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Hyago terminou de gravar grande parte da narração e, para sua surpresa, Karoly preferiu ir assistir a gravação dele do que a cena de Kaique. O moreno também percebeu que a mulher estava mais quieta e inexpressiva que o normal. E assim que todos deram o trabalho por encerrado ela apenas acenou positivamente com um sorriso para ele e saiu.
Depois que foi liberado a primeira coisa que fez foi checar o celular. De importante havia apenas mensagens da Jiulia e Alef. Abriu a conversa com Kaique. "Será que ele ainda está gravando? Mas... Mesmo no intervalo ele não me mandou nada. Clicou na barra para digitar. Será que devo falar algo? E o que, afinal?"
Respirou fundo e saiu do chat. Clicou na conversa com o Will e avisou que já havia terminado. O motorista respondeu prontamente dizendo que já estava no local esperando-o com Alef. Hyago entendeu a dica e começou a ler a chuva de m
Jiulia estava cochilando no sofá enquanto esperava Amber que conversava com alguns produtores e organizava os preparativos para as audições do seu novo baixista. Acordou sentido o celular vibrar, tateou o estofado resmungando da dor em seu pescoço. "Eu vou matar o filho da puta que..." Parou seu pensamento vendo o número da chamada. Encarou a tela por mais alguns segundos até finalmente atender.— Alô?— Oi. Desculpe por ligar tão cedo, estava dormindo?— Ah... é... Não, não se preocupe. Só estava fazendo uma pausa. — Explicou tentando disfarçar sua voz de sono e surpresa. — Mas... Para o senhor me ligar assim, o que houve?— Bom, sua mãe insistiu para que eu não falasse nada, mas acho que devia saber que ela está doente e foi internada essa madrugada.— Internada? Por que?— Ela teve
ᴥᴥᴥᴥᴥᴥHyago tremia e suava frio. Apertava o papel firmemente em uma das mãos enquanto digitava novamente a senha com a outra. Sentia o olhar de Evan atrás de si como um raio. A porta da casa se abriu.— Então, adeus. — Virou-se para trás encarando Evan com seu uniforme policial. Entrou na casa suspirando aliviado. O cameraman à sua frente se afastava para trás a cada passo que Hyago dava. Finalmente começara. E somente naquele momento Hyago sentiu que não havia volta para qualquer decisão sobre a série. Estava dentro da casa de Gustavo.O set estava lotado com a equipe técnica. Evan foi para o lado de Kaique, Richard e Eliana que esperavam para entrar em cena, Nerida e sua diretora de fotografia Caroline comandavam inúmeras câmeras que capturavam diversos ângulos da mesma ação. O rapaz andou pela casa em silêncio se concentrando apenas
Hyago podia ouvir a melodia conforme se aproximava do trailer. Como esperado ao entrar lá encontrou Jiulia com o violão. Ela não cantava, apenas murmurava melodias que acompanhassem as notas do instrumento. O rapaz não conhecia aquele som. Não era de nenhuma música de Jiulia pelo menos. Era melancólico, triste e dedilhado lentamente criando agudos longos. Só podia significa uma coisa...— O que sua mãe fez agora? — perguntou fechando a porta atrás de si.A moça parou de tocar, mas não ergueu os olhos. Hyago sentou-se ao lado dela no sofá.— Jiu? — Segurou o queixo dela fazendo-a olhar para ele. Esperava encontrar seus olhos vermelhos de ódio ou de tanto chorar, mas se pegou surpreso ao constatar que estavam intactos. Mas ainda assim não estavam bem. — O que houve?— Minha mãe... — A voz dela saiu fraca,
