Káiros:
Olho para a garota desacordada no chão, suas mãos estavam sujas de sangue, percorro o seu corpo olhando até a sua cabeça percebendo de onde vinha o sangue, pego o meu celular e faço uma ligação, olhei mais uma vez para ela e saio, havia acabado de chegar no país, quando fui enformado do traidor, Luciano Santos, nem tive tempo de trocar de roupas, mesmo seguindo a cultura do meu país, não uso essa vestimenta aqui, acabei me acostumando com os ternos sobre medidas e não via a hora de me livrar dessa túnica, caminhei passando pelo Douglas e falo.
— Mantenha ela no quarto! Ele falou autoritário, saindo sem olhar para trás.
Beatriz:
Acordo dolorida olhando o quarto que estava e me sinto decepcionada, queria que tudo não tivesse passado de um grande pesadelo, mas a realidade era outra, realmente estou nas mãos desses bandidos, me levanto dolorida sentindo ainda dor na cabeça, passo a mão e sinto um curativo envolta dá minha cabeça, meu coração gela, olho para minhas roupas e percebo que foram trocadas, por roupas novas, um vestido longo azul com detalhes de pedra na frende, percebo que o vestido não era feio, mas era totalmente diferente das roupas que costumava vestir, me levanto para olhar o quarto ou se isso poderia ser chamado de quarto mesmo, ele era equivalente a minha casa toda, sua decoração moderna e requintada, porque eles me mantinham em um quarto tão luxuoso, não era uma refém.
Começo a caminhar olhando tudo, vou até o closet e ao abri percebo ter muitas roupas masculinas e um frio percorre meu corpo, esse quarto é de alguém, e pior de um homem, será que era daquele monstro que eles chamaram de chefe, lembro de suas palavras frias falando que acabara com toda a minha família e me sinto angustiada, meus olhos começam a lacrimejar, penso na Ana e na mamãe, não aguento e começo a chorar descontrolada soluçando e sentindo uma dor no peito, a minha única esperança era que mamãe e a Ana estivessem seguras.
Me agacho abraçando meu próprio corpo trêmula com os olhos vermelhos de tanto chorar, agora só pensava no meu pai e como ele teve coragem de se envolver com esses tipos de pessoas, nunca imaginei que esse dinheiro que ele estava ganhando era sujo e imundo de pessoas malvadas, sem coração.
Fico um bom tempo assim nessa posição como fosse para me proteger, então a porta é aberta e olhei amedrontada esperando o pior, mas foi uma senhora de meia-idade que entrou trazendo alguma coisa para comer pelo cheiro que inundava o quarto, realmente estava com fome, mas não queria comer nada que fosse dessas pessoas, precisava fugir e poderia aproveitar e render essa senhora, me levanto com essa ideia na cabeça de usá-la, então olho para a porta e observo os mesmos seguranças guardando a porta, me sinto pior, a senhora se aproxima me olhando.
— Com licença, a senhora está se sentindo melhor? O senhor Káiros mandou eu cuidar bem da senhora, por isso a troquei e limpei o seu ferimento, o medicamento que usei logo ficara melhor, agora precisa se alimentar.
Ela falou colocando a comida na mesa me olhando preocupada, percebendo meus olhos vermelhos.
Não respondo e caminho até a cama pensativa, então esse era o nome daquele demônio, Káiros, fiquei repetindo em minha mente.
— Senhora, venha comer se não irá esfriar.
— Pode levar de volta, não planejo comer nada que venha daquele demônio, falei gritando e ela me olhou assustada, ela não me olhava nos olhos, se mantendo distante, suas vestimentas tinha semelhança com as deles e vejo que provavelmente era do mesmo país, minha raiva só aumentava — saia daqui! Gritei para ela que correu saindo me deixando sozinha de novo.
Olho para o prato na mesa, o cheirinho de comida fresca mexia comigo, a fome era muita, não sabia a quanto tempo estava ali, acho que havia provavelmente passado muito tempo, então penso na mamãe e na Aninha, elas deveriam estar super preocupadas comigo, me jogo na cama tentando abafar a dor que sentia no peito, começo a pedir a Deus que as proteja, mesmo que tenha que trocar a minha vida pela segurança delas, eu faria de tudo para vê-las seguras.
