Os meses e os anos seguiram com uma certa normalidade, dentro da visão mundana da maioria das pessoas que, infelizmente, ainda não haviam despertado. Apesar disso, os esforços não cessavam. As informações nos grupos eram diárias e cada vez mais pessoas procurava estes grupos com o objetivo de resolverem seus problemas. Assim que entravam, a maioria acabava despertando para a espiritualidade e para o que estava acontecendo em seu planeta Terra.
Júlia e os outros seres humanos já despertos moraram na nave dos habitantes de Estrelus por todo esse tempo. Aprendiam mais a cada dia e repassavam, através de um sinal de internet blindado por eles, toda informação necessária nos grupos de estudos.
As máquinas ajudavam a curar cada vez mais pessoas e animais. Tudo estava correndo confor
No ano de 2022, o expurgo foi finalizado no planeta, e Gaia finalmente pode ascender para uma dimensão superior. Os que ficaram estavam cientes de tudo que havia acontecido. Ajudaram bravamente a controlar a pandemia global que os involutivos haviam instalado no planeta como última tentativa de aniquilar a humanidade. Eles haviam sido derrotados pelos amigos de Estrelus juntamente com a Aliança e foram obrigados a deixar a Terra sem levar consigo nenhum recurso natural que pudessem tirar proveito. Foram embora com uma mão na frente e outra atras. O rastro de destruição que deixaram foi rapidamente superado pela humanidade, que havia entendido a perda de seus familiares durante a pandemia, compreendendo que foram muito bem amparados ao desencarnarem. Foram anos caóticos. Foi a tão sonhada separação do joio e do trigo. As pessoas puderam, enfim, descobrir a ver
Era manhã de domingo. Fazia sol, com algumas nuvens. Os pássaros cantarolavam alto. Os raios do sol inundavam as montanhas, com todo seu esplendor. Parecia um domingo como outro qualquer naquele pequeno vilarejo de dois mil e poucos habitantes. Cidadelha pacata, cercada por vastos campos e morros imponentes, aonde a economia girava em torno da agricultura e da pesca nos rios pelos arredores da comunidade. Bueno Verde era uma vila típica do interior, esquecida e isolada, no interior do interior do nordeste brasileiro. Todos se conheciam e conversavam na rua quando se encontravam. O dia a dia passava devagar, com as crianças brincando nas ruas, donas de casa arrumando seus jardins, sorridentes, e famílias trabalhando em suas pequenas lavouras. Todos dormiam de portas abertas e nunca nenhum morador teve problemas com isso. Um entrava na casa do outro sem a menor cerimônia. Coisa de cidade pequena. Vida simples e pacata.<
Vários dias e várias noites se passaram. Júlia não conseguia esquecer do que havia visto. Todas as manhãs, ao acordar, sempre no mesmo horário, imediatamente abria a janela do quarto a fim de presenciar a mesma cena que havia visto naquela noite tão mágica e, ao mesmo tempo, tão assustadora. Porém, nada mais aconteceu desde aquela noite. Ao deitar – se, sempre abria um pouco a janela e olhava para o céu buscando alguma espécie de luz diferente, além da lua e das estrelas. Porém, não havia nada lá além das luzes habituais que já faziam parte da paisagem noturna vista de sua janela.Embora frustrada, buscava focar seus pensamentos em tentar compreender os sonhos que estava tendo, mesmo sem recursos para isso. Enquanto estava na lavoura ajudando seus pais, orava e pedia que Deus a ajudasse a desvendar quem eram aquelas estranhas criaturas que aparec
