Beatriz:
Visto o uniforme preto e branco, coloco o avental e por último amarro o cabelo em um coque, não quero chamar a atenção, quando estou pronta escuto alguém batendo na porta e falo.
— Estou indo.
Saio olhando uma mulher que me entregou o uniforme com as mãos na cintura me encarando com raiva.
— Você acha que terá o dia todo para se arrumar, vamos, quero mostrar o que fará a parti de hoje, todos os dias terá que estar as 6:00 da manhã e não aceito que se atrase, está entendendo? Ela falou a olhando dos pés à cabeça.
Ela me olhava de um jeito que isso me deixava em alerta, essa mulher não gosta de mim, confirmo ela com a cabeça.
— Então vamos, minha filha, não tenho o dia todo. Ela falou saindo do quarto.
Saio atrás dela, olhando a entrada do quarto e os seguranças não estavam mais ali, vou olhando tudo e descobrindo o quanto esse homem deveria ser rico, a sua mansão era linda, com uma arquitetura moderna, a decoração de cada ambiente luxuosa, quando chego a cozinha, paro olhando para todas as meninas que ali estava e pior, todas me olhavam com curiosidade, com certeza elas deveriam estar se perguntando quem eu seria, olho para todas e a maioria, eram jovens de 20 anos aos 30 anos, e tinha duas senhoras que não pararam os seus afazeres, elas continuavam a fazer o que estava fazendo e provavelmente uma deveria ser a cozinheira pelas roupas.
— Bom dia, meninas, essa é a nova ajudante, ela vai ajudar em tudo, ela falou olhando para uma mulher mais velha que sorri.
— Bom dia, senhora Camila, que notícia boa, ela pode começar ajudando a lavar as louças, já que a Bruna não está dando de conta. Falou a cozinheira animada.
— Claro, aproveite já que ela não terá descanso. A Camila falou saindo e deixando todas de boca aberta, como alguém iria trabalhar sem descanso, quem era essa garota? Elas se perguntavam voltando a trabalhar.
Fico em choque olhando para a mulher mais velha que provavelmente era a cozinheira, como eles podiam me obrigar a trabalhar sem poder descansar, ela me olha me analisando.
— Venha, temos muito trabalho. Falou à velha já sem paciência por ela está parada no mesmo lugar ainda.
Vou sem falar nada, ela aponta para uma pia cheia de louças, olho desanimada e lavo sem reclamar, passo o dia todo limpando, lavando e arrumando, nunca imaginei o quanto dava trabalho, minhas pernas já estavam latejando, as minhas mãos vermelhas, também não avia comido nada o dia todo, meu corpo estava fraco, a única pessoa que veio e me ofereceu um pão, foi a senhora Bruna, ela era a ajudante da cozinheira que pelo jeito não se importava em me mandar fazer tudo, enquanto ela terminava e ia se sentar, já era 10 horas da noite quando a senhora Camila veio e falou que poderia subir para descansar, terminei o que estava fazendo, a mansão já estava escura, e todos já se retiraram, a única que ficou foi eu, para terminar o que estava fazendo, me pego olhando para a porta, precisava saí daquele lugar e encontrar a mamãe e a Aninha, era a única coisa que pensava, mas as minhas pernas estavam doendo de mais, só queria tomar um banho e deitar, vou indo para entrada me arrastando, olhando para todo lado com muito medo de ser pega, quando sinto duas mãos grandes me segurando, o perfume invadindo as minhas narinas, um cheiro amadeirado gostoso, mas o medo não me deixou raciocinar e comecei a tremer esperando o pior.
— Acha mesmo que vai conseguir fugir? Em Beatriz! Falou frio para ela.
Meu nome sendo pronunciado por ele pela primeira vez soava estranho, meu corpo não respondia o meu comando e fiquei paralisada, esperando pelo meu fim, estava tão fraca e cansada que se ele quisesse fazer qualquer coisa comigo não teria forças para lutar contra ele.
