248. ÁRVORES DE ESPECTRO

SILAS

Através desses olhos que podiam perfurar corpos e corações sombrios, eu enxerguei os espectros presos dentro dos troncos dessas árvores.

Sombras repletas de ódio.

Seus corpos haviam morrido e apodrecido, mas sua sede de vingança, seus ressentimentos, seus espíritos continuavam aprisionados nessas prisões, onde enviavam os elementais para morrer quando já não eram mais úteis.

Levantei-me.

Os relâmpagos iluminaram a escuridão e eu os chamei com todo o meu poder.

Era por isso que essa magia sombria me trouxe até aqui.

Ela estava eufórica, querendo absorver e se alimentar dessas trevas.

Não a detive dessa vez.

Deixei que explodisse como uma onda destrutiva, que estilhaçou as cascas dos troncos, rompendo as correntes e libertando-os.

—Venham a mim!

Eu os chamei, decidido.

Eles não se deixariam dominar com facilidade, não se curvariam tão rapidamente, não admitiriam um mestre justo após serem libertados.

Mas eu precisava de seu ódio, de seu rancor, de sua escuridão para fortalecer a m
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