- Clarisse, querida - minha mãe diz - primeiro se acalmem vamos ao escritório - Vocês só podem estar de brincadeira! - Digo ainda inconformada- Vamos ao meu escritório Clarisse - meu pai diz e logo chama um guarda - Chame Sebastian, leve-o ao meu escritório - Sim senhor, Majestades - Ele faz uma reverência e se afasta- Vamos Clarisse - Meu pai diz e sai andando na frenteJá que não me restava mais opções, segui meus pais que andavam na frente, Felipe assim que notou minha saída se apressou em me seguir, estava na metade do corredor, quando passos rápidos começaram a se aproximar.- Clari o que está acontecendo? - Sebastian diz agora andando ao meu lado - Clarisse, está me ignorando? Me contive em apenas não responde-lo e seguir o caminho em silêncio, quando na verdade, minha vontade era quebrar cada um desses vasos e quadros na cabeça dele, desejei ter batido um pouco mais nele hoje pela manhã, acho que bati foi pouco- Fechem a porta e sentem - Meu pai diz sério quando vê que es
Li e reli a carta várias e várias vezes, talvez Sebastian tenha razão, seria melhor se eu ficasse, talvez estaria em segurança, talvez seja melhor ele passar esse tempo sozinho, talvez, talvez, talvez… São muitos talvez, e talvez eu esteja certa em tudo que disse e contestei até aqui.Batidas na porta chamam minha atenção, vejo Kira parada na porta que havia ficado aberta, assim que nossos olhares se encontraram ela faz uma breve reverência - Estamos prontos Majestade - ela diz sorrindo - Alguém decidiu ficar? - PErgunto indo em sua direção- Não, todos acham melhor seguir - Ótimo, um pouco menos de quatro horas estaremos em Sypro - digo seguindo pelo corredor - Vou precisar que pegue todo o tecido que achar necessário, tenho um pedido importante- Claro majestade, o que seria tão urgente?- Vou precisar de um vestido, mas conversamos melhor no navio, terá quase dezesseis horas para isso- Como quiser - Majestade - Felipe diz se aproximando - Posso despachar as primeiras carruagen
Olá, me chamo Clarice Nery Robeneau, mesmo com todo esse tempo ainda não me acostumei com o Beaux, hoje me considero uma das Rainhas mais fortes de todo o continente, não estou falando apenas de exercito ou reinos, por mais que tudo isso influencie de certa forma, estou falando de sentimentos, psicológico e principalmente aprendizado.Tomei as decisões mais importantes de toda a minha vida a principio com a ajuda de meu amado pai Henrique e atualmente com a ajuda de meu marido Sebastian, mas a história não é bem essa, vamos voltar um pouco, não foi fácil conseguir a calmaria e a paz que hoje conquistamos, tenha calma, permita-me lhe explicar.Vou lhe contar com detalhes como cheguei aqui, como conquistamos, reconquistamos, lutamos, enfrentamos os nossos medos, encaramos nosso maior pesadelo e
— Vamos Clarisse, terá no mínimo treze horas no navio para terminar o que está fazendo — Minha mãe disse enquanto passava pela porta do meu quarto me apressando mais uma vez.Estávamos indo visitar o Reino de Sounoe, meu pai me disse à alguns dias que iríamos viajar até o Reino de meu futuro marido Sebastian e essas viagens se tornariam cada vez mais frequentes.Marido? Eca! Esse pensamento me faz torcer o nariz toda a vez que me lembro disso, agora estou saindo de meu quarto agarrada em minha maleta de desenho, era tudo o que eu teria para não morrer entediada dentro daquele navio enquanto não estivesse com Lydie.Lydie tinha a minha idade era a coisa mais próxima que eu tinha de amigos, nunca saí de meu reino era
Após a minha conversa com a Margô eu estava decidida a finalmente conquistar as pessoas deste reino, assim como fiz na minha casa, tudo bem, as coisas ali seriam totalmente diferentes, mas ainda assim eu estava disposta a isso, não poderia ser tão dificil assimAssim que sai de meus aposentos o carrapato começou a me seguir exatamente como eu já estava acostumada, mas dessa vez algo estava diferente ele parecia estar muito mais em alerta que o normal.— Carrapato?— Sim Alteza? — Voltei minha atenção para ele parando de andar— Onde meus pais estão? —Não era exatamente o que eu gostaria de perguntar, mas por hora isso iria resolver Sento em minha cama, solto um suspiro pesado e perco alguns segundos olhando para a parede vazia, nem saí e já estou morrendo de saudades de casa, saudade dos meus pais e de todos aqui em Sypro.Sim… Eu entendo que preciso ir, entendo que chegou o momento de começar a MINHA vida, começar a minha família e… de certa forma meu próprio reinado, gerar herdeiros para ambos os reinos.— Clarisse? — A voz da Lydie tomou conta do quarto me tirando daquele breve transe — Vamos?— Lydie, já está tudo pronto? — Perguntei enquanto me levantava— Sim, só falta você Clari — Ela disse da maneira mais doce que conseguiu enquReencontro
Os dois primeiros dias em Sounoe estavam correndo conforme o planejado, não tiveram muitos acontecimentos, me arrisco a dizer que foi bem monótono, passei a maior parte dos dias com a Rainha Kora, vez ou outra encontrava com Sebastian, poucas palavras eram trocadas aparentemente ambos estávamos sem muito tempo disponível.Passávamos mais tempo juntos durante as refeições ou quando por algum motivo éramos convocados para alguma reunião, o que era bem raro, não posso dizer que isso era algo bom, muito menos algo ruim, acho que posso dizer que já esperava por tudo isso, vida de futuro rei não é fácil.E eu, por outro lado, já não aguento mais decidir entre marfim e bege, flor copo de leite ou lírio de calla, jantar form
Se antes a monotonia me incomodava, agora posso dizer que faria de tudo para tê-la outra vez, uma semana se passou desde o primeiro contato com a peste nos reinos vizinhos e não pense que tudo melhorou, pelo contrário as coisas só estavam piorando.Raqsar continua sendo devastado e nada podemos fazer além de orar pela vida daqueles infectados, até onde eu sei os curandeiros trabalham dia e noite em busca de uma resposta, um xarope, uma cura, um alívio se posso dizer assim, até agora não temos registro de nenhum infectado que tenha sobrevivido.Cox por outro lado, está a cada dia nos causando mais repulsa, estão lidando com isso da forma mais grotesca que se pode imaginar, ouvimos dizer tantas coisas horríveis, pessoas sendo jogadas vivas na fogueira, m