Olá, me chamo Clarice Nery Robeneau, mesmo com todo esse tempo ainda não me acostumei com o Beaux, hoje me considero uma das Rainhas mais fortes de todo o continente, não estou falando apenas de exercito ou reinos, por mais que tudo isso influencie de certa forma, estou falando de sentimentos, psicológico e principalmente aprendizado.
Tomei as decisões mais importantes de toda a minha vida a principio com a ajuda de meu amado pai Henrique e atualmente com a ajuda de meu marido Sebastian, mas a história não é bem essa, vamos voltar um pouco, não foi fácil conseguir a calmaria e a paz que hoje conquistamos, tenha calma, permita-me lhe explicar.
Vou lhe contar com detalhes como cheguei aqui, como conquistamos, reconquistamos, lutamos, enfrentamos os nossos medos, encaramos nosso maior pesadelo e no fim, lideramos e finalmente descansamos, afinal todos merecemos um pouco de sossego, não é?
Vou dividir com você a pior e a melhor parte de tudo o que eu e minha família vivemos, vou lhe contar sobre meu casamento, minhas guerras e meus medos, vou abrir meu coração e te mostrar cada ponto fraco que tenho, minhas alianças e pincipalmente como consegui dar a volta por cima de tudo aquilo que um dia achei que me derrubaria.
A partir de agora você vai entrar na minha história, na minha vida, vou te contar como fui de um bebê rejeitado até a rainha que sou hoje e também como ganhei um novo sobrenome o Beaux mesmo que eu não tenha costume de usa-lo, e sinceramente acho que nunca terei.
Espero que você possa rir e se emocionar no decorrer de tudo isso, pois eu estarei fazendo isso com certeza, chorarei de novo, me apaixonarei de novo.
— Vamos Clarisse, terá no mínimo treze horas no navio para terminar o que está fazendo — Minha mãe disse enquanto passava pela porta do meu quarto me apressando mais uma vez.Estávamos indo visitar o Reino de Sounoe, meu pai me disse à alguns dias que iríamos viajar até o Reino de meu futuro marido Sebastian e essas viagens se tornariam cada vez mais frequentes.Marido? Eca! Esse pensamento me faz torcer o nariz toda a vez que me lembro disso, agora estou saindo de meu quarto agarrada em minha maleta de desenho, era tudo o que eu teria para não morrer entediada dentro daquele navio enquanto não estivesse com Lydie.Lydie tinha a minha idade era a coisa mais próxima que eu tinha de amigos, nunca saí de meu reino era
Após a minha conversa com a Margô eu estava decidida a finalmente conquistar as pessoas deste reino, assim como fiz na minha casa, tudo bem, as coisas ali seriam totalmente diferentes, mas ainda assim eu estava disposta a isso, não poderia ser tão dificil assimAssim que sai de meus aposentos o carrapato começou a me seguir exatamente como eu já estava acostumada, mas dessa vez algo estava diferente ele parecia estar muito mais em alerta que o normal.— Carrapato?— Sim Alteza? — Voltei minha atenção para ele parando de andar— Onde meus pais estão? —Não era exatamente o que eu gostaria de perguntar, mas por hora isso iria resolver Sento em minha cama, solto um suspiro pesado e perco alguns segundos olhando para a parede vazia, nem saí e já estou morrendo de saudades de casa, saudade dos meus pais e de todos aqui em Sypro.Sim… Eu entendo que preciso ir, entendo que chegou o momento de começar a MINHA vida, começar a minha família e… de certa forma meu próprio reinado, gerar herdeiros para ambos os reinos.— Clarisse? — A voz da Lydie tomou conta do quarto me tirando daquele breve transe — Vamos?— Lydie, já está tudo pronto? — Perguntei enquanto me levantava— Sim, só falta você Clari — Ela disse da maneira mais doce que conseguiu enquReencontro
Os dois primeiros dias em Sounoe estavam correndo conforme o planejado, não tiveram muitos acontecimentos, me arrisco a dizer que foi bem monótono, passei a maior parte dos dias com a Rainha Kora, vez ou outra encontrava com Sebastian, poucas palavras eram trocadas aparentemente ambos estávamos sem muito tempo disponível.Passávamos mais tempo juntos durante as refeições ou quando por algum motivo éramos convocados para alguma reunião, o que era bem raro, não posso dizer que isso era algo bom, muito menos algo ruim, acho que posso dizer que já esperava por tudo isso, vida de futuro rei não é fácil.E eu, por outro lado, já não aguento mais decidir entre marfim e bege, flor copo de leite ou lírio de calla, jantar form
Se antes a monotonia me incomodava, agora posso dizer que faria de tudo para tê-la outra vez, uma semana se passou desde o primeiro contato com a peste nos reinos vizinhos e não pense que tudo melhorou, pelo contrário as coisas só estavam piorando.Raqsar continua sendo devastado e nada podemos fazer além de orar pela vida daqueles infectados, até onde eu sei os curandeiros trabalham dia e noite em busca de uma resposta, um xarope, uma cura, um alívio se posso dizer assim, até agora não temos registro de nenhum infectado que tenha sobrevivido.Cox por outro lado, está a cada dia nos causando mais repulsa, estão lidando com isso da forma mais grotesca que se pode imaginar, ouvimos dizer tantas coisas horríveis, pessoas sendo jogadas vivas na fogueira, m
— Clarisse, estamos nos aproximando de Cox e acho que deveria ver isso — A voz da Lydie estava embargada, parecia estar segurando o choro— Chame o Sebastian, por gentilezaFalo enquanto saio do quarto, no corredor todos os guardas estavam com a mesma expressão Lydie. Carrapato estava andando atrás de mim, mas não deu uma única palavra, o que de certa forma não é comum.Encontrei com Sebastian no caminho e seguimos em silêncio até a parte mais alta do navio e o que vimos é de partir o coração—Alteza, devo diminuir a velocidade? — Nossa atenção foi atraída para o capit&atil
Depois de liberar os guardas, o palácio parecia estar mais vazio que o normal, fiquei andando com Sebastian, levei-o até o corredor das artes, e sorri ao notar que dois desenhos meus estavam pendurados lá como minha mãe disse que faria.Fomos ao jardim, não tinha nada de surpreendente, pelo menos não pra mim… Mas já que Sebastian estava curioso, não vi motivos para negar, mostrei a ele um dos meus lugares favoritos, um pequeno balanço que estava na posição exata para o jardim de tulipas que meu pai mandou fazer quando eu nasci, as tulipas eram coloridas e parecia estar brilhando com a luz do sol, tornava tudo ainda mais bonito.— Tulipas são as suas favoritas? — Questionou Sebastian atraindo minha atenção&n
Na manhã seguinte, assim que saí da cama a primeira coisa que fiz foi escrever uma carta, ainda me culpava pela falta de sentimentos em relação a Elisa que sempre desejou um contato comigo.Elisa,Sinto estar carregando um peso, tudo foi jogado em meu colo como uma enorme âncora e não sei se sou capaz de lidar com ela sozinha. Carrego também uma culpa por não ser capaz de lhe retribuir todo o amor presente em suas cartas, por isso lhe peço perdão.Gosto que me chamem de Clari, mas poucas pessoas o fazem, eu amo comer bolos e troco qualquer coisa por um de chocolate com cobertura, me deu água na boca, sou apaixonada por flores, qualquer uma delas, mas em especial as tulipas. Cresci tendo a vista d