Bella
Papai enlouqueceu de vez, acha que ele quer se livrar de nós, ou deve essas pessoas e está nos usando como moeda de troca.
- Gleice e agora o que faremos? Quando seu noivo volta?
Gleice- Daqui uma semana, e Bela eu também estou com medo mas não posso permitir que outras pessoas traçam meu caminho, morrerei lutando se necessário.Naquela noite eu mal consegui dormir pensando o que será de mim, e a cada dia eu pego mais ranço de Victor Hugo, até o seu nome me causa revolta, e já sei que papai não vai me ouvir é preciso aprender a me cuidar sozinha.
Na manhã seguinte escutei o sr Elton saindo antes mesmo do café, eu um enjoo se formou não acredito que estou passando por isso. É comum casamentos arranjados em nosso meio, sempre teve seus problemas mas nada sério, hoje em dia ouvimos falar de maridos que matam as esposas para se casar com as mais jovens. As histórias que eu conheço não me encoraja a dar um passo tão grande.Gleice se mostrava forte a todo instante mas eu sabia que ela rezava e chorava para tudo dar certo, eu sempre fui otimista mas ultimamente as esperanças está se esgotando.Fui trabalhar e acabei de entregar minhas encomendas, andei pela estrada afora rumo a Colina, era muito bonita as árvores formavam um arco, em algumas havia flores em outras frutas silvestres, o sol passava pelas frestas do topo das àrvores, a imagem era linda para se eternizar em memórias. Me sentei em uma pedra no meio do argusto próximo à estrada, porém invisível para olhares que não sabem apreciar uma imagem dessas. Se é perigoso? é , mas eu sei correr bem e outra eu preciso ter um momento e tranquilidade. Olhando a natureza, os pássaros, a liberdade deles, viajei em um mundo diferente do que vivo. Fui despertada com grito e barulho de galhos sendo quebrados, era dia ainda não imaginei que o monstro da Colina atacaria em plena luz do dia. Encolhida em meio ao arbusto controlando a respiração para não dar um surto por alguns minutos que mais parecia horas eu fiquei agachada, nada se eu via, quando pensei 'eu vou embora a barra deve estar limpa' escutei um grito.- Não !!!! por favor, Clemência!!!E depois bum... bum.. eu conhecia aquele som, era de tiro, um monstro não precisa de arma.Ouvi barulho de Galhos parecia que arrastava algo ou melhor alguém, "meu Deus sou testemunha de um assassinato agora sou um alvo, Se bem que ele não me viu" mas meu pequeno corpo estava cansado dessa posição. Esperei pacientemente, não ouvi mais barulho espiei pela fresta do arbusto, e não vi nada, por precaução esperei mais um pouco, antes de sair de meu esconderijo, já estava escurecendo em passos rápidos segui meu caminho, pude ouvir um gemido, o certo era correr rápido para casa, mas minha curiosidade me fez olhar quem era, e me surpreendi vendo amigo de Vitor, tão nojento quanto ele, sangrava como um porco, a imagem era assustadora havia muito sangue em suas calças e na barriga, seu olhar veio de encontro ao meu, aquela imagem ficaria em minha memória.Cheguei em casa ofegante, preocupada E se alguém me viu? A visto Gleice que bordava uma toalhinha escrito."ÓDIO."Gleice- O que foi Bela ?você está branca.
- Eu vi o monstro da Colina, ou melhor ouvir .Contei toda a história, e ao contrário do que pensei Gleice achou hilária.
Gleice - Não acredito que você viu um homem morto é aquele desgraçado que arruinou a vida de Maria Isabel não é?
- Como você sabe ? a olhei desconfiada.Gleice- Uai e você não disse que o homem estava irreconhecível cheio de sangue.- Não mude de assuntoGleice- Vamos falar de algo sério agora eu preciso voltar ao bar e me encontrar com Heitor- Está louca? eu quase morri e você quase foi pega, eu sou muito nova para morrer assim, se controle no momento certo ele virá te encontrar, talvez quando for anunciado o casamento ele irá vir ao nosso encontro, eu também quero fugir daqui, mas agora eu sei que até de dia corremos perigo passando pela Colina sozinhas, me escute apenas uma vez, se ele não entrar em contato, eu deixo você atrás dele.
