NARRADORASigrid viu Morgana de costas, o corpo coberto de sangue escorrendo pelas dezenas de feridas abertas.Pronta para fugir correndo para algum lugar.Era incrível como qualquer um podia se tornar tão patético diante do medo de morrer.Todo o glamour e arrogância desapareciam nos momentos críticos.Morgana estava mais desesperada do que nunca em sua vida.Como ela pôde ser tão tola a ponto de alimentar uma inimiga tão poderosa bem debaixo do próprio nariz?Em que momento essa Selenia tomou o corpo de Electra?Não tinha tempo para descobrir agora.Precisava escapar rapidamente para sua mansão, reunir seus filhos e fugir através do portal escondido no santuário secreto, onde guardava o livro mais poderoso de sua linhagem: o Livro do Risorgimento.Não podia deixá-lo cair nas mãos dessa maldita. Todos os segredos de seus ancestrais, feitiços que ela sequer dominava…Murmurou as runas de fuga, criando um portal para o exterior da mansão de Electra.Ela mal conseguia respirar, tossia c
NARRADORASigrid afastou-se de seu tormento possessivo.Conversariam depois, mas as ondas de malícia vindas de Morgana estavam se tornando insuportáveis.— Silas, não vamos esquecer que temos uma espectadora. Que vergonha… — Ela se virou para Morgana, lançando-lhe um sorriso torto.Morgana tremeu por um instante, lembrando-se dos ataques dolorosos daquela mulher. A esperança lhe escapava a cada segundo.— Muito bem… Vamos acabar com isso…— Espera! Espera! Eu posso te dar algo em troca, só me deixe viver! Eu vou embora com meus filhos, juro pela Deusa! Todo o feudo será seu, nunca mais me verá! — gritou de repente, jogando toda a dignidade ao chão.— Está falando do Livro do Risorgimento? — Sigrid perguntou com ironia, observando o rosto crispado de Morgana.Será que ela realmente acreditava que o mantinha tão bem escondido?— Eu… eu posso te dar ele…— Minha senhora não precisa de nada seu. Tudo que há nesta mansão já pertence a ela. Posso matá-la agora? — Silas se virou para Sigrid,
NARRADORAHavia uma névoa negra cercando toda a edificação, como uma cúpula gigantesca. Nada podia ser visto além dela.Ela estendeu a mão no ar e nem mesmo seus dedos eram distinguíveis em meio a tanta escuridão.Pensou que esse devia ser o famoso escudo de Alessandre. Então, ele veio…Mas ficou oculto nas sombras da floresta, cada vez mais surpreso, observando, espiando e aprendendo.— Eu o criei para te proteger. Ninguém pôde sentir o seu poder de Selenia — Silas confessou, pegando-a de surpresa.— Foi mesmo você?— Sim, eu sempre vou proteger minha senhora — respondeu ele, inflando o peito. — Você não precisa de mais ninguém.Sigrid sorriu, sentindo o peito se encher de calor.Ela começava a entender por que os olhos de sua mãe brilhavam tanto diante da possessividade primitiva de seu pai.— Uau, meu Silas está tão competente, tão inteligente e confiável — ela murmurou, levando a mão ao rosto dele, acariciando a barba curta.Os olhos dourados de Silas brilharam, visivelmente satis
SIGRIDEu não soube o que dizer nem fazer; uma lágrima silenciosa rolou pelo canto dos meus olhos, que apenas olhavam para o céu.Como eu não percebi antes? Agora parecia tão óbvio.O homem que falava com tanta doçura atrás de mim, que me abraçava e sussurrava palavras de amor em meu ouvido, meu companheiro, era o suposto vilão.O mais temido, o mais cruel e sanguinário.É incrível como os vencedores podem distorcer a história.— ...mas você pode continuar me chamando de Silas. Na verdade, Umbros não é um nome que me soa mais familiar... eu não gosto...— Não! Não diga esse nome! — Girei de repente, cobrindo sua boca com as mãos. — Seu nome é Silas, você é meu Silas! Esse nome... não... não o mencione mais!Eu gritei, tentando não desmoronar, como se simplesmente não pronunciar aquela palavra pudesse impedir o destino, a destruição que ele representava.— Sigrid, o que está acontecendo? Por que você está chorando? — Ele afastou minha mão da sua boca, o rosto tomado por uma preocupação
