ᴥᴥᴥᴥᴥᴥ
Hyago tremia e suava frio. Apertava o papel firmemente em uma das mãos enquanto digitava novamente a senha com a outra. Sentia o olhar de Evan atrás de si como um raio. A porta da casa se abriu.
— Então, adeus. — Virou-se para trás encarando Evan com seu uniforme policial. Entrou na casa suspirando aliviado. O cameraman à sua frente se afastava para trás a cada passo que Hyago dava. Finalmente começara. E somente naquele momento Hyago sentiu que não havia volta para qualquer decisão sobre a série. Estava dentro da casa de Gustavo.
O set estava lotado com a equipe técnica. Evan foi para o lado de Kaique, Richard e Eliana que esperavam para entrar em cena, Nerida e sua diretora de fotografia Caroline comandavam inúmeras câmeras que capturavam diversos ângulos da mesma ação. O rapaz andou pela casa em silêncio se concentrando apenas
Hyago podia ouvir a melodia conforme se aproximava do trailer. Como esperado ao entrar lá encontrou Jiulia com o violão. Ela não cantava, apenas murmurava melodias que acompanhassem as notas do instrumento. O rapaz não conhecia aquele som. Não era de nenhuma música de Jiulia pelo menos. Era melancólico, triste e dedilhado lentamente criando agudos longos. Só podia significa uma coisa...— O que sua mãe fez agora? — perguntou fechando a porta atrás de si.A moça parou de tocar, mas não ergueu os olhos. Hyago sentou-se ao lado dela no sofá.— Jiu? — Segurou o queixo dela fazendo-a olhar para ele. Esperava encontrar seus olhos vermelhos de ódio ou de tanto chorar, mas se pegou surpreso ao constatar que estavam intactos. Mas ainda assim não estavam bem. — O que houve?— Minha mãe... — A voz dela saiu fraca,
ᴥᴥᴥᴥᴥᴥHyago passou a noite no trailer com Jiulia. Os dois sentiam-se doloridos por dormirem no sofá, mas Jiulia também se sentia mais aliviada e quando abriu os olhos Hyago já estava acordado mexendo no celular com apenas uma das mãos.— Já acordou? — falou bocejando.— Já é um pouco tarde.— Podia ter me acordado se precisava lentar, uê. — respondeu saindo de cima dele e sentando-se no sofá.— Está tudo bem, não estou atrasado já que estou aqui. Vamos tomar café?— Parece ótimo. — Jiulia falou animada se levantando e indo até a mochila. — Tô com roupa extra, que bom que Amber é sempre precavida. — Hyago consentiu rindo e se levantando.— A proposito Hy... Acho que agora vou perguntar. — A moça sorriu travessa cruzando os braços
— Ok! Ok! Você dá voltas demais. Como assim me encontrou? Eu te conheço de onde? Por que precisa falar comigo?— Hã? Ah, não. Você não me conhece, mas eu não acabei de te dizer que sou uma Amaltys? Então, sou presidente do fanclube e dona do maior fansite do Hyago inclusive. — Ela falou com orgulho e Kaique entendeu tudo.— Ah merda, o instagram da Jiulia, né?— Não só isso! Eu consegui uma entrevista com o Hy algum tempo atrás então...— Pera, o que? Ele deu uma entrevista sobre mim?— Não necessariamente, ele é mestre em me enrolar. — falou revirando os olhos. — Bom, eu também sou direta demais às vezes. O lance é que ele pediu na entrevista para o fandom não te assustar, mas acho que já falhei nisso.— Com certeza, achei que estava pra s
— Montanha-russa. — Karoly murmurou enquanto mantinha os olhos abaixados concentrados no papel em cima da mesa do restaurante onde desenhava.— Hã? — Sun se pronunciou.— Eu acho que é a analogia perfeita. Da depressão, sabe. Uma montanha-russa. Ela tem altos e baixos e entre isso uma parte reta. — Continuou ainda rabiscando a folha branca.— Ah sim, entendo. — Sun concordou bebendo seu chá. — Continue, por favor. Quero ouvir mais sobre essa analogia.— Bom, significa que há momentos em que você está na merda, no chão, acabou de sofrer uma queda livre e nada mais faz sentido. Você não faz diferença no mundo e tem certeza de que seria mais simples se você apenas desaparecesse. — A roteirista trocou o lápis preto por um marromterra. — Há momentos em que você está lá em cima