Káiros:
Estou no escritório resolvendo alguns assuntos e o Felipe me informou que o desgraçado sumiu do mapa, minha raiva só aumentava e queria descontar em alguém, mesmo que o plano deles tenha falhado, eu jurei que puniria todos, tenho que mostrar o que acontece com eles quando me traem, não sou de ter misericórdia, a quela vadia da filha dele irá ser a primeira a pagar pelos pecados do seu pai, também já localizei a sua mãe e a sua irmãzinha, estou mantendo elas presas em um de meus galpões, estou pensando o que vou fazer com elas, como elas não terão nenhuma utilidade, pretendo mantê-las lá até encontrar o desgraçado.
— Droga! Felipe, quero que encontre, nem que tenha que vasculhar cada canto da face da terra, eu quero aquele maldito! Falei frio, ele sabe que nunca tenho misericórdia com os meus inimigos, por isso cheguei onde estou hoje.
— Káiros, o que cogita fazer com a filha do traidor, pelas fotos, vi ser muito bonita, seria um desperdício matá-la, não acha? Ele falou interessado na garota.
O Káiros olhou para seu amigo de anos, eles se conheceram em sua terra natal, o Káiros já estava no comando da Máfia, que foi passada pelo seu avô, o pai do seu pai, ele nunca envolveu sua família, e nem eles sabem que existe, eles já são muito rico, em seu país eles são considerados umas das famílias mais ricas do país, e sua família não via a hora dele se casar, claro que o seu pai havia escolhido sua noiva, uma bela jovem criada sobre os costumes rígidos, por isso ele tinha ido visitá-los, ele não tinha muita opção a não ser se casar, mas gostava de poder e queria seguir o legado do seu avô que passou anos liderando a máfia Meirelles sem nunca ninguém de seus familiares descobrirem, principalmente as suas esposas já que ele possuía quatro esposas.
Ele lembrava como se fosse hoje, o seu avô mesmo morrendo lhe contou sobre todos os esquemas e os seus aliados, também fez ele jurar que continuaria mantendo o legado, o seu avô nunca contou para o seu filho o pai do Káiros, porque sabia que o senhor Said, não, era alguém que pudesse liderá-la, mas o seu neto, sim, ele via o Káiros como seu clone, o mesmo jeito determinado e frio, sabia que para isso precisava de alguém forte e com garra, por isso quando ele nasceu foi o seu avô que escolheu esse nome Káiros, um nome diferente e estrangeiro, mas que era de alguém que ele tinha como irmão e foi morto pelo seu pior inimigo o Derek Bartolomeu da máfia brasileira.
Foi por isso que ele veio para o Brasil há 5 anos, para se vingar do inimigo do seu avô, por isso ódio pelo senhor Luciano Santos, só aumentava, ele foi aceito a alguns meses pelos seus homens de confiança, mas o dinheiro subiu sua cabeça e começou a passar algumas informações das operações, se não fosse pelo Felipe, teríamos perdido boa parte das mercadorias.
Ele que me aguarde, estamos na cola dos homens do Derek, eles podem até possuir mais território, mas eu que possuo mais riquezas e logo irei derrubá-lo do seu império.
— Káiros… o que planeja fazer com a garota? Ele falou percebendo o quanto o seu amigo estava pensativo.
— Ela irá pagar pelo seu pai! Falei frio, lembrando quando eles me mandaram as fotos da filha do traidor, me sentir na obrigação de fazê-la sofrer pelos pecados do seu pai — pode deixar Felipe, vou me divertir um pouco com ela, quero vê-la implorar, quando estiver satisfeito, farei dela uma prostituta em nossos casinos.
O Felipe ficou satisfeito, ele não via a hora de botar as mãos naquela belezura, sabia que o Káiros não costumava forçar nenhuma mulher a servi-lo na cama, então imaginava que ele só queria vê-la sofrer de medo e implorar por misericórdia, mas o Felipe era diferente, poderia fazer isso com muito gosto, treiná-la para servir os homens seria a melhor parte.
