favor. - Pediu virando-se de costas e subindo os degraus da escada. Respirei fundo subindo atrás dele sentindo minhas mãos soarem r