Maria Fernanda (MaFê) Meu corpo todo doía, mas era uma coisa boa, estava muito animada com meu treino, claro que nunca abandonei meu time Vasco da Gama que é o meu time do coração, meu pai é meu empresário e ele disse que eu deveria ver novas oportunidades, porém não quero.— Enquanto eu puder quero jogar no meu time. — Sorri para o meu pai. — Entendo o seu amor pelo seu time, mas pensa comigo, você poderia jogar no time da Alemanha, todos nós nos mudaremos para te acompanhar. — Meu pai era uma figura, desde quando ele descobriu que eu era sua filha ele me super protegeu, isso não é uma coisa ruim, mas às vezes é complicado. Dei um beijo no meu pai e subi para o meu quarto precisava urgentemente de um banho bem demorado, quando entrei no meu quarto encontrei meu irmão mexendo no meu notebook. — Te peguei! — Ele deu um pulo assustado. — Aí, MaFê precisa de tudo isso? — Ele perguntou irritado pelo susto. — Eu que deveria estar irritada com você. O que está fazendo no meu quarto?
Depois do jantar, nos reunimos na sala para a tradicional noite de jogos em família. Era algo que fazíamos todos os sábados, uma tradição que meus pais iniciaram para manter nossa união e garantir que sempre passássemos tempo juntos.Enquanto arrumávamos os jogos, minha mãe se virou para mim com um olhar de curiosidade.— MaFê, semana que vem você começa a faculdade. Como está se sentindo com isso?Respirei fundo, sentindo uma mistura de empolgação e nervosismo.— Estou feliz, mãe. Fazer faculdade de Educação Física sempre foi meu sonho, e sei que vai ser desafiador conciliar os estudos com os treinos, mas estou pronta para isso.Meu pai olhou para mim com uma expressão preocupada, mas orgulhosa.— Você vai ficar muito cansada, filha. Estudar e treinar ao mesmo tempo não é fácil. Se em algum momento você achar que está demais, não hesite em dar uma pausa.Sorri para ele, sentindo o peso da responsabilidade e o amor incondicional que ele sempre me ofereceu.— Obrigada, pai. Eu sei que
Depois do almoço, Valentina e eu nos preparamos para ir ao treino. Peguei minha bolsa com meu uniforme e chuteiras, e descemos para encontrar Valdo.— Vamos lá, Seu Valdo! — disse, entrando no carro com Valentina.— Certo, MaFê. Para o treino? — ele perguntou, já ligando o motor.— Isso mesmo. — respondi, ajustando meu cinto de segurança.Durante o trajeto, Valentina estava animada, conversando sobre a faculdade e os novos desafios que estávamos prestes a enfrentar. Eu estava feliz por ter uma amiga como ela ao meu lado.Chegamos ao clube e, enquanto seu Valdo estacionava, desci do carro e me dirigi ao campo. Valentina me acompanhava, observando a movimentação ao redor.— Vou ficar sentada ali na arquibancada, ok? — disse ela, apontando para um lugar confortável com uma boa visão do campo.— Tudo bem. Vou lá me trocar. — respondi, acenando e correndo em direção ao vestiário.Troquei de roupa rapidamente, colocando meu uniforme e amarrando as chuteiras. O cheiro de grama fresca e o som
Quando Pedro Henrique terminou de me ajudar, ele se virou para mim sorrindo.— E aí gata! Te ajudei, agora que tal você aceitar aquele encontro.— Tudo bem, vamos marcar para o dia 31 de fevereiro.— Tá certo gata! — Ele sorriu e me passou o cartão.— Não precisa pagar a conta, é por conta da casa.— Não mesmo gata, eu insisto.Levei ele até o caixa e deixei ele pagando enquanto me ocupei das outras mesas. Fabrícia, uma das funcionárias da minha mãe, me entregou um papel que era o número do celular de Pedro Henrique. Guardei o número no bolso e continuei ajudando o pessoal.A semana passou voando e Valentina e eu chegamos na faculdade. Eu estava animada, enquanto Valentina parecia menos entusiasmada.— Anime-se, Val. Enfim chegamos na faculdade, a última etapa antes da vida adulta definitiva.Minha amiga revirou os olhos e me encarou sem nenhum humor.— A sua animação às vezes me irrita. Como consegue estar animada?— Você que tem uma alma idosa, amiga. Só resmunga. Está cedo, vamos d
