— Por que me lembrou vovó? Agora fiquei curiosa novamente. O que é?— Seu avô e eu decidimos que, como você tem se esforçado tanto que merecia um presente especial — começou minha avó, trocando um olhar com meu avô.— Então, nós planejamos algo que sabemos que você vai adorar — completou meu avô, com um sorriso misterioso.Estava prestes a perguntar o que era, mas antes que pudesse falar, eles me entregaram um pequeno envelope. Abri o envelope com cuidado e encontrei dentro dele um cartão de embarque de avião.— Um cartão de embarque? — perguntei, confusa, olhando para eles.— Você vai passar um mês em Nova Iorque com a gente — explicou minha avó, sorrindo amplamente. — Vamos aproveitar o tempo juntos, visitar alguns dos nossos lugares preferidos, fazer umas comprinhas, claro. E depois você volta para realizar a sua cirurgia. O que me diz? — Vocês são os melhores! Isso vai ser incrível! Agradeci meus avós, pois eu realmente estava precisando mesmo tirar uma folga da minha vida agita
A semana passou num piscar de olhos desde o meu aniversário. Parece que foi ontem que eu estava cortando aquele bolo incrível, cercada por todos que amo. Agora, o clima na mansão era outro: o Natal estava batendo à porta e, como sempre, isso significava uma movimentação intensa por aqui.Na manhã do dia 24 de dezembro, acordei com o som de risadas e vozes altas vindas do andar de baixo. O aroma doce de biscoitos recém-assados invadiu o meu quarto, despertando meus sentidos. Quando finalmente me levantei e desci as escadas, vi que a casa estava a todo vapor. A equipe de organização não parava um segundo, correndo de um lado para o outro, ajeitando cada detalhe da decoração de Natal.As guirlandas verdes e vermelhas já estavam penduradas nas portas, os enfeites brilhantes reluziam por todos os cantos, e uma árvore de Natal majestosa ocupava o centro da sala principal. Ela estava coberta de luzes cintilantes, bolas coloridas, e enfeites que eu sabia que a minha mãe havia escolhido com to
Ficamos um bom tempo no jardim até qu vimos o carro do meu chegando, Anthony logo se animou e minha mãe mandou ele esperar que meu pai viria até nós. — O que estão fazendo no jardim? Onde está o Gus? — Meu pai perguntou afrouxando a gravata e sentando ao nosso lado. — Seu filho está na cozinha, e praticamente nos expulsou da cozinha para trabalhar sozinho, segundo ele trabalho melhor sem todos o cercando. Minha mãe riu e meu pai a acompanhou. — Gus, sendo Gus! — Concordamos com meu pai.Depois de rirmos um pouco sobre o jeito determinado do Gustavo, Anthony, que mal conseguia conter a empolgação, finalmente não aguentou mais esperar e correu para os braços do meu pai, que o levantou no ar com um sorriso enorme no rosto.— Como foi o dia, campeão? — Meu pai perguntou, enquanto Anthony tentava contar todas as aventuras do dia de uma vez só, as palavras saindo rapidamente, quase atropelando umas às outras.Minha mãe e eu nos entreolhamos, sorrindo. Era sempre assim quando ele chegava
Estávamos na varanda, que havia sido lindamente decorada com luzes piscantes e enfeites tradicionais, conversando alegremente. Laiane, Valentina, Gustavo, Juliano, Geovane, Pedro e eu ríamos de uma história que meu irmão contava com tanta animação que ele quase derrubou o copo que segurava.— Eu juro, parecia que o bolo ia explodir no forno! — Gustavo contava rindo.— Mas no fim você conseguiu salvar a sobremesa, e estava deliciosa! — Laiane o elogiou, e Gustavo deu de ombros, tentando parecer modesto, mas claramente orgulhoso de si mesmo.— Foi mesmo! Você mandou muito bem, Gus. — Pedro acrescentou, sorrindo para meu irmão. — É muito bom ter um cunhado que manda bem na cozinha.— Valeu mesmo! — Gustavo estava orgulhoso. Pedro olhou para mim, piscando, como se quisesse compartilhar um pensamento silencioso sobre o quanto adorava passar tempo com a minha família. Eu retribuí o olhar, sentindo-me incrivelmente feliz por ter encontrado alguém que se encaixava tão bem na minha vida.Enqu