ᴥᴥᴥᴥᴥᴥKaique desceu do carro e caminhou a passos largos em direção ao prédio ainda com as palavras de Sohye na cabeça. Tinha tomado banho há pouco tempo, mas sentia-se suando, não fazia ideia do que ia acontecer quando acabasse vendo Evan ou Hyago. Uma certa irritação se apoderava dele e pela primeira vez em bastante tempo ele se visualizou socando um rosto em específico. "Evan... Maldito... Mas não faz sentido se Hyago o magoou. Não! Quer dizer, não faz sentido o Hyago fazer isso. E a história da Jiulia entre onde? Por que ele mentiria com algo tão sem nexo assim?"Sem conseguir ligar nenhuma peça, sem saber em que palavra acreditar se dirigiu para a sala de figurinos, pois ainda tinha um tempo até começar a gravar, ou seja, ela estaria vazia e ele poderia se deitar um pouco na paz e no sossego. Abriu a porta.— Full house! — a voz
— Poxa... — Jeff se pronunciou depois de alguns minutos arrumando as cartas e as fichas em silêncio. — Você pessoas famosas não podem nem se divertir um pouco. — Colocou tudo na maleta metálica e se levantou pegando a garrafa.Deixou a maleta no sofá ao lado de Evan e abriu a tampa da tequila, virou direto do gargalo bebendo de uma só vez uma quantia considerável. Ao afastar a garrafa da boca fez uma careta e um suspiro em busca de ar, sua garganta queimava e a cabeça girava. Olhou para o loiro.— E aí? Foi o suficiente? — Kaique cerrou os olhos bufando negativamente com a cabeça e saiu da sala também deixando o outro falando sozinho. — Caramba, quanta gente estressada num só lugar.— É o que eu diga e vou acabar de me colocar na lista também. — Evan caminhou até a porta trancando-a.— O que foi
O sinal do colégio soou anunciando o fim do dia. As crianças corriam felizes para a saída, principalmente por ser quinta-feira. Várias delas entravam em carros, saiam acompanhadas dos pais ou irmãos mais velhos.Contudo, Hyago andava calmamente carregando sua pesada mochila. E, diferente dos outros, ele se encaminhou para o paraciclo onde havia, majoritariamente, bicicletas de alunos mais velhos. Ele tirou o capacete de dentro da mochila e fechou a jaqueta de uniforme destrancando o cadeado. “Já está começando a esfriar.” Pensou ao ajeitar os óculos de grau de armação vermelha para ter certeza de que não cairiam no caminho.Fitou o grande relógio que formava a grande torre da escola. “Droga. Vou me atrasar!”Começou a pedalar a toda velocidade que seus pés e os sinaleiros permitiam. As ruas de Seul eram planas e fáceis de trafeg
ᴥᴥ— O que? — Hyago falou pasmo olhando para o papel. — O senhor tem certeza? Como é possível?— Sim. — o professou respondeu. — Infelizmente você não está cumprindo seus créditos e carga horária necessárias.— Mas sonsengnim, eu faço todas as minhas disciplinas e atividades extracurriculares, é impossível que eu não tenha... — Subitamente parou de falar encontrando o problema nos papeis que lia.— Ainda há tempo de se recuperar, o semestre não acabou e há diversos clubes no colégio que pode ingressar mesmo durante o curso das aulas.— Hum... — O menino colocou o boletim sobre a mesa do professor. — Entendo. Acho que tudo isso não passa de um erro, mas irei resolver minha situação agora mesmo. — falou fazendo uma reverência e send