Maristela OlivasAcabei de desembarcar no Rio de Janeiro desta vez com Chloe ao meu lado. Eu até gosto daqui, mas o problema são as lembranças dolorosas que me assombram. Chegando em casa, fui direto para a cozinha onde um aroma delicioso tomava conta da casa.— Não acredito que está fazendo moqueca de camarão? — Perguntei a Mirtes, que apenas balançou a cabeça.— Eu sabia que a senhora viria, então resolvi caprichar.— Você não é cozinheira, é um anjo. Mirtes, espero que Camila não esteja te dando trabalho. Sei que minha filha é terrível às vezes.— Não se preocupe, senhora, já estou acostumada com a menina Camila.Agradeci a ela e me sentei para comer. Ela até quis arrumar a mesa, mas Chloe e eu não ligamos para essas formalidades.Quando ela me entregou a refeição, me deliciei. Após o almoço, resolvi descansar um pouco e depois ir até o apartamento de Camila para saber o que ela anda aprontando.Chamei Chloe para ir comigo, mas minha filha preferiu dormir, então fui sozinha. Ao che
Anthonella FagundesEstava sentada no banco do tribunal, com Afrodite ao meu lado e Jhonathan do outro. O ar estava pesado com a tensão, e eu tentava me manter calma. Ramón chegou com Priscila ao seu lado.— Olá, An. — Ela sorriu falsamente.— O que faz aqui? — Perguntei, tentando manter a compostura.— O mesmo que você, querida. — Não sou uma pessoa violenta, mas confesso que a presença de Priscila consegue acender uma ira em mim.— Como tem coragem de aparecer aqui depois de tudo que fez? — Respondi, tentando controlar a raiva.— Apenas dei uma pequena correção na sua filha, ela precisava daquilo.Ameacei me levantar para socar sua cara, quando Afrodite segurou meu braço, pedindo para me controlar.— Anthonella, não deixe ela te abalar. Precisamos manter a calma.Me sentei respirando fundo e finalmente fomos chamados para a audiência. Entramos na sala, e o juiz nos olhou com atenção. Afrodite se levantou e começou a explicar.— Meritíssimo, estamos aqui porque temos dois testes de D
Jhonathan Lancaster Eu vi a cena se desenrolar no estacionamento e até cogitei ir até lá, mas sabia que talvez ela não gostasse. Recuei e deixei a cena seguir seu curso. Quando a vi sair do estacionamento, voltei para que ela não me visse. Sabia o que havia acontecido, mas queria ouvir dela, que não me disse nada.Durante o trajeto, olhava de soslaio para ela, sentimentos conflitantes me atingindo. Gostava de estar com ela, mas toda vez que a olhava, lembrava que ela me enganou e me fez de trouxa.— Dá para parar de me encarar? Se quer falar algo, diga. — Anthonella pediu, visivelmente irritada.Apenas soltei um suspiro e voltei a dirigir. Um tempo depois, Anthonella soltou um palavrão.— Sabe qual o problema de vocês homens? Não sabem resolver a porra de uma situação. São um bando de mimizentos e mimados, tudo tem que ser do jeito de vocês e como querem. Se não for assim, vocês ficam estressadinhos e, Zeus me livre, se não quisermos nos relacionar com vocês, porque vocês são os deus
Anthonella Fagundes Quando cheguei em casa, estava tão estressada que acabei batendo a porta com força. Joyce olhou para mim e eu a encarei de cara fechada. — Nem começa e não pergunte. — Disse a ela, que levantou as mãos para o alto em rendição. — Eita que tem alguém estressada. — Não, dinda, a mamãe tá de TPM. Ela fica ‘estessada’ no ‘peiodo’ ‘monstual.’ Ao ouvir isso, minha amiga e eu gargalhamos. Pelo menos eu tinha minha pequena para me alegrar nesses momentos. — Não é nada disso, quem me irritou foi Jhonathan. — O que houve agora? O que ele falou para te irritar? — O que ele não falou, né amiga. Me deixou falando sozinha como se eu fosse uma maluca e depois disse que eu estava muito exaltada e que não iria falar comigo para não me deixar mais irritada. — Essa parte eu entendi, mas o que aconteceu antes disso? Sentei no sofá e contei para minha amiga todo o ocorrido com Breno e depois com Jhonathan. Quando contei que ele me jogou à força dentro do carro, minha