Anthonella Fagundes Lancaster A música suave preenchia o ar da festa de Natal, e o clima de alegria era contagiante. Olhei ao redor, observando os convidados dançando e conversando, todos imersos no espírito festivo. No entanto, meus olhos foram atraídos para uma cena em particular que me encheu de uma alegria silenciosa. Maria Fernanda dançava com Pedro, ambos sorrindo como se o mundo ao redor não existisse. Era uma cena de pura ternura e carinho, e eu não pude evitar sorrir para mim mesma ao ver minha filha feliz, perdida naquele momento com alguém que claramente se importava muito com ela. Enquanto eu apreciava a cena, senti braços fortes me envolvendo por trás. A familiaridade do toque e o calor que emanava dele me fizeram relaxar imediatamente. — O que está te fazendo sorrir assim? — Jhonathan perguntou, sua voz suave ao meu ouvido, enquanto me puxava mais para perto de si. — Olhe ali. — Respondi, apontando sutilmente com a cabeça na direção de MaFê e Pedro. Ele seguiu meu o
Maria Fernanda Fagundes Lancaster A música terminou e voltamos para janela, Pedro me encarava com uma intensidade que eu ainda não havia visto. — Por que está me olhando assim? — Assim como? — Ele perguntou se aproximando ainda mais de mim. Pedro colou os nossos lábios e iniciamos um beijo lento que aos poucos se transformou em algo mais quente. Pedro se afastou de mim com um sorriso satisfeito, enquanto eu ainda sentia o calor do beijo em meus lábios. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Bianca se aproximou, batendo palmas de forma exagerada e debochada.— Que bonitinho o casalzinho. — Ela disse, com um sorriso sarcástico. Seus olhos brilhavam com uma malícia que me fez sentir imediatamente que ela estava prestes a causar problemas.Pedro franziu o cenho, claramente incomodado com a interrupção, mas antes que ele pudesse responder, Bianca continuou.— Pedro, querido, você se lembra de como adorava se perder no meu corpo? — Ela disse, com um tom provocativo, deslizando uma
A festa foi um sucesso, como todas as outras que minha mãe organiza. Aos poucos, os convidados começaram a se despedir, as luzes se apagaram e a música se tornou um sussurro suave no fundo. Finalmente, a casa ficou em silêncio. Pedro se despediu com um beijo demorado e sussurrou no meu ouvido que me ligaria assim que chegasse em casa.Estava prestes a subir para o meu quarto quando vi minha mãe sentada no sofá da sala, com um olhar suave e um sorriso que transmitia tanto amor quanto curiosidade. Ela fez um gesto para que eu me juntasse a ela. Sem hesitar, caminhei até ela e sentei-me ao seu lado.— O que achou da festa, querida? — Ela me perguntou, sua voz calma e cheia de carinho.— Foi maravilhosa, como sempre. — Respondi com um sorriso, ainda sentindo a alegria da noite. — Você arrasou mais uma vez, mãe.Ela riu suavemente, passando a mão pelos meus cabelos com ternura.— Fico feliz que tenha gostado. — Ela fez uma pausa, observando-me atentamente. — Mas notei que houve um pequeno..
Acordei com os primeiros raios de sol entrando pelas frestas da cortina, iluminando suavemente o quarto. Pisquei algumas vezes, espreguiçando-me na cama, e logo me lembrei da conversa com Pedro na noite anterior. Sorri ao pensar nele e em como as coisas estavam caminhando bem entre nós. Senti meu coração aquecer e, com um suspiro feliz, me levantei.Depois de tomar um rápido banho e me vestir com uma roupa confortável, desci as escadas, atraída pelo som de risadas animadas e vozes infantis que vinham da sala. Assim que entrei na sala, vi Ana Fernanda e Anthony, meus irmãos mais novos, sentados no chão, cercados por uma montanha de presentes. A excitação nos olhos deles era palpável, como se o Natal tivesse chegado mais cedo.— MaFê! — Anthony gritou ao me ver, segurando um brinquedo novo em cada mão. — Olha só! Eu ganhei esse carro de controle remoto e um iPad!Ele estava radiante, e seu sorriso era tão largo que quase ocupava seu rostinho inteiro. A energia dele era contagiante, e não