— Não vai falar nada? Falou irritado por ser ignorado apertando forte seu ombro, ela se virou olhando nos olhos negros e assustadores, sentindo a dor e o incomodo no ombro, sua visão escureceu e ela desmaiou caindo nos braços do Káiros, ela acabou com a cabeça em seu peito e isso estava incomodando ele, logo chamou um segurança que a pegou no colo e carregou para o quarto, então uma empregada subiu para limpá-la e trocá-la, quando todos saíram, ele a olhou para sua cama com a garota que ele tanto odiava, ou talvez achava que odiava, ela dormia tão profundo, e se perguntava porque ela havia desmaiado, mandou um dos seus homens perguntar o que ela tinha feito o dia todo, ficou sabendo que ela não havia parado por nenhum momento e a única comida que ela colocou na boca foi um único pão, isso irritou ele, ele sabia que ela tinha que sofrer, mas não sabia o porquê sentiu tanta raiva das funcionárias por ter a deixado com fome e sem descansar, agora intendia o desmaio dela.
Ele ficou com raiva após dispensar o segurança e foi tomar um banho, precisava relaxar, o dia havia sido estressante, ele pegou sua roupa e entrou no banheiro, tomou banho com água fria para relaxar e esquecer o contato com ela, depois que se sentiu melhor, vestiu uma túnica e saiu, olhou para sua cama ocupada, pensou várias vezes em chamar um segurança e tirá-la de lá, mas como estava cansado, resolveu deixá-la, deitou-se do lado dela se virando e olhando seu rosto delicado e atraente, sua boca desenhada com traços perfeitos e se xingou por esta com esses pensamentos absurdos, não queria ter nenhum relacionamento com ela, mesmo que fosse por prazer, tinha qualquer mulher em seus pés, não precisava de mais uma para saciá-lo.
Beatriz:
Acordo sentindo meu corpo dolorido pelas movimentações extremas que fiz, limpando e carregando as coisas, olho para o meu lado percebendo ter alguém, sinto um frio pelo corpo e o medo me domina, ele estava dormindo, sua respiração calma e sua expressão relaxada, nesta hora percebo o quanto ele está vulnerável e minha vontade era de enfiar uma faca no seu coração, mas sabia que se fizesse isso estaria assinando a minha morte e da minha mãe e da minha irmãzinha, pelo que falou outro dia, ele deu a entender que ele estava com elas em algum lugar, preciso descobrir como elas estão.
Me levanto com cuidado e vou para o banheiro, não queria permanecer perto desse homem, e muito menos acordá-lo, ainda não sabia o que ele queria de mim, já que ele me mantinha aqui presa em sua mansão me obrigando a servi-lo, só não entendo por que estou em seus aposentos, o que ele pretende fazer comigo, passa vários pensamentos monstruosos dele me obrigando a fazer outras coisas e me sinto suja, mesmo não tendo tanta experiencia com relacionamentos, ainda sonhava em me casar e construir uma família, acho que ninguém ainda sentiu a minha falta, fico pensando na Carla minha amiga mais próxima, também tem o Roberto, sei que ele sempre foi apaixonado por mim, mas nunca dei uma chance para ele e fui ficar com o Beto, aquele idiota, ele só queria me levar para cama, como não conseguiu, ele começou a me trair com a Gabriela que fingia ser a minha amiga, e no fim só queria roubar o meu namorado.
Estava tão concentrada perdida nos meus pensamentos que não percebi que não estava mais só no banheiro.
— O que faz aí parada? Ele falou frio, assustando-a.
— Ahh… gritei, com o susto que ele me deu, ele me olha sem entender e se aproxima me olhando, seus olhos percorrem o meu corpo, aí percebi estar com uma leve camisola de cetim revelando as curvas do meu corpo, meus seios sem sutiã revelavam os bicos aceso pelo calafrio que ele me causou com o seu olhar frio, me fazendo sentir aterrorizada com a sua aproximação.
