Depois de várias horas de voo e algumas escalas, finalmente chegamos a Bariloche. Assim que o avião pousou e as portas se abriram, a brisa fria nos saudou. Meu corpo inteiro relaxou com a sensação de estar, finalmente, longe de toda a agitação do Brasil. Era quase irreal pensar que eu estava aqui, celebrando meu aniversário com Pedro, no cenário dos meus sonhos.Saímos do avião, e o aeroporto estava movimentado, cheio de turistas e locais, todos agasalhados com casacos pesados, algo que me lembrou de que o frio daqui não era brincadeira. Estava ansiosa para sentir a neve sob os pés, mas antes de qualquer aventura, o plano era chegar ao hotel e descansar.Pedro, sempre organizado, já havia chamado um táxi. Ele parecia tão à vontade em liderar as coisas, que eu me permiti relaxar completamente, confiando na eficiência dele. Quando o carro chegou, ele segurou minha mão com firmeza enquanto me guiava até o veículo.— Está tudo bem? — ele perguntou, olhando para mim com aquele sorriso suav
Acordei com a luz do sol penetrando suavemente pelas cortinas do quarto, aquecendo minha pele de um jeito confortável. Abri os olhos devagar, sentindo meu corpo ainda relaxado do dia anterior. Bariloche havia sido tudo o que eu sempre imaginei, e estar aqui com Pedro tornava a experiência ainda mais especial. Virei a cabeça e, para minha surpresa, encontrei Pedro sentado na poltrona ao lado da cama, concentrado no celular. Ele estava tão imerso no que fazia que nem notou que eu já tinha acordado. Achei engraçado vê-lo assim, tão focado, especialmente depois de termos passado uma noite tão incrível juntos. — O que você está fazendo aí, tão cedo? — perguntei com a voz ainda sonolenta. Pedro levantou os olhos do celular e sorriu. Um sorriso preguiçoso. — Estava esperando você acordar — ele disse, levantando-se da poltrona e vindo até a cama. — Estava dando uma olhada em alguns apartamentos. — Apartamentos? — perguntei, curiosa, enquanto me esticava preguiçosamente na cama. Ele
Pedro Henrique Soares Estava sentado à mesa com um café quente nas mãos, observando MaFê se deliciar com o vasto café da manhã que havíamos pedido. A luz suave da manhã em Bariloche iluminava seu rosto, realçando o sorriso encantador que eu tanto amava. Seus olhos brilhavam com entusiasmo enquanto falava sobre o passeio que planejávamos fazer. Eu me pegava sorrindo, sem perceber. Ela nem imagina que o apartamento que estou procurando não é só para mim, mas para **nós**. Eu podia ver um futuro ao lado dela, algo que jamais havia pensado com qualquer outra pessoa. MaFê não era apenas minha namorada; ela era meu porto seguro, minha melhor amiga, a pessoa que eu queria ao meu lado em cada conquista e desafio que a vida trouxesse. — Pedro? — Sua voz suave me trouxe de volta ao presente. — Você ouviu o que eu disse? Sorri, fingindo que não estava perdido em meus pensamentos. — Claro que ouvi, meu amor — respondi com um tom brincalhão. — Você está planejando me levar para uma caminhada
Maria Fernanda Fagundes Lancaster A viagem para Bariloche foi simplesmente perfeita. Assim que o avião pousou, Pedro e eu nos entreolhamos e sorrimos. A viagem tinha sido perfeita, mas estava na hora de voltar a realidade. — Preparada? — Pedro perguntou, me dando aquele sorriso de canto que sempre me fazia derreter. — Completamente — respondi. — Sinto falta dos meus malucos. Pegamos as malas e fomos direto para a saída, onde Seu Valdo já nos esperava, sempre pontual e simpático. Entramos no carro e logo pegamos a estrada rumo à mansão. Pedro parecia perdido em pensamentos, enquanto eu me distraía com as paisagens passando pela janela. Chegamos em casa, e, mal colocamos os pés na porta, Gustavo surgiu correndo pelo corredor e me abraçou com toda a força que um irmão mais novo poderia ter. — MaFê! — Ele me apertou. — Estava com saudade. — Hey! Só viajei por alguns dias. Mas eu também estava, Gus! — Apertei ele de volta. — E aí, onde estão nossos pais e os outros? — perguntei, en
