SIGRID—Sim, mas não... não era necessário ficar completamente nu —tentei recuperar a confiança que não sentia.—Tenho feridas por todo o corpo, minha senhora —respondeu com naturalidade.Levantei meu olhar para fixar no dele.Como sempre, aquele olho dourado não parava de observar cada um dos meus movimentos; para alguns, podia parecer assustador.Na verdade, para mim, parecia mais um filhote abandonado.—Certo, mas se você se sentir desconfortável, pode cobrir suas... suas partes —caminhei em sua direção, olhando para seu peito, para o corpo marcado.Comecei a me concentrar em todas as cicatrizes de chicotes e formas estranhas gravadas na sua pele, que imagino serem de instrumentos de tortura.Suspirei, parada em frente a Silas. Como eu podia sequer pensar em olhá-lo de forma lasciva, imaginando tudo o que ele sofreu?Essa Electra era uma porca.—Certo, fique aí. Vou pintar algumas runas de cura para tratá-lo —expliquei, me inclinando ao chão.Fiz um pequeno corte no meu dedo indica
SIGRIDFui levantada repentinamente, e me agarrei ao seu pescoço, meus pés suspensos no ar.Ele caminhava até a cama, onde me depositou com suavidade.—Obrigada, você está bem? —por um segundo, perdi completamente o foco da minha atuação e fui apenas eu mesma, pelo menos uma vez.—Sim, minha senhora, graças à sua cura, estou muito melhor. Está doendo? —seu rosto estava perto do meu, minha pele febril voltava a queimar, o desejo remexendo no meu ventre e nublando meus sentidos.—Estou bem, Silas, foi só algo estranho, depois quero fazer algumas perguntas —respondi com a língua um pouco travada, as pálpebras pareciam pesar toneladas.Estava deitada na cama, mas toda pegajosa; meu desconforto era evidente.Ele se afastou, e ouvi seus passos. Talvez estivesse indo embora, não sei, só conseguia pensar em dormir e ter muitos orgasmos...Fechei os olhos sem poder evitar, a energia de Electra estava esgotada, ferida, precisava descansar para se recompor.Maldita bruxa, se fazendo de forte, ma
SILASMeus dedos se afundaram na fenda molhada por cima do tecido macio de sua calcinha.Estimulei sua vulva para cima e para baixo, pressionando mais naquele ponto sensível que deveria enlouquecê-la.Ela estava encharcada, desejosa.—Sshh, aahhh —arqueou as costas, submersa em seus desejos, os punhos fechados agarrando o lençol, enquanto meu corpo inteiro praticamente cobria o dela sobre a cama.Minha mão afastou o tecido, e eu mergulhei no pecado entre suas pernas.Suave e molhada, escorregadia, trêmula, deliciosa...Brinquei um pouco com sua intimidade; meus beijos subiam por seu pescoço, onde seus gemidos vibravam.Acariciava seu clitóris, puxando-o levemente e passando a ponta dos dedos para movê-lo para cima e para baixo; ele endurecia e pulsava sob meu toque vigoroso.—Mais... —senti sua mão agarrando meu cabelo. Fechei os olhos, desfrutando de suas carícias.Eu também queria que ela me tocasse, que me desejasse, que seus lábios se fundissem na minha pele, no meu pau... na minh
SIGRIDQue diabos estava acontecendo?Eu estava dormindo, não morta!Apesar do cansaço desse corpo, podia sentir tudo: cada carícia, seus lábios frios beijando minha pele febril, seu corpo vibrando colado ao meu.O que Silas estava fazendo comigo?!Deusa, eu luto para acordar, mas não consigo... ou melhor, não quero.Seus dedos... oh, céus, que prazer!Quero gritar para que ele chupe meus seios com mais força, que os aperte ainda mais.Ele está me levando à loucura.Ouço sua respiração ofegante, sua boca perto da minha, mas por que ele não me beija?A que será que seus beijos têm gosto?Esse feitiço é devastador, está nublando minha mente com uma crua luxúria e parece que também está afetando Silas.Essa é a única explicação para ele me tocar dessa forma quando está claro que ele odeia contato sexual.Não, não, não pare, mais rápido, Silas, assim... mmmm... bem aí.Minha magia escapa do meu corpo, clamando pela dele, escuridão com escuridão, prazer com prazer.Me fragmento em milhares