Nas noites que se seguiram, antes de adormecer, Júlia fazia orações e pedia esclarecimentos concretos sobre os sonhos que estava tendo. Como não tinha muito acesso à informação devido ao lugar aonde morava, não conseguia pesquisar nada a respeito de sonhos, intuição, sentimentos, sensações, extraterrestres, visões e espiritualidade. Tudo o que sabia era aquilo que lhe haviam ensinado dentro da Igreja, dentro da religião de seus pais. Ansiava demais por conhecimento e por entender tudo o que estava lhe acontecendo, desde a aparição da estranha nave até os sonhos com as pequenas criaturas.Pedia fervorosamente em oração que Deus a ajudasse com suas angústias, seus medos e seus sonhos. Ao adormecer, foi teletransportada para a nave de sempre. A nave das estranhas criaturas. Elas eram bem menores do que as que avistara de sua janela. Seus ros
Assim que o pequeno ser acabou de falar, Júlia acordou sobressaltada e com sensação de falta de ar. Estava atônita. Não conseguia raciocinar direito. Havia entendido bem? Ela era uma extraterrestre? Tinha mesmo uma missão a cumprir na Terra? Não conseguia acreditar. Que sonho louco era esse que havia tido?! Começou a rir, mas sua intuição dizia que aquilo tudo poderia ser mesmo verdade. Naquele momento, não sabia nem sequer o que era intuição. Pelo menos, não conscientemente. Ao levantar - se, abriu a janela. O sol brilhava de um jeito diferente, parecia que estava iluminando mais. Sentiu o frescor do vento bater suavemente em seu rosto. Respirou fundo. Tentou organizar seus pensamentos. Sentia – se ofegante. Ao mesmo tempo, pela primeira vez na vida, sentia que tinha alguma importância vital para o Universo como um TODO
A viagem foi relativamente tranquila, mas extremamente cansativa. No trajeto, o ônibus – como já era de se esperar – deu alguns probleminhas, como pneu furado, uma quase perda de freios, o que assustou todos os passageiros. Felizmente, nada além do esperado, com exceção da quase perda dos freios!Depois de quase dois dias de viagem, devido aos probleminhas, Júlia finalmente chega em Fortaleza. Não conhecia absolutamente ninguém. Era a primeira vez que pisava em uma cidade que não fosse sua pequenina vila. Ficou maravilhada com o tamanho dos prédios, com o burburinho das ruas, o barulho dos carros, o movimento das pessoas nas calcadas, caminhando apressadamente, como se o mundo fosse acabar. Bem talvez fosse, algum dia. Seguiu caminhando até chegar na região central da cidade. Quando estava na praça, uma mulher alta, loir
Enquanto isso, na Terra, a violência e as doenças tomavam conta de todos os povos, de todos os países. Os ricos eram egoístas o suficiente para não se importarem. Enquanto isso, os pobres, que representava a maioria da população, passavam fome e eram constantemente excluídos da sociedade. Não tinham direito a nada e não podiam reivindicá – los. Tudo ia de mal a pior.Os seres involutivos que estavam no poder tinham um plano diabólico para escravizar de vez a humanidade. Queriam destruir de vez a raça humana. Estavam cobrando um acordo que fizeram centenas de anos atras em troca de suas tecnologias. Os líderes humanos, maravilhados com o que parecia ser tecnologia de ponta, aceitaram o acordo e então foram aprisionados em Gaia. Aonde antes existiam povos avançados, evoluídos e extremamente desenvolvidos em suas habilidades voltadas para o bem, hoje existe
Júlia seguiu prontamente os passos de Alana. Em poucos passos, ao descerem do carro, os Pleiadianos e Julia entram em uma sala ovalada, aconchegante e com muitos sofás e poltronas confortáveis para sentar. Mal conseguiu compreender e muito menos teve a oportunidade de perguntar como se deslocaram tão rapidamente. Tinha a sensação de que estavam um tanto longe do centro de Fortaleza.Sentados, havia quatro pequenos seres, de olhos grandes e amendoados e completamente carecas. Não conteve as lágrimas. Alana então aproximou – se sorridente e disse que estava tudo bem, que ela não precisava ter medo. Estava entre amigos e, principalmente, entre irmãos. Um dos pequenos levanta – se de sua poltrona reclinável e chega perto de Júlia:- Olá querida! Que bom tê – la aqui conosco. Fico feliz que esteja,