Laiane me seguiu até o ponto de encontro no campus. Quando chegamos lá, Valentina estava esperando, com uma expressão de impaciência. — Quem é essa? — Valentina perguntou, olhando diretamente para Laiane.— Essa é minha colega de sala, Laiane — respondi, tentando aliviar a tensão. — Laiane, essa é Valentina, minha melhor amiga.— Você é a antiga amiga e eu sou a nova. Muito prazer Val — minha amiga ergueu uma sobrancelha. Ela me lançou um olhar que dizia “sério?” mas apenas deu um pequeno aceno para Laiane.— Prazer, Laiane. Espero que você consiga lidar com a energia da MaFê.— Vou tentar! — Laiane riu. — Temos energias parecidas. Valentina não estava gostando nada daquilo e a cara dela dizia isso. Iniciei uma conversa e até que as duas se entrosaram na conversa. Estávamos rindo das nossas primeiras impressões das nossas aulas e dos professores que conhecemos. De repente, uma buzina soou, interrompendo nossa conversa. Virei esperando ver seu Valdo, mas era meu pai.— Pai? — digo s
Chegamos em casa depois do treino, e minha mãe estava na sala de estar, lendo um livro. Assim que viu meu pai e eu entrando, ela olhou para nós com uma sobrancelha arqueada.— Até que enfim, vocês chegaram! O que aconteceu? Por que demoraram tanto? — perguntou ela, com uma leve irritação.Antes que eu pudesse responder, meu pai se adiantou.— Resolvemos parar para tomar um sorvete, nada de mais. Só quisemos aproveitar um pouco mais o dia.Minha mãe cruzou os braços, fingindo estar emburrada.— E nem para trazer um sorvete para mim, hein? Que falta de consideração!Eu ri e me aproximei dela, dando um beijo na bochecha.— Desculpa, mãe. Da próxima vez, prometo trazer um sorvete para você também.Ela suspirou, ainda mantendo a expressão de falsa indignação.— Está bem, está bem. Você está perdoada desta vez. — ela riu. — Onde está o Gus? E o Thony? E a AnaFê? — perguntei, olhando em volta e não vendo ninguém além dela.— Gustavo está na casa da Joyce, aquele menino adora passar tempo l
O dia seguinte começou cedo. Acordei com o alarme às 6:30, sentindo-me renovada após uma noite de sono profundo. Tomei um banho rápido, vesti meu jeans favorito e uma camiseta confortável. Quando desci para o café da manhã, encontrei minha mãe já na cozinha, preparando panquecas.— Bom dia, MaFê! Dormiu bem? — perguntou ela, sorrindo.— Bom dia, mãe! Dormi como uma pedra. — respondi, sentando-me à mesa.— Fico feliz em ouvir isso. — ela disse enquanto eu me servia de panquecas. — Aproveite seu café da manhã e tenha um bom dia na faculdade.— Obrigada, mãe. — respondi, começando a comer.Terminei rapidamente e fui para a garagem, onde seu Valdo já estava esperando para me levar à faculdade.— Pronta para mais um dia? — perguntou ele, enquanto saíamos de casa.— Sim, seu Valdo. Pronta para tudo. — respondi, sorrindo.Chegamos à faculdade às 7:25. Saí do carro, agradeci ao seu Valdo e caminhei em direção ao portão, onde Valentina já estava esperando. Ela acenou sem humor, minha amiga não
O dia da festa finalmente chegou. Passei a manhã e a tarde sentindo aquele friozinho na barriga, ansiosa para me divertir com Valentina e, quem sabe, conhecer novas pessoas. Às sete da noite, comecei a me arrumar. Escolhi um vestido preto e branco acima do joelho, meio rodê, e finalizei o look com um broche do Vasco. Quando desci as escadas, encontrei Valentina me esperando na sala.— Ufa! Não está com nenhuma roupa do Vasco, né? — disse ela, revirando os olhos.— Não, mas olha só o broche. — respondi, apontando para o pequeno detalhe.Ela revirou os olhos novamente e suspirou.— Não vou nem falar nada.Rimos juntas e saímos de casa, pegando o carro de Valentina rumo à festa. Chegamos ao local e já dava para ouvir a música alta e as risadas. O campus estava transformado, cheio de luzes coloridas e gente por todos os lados. Valentina e eu entramos no clima imediatamente.— Vamos pegar uma bebida? — ela sugeriu, e concordei com entusiasmo.Fomos direto para a mesa de bebidas e pegamos r