POV ALICE.Quando notei Darius nu vindo em minha direção, me surpreendi e fiquei constrangida. Esses lobos não se sentem envergonhados de ficar andando pelados. E Darius sempre surge despido em algum momento, mas, dessa vez, ele estava bastante excitado, pois seu membro estava muito duro e mirando em minha direção.Fiquei excitada, não posso negar, e, quando ele me beijou daquele jeito tão intenso, me entreguei prontamente. Eu não sabia em que momento deixei de detestar Darius, só sabia que agora o desejava mais que tudo. Eu estava apaixonada por ele e o queria.Ouvir Darius dizer que precisava de mim me fez sentir amada, e ele, mesmo demonstrando estar necessitado de mim, não deixou de me dar prazer e ser carinhoso. Era estranho ver um ser que, a todo momento, demonstra ser insensível e rude, agora ser tão afetuoso. Darius era uma caixa de surpresas, e eu estou gostando desse lado dele. Enquanto estávamos deitados, abraçados, eu fazia carinho em seu peito. Quando eu me imaginaria as
POV ALICE.— Alice… — Falou mais uma vez, sua voz soou mais baixa, mas carregada de algo quase perigoso. — O que você ainda não me contou? — perguntou firme. Levantei-me, sentando-me encostada na cabeceira da cama. Darius fez o mesmo.Mordi o lábio, desviando os olhos para o teto, tentando reunir as palavras certas. Eu já tinha me acostumado com a forma incisiva com que Darius falava, mas, naquele momento, sua intensidade me atingiu de uma maneira diferente.— Eu… — comecei, hesitante. Suspirei e virei o rosto para encará-lo.— Lulu disse que me conhecia antes de eu perder a memória. Seus olhos se estreitaram ligeiramente, mas ele não me interrompeu. Respirei fundo, reunindo coragem para continuar.— Fui encontrada ainda criança, nua e sem memória, em um beco, por minha mãe, Antônia. Ela me levou para casa e cuidou de mim, acionou as autoridades e, como ninguém me procurou, adotou-me. Eu não lembro de nada antes dos meus dez anos. A polícia investigou e não achou nada. Eu também tente
POV DARIUS.Apenas a deusa Lua poderia ajudar Alice. Era o que eu achava e disse para ela. Desde que eu soube, ainda filhote, que eu era um ser amaldiçoado e por isso eu era tão instável e todos ao meu redor tinham medo de mim e que a deusa não poderia me ajudar. Deixei de acreditar nela. Cresci sabendo que ninguém poderia me ajudar, e isso me revoltou na puberdade e me tornou ainda mais cruel do que eu já era. Foi então nessa época em que eu causava o terror por onde eu andava, que um de nossos anciões teve o sonho com a deusa Lua, dizendo que uma companheira seria minha salvação. Eu não tinha crença na deusa, mas naquele momento tive esperança. Encontrei minha companheira e nada aconteceu e eu a matei com nosso filhote. E desde então não perco meu tempo acreditando na deusa Lua. Voltei minha atenção a Alice, quando ela falou.— Como assim? — Alice perguntou, os olhos brilhando de ansiedade, a esperança parecendo acender dentro dela.— Dizem que a deusa sabe tudo — respondi, fitand
POV DARIUS.A noite chegou e, após me despedir de Alice e deixá-la aos cuidados dos meus pais, saí de casa. Sei que eles protegerão minha companheira com suas vidas. Todos nesta alcateia sabem a importância de Alice para mim e para todo o reino. Giovanni e Gabriel estavam ao meu lado no escritório, revisando as últimas informações.— Tudo certo? — perguntei.— Sim, Majestade. A reunião foi confirmada e descobrimos como Angélica consegue sair da alcateia sem ser vista. A seguimos, pois ela evitava os pontos com câmeras de vigilância. Descobrimos que ela tem um namorado que trabalha na divisa da fronteira, na área sul do território da alcateia — informou Giovanni.— É seu namorado sentinela que lhe ajuda a sair sem ser notada. Ele usa seu turno na fronteira para lhe ajudar. Notamos nos vídeos de vigilância que ele sempre dava um jeito de ficar sozinho em algum momento e desaparecia por alguns minutos. Acreditamos que era nesse momento que auxiliava Angelica a sair sem ser notada pelos o
