MaryAs últimas semanas seguiram corridas. Os preparativos do casamento estavam a todo o vapor e Nanda nos apressava cada dia mais com medo de que Theo escapasse de sua coleira.Estava evitando ao máximo o assunto Henry. Não estava realmente a fim de me aborrecer com isso, acabou e pronto, ele mesmo disse que deveria esquecê-lo.- As amostras das cortinas chegaram, pode levar para Nanda? – Ana perguntou enquanto pegava seus celular e sua bolsa. – Preciso resolver o contratempo do bolo, erraram no pedido.- Tudo bem, eu levo. – Disse levantando e peguei minha bolsa. Ana me entregou a pasta com as amostras de tecidos e sai do escritório sinalizando para um táxi.Entreguei o endereço para o taxista e peguei meu celular que vibrava.De Henry: Aceita jantar comigo essa noite?De Mary: ?De Henry: Precisamos conversar, por favor.De Mary: Preciso trabalhar essa noite, e todas as outras até o casamento. Desculpe.De Henry: Sei que fui duro com você Mary, sei que fui injusto na maior parte do
MaryEu estava completamente exausta para pegar o celular que tocava em minha bolsa do outro lado da sala. A tarde começava a cair e o sol começava a se por enquanto Henry e eu estávamos enroscados um ao outro no sofá.- Você quer ir atender? – Perguntou acariciando minhas costas nuas e balancei a cabeça.- Não. – Murmurei e o mesmo sorriu. Um lençol cobria nossa cintura enquanto eu estava deitada em cima dele com as minhas pernas entre as suas. Eu não queria sair daqui, por nada nesse mundo.- Pode ser a Ana, você saiu para almoçar e não apareceu mais. – Henry sorriu beijando a ponta do meu nariz.- Que horas são agora? – Perguntei e ele esticou o braço alcançando seu relógio.- Quase seis. – Disse voltando o relógio para o lugar.- Passamos a tarde inteira aqui? – Sorri preguiçosa.- Foram quase duas semanas sem nada. – Justificou.- Eu estou com fome. – Resmunguei.- Eu vou fazer alguma coisa rápida pra gente, você pode atender seu celular enquanto isso. – Beijou meu ombro e choram
MaryAssim que sai do escritório avistei o carro de Henry parado a frente do mesmo e, José sorriu abrindo a porta.- Achei que me deixaria ir a casa antes do jantar. - Murmurei.- Eu levarei você lá para tomar banho e se trocar, fiz reservas para nós em um dos meus restaurantes preferidos.- Não jantaremos em casa? - Perguntei enquanto José guiava o carro pelas ruas.- Não, essa noite não.Assim que chegamos ao restaurante que Henry havia reservado me surpreendi com a beleza do mesmo. Era um dos mais caros, situado em uma parte bem frequentada da cidade. Atualmente o que eu tenho ganhado daria para uma sobremesa e um copo d'água por aqui. José abriu a porta do carro e me estendeu a mão para sair do mesmo.Ajeitei meu vestido alinhando-o um pouco mais para baixo e Henry entrelaçou sua mão a minha.- Bem vindo ao Pierre's. Sr. Salt. - A recepcionista cumprimentou nos encaminhando para a nossa mesa. Passamos por todo o salão luxuoso e perfeitamente decorado até outra porta que dava a
MaryJosé, Hector e mais alguns seguranças revistaram todo o apartamento de cabo a rabo, mas Lizz não estava mais aqui. Já se aproximava das seis da tarde quando Henry bateu na porta do quarto.- Eu esquentei o jantar. - Disse parado perto da porta. - Você está bem?- Você iria me dizer que ela estava aqui? - Perguntei.- Talvez, mais tarde.- Por quê?- Porque eu não queria estragar a ótima tarde que estávamos tendo. - Resmungou desencostando-se da porta e se aproximou. - Quer que eu traga o seu jantar aqui?- Não, eu estou bem. - Murmurei levantando e ajeitei a camisa de Henry que usava por cima do biquíni que coloquei essa tarde.Henry me abraçou por trás puxando-me para ele e apoiou o queixo em meu ombro beijando minha bochecha.- Não fica estranha assim, eu odeio quando fica assim.- Eu fiquei com medo. - Confessei. - Muito.- Eu sei querida, mas eu estou aqui e vou protegê-la. - Sussurrou virando-me para ele e abracei sua cintura encostando meu rosto em seu peito.- Eu... Agrad
