Bella
Meu subconsciente me avisava que estava em movimento, escutava o barulho de cavalo, mas meus olhos não obedeciam, fui carregada como um saco de batata e colocada em um lugar fedido e de superfície dura, escutei barulhos estranhos, o medo já era menor estava era com raiva da ousadia desse infeliz.
Aos poucos fui despertando e tendo controle de mim mesmo, quando enfim enxerguei nítido, tive o deslumbre de ver um rato na cela, eu gritei muito,.. muito alto, acho até que o rato se assustou comigo, realmente isso não é um sonho, olhei em volta estava em uma cela escura sendo iluminada apenas por uma tocha de fogo fora dela, a raiva passou dando lugar ao desespero, havião correntes penduradas que se moviam me causando arrepios.
E agora o que será de mim?
O monstro me capturou! uma crise de choro me tomou me encoli chorei baixinho, se eu tivesse me casado talvez seria menos pior, e agora morrer
BellaAcordei com a porta rangendo, a dor de estômago permanecia ali, já tinha aceitado a morte por inanição, não conseguia me levantar para olhar, e nem queria.***- Boa garota, saiba que eu investiguei, você disse a verdade, como foi honesta comigo lhe darei um fim merecido.Ele pôs outra jarra de água e um pão enrolado no guardanapo no mesmo instante eu ataque a água com gosto estranho e mordi o pão.- Você irá me matar envenenada ótimo terei descanso.Ele nada disse apenas me observava.- Antes de morrer posso ver seu rosto? apenas vejo seus olhos frios como gelo.* na carroça que se debatia**- Não pode, tenha por satisfeita o fim e terá.Terminei minha última refeição, prendi o meu cabelo, e me deitei, esperei por ela a
Bella -A senhora falou com seu patrão?..Graça- Falei, disse que você era uma sobrinha que perdeu a mãe e tinha um pai severo e veio me pedir abrigo, e não pude negar, que eu precisava de alguém para te ajudar com serviços de casa, afinal já sou uma velha.- Não fale isso dona Graça, a senhora está enxuta.Rimos, depois de muito tempo sem saber o que é sorrir, durante um tempo meu único sentimento era medo, pavor, desespero e fome. O que me fez lembrar de Gleice, será que ela teve mais sorte do que eu ? será que o conde de Pensilvânia a encontrou? ele parecia obcecado por ela. Uma lágrima rolou pelo meu rosto a Saudade bateu a preocupação, abracei dona Graça que me acolheu.Graça- Não chore querida, vai ficar tudo bem.- Sinto saudade de tempos que não podem voltar, a senhora lembra minha mãe, ela sempre via o lado bom das coisas, eu tinha herdado isso dela mas depois do en
BellaDepois daquele dia eu evitava até de olhar para os lados, tinha medo e ver Miguel com seus olhos de vidente me decifrando, conseguia me sentir incomodada até mesmo quando Graça estava presente no mesmo ambiente, por mais que eu tenho percebido que o relacionamento deles iam além de empregada e patrão, pois havia um certo carinho e respeito principalmente da parte dele por ela. Mas eu sentia que toda aquela pose de assustador e mal escondia uma ferida grande.A semana passou tranquila, era rara às vezes em que eu via o patrão e preferi assim, porém as poucas vezes que nossos olhares se encontraram era mesma coisa. uma rede elétrica passava por mim era o medo e eu não sei me expressar... curiosidade ?. Era de tarde e preparava um pão doce a pedido de dona Graça, enquanto ela costuravam vestido muito lindo com com bordados um do qual eu nunca teria condições de ter. Com pão quentinho e açúcar cristal por cima quem visse p
