NARRADORA—Essa mulher é uma sortuda…—Nem sabia que o Drakkar era tão feroz, mesmo sem o lobo dele. Maldit4 seja, eu devia ter cruzado com ele…Sussurros gananciosos se espalhavam por todos os lados. Em um instante, a imagem do macho mudou drasticamente.Mas antes que Lyra saísse puxando os cabelos de algumas lobas escorregadias, um dos guerreiros que presenciaram tudo trouxe outra boa notícia.—Alfa, vamos! Agora que os animais foram espantados durante a luta, tem carne por toda parte, muita carne!Na mesma hora, a disputa ficou em segundo plano, porque diante da comida, nada mais importava.Verak parecia prestes a explodir. Queria arrancar o couro de Drakkar e provar que ele só teve sorte, que continuava sendo o mesmo fracote de sempre.Mas diante dos olhos da matilha e da Curandeira, não podia fazer algo assim.—Organizem-se, até os anciãos e as crianças, vamos rápido buscar a carne! —o Alfa logo mobilizou seu povo, mas antes, se aproximou de Drakkar e lhe deu um tapinha no ombro.
LYRA "Aztoria, tem mais alguém por perto, você detecta alguma armadilha?" perguntei à minha loba, olhando alerta para todos os lados. "Não, só aquele cara intenso e chato dentro daquela cabana"Caminhei até a entrada e abri a pele de animal. A matilha estava praticamente vazia, todos tinham saído atrás de carne.—Diz aí, o que você quer? —fiquei de pé, enquanto ele esperava sentado num tapete. —Você ainda pode se arrepender da escolha que fez... —Ah, é? E por que eu faria isso? Drakkar é o macho que eu gosto —falei na cara dele, esperando que não viesse com o mesmo papo furado. —Porque ele só teve sorte ou fez alguma coisa estranha, mas o que eu vim te propor é muito mais vantajoso —começou a me tentar:—Na verdade, eu nem te queria pra mim.Ergui a sobrancelha com essa revelação.Não acreditei em nada. Os olhos cheios de luxúria naquele momento me disseram o contrário.—Verak fez um acordo comigo. Sabia que eu era o guerreiro com mais chances. Diante da matilha, eu te tomaria co
NARRADORA—O que aconteceu, Nana?! Quem te machucou?—Mamãe, o Verak... o Verak ia enganar todo mundo pra ficar com aquela mulher... —ela soluçava, contando entre choros o que ouviu na cabana.—Calma, calma... talvez tenha sido uma armadilha daquela bruxa pra te humilhar. Não fica assim —acariciou suas costas, aflita.Essa era a filhote que ela teve mais velha, quando achou que não teria uma herdeira.Nana era sua menininha. Como Verak ousava querer transformá-la na piada da matilha?E aquela mulher... mais uma vez a Lyra... se ao menos não tivesse aparecido...Ela precisava se livrar dela. E do Drakkar também!Aquele macho estava virando o perigo que ela sempre temeu!Ela não viveria para sempre, e Nana precisava se tornar a próxima Luna Curandeira. Precisava da influência de Verak como o futuro Alfa.Gertrudis cerrava os dentes, cheia de ódio e estratégias, enquanto consolava sua filhote.Ela podia denunciar Drakkar, mas no fundo, sempre teve medo dos mistérios dele.O antigo mestre
DRAKKARCerrei os dentes com todos os músculos contraídos.A mãozinha dela se movia pra cima e pra baixo, cada vez mais rápido e gostoso.Meus testículos pulsavam de dor, o cheiro do cio me enlouquecia.Seus peitos macios colados nas minhas costas encharcadas de suor, ofegando no meu pescoço.— Mmm, Drakkar, goza pra mim… —os gemidos dela me fizeram rosnar e empurrar meus quadris pra frente com urgência e luxúria.Desci minha mão mais bruta e apertei a dela, gemendo rouco, perdido em todas as sensações que Lyra despertava no meu instinto animal.Lembrava da sensação da boceta dela, mmm, da maciez apertando meu pau, do corpo dela submisso sob o meu.— Agggrr —rugido escapou de mim enquanto me esvaziava entre os dedos dela, meu pau pulsando a libertação, jorrando na pedra da parede.Sshhh, essa fêmea me deixa louco, não consigo parar de desejá-la. Por quê?Quero montá-la desesperadamente, devorar ela inteira e nunca mais deixá-la sair do meu lado.— Lyra… —gemi rouco o nome dela, tentan
