[Connor]
Olívia estava dormindo de bruços e agarrada a um travesseiro. Puxo o lençol para cobrir seu corpo nu, enquanto passo meus dedos pela sua coluna.
Ao ver ela tão entregue e relaxada, me fez perceber o que eu tenho de fazer. Não era justo com ela e muito menos comigo. Não podia deixar que ela me visse morrer aos poucos. Que me veja ter um ataque e corra ate o hospital, a cada dor de cabeça que tenho. Tenho que deixa-la ir, antes de fazê-lo para sempre.
uma semana depois — Ainda bem que seu pai não insistiu para que fôssemos ao mercado com ele. — Jam diz, passando o braço em volta do meu pescoço. — Só porque a vovó pediu. — Sua avó é um doce. Só implicou com meu piercing. — ele brinca com o piercing do septo. Meu mundo havia desabado de uma só vez, ao ouvir aquilo. Eu ouvi o homem repetir várias vezes o meu nome, até alguém gritar que o coração de um paciente havia parado. Naquele mesmo segundo o meu coração também parou, imaginando que seria Connor, aquele paciente.— Oli? — James chama. — Você está tremendo. O que aconteceu?— Connor... Ele...— Olívia! um mês depois— Você é impossível. — sussurro à Connor, assim que terminamos um glorioso sexo. — Não sossegou o mês todo.— Eu nunca ia ficar sem transar com você. E olha — ele abre os braços. — estou muito bem!Solto uma risada e beijo seu peito.— Eu preciso ir ao mercado. — informo. — EsVinte e Oito
Vinte e Nove
quinze anos depois— Meu pai era tão lindo. — Caitlin diz, enquanto passa as páginas do álbum de fotos.— Era sim.Passo minha mão em seu longo cabelo negro e ela me olha.— Foi por causa dele que decidiu ser médica, né?— Foi sim. — ela assente, e volta a olhar as fotos. — Ver Connor agonizando, morrendo aos poucos, foi horrível. Mesmo que ele não aparentasse, eu sabia que estava próximo. Foi muito difícil terminar a escola naquele ano, mas eu concluí. E depois que você nasceu, eu esperei que fizesse três anos e comecei a faculdade de medicina.— Se arrepende?— De você?— Do papai, de mim... De tudo.— Não. — Caitlin sorri. — Por mais que tudo tenha acontecido muito rápido, foi a melhor coisa que me aconteceu.E
— Você que perde nosso dinheiro e eu que tenho de sofrer com isso.— Olívia olha o tom de voz. — papai rosna.— Mas pai...— Quantas vezes terei de dizer que não adianta reclamar? Nossa casa foi para leilão, o carro foi penhorado. Só temos um ao outro e as nossas roupas.Suspiro e entrelaço nossos braços.
Após aquela apresentação um pouco estranha, eu vou até a única cadeira vazia, dentre umas vinte e quatro e me sento.Pouso a bolsa em cima da mesa e fico olhando para o incrível professor de artes. Jasmine jamais me ouviria dizer aquilo.— Esse é o bimestre da criatividade. — diz. — Vamos trabalhar com tintas de várias formas. Sejam elas latas de spray ou em gel.A turma começa a falar em uníssono, enquanto eu fico quieta e olhando diretamente par
No momento em que chego à cantina, estou ofegante e super envergonhada. E mais que isso, estou com raiva.— Oli? — olho na direção de Daniel. — O que foi? Ele não te devolveu o celular?— Devolveu.— Então...? — Jasmine balança a cabeça.Suspiro e largo a bolsa na mesa em que eles estavam.
Assim que nós entramos no ônibus, Daniel grita por nós, lá nos fundos.— TEM LUGARES PARA AS MAIS GATAS AQUI!Eu queria enfiar a minha cara no chão. Por que ele tinha de ser tão escandaloso?Jas apenas ri e agarra a minha mão. Ela me puxa para o fundo do ônibus e logo se joga do lado de Daniel.— BOM DIA! — ele grita novamente.— Posso te fazer uma pergunta? — pergunto, me sentando no banco do lado direito.— PO...— POR QUE VOCÊ NÃO PARA DE GRITAR?Todas as cabeças se viram para trás e eu me sinto envergonhada.— Você que gritou.Desisto de dar atenção para aquele garoto e pego meu celular da bolsa. Conecto os fones de ouvido e dou o play emCounting Stars.One Republic era uma das minhas bandas favoritas. Assim como The Fray.Durante o ca