POV DARIUS.Movi-me silenciosamente entre as sombras da floresta, meus sentidos aguçados captando cada mínimo som ao meu redor. Evitei as armadilhas e todos que estavam espalhados pela área vigiando. Eu me movia como a sombra, me camuflando onde a luz da lua não podia me revelar. Eu não precisava me aproximar muito da cabana para ouvir tudo o que acontecia ali dentro. Subi com agilidade em uma árvore robusta, escondendo-me entre os galhos. A lua parecia querer me ajudar, pois se escondia atrás das nuvens, deixando assim a escuridão dominar. Meus olhos atentos analisavam cada movimento ao redor, enquanto minha audição captava vozes conhecidas vindas da cabana. E foi impossível não revirar os olhos ao ouvir a discussão que acontecia ali.— Eu, que deveria ficar com Darius! Sou uma loba e sei do que ele necessita e como pensa. Sei como agradá-lo. — Angélica rosnou, sua voz carregada de ciúme.— Não me faça rir, Angélica. Ele merece alguém melhor, e esse alguém sou eu. Uma simples loba n
POV DARIUS.Houve um silêncio momentâneo na cabana. Então, ouvi a voz de Alden, que até então estava quieto.— E como você planeja nos ajudar? — perguntou Alden.— É do conhecimento de todos que Darius carrega uma maldição… — falava Eugênia quando Estevão a interrompeu.— Você veio aqui para falar o que já sabemos? Queremos solução, qual é a sua? — perguntou rude.— Se você parar de me interromper, eu poderei dizer — disse Eugênia, irritada.— Alfa Estevão, pare de atrapalhar e escute — falou Agnes.— Como eu dizia, Darius é amaldiçoado, e é a maldição que o tornou imortal. Meu plano é: vamos ajudar Darius a desfazer a maldição para torná-lo mortal — disse Eugenia.— É uma boa ideia, mas como fazemos isso? — perguntou Klaus.— Há uma profecia que diz que a companheira dele pode desfazer essa maldição. E ele já encontrou ela, agora precisamos saber o que ela deve fazer para conseguir desfazer — comentou Eugênia.— Aquela humana ainda não é companheira do rei Darius — disse Angélica com
POV DARIUS.Eles ficaram discutindo sobre o plano de Eugênia por um bom tempo até concordarem. Fiquei observando tudo até que a reunião terminou e todos saíram. Quando não havia mais ninguém no local, desci da árvore.— O que faremos agora que temos essas informações? — perguntou Baltazar.— Primeiro, vou descobrir como Eugênia conseguiu sair e quem a está ajudando a obter informações. E vou mudá-la de lugar. Quero ver como ela conseguirá sair da sua nova casa — informei.— Aonde você planeja colocá-la? — perguntou Baltazar.— Está na hora de Eugênia conhecer as instalações da nossa prisão secreta — comentei.— Vai enviá-la para o sufoco. Você é mau, Darius — disse Baltazar, rindo.— Pois ele deveria ter feito isso há muito tempo. Assim, aquela loba não estaria conspirando contra nós — falou Necro com frieza.— Agora somos “nós”? — perguntei, debochado.— Eu não tenho muita escolha, afinal, uso esse corpo também. Então, mesmo não querendo, terei que auxiliar no que você decidir — diss
POV ALICE.Bartolomeu sorriu largamente para mim com o que havia acabado de ouvir. Eu senti meu rosto queimar de vergonha por revelar o que estava sentindo por Darius para seu pai. Eu me sentia desnorteada com esse novo sentimento. Era tudo muito confuso, mas eu sabia que era amor o que sentia por Darius.— Então, você já o ama. Fico feliz em saber. Agora me diga, não acha estranho amar alguém em tão pouco tempo? E alguém que você dizia detestar? Vocês, humanos, não costumam amar tão rapidamente. Já nós, lobos, quando encontramos nossos companheiros, os amamos daquele instante até o nosso último suspiro de vida. Ainda acha que é apenas preocupação? — perguntou.Observei Bartolomeu com atenção, e ele tinha razão. Eu sabia que não era somente preocupação que sentia. Mas não queria admitir isso a Bartolomeu. Eu não tinha tanta intimidade com ele para contar dos meus sentimentos. O pai de Darius me dava calafrios. Quando eu ia responder, minha mãe me chamou, fazendo-me olhar em sua direçã