ᴥᴥᴥᴥᴥᴥHyago passou a noite no trailer com Jiulia. Os dois sentiam-se doloridos por dormirem no sofá, mas Jiulia também se sentia mais aliviada e quando abriu os olhos Hyago já estava acordado mexendo no celular com apenas uma das mãos.— Já acordou? — falou bocejando.— Já é um pouco tarde.— Podia ter me acordado se precisava lentar, uê. — respondeu saindo de cima dele e sentando-se no sofá.— Está tudo bem, não estou atrasado já que estou aqui. Vamos tomar café?— Parece ótimo. — Jiulia falou animada se levantando e indo até a mochila. — Tô com roupa extra, que bom que Amber é sempre precavida. — Hyago consentiu rindo e se levantando.— A proposito Hy... Acho que agora vou perguntar. — A moça sorriu travessa cruzando os braços
— Ok! Ok! Você dá voltas demais. Como assim me encontrou? Eu te conheço de onde? Por que precisa falar comigo?— Hã? Ah, não. Você não me conhece, mas eu não acabei de te dizer que sou uma Amaltys? Então, sou presidente do fanclube e dona do maior fansite do Hyago inclusive. — Ela falou com orgulho e Kaique entendeu tudo.— Ah merda, o instagram da Jiulia, né?— Não só isso! Eu consegui uma entrevista com o Hy algum tempo atrás então...— Pera, o que? Ele deu uma entrevista sobre mim?— Não necessariamente, ele é mestre em me enrolar. — falou revirando os olhos. — Bom, eu também sou direta demais às vezes. O lance é que ele pediu na entrevista para o fandom não te assustar, mas acho que já falhei nisso.— Com certeza, achei que estava pra s
— Montanha-russa. — Karoly murmurou enquanto mantinha os olhos abaixados concentrados no papel em cima da mesa do restaurante onde desenhava.— Hã? — Sun se pronunciou.— Eu acho que é a analogia perfeita. Da depressão, sabe. Uma montanha-russa. Ela tem altos e baixos e entre isso uma parte reta. — Continuou ainda rabiscando a folha branca.— Ah sim, entendo. — Sun concordou bebendo seu chá. — Continue, por favor. Quero ouvir mais sobre essa analogia.— Bom, significa que há momentos em que você está na merda, no chão, acabou de sofrer uma queda livre e nada mais faz sentido. Você não faz diferença no mundo e tem certeza de que seria mais simples se você apenas desaparecesse. — A roteirista trocou o lápis preto por um marromterra. — Há momentos em que você está lá em cima
ᴥᴥᴥᴥᴥᴥKaique desceu do carro e caminhou a passos largos em direção ao prédio ainda com as palavras de Sohye na cabeça. Tinha tomado banho há pouco tempo, mas sentia-se suando, não fazia ideia do que ia acontecer quando acabasse vendo Evan ou Hyago. Uma certa irritação se apoderava dele e pela primeira vez em bastante tempo ele se visualizou socando um rosto em específico. "Evan... Maldito... Mas não faz sentido se Hyago o magoou. Não! Quer dizer, não faz sentido o Hyago fazer isso. E a história da Jiulia entre onde? Por que ele mentiria com algo tão sem nexo assim?"Sem conseguir ligar nenhuma peça, sem saber em que palavra acreditar se dirigiu para a sala de figurinos, pois ainda tinha um tempo até começar a gravar, ou seja, ela estaria vazia e ele poderia se deitar um pouco na paz e no sossego. Abriu a porta.— Full house! — a voz
— Poxa... — Jeff se pronunciou depois de alguns minutos arrumando as cartas e as fichas em silêncio. — Você pessoas famosas não podem nem se divertir um pouco. — Colocou tudo na maleta metálica e se levantou pegando a garrafa.Deixou a maleta no sofá ao lado de Evan e abriu a tampa da tequila, virou direto do gargalo bebendo de uma só vez uma quantia considerável. Ao afastar a garrafa da boca fez uma careta e um suspiro em busca de ar, sua garganta queimava e a cabeça girava. Olhou para o loiro.— E aí? Foi o suficiente? — Kaique cerrou os olhos bufando negativamente com a cabeça e saiu da sala também deixando o outro falando sozinho. — Caramba, quanta gente estressada num só lugar.— É o que eu diga e vou acabar de me colocar na lista também. — Evan caminhou até a porta trancando-a.— O que foi