MaryA semana havia começado agitada, os últimos preparativos do casamento de Nanda corriam a todo o vapor e alguns convidados já ligavam para se informar dos trajes. Como seria de dia e em um espaço aberto recomendamos um traje social esportivo, uma calça jeans com um blazer talvez fosse a melhor opção para aqueles que não queriam usar calças sociais, mas por ordem da própria Nanda enfatizamos que bermudas eram inaceitáveis.- Sabia que algumas revistas estão apostando no provável fim do noivado de Nanda? Eu vi em umas duas hoje. – Ana comentou e assenti.- Eu vi, parece que uma "fonte" próxima ao casal disse que eles estão instáveis. – Disse fazendo aspas com as mãos.- Sabe que se Theo colocar você como um motivo Nanda vai acabar com a gente e assim nunca mais conseguiremos clientes.- Sim, mas para todos eu estou namorando Henry, segundo todas as revistas parecemos felizes e bem íntimos, então, a culpa não é minha. – Afirmei terminando de arrumar as minhas coisas.- Bem íntimos
MaryQuando o trabalho finalmente chegou ao fim fechei o escritório e segui para o barzinho que havia marcado de encontrar Ana, Jeni e Nathan um colega da época de escola que estava a passeio na cidade. Desci do táxi pagando o mesmo e corri atravessando a rua.Os três esperavam em uma mesinha no fundo do bar e sorri colocando minha bolsa na cadeira antes de cumprimentar todos.- Nem esperou para fechar comigo. – Reclamei e Ana sorriu.- Eu vim pegar uma mesa, está cheio hoje, só aquelas pessoas ali juntaram três mesas e só encheram duas até agora. – Ana comentou apontando para frente e virei.- Parecem executivos, todos com o paletó na cadeira e gravata. – Jeni comentou e sentei ao lado de Nathan.- Como estão as coisas? – Perguntei sorrindo.- Estão bem Mary, estou esperando sua visita até hoje. – Sorriu.- Claro, eu sempre esqueço, mas aparecerei lá sim quando for visitar meus pais. – Nathan sorriu e Ana chamou o garçom pedindo algumas bebidas.- Aquele não é o seu namorado? –
MaryQuando acordei novamente Henry não estava mais na cama, o meu estomago estava ligeiramente melhor e isso me deixava um pouco mais bem disposta. Peguei um moletom de frio do Henry colocando o mesmo e um dos seus shorts de elástico para não cair. Prendi o cabelo saindo do quarto e segui calmamente pelo corredor.A casa estava silenciosa e me surpreendi ao ver Henry cochilando em uma das espreguiçadeiras do lado de fora da casa. Estava muito frio para isso. Afastei a porta e passei para a área externa me aproximando de Henry.- Ei. – Chamei balançando-o.- Oi. – Sussurrou sentando e limpou a garganta antes de me encarar.- Tudo bem? Está dormindo aqui fora. – Disse olhando em volta.- Eu estava lendo alguns relatórios e peguei no sono. – Explicou levantando e recolhendo os papéis. – Vem, está mais frio agora.Henry foi direto para o escritório enquanto eu fechava a porta. Entrei na cozinha pensando no que comeria e Henry voltou agora com um moletom quase igual ao que eu usava.- Que
MaryEspreguicei-me sobre a cama deixando o edredom cair um pouco para baixo e abri os olhos. A luz do sol tampada pelas cortinas deixando o quarto escuro.Olhei para o lado onde Henry dormia um pouco afastado de mim e suspirei afundando a cabeça no travesseiro. Por que ele não conseguia entender que eu não teria mais ninguém além dele? Nathan era meu amigo e isso era uma coisa que eu não iria mudar.- Você vai ficar me olhando enquanto eu durmo? - A voz de Henry soou grave e rouca.- Não sei. - Sorri. Henry abriu os olhos virando a cabeça para mim e me encarou em silêncio. - Por que dormiu tão longe? - Perguntei passando o braço pelo espaço entre nós.- Hoje é feriado. - Desconversou mantendo seu tom calmo.- Eu sei...- Minha família está em Hampton, fazendo um churrasco. Meus pais tem uma casa em Southampton. Eu pretendo ir passar o feriado com eles.- Tudo bem. - Sorri esquecendo qualquer plano que eu poderia traçar para hoje.- Você quer ir comigo? - Perguntou e olhei para el