Quando Pedro Henrique terminou de me ajudar, ele se virou para mim sorrindo.— E aí gata! Te ajudei, agora que tal você aceitar aquele encontro.— Tudo bem, vamos marcar para o dia 31 de fevereiro.— Tá certo gata! — Ele sorriu e me passou o cartão.— Não precisa pagar a conta, é por conta da casa.— Não mesmo gata, eu insisto.Levei ele até o caixa e deixei ele pagando enquanto me ocupei das outras mesas. Fabrícia, uma das funcionárias da minha mãe, me entregou um papel que era o número do celular de Pedro Henrique. Guardei o número no bolso e continuei ajudando o pessoal.A semana passou voando e Valentina e eu chegamos na faculdade. Eu estava animada, enquanto Valentina parecia menos entusiasmada.— Anime-se, Val. Enfim chegamos na faculdade, a última etapa antes da vida adulta definitiva.Minha amiga revirou os olhos e me encarou sem nenhum humor.— A sua animação às vezes me irrita. Como consegue estar animada?— Você que tem uma alma idosa, amiga. Só resmunga. Está cedo, vamos d
Laiane me seguiu até o ponto de encontro no campus. Quando chegamos lá, Valentina estava esperando, com uma expressão de impaciência. — Quem é essa? — Valentina perguntou, olhando diretamente para Laiane.— Essa é minha colega de sala, Laiane — respondi, tentando aliviar a tensão. — Laiane, essa é Valentina, minha melhor amiga.— Você é a antiga amiga e eu sou a nova. Muito prazer Val — minha amiga ergueu uma sobrancelha. Ela me lançou um olhar que dizia “sério?” mas apenas deu um pequeno aceno para Laiane.— Prazer, Laiane. Espero que você consiga lidar com a energia da MaFê.— Vou tentar! — Laiane riu. — Temos energias parecidas. Valentina não estava gostando nada daquilo e a cara dela dizia isso. Iniciei uma conversa e até que as duas se entrosaram na conversa. Estávamos rindo das nossas primeiras impressões das nossas aulas e dos professores que conhecemos. De repente, uma buzina soou, interrompendo nossa conversa. Virei esperando ver seu Valdo, mas era meu pai.— Pai? — digo s
Chegamos em casa depois do treino, e minha mãe estava na sala de estar, lendo um livro. Assim que viu meu pai e eu entrando, ela olhou para nós com uma sobrancelha arqueada.— Até que enfim, vocês chegaram! O que aconteceu? Por que demoraram tanto? — perguntou ela, com uma leve irritação.Antes que eu pudesse responder, meu pai se adiantou.— Resolvemos parar para tomar um sorvete, nada de mais. Só quisemos aproveitar um pouco mais o dia.Minha mãe cruzou os braços, fingindo estar emburrada.— E nem para trazer um sorvete para mim, hein? Que falta de consideração!Eu ri e me aproximei dela, dando um beijo na bochecha.— Desculpa, mãe. Da próxima vez, prometo trazer um sorvete para você também.Ela suspirou, ainda mantendo a expressão de falsa indignação.— Está bem, está bem. Você está perdoada desta vez. — ela riu. — Onde está o Gus? E o Thony? E a AnaFê? — perguntei, olhando em volta e não vendo ninguém além dela.— Gustavo está na casa da Joyce, aquele menino adora passar tempo l
O dia seguinte começou cedo. Acordei com o alarme às 6:30, sentindo-me renovada após uma noite de sono profundo. Tomei um banho rápido, vesti meu jeans favorito e uma camiseta confortável. Quando desci para o café da manhã, encontrei minha mãe já na cozinha, preparando panquecas.— Bom dia, MaFê! Dormiu bem? — perguntou ela, sorrindo.— Bom dia, mãe! Dormi como uma pedra. — respondi, sentando-me à mesa.— Fico feliz em ouvir isso. — ela disse enquanto eu me servia de panquecas. — Aproveite seu café da manhã e tenha um bom dia na faculdade.— Obrigada, mãe. — respondi, começando a comer.Terminei rapidamente e fui para a garagem, onde seu Valdo já estava esperando para me levar à faculdade.— Pronta para mais um dia? — perguntou ele, enquanto saíamos de casa.— Sim, seu Valdo. Pronta para tudo. — respondi, sorrindo.Chegamos à faculdade às 7:25. Saí do carro, agradeci ao seu Valdo e caminhei em direção ao portão, onde Valentina já estava esperando. Ela acenou sem humor, minha amiga não
