Bruce me encara assim que o alto falante é desligado.
Então é isso. Ele me entregou.
— Por que fez isso?
— O que? — ri. — Olívia, eu não...
— A quanto tempo sabia?
— De que?
— NÃO SE FAÇA DE DESENTENDIDO. — grito. — JÁ SAQUEI TUDO. É VOCÊ POR TRÁS DAQUELAS MENSAGENS. TUDO ISSO PORQUE EU NÃO TE QUIS?
Ele me olhava perplexo.
— Mensagens? Espera... por que você não me quis? Eu nunca...
— CHEGA. — esbravejo mais uma vez. — NUNCA MAIS FALA COMIGO.
Dou-lhe as costas e corro para dentro da escola. Minha prima me grita, mas não tenho tempo para ela. Tenho destino e estou furiosa.
Ricky.
A secretaria mal tem tempo de levantar para tentar me impedir de algo. Abro a porta com tanta violência, que a mesma bate na outra parede.
um mês depoisCom o feriado de ação de graças chegando, eu só esperava uma coisa.Rever James.Rever meu melhor amigo que me viu e ouviu chorar por horas, quando descobri que Connor havia me traído. — O que? Scarlet?Olho para o aparelho e xingo-a por ter falado aquilo e desligado.Como a odeio.— O que foi? — James pergunta. — Quem é Scarlet? — Olívia? Olívia, acorda.Sinto leves batidas no meu rosto, até que desperto. Sento-me, ainda apoiada em alguém e olho em volta.— Que susto você me deu.— Scarlet?— pisco algumas vezes e então sinto uma pontada na cabeça. — Ai... [Connor]Olívia estava dormindo de bruços e agarrada a um travesseiro. Puxo o lençol para cobrir seu corpo nu, enquanto passo meus dedos pela sua coluna.Ao ver ela tão entregue e relaxada, me fez perceber o que eu tenho de fazer. Não era justo com ela e muito menos comigo. Não podia deixar que ela me visse morrer aos poucos. Que me veja ter um ataque e corra ate o hospital, a cada dor de cabeça que tenho. Tenho que deixa-la ir, antes de fazê-lo para sempre. uma semana depois — Ainda bem que seu pai não insistiu para que fôssemos ao mercado com ele. — Jam diz, passando o braço em volta do meu pescoço. — Só porque a vovó pediu. — Sua avó é um doce. Só implicou com meu piercing. — ele brinca com o piercing do septo. Meu mundo havia desabado de uma só vez, ao ouvir aquilo. Eu ouvi o homem repetir várias vezes o meu nome, até alguém gritar que o coração de um paciente havia parado. Naquele mesmo segundo o meu coração também parou, imaginando que seria Connor, aquele paciente.— Oli? — James chama. — Você está tremendo. O que aconteceu?— Connor... Ele...— Olívia! um mês depois— Você é impossível. — sussurro à Connor, assim que terminamos um glorioso sexo. — Não sossegou o mês todo.— Eu nunca ia ficar sem transar com você. E olha — ele abre os braços. — estou muito bem!Solto uma risada e beijo seu peito.— Eu preciso ir ao mercado. — informo. — EsVinte e Quatro
Vinte e Cinco
Vinte e Seis
Vinte e Sete
Vinte e Oito
Vinte e Nove
quinze anos depois— Meu pai era tão lindo. — Caitlin diz, enquanto passa as páginas do álbum de fotos.— Era sim.Passo minha mão em seu longo cabelo negro e ela me olha.— Foi por causa dele que decidiu ser médica, né?— Foi sim. — ela assente, e volta a olhar as fotos. — Ver Connor agonizando, morrendo aos poucos, foi horrível. Mesmo que ele não aparentasse, eu sabia que estava próximo. Foi muito difícil terminar a escola naquele ano, mas eu concluí. E depois que você nasceu, eu esperei que fizesse três anos e comecei a faculdade de medicina.— Se arrepende?— De você?— Do papai, de mim... De tudo.— Não. — Caitlin sorri. — Por mais que tudo tenha acontecido muito rápido, foi a melhor coisa que me aconteceu.E