Káiros:Percebi que ela acordou e saiu com muito cuidado para não me acordar, resolvi observar o que ela pretendia fazer, fingi que continuava adormi, enquanto ela entrava no banheiro, percebo que ela estava demorando e resolvo ir até lá, caminho sem fazer barulho e adentro no banheiro, ele era muito grande, possuía uma banheira bem generosa, com luxuosos acabamentos em ouro e prata, gostamos muito de mostrar para todos o quanto somos ricos, olho procurando-a, então me deparo com ela em sua roupa íntima que revelava mais do que deveria do seu corpo, observo suas longas pernas majestosas e sexy, sua pele clara sendo revelado com esse pouco tecido de cetim que a cobria, fazendo ele se sentir com raiva, algo que não sabia ao certo porque estava sentindo, olho o seu corpo delicado com suas curvas generosas e sexy a ponto de me deixar excitado, a raiva me consome e falo frio para ela, a deixando assustada.— O que faz aí parada?Ela gritou pelo susto e ele a observou atentamente, ela parec
Beatriz:Após chorar muito, voltei para fazer o meu trabalho, então a senhora Camila, veio e me mandou parar o que estava fazendo e subi, fico sem intender e faço o que ela mandou, deixando a cozinheira brava por saber que terá mais trabalho.Subo para o quarto olhando alguns vestidos em cima da cama, me aproximo para admirá-los, era um mais bonito que o outro, as cores também eram vibrantes e dava para ver que não se tratava de qualquer roupa, mas sim de uma marca muito cara e limitada.— Vai ficar aí parada, vamos, tem que estar pronta antes das 19:00, o senhor não aceita atrasos, vamos, garota! Entre no banheiro e vá tomar um banho, ela falava batendo palmas apressando-a.Tomo um susto com ela falando, fico surpresa com o que havia acabado de ouvir enquanto seguia ao banheiro a deixando brava, por que ele queria a minha companhia e para quê? Foi aí que senti um calafrio percorrendo todo o meu corpo, será que ele pretende me vender, ou pior deixar seus homens se aproveitar de mim, v
Káiros:Após nos acomodar e ter cumprimentado todos os clientes, o Felipe se sentou ao meu lado, trocamos algumas informações das cargas clandestinas que estão para chegar, e falamos mais sobre os próximos negócios, mas uma coisa não parava de incomodar, me deixando distraído, a Beatriz, seu olhar percorria o ambiente surpresa com as pessoas passando e servindo, as dançarinas quase seminuas e isso me fazia até imaginar ela com aquelas roupas dançando para mim, me fazendo ficar com o pa* duro, tirando meu raciocínio.— Sheik! O senhor Gustavo chamou ele vendo distraído olhando as belas dançarinas.O senhor Gustavo era um dos clientes ricos com seus 50 anos e com muitas propriedades, além de ser o CEO da corporação Gutierres.Felipe viu o amigo distraído e toca no seu ombro chamando para ele responder o senhor Gustavo.— Káiros.— Desculpa, pode falar senhor Gustavo? O Káiros falou tentando disfarçar a sua ereção, algo que nunca havia acontecido.— Bom... sei que viemos aqui para falar
Capítulo 8Káiros:Tento dormir, mas a imagem da Beatriz com aquele vestido vermelho não sai dos meus pensamentos, seu rosto delicado com tanta perfeição, como poderia resistir a tanta beleza, ela despertava em mim coisas que não tinha controle e isso estava me deixando irritado, nunca fui de perder o controle do meu próprio corpo, tento dormir pensando que amanhã terei que está no escritório cedo, então sinto uma presença perto de mim e percebo que só poderia ser ela, meu instinto fala que devo ficar em alerta, ela não se aproximaria só para me olhar, sabia das suas intenções e com o meu reflexo rápido seguro as mãos dela com a faca bem próxima do meu peito a encarando, a faca ainda conseguiu perfurar a minha pele deixando meu traje com uma marca vermelha.— O que pensa que está fazendo? Grito bravo mobilizando-a na cama com o meu corpo sobre o dela, olho com raiva arrancando a faca das suas mãos sem me importar com a dor do machucado em meu peito.— Me solta... me solta, ela grit