O dia da festa finalmente chegou. Passei a manhã e a tarde sentindo aquele friozinho na barriga, ansiosa para me divertir com Valentina e, quem sabe, conhecer novas pessoas. Às sete da noite, comecei a me arrumar. Escolhi um vestido preto e branco acima do joelho, meio rodê, e finalizei o look com um broche do Vasco. Quando desci as escadas, encontrei Valentina me esperando na sala.— Ufa! Não está com nenhuma roupa do Vasco, né? — disse ela, revirando os olhos.— Não, mas olha só o broche. — respondi, apontando para o pequeno detalhe.Ela revirou os olhos novamente e suspirou.— Não vou nem falar nada.Rimos juntas e saímos de casa, pegando o carro de Valentina rumo à festa. Chegamos ao local e já dava para ouvir a música alta e as risadas. O campus estava transformado, cheio de luzes coloridas e gente por todos os lados. Valentina e eu entramos no clima imediatamente.— Vamos pegar uma bebida? — ela sugeriu, e concordei com entusiasmo.Fomos direto para a mesa de bebidas e pegamos r
Os dias foram se passando e, antes que eu percebesse, o momento tão aguardado chegou. Teríamos um jogo importante pela frente, um desafio que exigiria todo o nosso esforço e dedicação. O time estava animado, mas também sabíamos que o adversário não seria fácil de vencer. Era hora de mostrar o nosso valor em campo.Acordei cedo naquela sexta-feira, ansiosa para a viagem. Coloquei meu uniforme do Vasco, ajustei minhas luvas de goleira e arrumei minha mala. Quando desci para o café da manhã, minha família já estava na cozinha, me esperando com sorrisos encorajadores.— Bom dia, MaFê! — minha mãe disse, colocando um prato de panquecas na mesa. — Preparada para o jogo?— Mais do que nunca, mãe. — respondi, tentando esconder a ansiedade.Meu pai, que estava respondendo e-mails pelo celular, olhou por cima dos óculos e sorriu.— Você vai arrasar, filha. Estamos todos torcendo por você.— Obrigada, pai. — respondi, sentindo o apoio deles me fortalecer.Gustavo, meu irmão, se aproximou e me de
Os últimos três dias foram uma mistura de emoções. Depois da derrota contra o Corinthians, passei um tempo processando tudo que aconteceu e tentando manter a cabeça erguida. Minha família foi um grande apoio, especialmente naquela tarde na sorveteria. Agora, era hora de voltar à rotina, e hoje começava com a faculdade.Acordei cedo, ainda com a sensação do jogo na mente, mas determinada a seguir em frente. Coloquei um jeans confortável e uma camiseta do Vasco, e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. Quando desci para a cozinha, minha mãe já estava lá, preparando o café da manhã.— Bom dia, mãe. — cumprimentei, pegando uma torrada.— Bom dia, MaFê. Dormiu bem? — ela perguntou, me lançando um sorriso.— Sim, foi uma boa noite de sono. — respondi, enquanto me servia de café.— Vai para a faculdade com Valdo ou Valentina? — Minha mãe perguntou. — Vou com Valentina. Ela deve estar chegando em breve. — digo dando uma olhada no relógio.Poucos minutos depois, ouvi a buzina do carro de Va
— Pedro, o que você está fazendo aqui? — perguntei, surpresa.— Trouxe a Bianca para conhecer o bar. Ela estava curiosa. — ele respondeu, sorrindo.Bianca sorriu para mim, mas era claro que a simpatia não era genuína. Valentina revirou os olhos e murmurou algo como "fala sério".Bianca pegou no braço de Pedro e fez um biquinho exagerado, chamando-o de um apelido que só ela achava fofo.— Pedrinho, amorzinho, não deveríamos ter uma mesa só para nós? — ela perguntou, fazendo charme.Pedro Henrique riu e olhou para nós.— Por que, se podemos nos juntar à minha irmã e às amigas dela? — ele disse, puxando uma cadeira e sentou ao meu lado. Revirei os olhos, mas não disse nada enquanto eles se acomodavam à nossa mesa. Valentina bufou, claramente irritada.— Olá, quem são os amigos novos? — minha mãe se aproximou, curiosa.— Esta é minha nova amiga, Laiane, e esses dois são Pedro Henrique e sua... amiga, Bianca. — respondi, tentando ser diplomática.Minha mãe olhou para mim, depois cumprimen