BellaTudo o que aconteceu no escritório cada palavra, olhar, passava repetidamente em minha memória. Será que o sussurro eu ouvi mesmo, ou é fruto da minha imaginação ? Depois da conversa estranha eu me sentia um pouco mais à vontade por saber que tive a sua permissão para trabalhar aqui e ainda receber por isso, sua presença não me incomoda como antes mas ainda sim.O vestido que ganhei de dona Graça era perfeito não teria nem ocasião para usa-lo.Hoje pela manhã eu soube que dona Graça e seu José iriam a cidade para as compras, seria a primeira vez que ficaria sozinha em casa com Miguel, apesar de não trocarmos muitas palavras eu sentia uma química, algo nunca sentido antes.Dona Graça deixou instruções do que fazer, depois de tudo pronto faltava apenas o quarto do patrão, e o almoço. Subir com os material de limpeza, a porta estava entre aberta, com cuidado abrir ele não estava provavelmente deve estar no escritório. Havia
BELLAO tempo em que estou aqui o ambiente tem melhorado, não troco muitas palavras com Miguel mas o clima já não é tão pesado. Depois daquele dia que minha cara queimou de vergonha eu o encontrei raras vezes, ele sempre com semblante fechado parecia que algo o preocupava. Naquele mesmo dia à tarde eu ganhei alguns vestidos coloridos, que pode se dizer ser caro mas não foi descontado do meu salário, eu parecia uma criança feliz por ter ganhado um doce, às vezes eu me lembrava de Gleice, como será que ela está? Será que ela conseguiu chegar no seu destino? a saudade sempre me lembrava que eu estava sozinha.Eu não pensei nessa possibilidade, não planejei se algo desse tipo acontecesse. O pior é que eu nem sei onde estou, como Gleice saberia.Passaram-se algumas semanas e eu me senti fazendo parte
Bela.Não sei quando, mas eu cochilei, acordei ainda escuro, não se ouvia nada. Me despedi da lua cheia,e esperei pacientemente pelo sol da Manhã. Me levantei fiz minha higiene matinal,me troquei e me deitei de novo, eu estava exausta, meu corpo não desligava parece que a qualquer momento eu ouviria o grito do sonho, como se tudo fosse real. Por um momento me perdi em pensamentos e só voltei com susto, uma batida na porta, como se minha alma voltasse para o corpo demorei para me levantar e atender a porta. Graça estava estranha me chamou para o desjejum onde só estava o casal de senhores e eu na mesa, o silêncio reinava e pude perceber que o clima estava estranho, percebendo o meu estado de uma noite mal dormida dona Graça se pronunciou.Graça- Querida vejo que não dormiu bem hoje você pode limpar só os quarto irei te dispensar mais cedo hoje.É claro que eu não neguei estava exausta, e o que se passava em mi
BELLAPassou o que parecia horas, achei que nem jantaria naquela tarde, mas Graça veio e bateu em minha porta dizendo:Graça- O jantar está pronto, te apresses antes que escureça.Ela sai sem esperar por minhas respostas, "Será que estava brava comigo? mas porque ninguém me viu no quarto eu não mexi nada deixei tudo como estava." Fui para sala de jantar como se nada tivesse acontecido, o clima parecia normal o jantar estava ótimo uma delícia como sempre eu apenas observava o ambiente eles conversavam entre eles sobre as cidades, queria perguntar sobre Miguel já que a discussão de horas atrás parecia não existido.Após o jantar enquanto lavamos as louças perguntei sobre Miguel, "afinal para ela fazia dois dias que eu não o via".Graça- Ele está nervoso sempre nessa ép
BELLAAcordei disposta a tomar um rumo pra minha vida, juntaria todo dinheiro necessário para alugar uma pensão na cidade vizinha, e arrumar um emprego quem sabe mais para frente não consigo pagar um detetive para encontrar minha irmã. Talvez até encontre um Homem leal para dividir meus sonhos e apresentar para papai. Isso são apenas sonhos, ou melhor meta para minha vida.Sair do quarto antes de dona Graça me chamar e fui para cozinha encontrando-a cuando café, me sentei na mesa olhando a paisagem da janela, o sol estava nascendo dando luz a escuridão da noite... me assustei perdida em minha reflexão, com grito de dona Graça e o copo se quebrando, espalhando pelo chão.Graça- Que susto menina, achei que fosse uma assombração.- Eu também assustei, estava pensando... viajando e voltei das nuvens caindo