— Você planejou isso, não tente me surpreender. — disse seguro. Aisha não pode deixar de sorrir. — Como posso esconder algo de Habib? — ela brincou. — O que pensa em fazer? — Khalil perguntou, com os olhos estreitos. — Tenha um ótimo dia Habib! — desejou demostrando que ele não descobriria nada por ela. Aisha não sentia mais medo de Khalil, ela tinha respeito por ele assim como o mesmo, por isso podia omitir coisas leves. O sheik suspirou desistindo, não tinha tempo para insistir. — Saberei se algo acontecer! — avisou ele. Aisha respondeu calmamente o vendo se elevar. — Eu sei que sim. Khalil a fitou desconfiado. Se abaixou e beijou sua testa, já que ela havia deixado de usar lenço em casa por saber de seu gosto. Os gestos eram as palavras que ele não diria, ‘se cuide’. Khalil não era romântico, mas tinha seus momentos carinhosos. Mais tarde ela praticamente limpou todos da cozinha. A princípio todos ficaram alarmados, então ela explicou querer a cozinha apenas por alg
— Ual! Preciso de um pouco disso aí! — brincou Aisha. — Para quê? Não já tem um sheik inteirinho à seu dispor? — Samia viu a outra corar. Ela não podia negar, ele era intimidador, controlador, mas muito bonito. — Todos aqui já perceberam que você é quem dá a última palavra agora. Não sei como conseguiu mais posso dizer que foi um grande feito. Ele está caidinho por você! — Aisha estava com as bochechas coradas, mais quis retirar a atenção dela brincando. — Quer saber como eu fiz? — ela viu curiosidade brilhar nos olhos da outra. — Fiz uma rachadura no muro, depois fiz um furo bem grande para que ele relembrasse quem fez o estrago. Então fui pondo abaixo cada tijolo. — ela quis dizer que sua relação não foi fácil, custou tempo e trabalho. — E depois? — Samia havia intendido o recado e tentaria usar no desconhecido caso se dessem bem o suficiente. — Eu deixei a sujeira e ele limpou para conseguir atravessar e chegar até mim. — sorriu carinhosa. Ela já tinha as qualidades not
— Eu aceitei um encontro e agora estou uma pilha de nervos. – suas palavras quase causam um acidente a eles mesmos. Ele freou no mesmo instante que ouviu as palavras. — Ei, eu ainda quero estar viva. — ela colocou a mão por cima do peito. — Um encontro? Com quem? — ele não conseguiu raciocinar direito e soltou rapidamente suas perguntas. — Ainda não conheço. Mais Layla diz ser um belo partido. — ela falou inocentemente, se recuperou do susto segundos depois. Ele encostou o carro no primeiro acostamento que encontrou. Ela não disse nada mais estava confusa. Ele não conseguiria dirigir se algo o perturbava. — O quê? — a confusão dela era evidente. — Quando será isso? — ele perguntou tentando pensar direito. — Amanhã a noite?! — respondeu ainda confusa. — A noite? — ele a irritou com tantas perguntas sobre um assunto que até então não era seu. — É! A noite! Qual o problema? — ela o encarou. — Posso pedir algo? — ele sentia que enlouqueceria a qualquer momento. Ela e
— Eu não o fiz antes por que achei que teríamos mais tempo. De nos conhecermos melhor, de iniciarmos algo gradualmente, para não assustá-la. — ela devia ter feito cara de descrença sem notar por que ele se acomodou mais ao banco e se explicou. — Eu assustei você hoje, eu sei e peço desculpas por isso. Não pelo beijo, eu o quis. Sei que invadi sua privacidade, quebrei as suas regras e pulei os princípios, mais eu não podia deixar que outro namorasse você quando também tenho esta intenção… — ela escutava cada palavra atentamente. — Confesso que precisei de um empurrão como este para perceber que te perderia se não fizesse nada a respeito, e a minha intenção não é perder você, é ganhar. Então se quiser me dá um tapa por isso eu não reclamarei, está no seu direito. — ele mau terminou de falar e ganhou um tapa, não foi forte, ela parecia ter medo de machucá-lo, mas então veio outro do lado que faltava. Ele fez careta pela surpresa de ter recebido dois, ela o olhava mais aliviada. “C