Gleice - Desde quando você deixa ou deixa de deixar, eu sou mais a velha pirralha.Revirei os olhos, quando menor sempre me chamava assim, Gleice sempre foi forte, temperamento esse que deixava mamãe de cabelo em pé, e papai nervoso. Eu acho que em outra vida Gleice era homem kkk..
Fomos dormir, amanhã será um novo dia.⭐⭐⭐ não esquecem de votar isso me incentiva Beijinhos e até a próxima.
BellaEu corria desesperada meus cabelos estavam um ninho, os galhos me arranhavam deixando filetes de sangue, quanto mais eu corria mais perto os barulhos ficavam, adrenalina estava a mil, o suor escorria por todo meu corpo, à exaustão estava me tomando, ouvi um cavalo relinchar, olhei para trás e tropecei em um galho grosso de árvore, meu joelho sangrava, por um segundo a dor me fez esquecer o motivo da correria, mas o motivo me alcançou, um Homem alto e forte de Capa Preta e máscara me olhava e apontava uma arma.- Por favor não me mate!- Você está em terras proibidas, senhorita.Uma voz grossa com autoridade me falava, parecia já ter ouvido antes , mas não ligava a pessoa. Ele me olhava intensamente como se lesse a minha mente, meu íntimo.- Sinto muito.Seu olhar foi através da máscara, parecia que sentia mesmo, mas ainda assim não foi suficiente para impedir
BellaEu cochilei e acordei com barulho da janela e uma pessoa passando por ela, eu gritei muito alto até que Gleice tirou o capuz a revelando, mas já era tarde, eu já havia gritado. Pude ouvir os passos de papai, e sem tempo Gleice desatou o nó da capa a deixando no chão, ela se deitou e cobriu, no minuto seguinte papai entrou todo desesperado com sua espingarda, o me que fez outro son sair da minha boca automática no susto.Elton- O que está acontecendo aqui?- Desculpa foi apenas um pesadelo.Elton- Não é possível que Gleice ainda dorme.A olhou espantado, desacreditado, graça aos céus Gleice como uma boa atriz se remexeu na cama.Gleice- Ah pai, essa menina me acorda desde que nasceu, meu corpo já está acostumado com Bella me perturbandoElton- E essa capa no chão, por que a janela está aberta.?Gleice- ah sei lá, Bela estendeu isso aí na janela no sol da tarde, e o
BellaAcordei ansiosa, hoje seria meu último dia em casa eu comecei a passar mal diarreia, vômito, chorei muito, às vezes ria de mim mesmo imaginando cenários impossíveis, eu acho que estava surtando.Durante o café da manhã papai percebeu meu nervosismo.Elton- Tudo bem Bella? você está nervosa?! depois de amanhã você estará tomando café com seu marido, sonhando em construir sua família, Nossa eu me lembro quando você nasceu... foi a nossa alegria, sua mãe estaria orgulhosa de você agora.Gleici descia as escadas ouvindo conversa com sorriso debochado estampado no rosto.Gleice- Se minha mãe estivesse viva ela não permitiria que o Senhor nos obrigasse a tamanha tolice.Elton- Eu não vou discutir hoje, quero curtir minhas meninas, saiba que eu não queria perder vocês para uns marmanjos, mas se eu morrer amanhã, saberei que vocês terão alguém que possa cuidarde vocês quando eu não estiver
Bella...homens corendo ao meu encontro e nem sinal de Gleice.Olhei no arbusto e não havia nada, minha sacola de roupa havia sumido, corri desesperada em mata fechada meus braços arranhavam com os galhos eu não via nada, nenhuma trilha ou algo que me indicasse o caminho a uma videira, nem sei que árvore é essa.Quando parei para tomar fôlego e olhar ao redor de vi perdida meus braços com filetes de sangue, ouvi homens gritando meu nome de longe, o mato estava alto de repente lembrei-me e poderia ter cobras fui mais adiante caminhando e olhando ao redor para ver se via algum sinal de Gleice meu cabelo estava desgrenhado, meu vestido sujo, algo chamou minha atenção um barulho de cavalo no mesmo instante lembrei-me do meu sonho e um pavor me tomou.Tudo bem, no meu sonho eu corria desesperada e um homem me achava e ameaçava e eu sempre acordava, é preciso manter a calma e pensar, b