Káiros:Após ter uma reunião super cansativa, meus pais me ligaram para saber como chequei e me enformar que logo terei que comparecer para conhecer minha noiva, não era o que queria me casa agora, mas terei que aceitar já que não devo desobedecer ao meu pai, nossa religião presar muito o respeito e obediência dos filhos, com isso tudo me perturbando, subo para tomar um banho, passo pelos meus seguranças e entro em meus aposentos olhando tudo e paro na cama, a garota dormia profundamente, também constato que a comida que mandei servi não foi tocada, pois bem se ela que morre de fome, então que morra! Pego algumas vestimentas e vou tomar banho, após o banho e já vestido com uma túnica, me aproximo da cama a olhando frio.— Acorde! E saia da minha cama, falei frio olhando para ela.Beatriz:Escuto uma voz grossa e assustadora em um tom frio, vou despertando e olhando para o homem, que estava parado na minha frente, seus olhos frios e sua expressão de nojo, ele não estava mais usando aqu
Beatriz:Visto o uniforme preto e branco, coloco o avental e por último amarro o cabelo em um coque, não quero chamar a atenção, quando estou pronta escuto alguém batendo na porta e falo.— Estou indo.Saio olhando uma mulher que me entregou o uniforme com as mãos na cintura me encarando com raiva.— Você acha que terá o dia todo para se arrumar, vamos, quero mostrar o que fará a parti de hoje, todos os dias terá que estar as 6:00 da manhã e não aceito que se atrase, está entendendo? Ela falou a olhando dos pés à cabeça.Ela me olhava de um jeito que isso me deixava em alerta, essa mulher não gosta de mim, confirmo ela com a cabeça.— Então vamos, minha filha, não tenho o dia todo. Ela falou saindo do quarto.Saio atrás dela, olhando a entrada do quarto e os seguranças não estavam mais ali, vou olhando tudo e descobrindo o quanto esse homem deveria ser rico, a sua mansão era linda, com uma arquitetura moderna, a decoração de cada ambiente luxuosa, quando chego a cozinha, paro olhando
Káiros:Percebi que ela acordou e saiu com muito cuidado para não me acordar, resolvi observar o que ela pretendia fazer, fingi que continuava adormi, enquanto ela entrava no banheiro, percebo que ela estava demorando e resolvo ir até lá, caminho sem fazer barulho e adentro no banheiro, ele era muito grande, possuía uma banheira bem generosa, com luxuosos acabamentos em ouro e prata, gostamos muito de mostrar para todos o quanto somos ricos, olho procurando-a, então me deparo com ela em sua roupa íntima que revelava mais do que deveria do seu corpo, observo suas longas pernas majestosas e sexy, sua pele clara sendo revelado com esse pouco tecido de cetim que a cobria, fazendo ele se sentir com raiva, algo que não sabia ao certo porque estava sentindo, olho o seu corpo delicado com suas curvas generosas e sexy a ponto de me deixar excitado, a raiva me consome e falo frio para ela, a deixando assustada.— O que faz aí parada?Ela gritou pelo susto e ele a observou atentamente, ela parec
Beatriz:Após chorar muito, voltei para fazer o meu trabalho, então a senhora Camila, veio e me mandou parar o que estava fazendo e subi, fico sem intender e faço o que ela mandou, deixando a cozinheira brava por saber que terá mais trabalho.Subo para o quarto olhando alguns vestidos em cima da cama, me aproximo para admirá-los, era um mais bonito que o outro, as cores também eram vibrantes e dava para ver que não se tratava de qualquer roupa, mas sim de uma marca muito cara e limitada.— Vai ficar aí parada, vamos, tem que estar pronta antes das 19:00, o senhor não aceita atrasos, vamos, garota! Entre no banheiro e vá tomar um banho, ela falava batendo palmas apressando-a.Tomo um susto com ela falando, fico surpresa com o que havia acabado de ouvir enquanto seguia ao banheiro a deixando brava, por que ele queria a minha companhia e para quê? Foi aí que senti um calafrio percorrendo todo o meu corpo, será que ele pretende me vender, ou pior deixar seus homens se aproveitar de mim, v