— Dona Emma, senhor Oliver, vocês se importam se eu e Jhonathan sairmos um pouco lá fora? Precisamos conversar.— Claro, querida. — Disse Emma, sorrindo. — Vão em frente.O chamei e ele me seguiu até a porta. Quando estávamos do lado de fora, ele parou e olhou para mim.— Precisamos conversar, Anthonella.— Eu sei, Jhonathan, mas aqui não é o melhor lugar para essa conversa. — Respondi, olhando em volta.Ele assentiu, concordando.— Tem razão. — Ele fez uma pausa, pensando. — O que acha de jantarmos juntos esta noite? Só nós dois. Podemos conversar com calma.Olhei para ele, surpresa com o convite, mas sabia que era necessário.— Tudo bem. Concordo.Voltamos para dentro e nos sentamos novamente. Maria Fernanda logo percebeu nossa ausência e veio perguntar.— Mamãe, tio Jo, onde ‘cês’ foram?— Fomos resolver um probleminha, só isso, querida. — Respondi, sorrindo para ela.Todos conversavam animadamente, e a manhã passou rápido. Quando estava perto da hora do almoço, Joyce e eu decidimo
— Claro que é, Anthonella. — Respondeu ele, sorrindo. — Simples, mas cheio de beleza e significado. Assim como você.Não pude evitar sorrir, sentindo o calor se espalhar pelo meu rosto. O ambiente do restaurante era acolhedor, com uma luz suave que criava um clima íntimo. Jhonathan escolheu uma mesa em um canto mais reservado, garantindo que pudéssemos conversar sem interrupções.Depois que fizemos nossos pedidos, ele tomou um gole de água e começou a falar.— Anthonella, gostaria de pedir desculpas por algumas atitudes desnecessárias que tomei, deveria ter levado algumas coisas em conta e não fiz isso. — Jhonathan, eu também cometi erros. Deveria ter sido honesta com você a mais tempo. Ele segurou minha mão por sobre a mesa, e senti uma conexão forte entre nós.— Quero ser um bom pai para Maria Fernanda e estar presente na vida dela. E, se você me der uma chance, quem sabe retomar o que estávamos começando. Fiquei em silêncio por alguns momentos, absorvendo suas palavras.— Se voc
Acordei na manhã seguinte com uma leve dor de cabeça, resultado do vinho da noite anterior. Levantei e fui para a cozinha, encontrando Joyce já de pé, com um sorriso malicioso no rosto.— Bom dia, dorminhoca. — Ela disse, colocando uma xícara de café na minha frente.— Bom dia. — Respondi, pegando a xícara. — Você está muito animada para quem também tomou todo aquele vinho.— Ah, eu sou imbatível, querida. — Ela disse piscando.MaFê apareceu na cozinha, esfregando os olhos e com um sorriso sonolento.— Bom dia, mamãe. Bom dia, Dinda. — Bom dia, princesa. — A puxei para um abraço. — Dormiu bem?— ‘Domi.’ Sonhei com o tio Jo e com você, mamãe. Vocês ‘tavam’ me vendo ‘faze’ um gol. — Que sonho bonito, filha. — Respondi, sorrindo para ela. — E eu não estava lá? — Joyce perguntou. — Sim, você e o dindo. MaFê sentou para tomar o café da manhã e peguei o celular procurando escolinhas de futebol acessíveis, mas quando eu falei com minha filha ela disse que quer muito treinar na escol
Jhonathan Lancaster O domingo estava perfeito. O sol brilhava, o clima estava agradável, e eu estava me divertindo mais do que imaginava ao brincar com Maria Fernanda no parquinho. Ver o sorriso dela enquanto corria com a bola fazia meu coração se encher de alegria. Devo admitir que a garotinha é muito melhor que eu, acho que ela realmente vai ser uma excelente jogadora.Enquanto Marinho e eu íamos atrás de uma boa refeição, perguntei a ele como conheceu as meninas, pois pela interação deles, parecia que se conheciam há muito tempo.— Conheci as meninas quando elas ainda estavam na escola. — Ele começou, rindo ao lembrar. — An estava sofrendo bullying de um grupo de garotas. Elas implicavam com ela por qualquer coisa, e Joyce não gostava nem um pouco disso.— Imagino a Joyce defendendo Anthonella. Ela parece ser bem protetora. — Comentei, curioso.— É, ela é mesmo. Mas nesse dia, foi um pouco diferente. An estava encurralada por três garotas, e Joyce estava sozinha. Eu vi a situação