o encontro

~~CAPÍTULO 2~~

FIORELLE MANCINI

Papai não deu muitos detalhes sobre a reunião que ele teria com Marcos Bellucci para o fechamento do acordo entre ambas famílias, apenas garantiu que eles não chegariam antes das 6H da noite, pois Marcos está trabalhando arduamente para a distribuição dos novos equipamentos e armamentos pesados vindo da Itália onde sua família possui fabricas de armamentos.

Papai estava entusiasmado com a nova remeça de equipamentos: de proteção, como coletes a prova de balas, botas fortificadas para em casos de incêndios, uniformes militares, facas, munições e armas pesadas. Pelo que papai informou é muita tonelada que chegará de forma dividida, pelo mar e por aviões de cargas que pertence a Famiglia.

Mais proteção para todos homens é igual a menos mortes.

Segurava um vaso com rosas frescas para trocar as antigas que estão em cima da comodo decorativa da sala principal, tenho alguns minutos antes de subir para me arrumar. Deixei o vaso na mesa do centro e puxei um banquinho para que eu possa subir e alcançar o outro vaso para fazer a troca, as pontas dos meus dedos fazem um esforço para segurar o peso do meu corpo enquanto meus dedos tentam incansavelmente alcançar o vaso, quando eu me desequilibro, dou um grito extremamente assustador enquanto imaginava inúmeras broncas que ouvirei do meu pai quando souber que eu caí novamente tentando trocar as rosas. O merda, Marcos não aceitará se casar comigo quando for a me ver machucada.

Fechei os olhos e aceitei o impacto do meu corpo contra o tapete da sala de jantar, quando senti umas mãos segurando. Suspirei aliviada.

— Papai não zangue comigo, por favor.

Quando abro os olhos vejo um homem desconhecido, eu dei outro grito desesperador enquanto saía dos braços daquele homem desconhecido até o sofá.

— Cadê, cadê a barata?

Meus olhos estão presos na daquele homem sentado, seus olhos íris azuis penetram meus olhos castanhos com a intensidade de um inferno congelante.

— Senhorita está tudo bem?

O chefe de segurança da casa estava olhando para me tentando entender o que está acontecendo aqui. Havia mais homens na sala do que eu imaginava que existiam.

— Sim, eu me assustei.

— Filha, o que.... Capo.

Papai olhou para o homem sentado, eu não notei a cadeira de rodas, com o choque do momento, eu não percebi que ele não estava sentando e sim que essa é a sua condição física. Ele é Marcos Bellucci, o chefe da máfia italiana. O rosto da mamãe ficou vermelho igual pimento, escondeu a frigideira nas suas costas.

— Suba.

Papai sussurrou, desci do sofá rapidamente e caminhei até as escadas em direção ao meu quarto, desaparecendo dos olhares assustares na sala, especialmente um.

Marcos Bellucci.

Olhei-me para o espelho, alisando meu vestido longo da cor azul com as mãos, meus cabelos levemente para trás e ondulados combinam perfeitamente com meu vestido, joias que estou usando. Sandálias de sapatos altos, valorizam meu pé pequeno e minha estrutura magra. Meu estomago roncou, frio na barriga dominando todo meu corpo, não é todo dia que um homem como Marcos Bellucci aparece na sua casa para pedir em casamento.

É muito informação para pouco tempo.

— Fiorelle, estão à sua espera.

Mamãe anunciou, ela nunca precisou se preocupar conosco, mulher que carregou no seu ventre 4 filhos, dois homens e duas mulheres, todos bem-sucedidos e felizes com suas decisões. Criadas no padrão da máfia, aprendemos desde cedo a vestir conforme as regras, não falar com estranhos, muito menos estar perto de homens que não sejam seu marido. A máfia poderia ser assustadora em determinados momentos, mas, era extremamente protetora com as mulheres. Pelo menos, na questão da minha educação.

— Obrigada mãe.

Enquanto descia para as apresentações oficiais, consegui me acalmar. Meus olhos ainda pareciam arder por quase chorar, mas meu sorriso não vacilou quando desci as escadas em direção a papai, Marcos e seu companheiro. Papai pegou minha mão, apertando-a enquanto me guiava em direção ao meu futuro marido. A expressão de Marcos era uma obra-prima de polidez controlada enquanto ele me observava. Seus olhos eram de um azul claro, como a profundidade do oceano, e davam a impressão de que podia engolir você tão facilmente quanto o mar infinito.

— Marcos, conheça minha filha, Fiorelle.

Um toque de aviso ecoou na voz de papai, que ricocheteou no comportamento estoico de Marcos.

— É um prazer conhecê-la, Fiorelle.

Sua boca se abriu em um sorriso quase inexistente quando ele pegou minha mão e a beijou. Eu tremi. Olhos azuis claros brilharam nos meus e endireitei minha coluna.

— O prazer é todo meu, Ca.. Marcos.

Marcos se endireitou, ignorando o papai, e fez um gesto em direção ao companheiro.

— Esse é o meu braço direito e Consigliere, Lorenzo.

Assenti para Lorenzo, e ele educadamente inclinou a cabeça.

— O jantar está pronto!

Mamãe informou, Marcos estendeu o braço para eu pegar. Coloquei minha mão no braço forte do meu noivo. Marcos me levou para a sala de jantar, seguindo mamãe, que estava falando sobre possíveis esquemas de cores para o nosso casamento. Marcos provavelmente não se importou nem um pouco. Como homem, ele nem precisaria fingir, ao contrário de mim, a feliz futura noiva.

Quando chegamos à mesa de jantar, ele puxou a cadeira para mim. — Obrigada.

Eu afundei, alisando meu vestido. Marcos sentou à minha frente, o acordo estava feito, não havia como voltar atrás, a menos que o Don desaprovasse o casamento, nesse caso seu primo Alessandre Bellucci. Decisão que nunca aconteceria.

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