Joyce Silva AzevedoFinalmente, o dia tão esperado havia chegado. Mário Fernando estava de alta e poderia ir para casa, e meu coração estava repleto de alívio e gratidão. Depois de tantos dias no hospital, ele poderia continuar sua recuperação no conforto do nosso lar. Assim que entramos pela porta, ele olhou em volta com olhos cheios de saudade.— Mãe, meu quarto... Eu senti tanta falta. — Disse ele, jogando-se em mim com um sorriso animado.— Eu te entendo, meu amor, mas cuidado quando se jogar por conta do bracinho. — Alertei a ele.O som de risadas infantis e passos apressados pela casa trouxe uma onda de familiaridade e conforto. Anthonella tinha vindo nos visitar, trazendo João Lucas e Gabriel. Olhei para meus filhos e eles não paravam de falar.— Os dois queriam muito ver o irmão. — Imaginei! Vocês se comportaram? — Perguntei, olhando para os meninos com um olhar questionador.— Sim, mamãe! — Responderam em coro, ansiosos para ver Mário Fernando.— Então podem ir ver o irmão,
Pedro Henrique SoaresEstava na empresa do meu pai, sentado na minha mesa, revisando alguns projetos. O ambiente era movimentado, com funcionários indo e vindo, discutindo ideias e fechando acordos. Eu estava concentrado, mas uma ligação inesperada da secretária do meu pai interrompeu meus pensamentos.— Pedro, seu pai gostaria de vê-lo na sala dele agora. — Disse ela, com um tom sério.— Estou indo. — Respondi, sentindo um misto de curiosidade e apreensão.Caminhei pelos corredores da empresa, cumprimentando colegas de trabalho e me perguntando o que eu poderia ter feito para ser chamado. Quando cheguei à porta da sala do meu pai, bati levemente antes de entrar.— Entre, Pedro. — A voz firme do meu pai soou do outro lado da porta.Abri a porta e entrei, encontrando meu pai sentado atrás de sua enorme mesa de mogno. Ele levantou o olhar dos papéis em que estava trabalhando e sorriu para mim, um sorriso que transmitia tanto orgulho quanto seriedade.— Sente-se, filho. — Disse ele, indi
Maria Fernanda Fagundes Lancaster Hoje era o grande dia da nossa semifinal. Estava muito empolgada com o jogo, mesmo sabendo que eu ficaria no banco. A seleção da Espanha já estava classificada, e agora nós teríamos que fazer a nossa parte. Hoje jogaríamos contra a Colômbia, e as meninas da Colômbia eram veteranas.Chegamos cedo ao estádio, a adrenalina já correndo em minhas veias. As luzes brilhavam intensamente, iluminando o campo impecavelmente preparado. O ambiente estava carregado de expectativas e nervosismo, mas também de determinação e confiança.Enquanto nos preparávamos no vestiário, a treinadora nos passou as últimas instruções, enfatizando a importância de mantermos a calma e seguirmos nossa estratégia. Ela também ressaltou a necessidade de mantermos a concentração, especialmente contra um time experiente como a Colômbia.— Meninas, hoje é o nosso dia. Nós treinamos duro para isso, e estamos prontas. — Disse a treinadora, sua voz firme e encorajadora. — Lembrem-se de joga
Mais dias se passam e amanhã é a nossa final. Estou muito animada para voltar para casa. Eu sou a filhinha do papai e da mamãe e estou sentindo falta deles demais. Estou sentindo falta dos meus irmãos, das minhas amigas, de ir a São Januário. Acho que essas saudades pegam a gente, sabe?— Por que está com essa cara, bebê? — Larissa perguntou, sentando ao meu lado.— Apenas sentindo falta da família, mas é normal, não é? — Perguntei a ela, que confirmou.— Sim, eu moro fora do Brasil há muito tempo, então posso te dizer que é assim mesmo. No começo eu me sentia muito mal, mas com o tempo eu comecei a focar no meu sonho. Você ainda é nova, dá pra perceber pelo seu jeito que você tem uma família amorosa. Fique tranquila, em breve você vai estar lá com eles e, se os Céus nos ajudar, chegaremos com nosso troféu. — Ficamos em silêncio e ela bateu no meu ombro. — Vamos, novinha, vou te ajudar a treinar. A treinadora mandou eu pegar pesado. — Ela riu.O treinamento foi difícil. Consegui fazer