NARRADORA— Parece estar apaixonado por Sigrid — Alessandre respondeu— Pior ainda, Alessandre, temos uma bomba ambulante. O que vai acontecer quando ela voltar para o seu mundo? — Eles se encararam em silêncio, a resposta era óbvia. — No entanto, por enquanto, Sigrid o controla e precisamos de mais aliados fortes ao nosso lado. Acho que o mais inteligente é usá-lo e mantê-lo por perto. Esse homem deve odiar Lucrecia com todas as suas forças — Alessandre fazia seus próprios cálculos, e Renata também.Se Alessandre levasse a cabeça de Lucrecia Silver à Rainha, como o herói que derrubou a ameaça das bruxas, além de controlar os vampiros e jurar lealdade à coroa, ele poderia ser aceito como o próximo Rei e marido de Renata.— Não podemos atrasar nossos planos. Sigrid pode partir a qualquer momento... Não sei se ela encontrará o caminho... — Amor — Alessandre a interrompeu, a decisão já tomada em sua mente — Lucrecia me convidou para uma de suas "festas privadas" em alguns dias. — Noje
SIGRIDUm gemido baixo escapou de meus lábios entreabertos, sinto o calor ardente que me consome.Algo muito prazeroso interrompe meu descanso, uma sensação úmida e deliciosa lambendo entre os lábios da minha intimidade.—Mmmm —me contorço no limbo entre o sonho e a realidade, é tão bom, mmm, quero mais.Gemo contra uma superfície macia, minhas mãos agarram algo suave debaixo de mim, abro as pernas, empino a bunda.Deixo que mãos rudes me apalpem e acariciem, que brinquem com meu clitóris, que devorem minha boceta, que me levem à luxúria extrema.—Silas —murmuro chamando seu nome.Um peso me pressiona, meu corpo se sente dominado, pernas abertas, músculos duros como aço que não me deixam me mover, apenas esperar e receber.—Aaahh —meus olhos se abrem para a realidade, minha boca não consegue parar de gemer.No meu ouvido, sinto o grunhido contido, os gemidos masculinos enquanto ele me penetra.Algo duro e pulsante, uma vara quente abrindo caminho pela minha boceta, a cabeça inchada at
SIGRIDSua boca deliciosa me dá beijos sensuais e satisfeitos, nesta sala banhada pelo calor do sol que entra pelas frestas das janelas de madeira.Não tive tempo de examinar nada, não com esse despertar tão apaixonado, como eu gostaria de acordar todos os dias da minha vida.—Silas —sussurro contra seus lábios, seu pênis vai perdendo a rigidez, mas ainda permanece dentro de mim, arrancando suspiros.O cheiro de sexo selvagem flutua no ar.Olho de repente para o pescoço dele, agora que o torpor da luxúria passou, vejo a marca feia dos dentes.Sem minhas presas afiadas de loba ou vampira, deve doer muito mais.—Não, não… Eu te machuquei? Amor, me desculpa.—Está tudo bem, não importa —ele levanta uma mão e cobre a ferida— Você gosta de morder e eu gosto que você me marque.Ele responde como se fosse algo natural, e eu olho em seus olhos brilhantes.Não parece que ele está mentindo, e além disso, sei que com o poder que ele tem agora, pode se curar instantaneamente, mas escolhe não faze
SIGRIDA estreita cama de ferro preto, as paredes de madeira, o teto com vigas um tanto negligenciadas, a velha poltrona ao lado da janela e alguns baús de madeira em um canto.Tudo parece desgastado, quebrado, mas não sujo nem desagradável.—Lembrei da cabana dos meus pais. Ontem à noite, eu te trouxe aqui… é um lugar ao qual sempre desejei voltar —ele confessou, e meu coração se encheu de ternura.Ele não disse claramente, mas acho que seus pais morreram, talvez tentando salvá-lo quando o levaram ou por não suportar a dor de perdê-lo, não sei, e não quero reabrir essas feridas nele.—E você passou a noite limpando? Se estava abandonada, de onde você tirou os lençóis? —perguntei, franzindo o cenho ao notar o óbvio.—Bem… não havia ninguém. Eu… não percebi, só precisava descansar com você, eu estava um pouco atormentado —ele se senta, olhando ao redor.—Silas, como pode achar que algo ficaria intacto por tanto tempo? Ai, Deusa… dá para ver claramente que alguém mora aqui! —disse enqua