Khalil mergulhava nas esmeraldas a sua frente, tão profundo que acreditou que se perderia nelas. Aisha não estava diferente. Diferente dele, ela tinha curiosidade sobre o que lhe trazia aqueles momentos, o que teria dentro dele, quais sentimentos. Ele poderia jurar avistar um grau maior de curiosidade, um tipo de atração. Khalil franziu o cenho retornando ao controle. A atingindo de forma proposital desta vez. Não era pecado. — Seu interesse aumentou consideravelmente. Acho bom que não tenha sido gradativo. — murmurou, percebendo os olhos verdes mudarem o foco para os seus lábios, por meros segundos, antes de voltar aos olhos castanhos. — As coisas não acontecem como queremos, mais podemos tomar a direção para nos sentir no comando. — continuou, parecendo está um pouco mais perto que antes. — E nós vamos tomá-la juntos, Aisha. — ele pressupôs. A alusão ao futuro juntos, fez Aisha acordar para a realidade. Ela percebeu que ele não havia movido um músculo para se aproximar. “Foi co
Logo ela teve que ajudar a mãe a pôr a mesa. Quando tudo estava pronto Aaliyah foi avisar aqueles que estavam no escritório. Aisha sentia nervosismo, mas tentava esconder. Seu pai, Samuel e o Sheik se sentaram a mesa. Jammil preferiu ir para casa, segundo ele, acompanhar os filhos naquele momento. Khalil como bom observador não deixava passar nada, nem mesmo o aparente nervosismo de Aisha. Ela estava com a família mesmo assim não relaxava, aquilo não passou despercebido por ele. A comida foi bem apreciada por ele. A senhora Aaliyah, de fato cozinhava muito bem, parecia estar comendo algo preparado pelo melhor chefe de cozinha dos Emirados Árabes Unidos. A relação de toda família parecia pacífica. A mais velha estava perto da mãe de Aisha, ela não falava muito, parecia ter tomado um calmante de longa duração. Aaliyah era muito suave, Hamid, pulso firme quando queria, coração um tanto mole em relação aos filhos. E o menor, Samir, era muito esperto. Calado ele apenas observava, quando
Aisha não controlava seus pensamentos, sempre pensando em como seria fácil se não fosse desonroso. “Khalil mesmo poderia fazer-me este favor. Ele é homem, já fez isto muitas vezes.” — um arrepio correu por sua espinha. “O que eu estou pensando? Me entregar a ele de bandeja só para ser rejeitada pelo mesmo depois? A diferença seria pouca. Mas a desonra ainda seria da mesma.” — irritou-se consigo mesma. “Ele entenderia tudo. Outros poderiam pensar que o queria antes do casamento, por está ansiosa. Ai não! Isto não! — sentiu seu rosto esquentar, sua vergonha só dobraria. Já era noite. Todos haviam indo para seus quartos, Aisha estava no mesmo quarto que sua avó, antes era seu. A casa tinha apenas três quartos, a família não era grande, e os outros cômodos deveriam ser espaçosos. O sheik já havia feito uma reserva em um hotel assim que chegou, portanto, quando a noite caiu, ele, com seu assistente, foram se recolher no local antes escolhido. Ela não poderia ter ficado mais contente, p
Sempre bonito em qualquer roupa, ele usa o keffiyeh sobre a cabeça, (o pano que os homens usam sobre a cabeça, às vezes com um adorno -parecido com outro pano elástico circular, ou coisa parecida, por cima do primeiro pano para segura-lo no local, sem precisar amarrar o primeiro sozinho.) Vestia uma jaqueta que mais parecia couro, com botões discretos, por cima de uma camisa branca, uma calça escura e sapatos escuros.Ele parecia não querer chamar tanta atenção aquele dia, pois não andava com a roupa mais tradicional, o que era mais parecido com uma bata longa. Ela tinha que reconhecer, ele combinava com tudo e qualquer coisa.Aisha poderia dizer qualquer coisa, mas não podia mentir para si mesma... Se seu prometido fosse realmente alguém diferente do que demostrava a ela, e a todos com quem trabalhavam com ele, ela poderia facilmente cair em uma grande armadilha, a mesma que ela quis preparar para ele._________Dias se passaram. Aisha os achou extremamente chatos, o motivo, não havia