Maria Fernanda Fagundes Lancaster Um ano depois... Estava finalmente de volta. Depois de tanto tempo esperando, de tantas sessões de fisioterapia, tantos treinos solitários, aqui estava eu, de novo no vestiário, com as minhas luvas nas mãos. Era como se tudo estivesse voltando ao lugar certo, e uma onda de alegria percorreu meu corpo. Ver a bola rolando em campo, sentir a adrenalina do jogo... Estava com uma saudade imensa disso. Olhei ao redor do vestiário enquanto ajustava minhas luvas, cada detalhe daquele lugar parecia me trazer memórias. As risadas das meninas, os gritos de incentivo, a energia do time. Hoje, seria o grande dia: Vasco x Flamengo, o clássico dos clássicos. E eu estava prestes a ser a goleira titular. Não podia estar mais animada. — MaFê, isso é seu, menina! Esse gramado é seu! — digo baixinho para mim mesma, tentando acalmar a ansiedade. Embora estivesse tranquila em estar de volta, o frio na barriga era inevitável. De repente, as portas do vestiário se abri
O sol já estava começando a se esconder quando o celular vibrou em cima da mesa. Estava no sofá, revisando algumas jogadas do último treino. Fazia um ano que eu estava fora dos gramados por causa da lesão e, agora, com meu retorno, tudo parecia estar se ajustando novamente. Olhei para o aparelho sem muito interesse, mas algo no brilho da notificação me fez pegar o celular. O coração parou por um segundo. Era uma mensagem da comissão técnica da Seleção Brasileira de Futebol Feminino. "Parabéns, Maria Fernanda. Você foi convocada para integrar o time no próximo ciclo de treinamentos visando os jogos da Copa." Eu reli aquela mensagem incontáveis vezes, sem acreditar no que estava acontecendo. As palavras pareciam se misturar na tela, mas a emoção crescente em meu peito não deixava dúvidas: eu havia sido convocada para a seleção. Meu sonho estava se realizando, e era real. — Meu Deus… — sussurrei, sentindo os olhos se encherem de lágrimas. Por um segundo, fechei os olhos, tentando
Pedro Henrique Soares Estava sentado na minha cama, perdido em pensamentos. O sol já havia se posto e o quarto estava envolto em uma penumbra confortável, mas a luz do meu celular piscava incessantemente, interrompendo a calma. — Caralho, Laiane, não sabe bater na porra da porta? — Digo ao ver minha irmã sem noção abrir a porta abruptamente. — Vou passar a trancar essa porra. — Ih, tá estressado? — ela disse, com aquele tom provocativo que só ela sabia usar. — Brigou com a MaFê? Ou tá assim pela convocação dela?Suspirei, tentando organizar meus pensamentos. Laiane sempre tinha uma maneira de entrar e trazer uma avalanche de perguntas e provocações. — Não briguei com a minha namorada, não. E estou muito feliz por ela estar realizando o sonho dela, de verdade — respondi, tentando deixar claro que a felicidade de MaFê não era o problema.Laiane se aproximou, cruzando os braços. Eu a conhecia bem o suficiente para saber que ela não pararia por aí. A expressão dela era a de alguém que
Maria Fernanda Fagundes Lancaster Estava em casa, organizando algumas coisas, quando meu celular vibrou na mesa. Era uma mensagem de Pedro. O coração disparou. O simples fato de receber uma mensagem dele já era o suficiente para me fazer sorrir. Olhei para a tela e vi que ele queria me convidar para ir ao seu apartamento. “Oi, MaFê! Você pode vir aqui? Tenho uma surpresa para você!” O que seria? A curiosidade me dominou, e logo me arrumei, escolhendo uma blusa que eu sabia que ele adorava. A ansiedade me acompanhava enquanto dirigia até o apartamento dele, pensando em tudo que poderíamos fazer juntos. Cheguei e, ao entrar, fiquei completamente boquiaberta. O corredor estava decorado com pétalas de rosa, criando um caminho suave que levava até a sala. O ar estava perfumado e uma música suave tocava ao fundo. — Pedro? — chamei, a voz um pouco tremula de empolgação e nervosismo. Ele apareceu na porta da sala, com um sorriso que iluminava o ambiente. Vestia uma camiseta casual, mas