BellaMeu subconsciente me avisava que estava em movimento, escutava o barulho de cavalo, mas meus olhos não obedeciam, fui carregada como um saco de batata e colocada em um lugar fedido e de superfície dura, escutei barulhos estranhos, o medo já era menor estava era com raiva da ousadia desse infeliz.Aos poucos fui despertando e tendo controle de mim mesmo, quando enfim enxerguei nítido, tive o deslumbre de ver um rato na cela, eu gritei muito,.. muito alto, acho até que o rato se assustou comigo, realmente isso não é um sonho, olhei em volta estava em uma cela escura sendo iluminada apenas por uma tocha de fogo fora dela, a raiva passou dando lugar ao desespero, havião correntes penduradas que se moviam me causando arrepios.E agora o que será de mim?O monstro me capturou! uma crise de choro me tomou me encoli chorei baixinho, se eu tivesse me casado talvez seria menos pior, e agora morrer
BellaAcordei com a porta rangendo, a dor de estômago permanecia ali, já tinha aceitado a morte por inanição, não conseguia me levantar para olhar, e nem queria.***- Boa garota, saiba que eu investiguei, você disse a verdade, como foi honesta comigo lhe darei um fim merecido.Ele pôs outra jarra de água e um pão enrolado no guardanapo no mesmo instante eu ataque a água com gosto estranho e mordi o pão.- Você irá me matar envenenada ótimo terei descanso.Ele nada disse apenas me observava.- Antes de morrer posso ver seu rosto? apenas vejo seus olhos frios como gelo.* na carroça que se debatia**- Não pode, tenha por satisfeita o fim e terá.Terminei minha última refeição, prendi o meu cabelo, e me deitei, esperei por ela a
Bella -A senhora falou com seu patrão?..Graça- Falei, disse que você era uma sobrinha que perdeu a mãe e tinha um pai severo e veio me pedir abrigo, e não pude negar, que eu precisava de alguém para te ajudar com serviços de casa, afinal já sou uma velha.- Não fale isso dona Graça, a senhora está enxuta.Rimos, depois de muito tempo sem saber o que é sorrir, durante um tempo meu único sentimento era medo, pavor, desespero e fome. O que me fez lembrar de Gleice, será que ela teve mais sorte do que eu ? será que o conde de Pensilvânia a encontrou? ele parecia obcecado por ela. Uma lágrima rolou pelo meu rosto a Saudade bateu a preocupação, abracei dona Graça que me acolheu.Graça- Não chore querida, vai ficar tudo bem.- Sinto saudade de tempos que não podem voltar, a senhora lembra minha mãe, ela sempre via o lado bom das coisas, eu tinha herdado isso dela mas depois do en
BellaDepois daquele dia eu evitava até de olhar para os lados, tinha medo e ver Miguel com seus olhos de vidente me decifrando, conseguia me sentir incomodada até mesmo quando Graça estava presente no mesmo ambiente, por mais que eu tenho percebido que o relacionamento deles iam além de empregada e patrão, pois havia um certo carinho e respeito principalmente da parte dele por ela. Mas eu sentia que toda aquela pose de assustador e mal escondia uma ferida grande.A semana passou tranquila, era rara às vezes em que eu via o patrão e preferi assim, porém as poucas vezes que nossos olhares se encontraram era mesma coisa. uma rede elétrica passava por mim era o medo e eu não sei me expressar... curiosidade ?. Era de tarde e preparava um pão doce a pedido de dona Graça, enquanto ela costuravam vestido muito lindo com com bordados um do qual eu nunca teria condições de ter. Com pão quentinho e açúcar cristal por cima quem visse p