Beatriz:Já tem 3 dias que não via ele, também me sentia aliviada por dormir em outro quarto, mesmo sendo um quarto perto do dele, esses dias eu trabalhava e me trancava no quarto, as meninas não ousavam falar comigo, praticamente me sentia sozinha aqui nessa mansão e só pensava na mamãe, como será que elas estão, lembro das palavras do Káiros, será mesmo que ele deixaria eu vê-las, tomo meu banho depois de um dia cansativo e me sento na cama, então resolvo escrever um pouco para ver se ajuda a me distrair, quando escuto vozes passando pelo corredor falando.“Vocês viram? Acharam o corpo do senhor Luciano Santos, nossa ele estava deformado, parece que a sua família também está sumida, o que será que aconteceu com eles”.“Isso parece coisa de bandido, meu Deus, deformaram ele, pelo que falaram, ele foi torturado até a morte”Meu coração acelerou, meu pai está morto... Sinto uma enorme dor no peito, meus olhos enchem de lagrimas, quem fez isso com ele, como podem, me via presa sem saber
Káiros:Observo ela entrando no carro e faço o mesmo, seus olhos estavam tristes e aquilo me deixava estranho, que sentimentos eram esses, porque estou tão preocupado com ela, então falo me mantendo frio.— Espero que não faça mais isso! Falo preocupado, sabia que o Derek queria eliminar a família dela, seu pai foi morto da pior forma, não estava com pena, porque ele mereceu, mas não queria que acontecesse nada com ela.Beatriz:Olho para ele com raiva, como ele me encontrou, ignoro ele e viro para a janela olhando a noite estrelada, logo me vejo com os olhos cheios de lagrimas, minha vida havia acabado, porque ele não acaba de uma vez igual fez com o meu pai, o que estava esperando, vejo que ele não pergunta mais nada, ele só dirigia enquanto eu chorava, vejo que estamos indo para outro lugar, então o meu coração acelera, ele ia me matar, o medo percorria toda extensão do meu corpo, mas tinha que ser forte, não ia implorar por misericórdia, isso nunca.— Chegamos, falo estacionando o
Beatriz:Olho para ele um pouco envergonhada, não sei por que, mas a sua presença me deixava estranha, seus olhos de um tom preto profundo me olhando com tanta intensidade que meu coração palpitava rápido, ele se serve com pequenas poções, depois me olha curioso falando frio me trazendo a realidade, ele era o sheik, alguém poderoso que gostava de mandar nas pessoas.— Coma, ou quer que eu dê em sua boca...? Ele Falou autoritário para mim.— Não estou com fome, falo com raiva da sua ignorância, queria sair de perto dele.— Tem certeza, porque não foi isso que ouvi quando entrei, falo soltando um sorriso de lado vendo ela corar envergonhada, sabendo que escutei a sua conversa com sua mãe. Ela desfaçou e se servil com macarrão e lagostas.Me sinto satisfeito e começo a comer saboreando a comida bem temperada da senhora Christina, já comi em diversos restaurantes caros, mas o tempero dela era diferenciado, termino olhando para ela que fingia está cheia, percebi que ela mau comeu, mas não
Káiros:Olho para ela que continuava descoberta revelando a sua perna bem torneada, seus cabelos espalhados pela minha cama, que visão magnifica de ser admirada, percebo meu corpo reagindo ao desejo de possuí-la, meu membro latejava ereto debaixo da minha túnica branca, aproximo a olhando para guardar cada centímetro do seu corpo em minha memória, seu rosto sereno sem nenhuma preocupação, ela parecia um anjo caído do céu, me sento na beirada da cama e fico ali admirando-a dormi, queria realmente saber se esse desejo que sentia era só porque ela foi a única mulher a me rejeitar ou porque devo estar enfeitiçado por tanta beleza que não poderia ser minha, suas palavras ainda soavam em meus ouvidos, sua persistência em sempre me provocar, ainda conseguia sentir a sua apunhalada no meu peito, ela estava mesmo decidida a me matar naquele dia.Até sorrio imaginando o que meus homens falariam se descobrisse que quase morri nas mãos de uma mulher, levo minha mão em sua face alisando a sua pele