O voo de volta ao Brasil parecia mais longo do que o normal. Estávamos todas exaustas, tanto física quanto emocionalmente, depois da final. Eu me sentia particularmente cabisbaixa, ainda processando a derrota. Quando finalmente desembarcamos no aeroporto, a visão da minha família à distância trouxe uma mistura de emoções.Lá estavam eles, meus pais e meus irmãos, todos vestindo camisetas com a minha cara estampada. Assim que me viram, correram para me abraçar. Senti um alívio imediato, embora a tristeza ainda estivesse presente.— Estamos tão orgulhosos de você, MaFê! — disse minha mãe, apertando-me em um abraço forte.— Obrigada, mãe. — Respondi, com a voz embargada. — Eu só quero ir para casa.Após abraçar minha família, seguimos para casa. O caminho foi tranquilo, com minha mãe tentando me animar e meus irmãos fazendo piadas para aliviar a tensão. Chegamos à nossa casa e, para minha surpresa, havia uma festa de churrasco preparada no quintal.Vários parentes estavam lá, sorrindo e
Estava acordando quando meu celular apitou e, pensando que era uma das amigas, tateei a mesinha e peguei meu celular.“Você me deve um encontro.” Olhei a mensagem e vi que era Pedro Henrique.“Sabia que você me acordou?” Bocejei mais uma vez.“Sábado à noite, o que me diz?” Ele perguntou.“Posso responder depois?” Perguntei a ele, e a resposta não demorou a chegar.“Pode, mas saiba que já fiz a reserva.” Encarei a tela do celular como se estivesse encarando ele.“Então eu aceito, né.” Ele me desejou boa noite e travei o celular.Estava deitada, olhando meu teto que brilha com bolinhas de futebol, e resolvi me levantar. Quando passei pela sala de jogos, Ana Fernanda estava zombando de Gustavo, que por sua vez zombava dela. Resolvi que não iria me meter e deixei pra lá.A semana passou rapidamente, cheia de estudos e treinos. Quando o sábado finalmente chegou, comecei a me arrumar para o encontro com Pedro Henrique. Escolhi um vestido azul simples, mas elegante, e soltei meu cabelo, dei
Jhonathan LancasterTerminei o último gole de café, sentindo a preocupação ainda pesando em meus ombros. Anthonella estava sentada à minha frente, seus olhos refletindo a mesma ansiedade que eu sentia. Os incidentes recentes haviam deixado ambos em alerta máximo quanto à segurança das crianças.— Vamos falar com os seguranças antes de começarmos o dia. — Disse, levantando-me da cadeira.Anthonella assentiu, seu semblante sério, enquanto me seguia até o escritório onde os seguranças monitoravam as câmeras de vigilância.— Tudo certo por aqui? — Perguntei ao chefe da segurança, tentando esconder minha apreensão.— Sim, senhor. Tudo sob controle. — Respondeu ele, sem hesitação.— As crianças perceberam que estavam sendo seguidas? — Minha voz soou mais tensa do que eu gostaria.— Não, senhor. Elas não perceberam nada. — Garantiu o segurança, sua voz firme e segura.Respirei fundo, sentindo uma onda de alívio me invadir. Anthonella também parecia relaxar um pouco ao meu lado.— Continuem c
Maria Fernanda Fagundes Lancaster Acordei naquela manhã com uma ideia fixa na cabeça: chamar Pedro Henrique para ir ao cinema. Não era comum eu ter uma ideia dessas, principalmente porque não sou do tipo que gosta de expor meus sentimentos ou convidar alguém para sair. Mas com Pedro, era diferente. Ele tinha um jeito de me fazer sentir à vontade, de me fazer rir, e eu queria passar mais tempo com ele.Depois do café da manhã e de uma rápida conversa com meus pais sobre meus planos para o dia, peguei meu celular e enviei uma mensagem para Pedro:"Oi, Pedro! Que tal irmos ao cinema hoje? Tem um filme novo que quero muito assistir."Enquanto aguardava a resposta, fiquei um pouco ansiosa. E se ele não pudesse ir? E se não quisesse? Minhas dúvidas foram interrompidas pelo som de uma notificação."Claro, MaFê! Que horas você quer ir?"Sorri para o celular, sentindo uma onda de excitação. Respondi rapidamente, combinando de nos encontrarmos no shopping às 18h. Passei o resto do dia ocupada