LYRANunca estive tão frustrada e com tanta raiva. Drakkar está se mostrando mais teimoso que uma pedra.“Lyra, acho que já posso sair, preciso gastar energia porque tô seriamente pensando em morder a bunda de certo selvagem.”Aztoria me disse do nada, e eu concordei.Escapei da caverna e me afastei da matilha.Quando tive certeza de que ninguém me seguia e não havia perigo, tirei a roupa.Pra falar a verdade, minhas roupas já estavam um desastre. Devia pensar em usar pedaços de pele, mas são muito ásperos e primitivos.Depois resolvo isso. Agora, invoquei a transformação.Fechei os olhos e aproveitei a dor de libertar meu lado animal.Caí no chão de quatro, as gengivas incharam e se abriram pra dentição afiada.Meu rosto se alongou num focinho, meus membros estalaram, cada osso e músculo se fundindo num novo ser.Senti minha pele queimar e os poros se abrirem pra deixar sair uma pelagem densa.Levantei a cabeça e o rugido de Aztoria ecoou entre as árvores altas.Mergulhei no meu mund
LYRAPor um segundo, achei que era aquele chato do Verak me seguindo, mas nem tive tempo de reagir quando fui cercada por braços fortes.—Lyra! —a voz ansiosa de Drakkar soou sobre minha cabeça, o coração dele batia forte contra meu ouvido.—Drakkar…—Por que você saiu sozinha da matilha e veio tão longe?! Isso é perigoso! —ele se afastou me segurando pelos ombros, os olhos aflitos.Eu podia sentir a preocupação dele.—Eu… só vim tomar banho…—Você devia ter me esperado. Eu pensei… pensei… —as pupilas dele tremiam, as sombras das runas começaram a se espalhar pela pele enquanto ele lutava pelo controle.“O bobinho achou que a gente ia fugir sem ele.” Aztoria também entendeu o que Drakkar sentia. “Meu boneco lindo, sem você eu não vou pra lugar nenhum, amor.”—Drakkar, eu não ia fugir, você disse que ia caçar…Ele voltou a me abraçar, me afundando nos peitorais dele, com as mãos na minha cabeça e nas costas, me apertando tão forte que quase doía… mas minha alma tava derretendo de doçur
LYRAMe lancei pra puxá-lo, mas aquele corpo enorme e ágil já tinha saltado pra trás.—Drakkar, que susto —revisei ele, a pele avermelhada, mas sem queimaduras.—Lyra, assim tá bom? —ele perguntou, olhando pros quatro moldes, cozinhando em fogo lento.—Temos que esperar até amanhã… acho que sim —respondi suspirando. E de verdade, eu esperava que essa fundição rudimentar funcionasse.No dia seguinte, marcharíamos pela selva perigosa até aquela matilha que ficava a alguns dias de distância.O pior é que eu e Drakkar não tínhamos nada pra trocar, mas se essas armas funcionassem, caçar pelo caminho seria moleza.Dormimos só algumas horinhas, e logo antes do nascer do sol, corremos de volta pra caverna pra ver se a fundição tinha dado certo.*****—Ai, não! —suspirei desapontada ao retirar o primeiro molde.De novo, Drakkar usou aquele tronco como se fosse uma pá.—Quebrou de um lado, entalhei fino demais —ele franziu a testa, se culpando porque a Gaia tinha escorrido por uma fenda.—Tá tu
VALERIA— Você está... você está certa, Esther? — pergunto com a voz trêmula.Meu coração b**e apressado, cheio de felicidade.— Muito certa, Luna. Você está grávida.— Por que não consegui sentir o cheiro, nem seu pai? — pergunto preocupada.— É muito recente, talvez por isso, dê mais alguns dias e você deverá perceber suas feromonas.Ela responde e eu aceno com a cabeça, com os olhos turvos de lágrimas.Sou a Luna da matilha “Bosque de Outono”.Há três anos me casei com o homem que amo loucamente, apesar de não sermos pares destinados, meu Alfa Dorian.Fiz de tudo para ser a Luna perfeita, o pilar no qual ele possa se apoiar, no entanto, uma sombra opaca meu casamento e era o tema do herdeiro.Nunca consegui engravidar e admito que não compartilho muito a cama com Dorian, mas sei que suas obrigações como Alfa o mantêm muito ocupado e estressado.— Por favor, não conte a ninguém na matilha. Quero surpreender meu esposo.— Fique tranquila, Luna, não direi nada. Parabéns! — ela sorri pa