Durante a noite. O teto cheio de flores foi iluminado, uma visão maravilhosa para todas. A grande tela no quarto escondido foi descoberta, era basicamente uma sala de cinema. Aisha ficou ansiosa pela infinidade de coisas que poderia fazer. A hora de jantar sé aproximou, seu pai e noivo chegariam logo. Era o único momento que se veriam aquele dia e no dia seguinte, depois disto seguiam separados até o terceiro dia. A música foi abaixada, todas colocaram seus hijabes sobre as cabeças. As convidadas foram para outra sala para fazer seu desjejum, ficando apenas Aaliyah, Layla e Aisha na mesa principal. As portas se abriram, elas que estavam voltadas para a mesma, colocaram as mãos na frente do corpo, baixaram as cabeças, assim como curvara-se levemente seu corpo há aqueles que se aproximaram. Quando estes pararam na frente delas, elas voltaram a postura impecável e levantaram os olhos. — Seja bem-vindo Habib! — pronunciou sua mãe ao seu lado, falando com seu pai. Aisha quase suou, lem
Aisha não pôde fazer nada, seu único caminho era aceitar. As diversas mulheres que estavam presentes na sala tinham espantos evidentes, nenhuma queria passar pelo mesmo um dia antes do casamento, antes do dia especial. Poucas tinham caras de dúvidas e curiosidade, essas deviam estar pensando que a demora para a resposta da noiva era por não ser pura, essas não se importavam de verdade com ela. — Apenas não seria certo... — tentou sua mãe novamente, ao lado da filha como se a defendesse do mau evidente. — É o mais certo que há! — Mariam foi curta e grossa. Estava muito chateada por alguém mais nova a confrontar. Mesmo sendo a mãe da noiva. A única que poderia abrir a boca diante da senhora nada carismática era sua filha adotiva e nora, mulher de seu falecido filho. Mas esta não se encontrava em lugar algum. Aisha sabia bem que Layla não tinha culpa pela situação, pois nem ela pareceu ter conhecimento de que sua sogra compareceria ali. Antes de sumir ela pareceu assustada. Aisha con
Mariam bufou se recolhendo com a filha, ao qual ela tinha certeza que havia a dedurado. Quando ela havia si tornado tão complacente com a futura nora? Era sua curiosidade. Antes de sair pela porta sua mãe o lançou um olhar cheio de gratidão. Ela não queria que mais alguém passasse pela humilhação que ela havia passado antes do seu casamento com o seu amado, apesar de está no lugar de irmão na época. Apenas Khalil e Aisha permaneceram no quarto. — Não se preocupe comigo aqui. Ela já foi! — falou um pouco mais calmo. Seu próprio corpo relaxava lentamente, mesmo que o corpo dela ainda tremesse de leve, com pouca roupa contra o seu completamente vestido. Ele não sentiu nada além de compaixão por ela. Seria errado se aproveitar ou pensar, e ele sabia bem seus valores. Visou também o modo que ela havia acabado de ser violada e abusada, apesar de não ter sido levado até o fim, ainda sim, era uma violação. Assim como fora uma violação de seus princípios. Aisha retribuiu o abraço lentament
O resto do dia a fez esquecer dos minutos assustadores que havia passado antes. Assim proporcionando uma noite tranquila apesar da ansiedade que já a consumia. Antes era nervosismo, raiva, tristeza, agora Aisha só sentia ansiedade, por sentir-se segura, por vê-lo e pelo dia que estava chegando em poucas horas. Estaria ela começando a se apaixonar pelo Sheik? Aisha espantou o pensamento de ter sentimentos por ele. Ela estava convencida de que sentia a falta dele por está agradecida. Afinal, Khalil mesmo havia dito que não gostava de mulheres que corriam atrais dele, ela não seria uma, só iria o tratar bem quando estivessem no mesmo ambiente, deixaria os jogos para crianças. Daria o braço a torcer, já era hora. Desta vez ela não se sentiria triste, ou remorso por concordar com o contrato que ele havia preparado, ou mesmo dizer sim, a ele e pôr sua assinatura naquele papel. Voltou a fechar os olhos novamente na escuridão do quarto, retornando ao sono profundo. No dia seguinte ela ac