— Dona Emma, senhor Oliver, vocês se importam se eu e Jhonathan sairmos um pouco lá fora? Precisamos conversar.— Claro, querida. — Disse Emma, sorrindo. — Vão em frente.O chamei e ele me seguiu até a porta. Quando estávamos do lado de fora, ele parou e olhou para mim.— Precisamos conversar, Anthonella.— Eu sei, Jhonathan, mas aqui não é o melhor lugar para essa conversa. — Respondi, olhando em volta.Ele assentiu, concordando.— Tem razão. — Ele fez uma pausa, pensando. — O que acha de jantarmos juntos esta noite? Só nós dois. Podemos conversar com calma.Olhei para ele, surpresa com o convite, mas sabia que era necessário.— Tudo bem. Concordo.Voltamos para dentro e nos sentamos novamente. Maria Fernanda logo percebeu nossa ausência e veio perguntar.— Mamãe, tio Jo, onde ‘cês’ foram?— Fomos resolver um probleminha, só isso, querida. — Respondi, sorrindo para ela.Todos conversavam animadamente, e a manhã passou rápido. Quando estava perto da hora do almoço, Joyce e eu decidimo
— Claro que é, Anthonella. — Respondeu ele, sorrindo. — Simples, mas cheio de beleza e significado. Assim como você.Não pude evitar sorrir, sentindo o calor se espalhar pelo meu rosto. O ambiente do restaurante era acolhedor, com uma luz suave que criava um clima íntimo. Jhonathan escolheu uma mesa em um canto mais reservado, garantindo que pudéssemos conversar sem interrupções.Depois que fizemos nossos pedidos, ele tomou um gole de água e começou a falar.— Anthonella, gostaria de pedir desculpas por algumas atitudes desnecessárias que tomei, deveria ter levado algumas coisas em conta e não fiz isso. — Jhonathan, eu também cometi erros. Deveria ter sido honesta com você a mais tempo. Ele segurou minha mão por sobre a mesa, e senti uma conexão forte entre nós.— Quero ser um bom pai para Maria Fernanda e estar presente na vida dela. E, se você me der uma chance, quem sabe retomar o que estávamos começando. Fiquei em silêncio por alguns momentos, absorvendo suas palavras.— Se voc
Acordei na manhã seguinte com uma leve dor de cabeça, resultado do vinho da noite anterior. Levantei e fui para a cozinha, encontrando Joyce já de pé, com um sorriso malicioso no rosto.— Bom dia, dorminhoca. — Ela disse, colocando uma xícara de café na minha frente.— Bom dia. — Respondi, pegando a xícara. — Você está muito animada para quem também tomou todo aquele vinho.— Ah, eu sou imbatível, querida. — Ela disse piscando.MaFê apareceu na cozinha, esfregando os olhos e com um sorriso sonolento.— Bom dia, mamãe. Bom dia, Dinda. — Bom dia, princesa. — A puxei para um abraço. — Dormiu bem?— ‘Domi.’ Sonhei com o tio Jo e com você, mamãe. Vocês ‘tavam’ me vendo ‘faze’ um gol. — Que sonho bonito, filha. — Respondi, sorrindo para ela. — E eu não estava lá? — Joyce perguntou. — Sim, você e o dindo. MaFê sentou para tomar o café da manhã e peguei o celular procurando escolinhas de futebol acessíveis, mas quando eu falei com minha filha ela disse que quer muito treinar na escol
Jhonathan Lancaster O domingo estava perfeito. O sol brilhava, o clima estava agradável, e eu estava me divertindo mais do que imaginava ao brincar com Maria Fernanda no parquinho. Ver o sorriso dela enquanto corria com a bola fazia meu coração se encher de alegria. Devo admitir que a garotinha é muito melhor que eu, acho que ela realmente vai ser uma excelente jogadora.Enquanto Marinho e eu íamos atrás de uma boa refeição, perguntei a ele como conheceu as meninas, pois pela interação deles, parecia que se conheciam há muito tempo.— Conheci as meninas quando elas ainda estavam na escola. — Ele começou, rindo ao lembrar. — An estava sofrendo bullying de um grupo de garotas. Elas implicavam com ela por qualquer coisa, e Joyce não gostava nem um pouco disso.— Imagino a Joyce defendendo Anthonella. Ela parece ser bem protetora. — Comentei, curioso.— É, ela é mesmo. Mas nesse dia, foi um pouco diferente. An estava encurralada por três garotas, e Joyce estava sozinha. Eu vi a situação