Ambas tinham suas diferenças, Samia levava a tradição antiga em conta, a irmã fazia o máximo que podia para não cobrir os cabelos, entrava em um estabelecimento fechado já retirava. Não era errado, mais algumas pessoas ainda se incomodavam com tal ação. O Emirado vizinho, Dubai, que havia liberado mais seus habitantes, mais Abu Dhabi ainda era um pouco rígido quanto aos costumes. Seus pretendentes não pareciam se incomodar, talvez este fosse o motivo de Samoa ter demorado tanto arranjar um. No entanto, ela não faria diferente, pelo menos não até se casar. Elas jantaram em silêncio apesar da mais velha a olhar vez ou outra desconfiada, ela achava que Samia carregava outra colher grande do seu lado em baixo da mesa, pois quando ela chegou a mais nova já estava ali, por isso passava os olhos em sua direção. — Não quer se deitar para ver melhor? — Samia perguntou calmamente. Apenas se deitando daria para ver o que havia embaixo da mesa. Sua calma só assustou ainda mais a outra, era c
Aisha ficou sem ar em pouco tempo, mais ele não parou, apenas mudou de lugar, segurou de leve seus cabelos e expôs seu pescoço o beijando e marcando. Quando ela estava entregue, ele se afastou. Ela respirava com dificuldade, o que lhe rendeu um sorriso cheio de malícia. — Aprendeu? — arqueou uma sobrancelha ao qual deixou retornar para o lugar rapidamente, foi sugestivo. Aisha semicerrou os olhos para ele, o vendo se afastar com o sorriso cafajeste nos lábios. “Você me paga quando seu filho ou filha nascer!” – prometeu o vendo entrar no banheiro. Ela tinha uma lista enorme em sua mente de coisas que iria fazer sem precisar se preocupar com ninguém, a não ser o próprio sheik que deveria se cuidar. Aquela noite ela deixou passar, fingiu estar tudo bem, mais ele não sabia de uma coisa, uma mulher guarda muitas coisas e futuramente desconta, quando menos se espera. (...) No dia seguinte Samia acordou um pouco mais tarde que o habitual, para seu azar Samuel era pontual. Ela pulou
Ele fez o que ela pediu sentindo seu interior agitado, tudo havia sido tão rápido. Ele havia sonhado com o beijo por não conseguir esquecer o quanto fora especial para ele e agora seria pior, havia tido a melhor visão que poderia ter, além da melhor sensação quando seu corpo estava preso ao dele. Assim como posse, era o que o seu soberano gostava e agora ele entendia o porquê. Ele encontra a pomada onde ela havia dito, por mais que fosse estranho um kit exatamente na cozinha ele ainda agradeceu por existir. Se dirigiu a ela que estava quieta no mesmo lugar. Só ele sabia o quanto estava mexido por dentro, ela era ainda mais bela de frente, seus cabelos eram maravilhosos, seu rosto jovial não se comparava a imagem que ele achou ser perfeita dela com ele quase escondido por um lenço. A roupa a deixava muito fofa, ele desejou ter aquela imagem para si diariamente. Quis passar a pomada em sua pele irritada, mas ela não parecia esperar por mais um toque tão íntimo como aquele. Entregou-l
— Agradeço pela gentileza. — Aisha apenas acenou com um sorriso suave nos lábios. Aisha esvaziou a caixa com a ajuda de Layla que colocou a caixa no chão para não atrapalhar sua seleção. Ambas olharam para as paredes claras sem nenhum enfeite. Aisha varreu seu olhar pelos quadros e selecionou um dos maiores. O carregou até a parede do fundo e o pôs pendurado no prego que havia colocado mais cedo, ela havia marcado os lugares que queria. Era uma paisagem que representava o país -eram dunas enormes em um céu noturno e estrelado. — Tem mais um desses? — Layla perguntou. — Tem, está aí! — Aisha respondeu enquanto corrigia o quadro na parede, estava um pouco inclinado. — Quem sabe o outro não fique melhor na visão das escadas? — Layla deu ideia chamando atenção da outra. Ela gostou da sugestão, logo ambas iriam dá mais cores a casa, Layla não o fez por Mariam acreditar que era uma perda de tempo, agora a sogra era ela e a nora carregava os mesmos gostos que ela. Ambas se divertir