Káiros:Após nos acomodar e ter cumprimentado todos os clientes, o Felipe se sentou ao meu lado, trocamos algumas informações das cargas clandestinas que estão para chegar, e falamos mais sobre os próximos negócios, mas uma coisa não parava de incomodar, me deixando distraído, a Beatriz, seu olhar percorria o ambiente surpresa com as pessoas passando e servindo, as dançarinas quase seminuas e isso me fazia até imaginar ela com aquelas roupas dançando para mim, me fazendo ficar com o pa* duro, tirando meu raciocínio.— Sheik! O senhor Gustavo chamou ele vendo distraído olhando as belas dançarinas.O senhor Gustavo era um dos clientes ricos com seus 50 anos e com muitas propriedades, além de ser o CEO da corporação Gutierres.Felipe viu o amigo distraído e toca no seu ombro chamando para ele responder o senhor Gustavo.— Káiros.— Desculpa, pode falar senhor Gustavo? O Káiros falou tentando disfarçar a sua ereção, algo que nunca havia acontecido.— Bom... sei que viemos aqui para falar
Capítulo 8Káiros:Tento dormir, mas a imagem da Beatriz com aquele vestido vermelho não sai dos meus pensamentos, seu rosto delicado com tanta perfeição, como poderia resistir a tanta beleza, ela despertava em mim coisas que não tinha controle e isso estava me deixando irritado, nunca fui de perder o controle do meu próprio corpo, tento dormir pensando que amanhã terei que está no escritório cedo, então sinto uma presença perto de mim e percebo que só poderia ser ela, meu instinto fala que devo ficar em alerta, ela não se aproximaria só para me olhar, sabia das suas intenções e com o meu reflexo rápido seguro as mãos dela com a faca bem próxima do meu peito a encarando, a faca ainda conseguiu perfurar a minha pele deixando meu traje com uma marca vermelha.— O que pensa que está fazendo? Grito bravo mobilizando-a na cama com o meu corpo sobre o dela, olho com raiva arrancando a faca das suas mãos sem me importar com a dor do machucado em meu peito.— Me solta... me solta, ela grit
Beatriz:Já tem 3 dias que não via ele, também me sentia aliviada por dormir em outro quarto, mesmo sendo um quarto perto do dele, esses dias eu trabalhava e me trancava no quarto, as meninas não ousavam falar comigo, praticamente me sentia sozinha aqui nessa mansão e só pensava na mamãe, como será que elas estão, lembro das palavras do Káiros, será mesmo que ele deixaria eu vê-las, tomo meu banho depois de um dia cansativo e me sento na cama, então resolvo escrever um pouco para ver se ajuda a me distrair, quando escuto vozes passando pelo corredor falando.“Vocês viram? Acharam o corpo do senhor Luciano Santos, nossa ele estava deformado, parece que a sua família também está sumida, o que será que aconteceu com eles”.“Isso parece coisa de bandido, meu Deus, deformaram ele, pelo que falaram, ele foi torturado até a morte”Meu coração acelerou, meu pai está morto... Sinto uma enorme dor no peito, meus olhos enchem de lagrimas, quem fez isso com ele, como podem, me via presa sem saber
Káiros:Observo ela entrando no carro e faço o mesmo, seus olhos estavam tristes e aquilo me deixava estranho, que sentimentos eram esses, porque estou tão preocupado com ela, então falo me mantendo frio.— Espero que não faça mais isso! Falo preocupado, sabia que o Derek queria eliminar a família dela, seu pai foi morto da pior forma, não estava com pena, porque ele mereceu, mas não queria que acontecesse nada com ela.Beatriz:Olho para ele com raiva, como ele me encontrou, ignoro ele e viro para a janela olhando a noite estrelada, logo me vejo com os olhos cheios de lagrimas, minha vida havia acabado, porque ele não acaba de uma vez igual fez com o meu pai, o que estava esperando, vejo que ele não pergunta mais nada, ele só dirigia enquanto eu chorava, vejo que estamos indo para outro lugar, então o meu coração acelera, ele ia me matar, o medo percorria toda extensão do meu corpo, mas tinha que ser forte, não ia implorar por misericórdia, isso nunca.— Chegamos, falo estacionando o