Passei a noite com Anthonella e, quando abri os olhos, ela ainda dormia de maneira angelical. Assim que abriu os olhos e me viu a encarando, ela sorriu. — Bom dia, senhor Lancaster. — Falando assim, me sinto o chefe que está comendo a funcionária. — E não é isso que está acontecendo? — Ela perguntou, divertida. — Mais ou menos. — Estava prestes a beijá-la quando a voz de MaFê interrompeu os meus planos. — Mamãe, ‘po que’ a ‘pota’ tá fechada? — Oi, filha! Vai lá pra sala que a mamãe já vai. — Quando ela se afastou, Anthonella soltou um longo suspiro. — Essa menina não deixa passar nada. Nos levantamos rindo e, ao chegarmos na sala, MaFê nos encarou e perguntou se eu tinha dormido na casa dela e eu disse que sim. — ‘Dumiu’ aqui ‘pa’ ‘potege’ a gente? — ela perguntou, e concordei. — Que bom! Anthonella chamou MaFê para tomar banho, mas a pequena recusou, fazendo beicinho. — Vai ficar fedendo então? — Anthonella perguntou, tentando esconder o riso. — Eu tô ‘cheiosa’! — MaFê pr
Anthonella FagundesFiquei paralisada, incrédula, quando Camila virou a bandeja de comida em cima de mim e saiu rindo. O líquido frio escorria pela minha roupa, e o cheiro do almoço de Jhonathan impregnava o ar. Estava chocada com a atitude dela, mas antes que pudesse reagir, Berenice apareceu ao meu lado.— Anthonella, está tudo bem? — Perguntou, preocupada.— Sim, Berenice. Obrigada. — Respondi, tentando manter a compostura.— Aquela Camila... nunca gostei dela. Sempre achei uma entojada. — Berenice murmurou, ajudando-me a pegar os cacos de vidro espalhados pelo chão.Enquanto limpamos a bagunça, Jhonathan apareceu, olhando para a confusão.— O que aconteceu aqui? — Perguntou, surpreso ao ver o estado em que eu estava.— A senhorita Olivas virou a bandeja com o seu almoço em cima da Anthonella. — Explicou Berenice, com um tom de reprovação.Jhonathan olhou para mim, suja e sem dizer uma palavra, abaixou-se para nos ajudar a recolher os cacos de vidro. Pedi que não se preocupasse, ma
Maristela Olivas Camila apareceu de surpresa e, quando perguntei o que havia acontecido, ela me contou, com raiva, que Jhonathan estava em uma espécie de relacionamento com a assistente dele e que ela ainda tinha uma filha dele. Camila estava completamente fora de si, não falando coisa com coisa, e eu estava a cada dia mais preocupada.— Camila, você não pode obrigar as pessoas a gostarem de você. — Minha filha olhou para mim de forma desdenhosa. — Eu sempre consigo tudo que quero. Por que agora seria diferente?— Porque você precisa entender que a vida é assim. Quando você vai entender? Jhonathan não é obrigado a ficar com você. Vocês tiveram algo no passado e acabou. É hora de seguir em frente.— Se eu disse que quero uma coisa, eu vou ter e pronto. Não vou permitir que ele fique com aquela assistente sonsa dele.— Quando você irá entender que a vida não é como você quer? E outra coisa, eu conheço Anthonella e ela é um amor de pessoa.— Afinal de contas, de que lado você está? Que
Maristela Olivas Rio de Janeiro, 1996— Amiga, olha quem veio te ver. — Saindo da faculdade, vi Gustavo e Napoleão, a sua bicicleta que o levava para todo lugar. Sorri ao vê-lo e, antes que eu fosse ao seu encontro, minha amiga puxou meu braço. — Maris, cuidado para que seu pai não te veja. Você sabe que ele irá desaprovar o seu relacionamento.— E eu não sei, Giulia? Tenho que resolver logo essa situação. Afinal, já estamos juntos há dois anos, é muito tempo.Minha amiga sorriu para mim e me mandou ir me divertir.— Oi, gatinha. Acabei de pegar o pagamento, vamos à lanchonete?Não gosto que ele gaste o pouco dinheiro que tem comigo, mas eu sabia que ele não aceitaria um não como resposta.— Um dia, vou levá-la para um bom restaurante onde possa pedir lagosta.— Para de bobeira, você sabe que amo hambúrguer e batata frita.Sorri para ele, que retribuiu. Antes que o motorista aparecesse, subi em Napoleão e fomos para a lanchonete. Após uma tarde maravilhosa, me despedi de Gustavo e fu