SIGRID—Electra! —ouvi o irritante grito de Drusilla às minhas costas assim que entrei nos domínios da bruxa-mor.Com expressão de desgosto, me virei para enfrentá-la.Ela usava um lindo vestido bordô, o cabelo preso em uma longa trança que balançava em suas costas.—Achei que estava atrasada e que Morgana iria me repreender, mas se a favorita dela ainda está aqui, então estou salva —resmungou, enquanto um homem atrás dela secava sua testa com um lenço branco bordado.Era um elemental atraente, jovem, muito jovem, e mesmo sob o traje elegante que usava, pude ver os hematomas em seus pulsos quando levantou a mão para secar o suor dela.Nem sequer era capaz de enxugar seu próprio suor nojento.—Já chega, afaste-se, quero falar com minha irmã —ela o empurrou e caminhou em minha direção, tentando segurar meu braço.Virei-me e a deixei plantada no lugar, com o nojo revirando meu estômago.A verdadeira Electra era fria, e com essas desgraçadas, eu nem precisava fingir.—Como sempre, a rainh
SIGRID—Electra, como te comentei, acho que já está na hora de você começar a procurar um bom partido. Recebi um convite do castelo Vlad para um baile —fixou então a atenção em mim.Olhei em seus olhos cheios de planos astutos enquanto comia meu frango.Minha mente trabalhava freneticamente. Os Vlad... justo essa era a casa do tio-avô. Me convinha ir à festa e procurá-lo.—Será em breve? Estou nos meus dias "susceptíveis" —falei diretamente. Aqui todas usavam esses encantamentos para justificar o comportamento de "putas desavergonhadas".—Oh, não, querida, será em alguns dias. Mas, se está assim, deveria ter me avisado, e jantávamos em outra ocasião.—Agora estou bem, não se preocupe —dei de ombros sem dar importância—. Irei quando chegar o momento.Ela assentiu satisfeita.As relações entre espécies sobrenaturais eram algo complexo nesta etapa. A maioria era parente de alguma forma, e mais de um casamento escandaloso já havia ocorrido.Pelo mesmo motivo da dificuldade de procriar, o
SIGRID—Se você voltar a me trazer escravos tão fracos, vou arrancar sua pele! —gritou para o mordomo, enquanto levavam o garoto desmaiado. No entanto, ainda faltava outro para eu resgatar.—Bom, acho que agora é a minha vez de escolher, não é mesmo?Observei Drusilla ir diretamente em direção à garota de cabelos castanhos e olhos grandes e inocentes, como um cervo prestes a ser sacrificado.Suas mãos percorriam o rosto da jovem com delicadeza.—Hmm, linda, eu adorei —disse, inclinando-se para cheirar o pescoço da garota, enquanto suas mãos deslizavam para baixo, tocando os seios firmes e generosos. Drusilla os acariciava, apertando a carne macia.As lágrimas da garota escorriam por suas bochechas avermelhadas, mas ela aguentava com mais coragem do que os próprios homens, mordendo os lábios até sangrar.—Você é virgem? —perguntou, enquanto a mão dela descia para o ventre da jovem. —Responda quando eu pergunto!Drusilla apertou dolorosamente o estômago da garota.—Sim, sim… senhora… —r
SIGRIDOuvi um soluço mais alto atrás de mim.A garota, que não havia feito cena diante de Drusilla, agora exalava medo diante do perigo representado por Silas.—Silas, eu te fiz uma pergunta —levantei as mãos, tentando acalmá-lo, enquanto dava passos suaves em sua direção.Ele não respondeu. Apenas a olhava, como um animal selvagem prestes a devorar sua presa.Se eu tinha alguma dúvida, agora estava claro: Silas não era o que ele tinha me mostrado.Aquela submissão diante de mim não passava de uma fachada.Lembrei das palavras de Lucrécia sobre sua rebeldia; sobreviver tantos anos nas mãos daquela maníaca não era para um escravo fraco.Seu espírito não apenas era forte, apesar das feridas em sua alma, mas o poder maldito dentro dele era... aterrorizante.—Eu estou falando com você, Silas. O que faz aqui? Eu te mandei me olhar. Olhe para mim de uma maldit4 vez! —minha irritação começava a aumentar.Cheguei até ele e o encurralei no canto da porta, segurando seu queixo com firmeza e ob